Nunca digo que hoje se lê menos que ontem, porque é mentira.
As pessoas, de todas as gerações, passam horas e horas, com os olhos presos aos ecrãs curtos dos "smartphones" (sim, poucas pessoas têm apenas um telemóvel, como é o meu caso...), a consumir imagens e palavras, que lhes chegam de todos os lados, em segundos.
Esta "inundação" de informação dos nossos dias quase que nos faz viver "atolados" quase até ao pescoço, com notícias, mesmo que estas não sejam mais que "fair-divers" (a maioria são volúveis, e até fantasiosas, acabando por nos afastar das coisas que são realmente importantes...).
Como as pessoas cada vez pensam menos (a informação não nos dá tempo nem descanso para isso...), nem sequer se dão ao trabalho de perceber essa coisa simples, de que receber informação não é a mesma coisa que receber conhecimento.
Aliás, o conhecimento não é algo que se recebe, sem se ter qualquer reacção. O conhecimento só se adquire depois de "digerirmos" bem a informação que recebemos, de a pensarmos, de a questionarmos, e claro, de a percebermos...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)