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segunda-feira, outubro 05, 2009

O Preço Que se Paga Pela Proximidade do Paraíso...

Era para escrever sobre isto a semana passada, mas o tempo foi passando e...

Mas não consigo deixar de colar as "indisposições" da natureza, ao preço que somos "obrigados" a pagar pela beleza que nos é permitida desfrutar.
Os últimos acontecimentos em Samoa e Sumatra, fizeram com que pensasse nos Açores, no Fayal, a minha ilha especial, o lugar que encontrei mais próximo do paraíso (pelo menos para quem gosta do mar azul e dos campos verdes, quase sempre floridos...).
A vida é demasiado irónica, no seu todo. E a natureza, naturalmente, não foge a estes desígnios...

Esta fotografia mostra-nos o Farol e algumas casas soterradas, nos Capelinhos, durante a erupção vulcânica de 1957 e 1958, na ilha do Fayal.

quinta-feira, setembro 27, 2007

O Vulcão dos Capelinhos


Há cinquenta anos a Ilha açoreana do Fayal foi abalada pela erupção de um Vulcão submarino na Ponta dos Capelinhos.
Pelas oito horas da manhã os faroleiros desta ponta da ilha, foram surpreendidos pelo fervilhar da água, a cerca de um quilómetro. Entre os dias 16 a 27 de Setembro o Fayal tinha sido sacudido por mais de 200 abalos sísmicos, de baixa intensidade, um indicador de que algo de estranho se estava a passar nas profundezas da Ilha...
Depois surgiram quatro chaminés submarinas, de onde saiu vapor, cinza e gases cinzentos, no meio de várias explosões assustadoras, que voltaram a fazer tremer a Ilha...
Estas alterações oceânicas fizeram com que surgisse uma nova Ilha, baptizada pelos locais, como a Ilha do Espírito Santo.
Na noite de 16 de Dezembro surgiram os primeiros repuxos de lava incandescente, que inicialmente escorreu para norte, para o mar.
Desde o meio de Setembro, os açoreanos não tiveram um dia de descanso, durante mais de um ano. Os que puderam, partiram para longe, alguns para não mais voltarem...
A actividade sísmica só acalmou na tarde de 24 de Outubro de 1958...
NOTA: A RTP vai transmitir logo à noite uma reportagem sobre esta efeméride, que acredito ser um grande documento histórico, a não perder.

sexta-feira, fevereiro 09, 2007

As Baleias e os Açores


Não deixa de ser curioso, que as baleias continuem a ser um elemento fulcral na economia do Arquipélago dos Açores, especialmente nas proximidades das ilhas do Faial, São Jorge e Pico.

Antes era a aventura da pesca, agora são as viagens turísticas de bote, para se observar a dança e os mergulhos da Rainha dos Mares.

Claro que a pesca era muito diferente, transmitia outra adrenalina e outros perigos aos açoreanos...
Assim que soava o alarme de «baleia à vista», corriam todos na direcção do cais, apenas com o saco de farnel (às vezes a pescaria durava horas e horas...), para prepararem os botes e os remos, assim como o pano de mastro, usado para aproveitarem o vento quando soprava de feição e fazerem-se ao mar.
Era um ritual único...

O alarme continua a ser o mesmo, «baleia à vista», mas hoje há mais observatórios e rádios para transmitir a localização dos cetáceos, sem perdas de tempo, porque os turistas estão à espera...

A fotografia que acompanha este texto é da década de cinquenta, tirada por um autor desconhecido.