Mostrar mensagens com a etiqueta Manifestações. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Manifestações. Mostrar todas as mensagens

quinta-feira, março 14, 2024

domingo, fevereiro 04, 2024

O descrédito das forças das segurança


O descrédito cada vez mais notório das forças de segurança na nossa sociedade, deverá ter atingido ontem, um dos pontos mais altos, quando vários agentes resolveram invocar razões de saúde para não assegurarem a segurança dos cidadãos que pretendiam ver o jogo de futebol entre o Famalicão e o Sporting, que se disputava ao fim da tarde.

Mesmo estando de acordo com as reivindicações tanto dos agentes da PSP como dos guardas da GNR, tenho noção de que não se pode colocar em causa a segurança do País, por estes se sentirem injustiçados em relação ao governo socialista.

Se não percebem que ser polícia ou militar, faz com que se tenha um estatuto diferente de qualquer outro cidadão, devem pedir a demissão e arranjar uma ocupação mais compatível com as suas vontades. E isso começa e acaba com os seus representantes sindicais, que fingem esquecer as suas especificidades profissionais.

E nem vou falar da diferença de tratamento que existiu entre agricultores (estes até de deram ao luxo de andar a passear nas auto-estradas) e jovens que bloqueiam estradas...

Apesar de estarmos num tempo pré-eleitoral, espero que o governo actue em conformidade. E se a direção nacional das polícias não tem capacidade de liderança suficiente para fazer com que os seus agentes cumpram as suas missões, devem ser os primeiros a pedir a demissão.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, janeiro 10, 2024

A guerra perdida do jornalismo por uma informação mais séria e livre


O que está a acontecer no Global Média Group ("Diário de Notícias", "Jornal de Notícias", "TSF" e "O Jogo"), não é nenhuma novidade, nem é um problema de hoje no jornalismo português. Se só nos fixarmos neste grupo, já existiram três despedimentos colectivos (2009; 2014;  2020) nos últimos quinze anos. E parece estar a avizinhar-se o quarto...

E as queixas em relação aos investidores são bem anteriores ao actual "Fundo das Bahamas". Desde o tempo da Olivedesportos, passando pelos accionistas angolanos e acabando no senhor Galinha, que sempre se passaram coisas estranhas na forma de gerir aquele que é um dos títulos mais valiosos da nossa comunicação social.

Talvez agora as coisas sejam ainda mais preocupantes, até porque é impossível fazer jornalismo sem jornalistas (as redacções estão cada vez são mais reduzidas...). A forma como o "Jornal de Notícias" é tratado também é estranha, já que segundo as notícias nunca deu prejuízo e tem sido a grande referência do jornalismo que se faz no Norte.

Ouvi o Presidente da Câmara do Porto nas notícias, quase a disponibilizar-se para apoiar o "JN", defendendo que as autarquias deviam puder apoiar o jornalismo que se faz nas suas terras. Não sei se ele estava a falar a sério. Mas até é possível que sim, porque ele escreveu durante anos em jornais. Mas como sei de casos contrários, de autarquias que se recusavam a apoiar a imprensa local (Almada foi um exemplo, não é por acaso que há já alguns anos que não há um jornal no Concelho...), porque não queriam ter contraditório, só gostavam de "notícias felizes".

E é por muitos políticos terem medo do contraditório, não quererem ser questionados pelos seus erros (e são tantos de Norte a Sul...), que se chegou a esta situação. O problema não se resume às redes sociais, que acabaram por ocupar espaços informativos que já não existiam ou eram deficitários. Infelizmente acabam por ter um papel mais negativo que positivo, devido à cada vez maior difusão de notícias falsas.

Mas como até são os próprios governantes que usam as redes sociais para "ganharem eleições", não há muito a fazer. 

Há já algum tempo que o jornalismo começou a perder a guerra, por uma informação mais séria e livre...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


domingo, dezembro 10, 2023

Os governantes da "escola do facilitismo"...


O "caso das gémeas" fez com que se passasse ao lado do relatório PISA, que nos ofereceu um retrato do nosso ensino preocupanterealçando a forma como estamos a andar para trás, na matemática, no português e na maior parte das disciplinas.

As justificações para estes resultados baseiam-se numa "escola de facilitismo", realçando professores que não cumprem os programas e alunos que chegam aos últimos anos do secundário mal preparados (sem os conhecimentos necessários para passarem de ano...).

Embora não façam parte do relatório, devia-se falar também de outras coisas.

Sim, é impossível passar ao lado das péssimas condições de trabalho que foram oferecidas, a todos aqueles que queriam ser professores, nos últimos vinte anos, conseguindo afastar os melhores das escolas  (é sempre isto que acontece em todas as profissões, quem pode procura algo melhor...). Infelizmente os que ficaram, foram ficando cada vez mais desmotivados...

A responsabilidade maior para o que se passa na educação, é de quem esteve no poder oito anos e não conseguiu (ou não quis...) realizar nenhuma reforma para melhorar o dia a dia nas escolas, preferindo fingir que estava tudo bem...

Os sindicatos dos professores também têm a sua quota parte de responsabilidade, pois a sua grande preocupação nos últimos anos foi lutar pela recuperação dos anos de serviço perdidos e aumentos de salários e não pela melhoria da qualidade do ensino.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sábado, outubro 21, 2023

Quem não quer uma "Vida (mais) Justa"?


Mesmo que o tempo não fosse o mais convidativo, a verdade é que hoje era dia para sairmos quase todos para a rua.

É mais que legitimo queremos uma vida justa, querermos que as coisas, todas, sejam mais bem distribuídas, como o foram na parte final do século XX.

Eram tempos em que o capitalismo fingia ser menos selvagem...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


sábado, setembro 30, 2023

Uma "casa para viver" (num país cada vez mais imperfeito)...


Num mundo perfeito, todos tínhamos pão, paz, educação, saúde e habitação (a ordem é alietória...), como diz o Sérgio, um dos nossos bons trovadores, numa das suas canções.

Só que além de estarmos cada vez mais longe do tal "mundo perfeito", vivemos num País que se orgulhava de ter a Constituição mais avançada (acho que também era do "mundo", mas já deve ter perdido esse "orgulho"...), mas que por ser tão "avançada", o que não faltam por lá são coisas que não se cumprem.

Uma delas é o direito à habitação. Mas acho que nesse artigo não se diz que o Estado tem de dar a cada português uma casa, gratuita, como é a exigência da gente, que até é capaz de viver uma vida inteira numa barraca, para que lhe dêem um lugar para habitarem, praticamente sem custos.

Como eu tive de comprar casa (tal como a maioria dos portugueses...), faz-me confusão a forma de pensar destas pessoas, que pertencem ao clube dos que só têm direitos, e deveres nada.

Só que o problema da habitação de hoje está longe de ser tão simples, e de se restringir a este "mundo dos pedinchas". 

O que não falta por aí é gente que contribui para o país através dos seus impostos e que quer comprar ou arrendar casa. Mas quer fazê-lo a preços decentes, não neste mercado que faz cada vez mais concorrência com Paris, Londres ou Nova Iorque.

E só há uma forma de lutar contra esta especulação imobiliária, é a construção social (algo que deixou de ser preocupação governamental há pelo menos vinte anos), através dos governos central e local.

Mas é FAZER, não é ENTRETER, como parece ser a especialidade do Governo Socialista.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


quinta-feira, setembro 28, 2023

Será um ponto de viragem?


Não sei se foi propositado, mas senti que não se deu o relevo devido ao ataque feito por duas jovens activistas ao ministro do Ambiente, com o arremesso de dois balões com tinta verde.

Talvez isso tenha sido feito para evitar possíveis imitações (e o que não falta neste governo é gente mais incompetente que Duarte Cordeiro...) em outras aparições públicas de governantes.

Acabámos por falar disso, ao café. E não houve qualquer consenso.  E ainda bem.

Mas talvez se tenha chegado a um ponto, em que os habituais métodos pacíficos de manifestações de protesto e reivindicações, com resultados quase nulos, comecem a ser substituídos por outros, que já são usados por essa Europa fora.

Se isso acontecer, a responsabilidade maior é dos políticos, especialmente de quem governa, que finge que resolve os problemas que afectam toda a sociedade e normalmente acaba por não resolver coisa nenhuma.

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sábado, maio 06, 2023

Quase todas as Palavras começaram por Dê...


O que se passa no Governo da Nação não deixa ninguém indiferente. Mesmo que em tempos possa ter sido uma "criação" das oposições, hoje é muito mais que isso. A mentira de perna curta e a incompetência não são invenções, são uma realidade com que somos confrontados diariamente.

Acredito que não seja a causa principal para que as ruas de Almada estejam cada vez mais imundas, para que as pessoas encham o espaço rente aos contentores de inutilidades ou de restos de casas (talvez aconteçam mais despejos do que se pensa...). Mas anda por lá perto...

Onde se nota "o seu dedo", é no mau serviço prestado por quase todos os meios de transporte que temos de utilizar na Grande Lisboa (cacilheiros, autocarros, comboios ou metro...).

Mas onde encontramos as suas "duas mãos" é nas manifestações de protesto, cada vez mais generalizadas. Quando os governantes fingem que resolvem os problemas, mas não resolvem nada, não se pode esperar outra coisa...

É praticamente impossível sentarmo-nos numa esplanada a beber o café e passarmos ao lado de todo este "western" político. Se as "balas" com que eles "brincam" não fossem de pólvora seca, seriam muito poucos os ministros e secretários de estado, que ainda tinham pés...

Falámos algumas vezes de "desgoverno", outras de "desleixo", menos de "desprezo", quase nunca de "democracia". Mas a palavra que mais vezes ecoou na mesa, foi "desrespeito"... 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quinta-feira, março 30, 2023

Com Tantos "Salvadores da Pátria", o Futuro do País está assegurado...


Quem assistiu hoje às notícias televisivas descobriu uma nova classe de "salvadores da pátria", os empresários do alojamento local.

Quem os ouvisse, ficava com a sensação de que tinham feito os seus negócios apenas para ajudar o país, para oferecer um novo rosto às cidades onde têm as suas casas, e não para ganharem dinheiro com a "galinha" que continua a pôr "ovos de oiro", o turismo.

Quase que fiquei zonzo, ao ver tanta gente preocupada com a economia e com os empregos deste País.

Depois lembrei-me que alguns destes "patrioteiros" foram os principais responsáveis pelo despejo de centenas de famílias dos chamados bairros históricos de Lisboa, que tiveram de ir morar para os subúrbios da Capital. E já se sente há algum tempo o resultado destas mudanças, a perda de identidade local e de vida própria, porque quase que se limitam a servir o turismo e os turistas.

É mesmo caso para dizer: Com tantos "salvadores da pátria", o futuro do País está assegurado...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, setembro 25, 2022

Os Jovens a Política e os Políticos


A reportagem do "Linha da Frente" (RTP1) desta semana foi sobre os jovens, dando um foco especial às suas posições políticas e às suas formas de luta.

Concordei com algumas coisas, com outras nem por isso. O que acaba por ser normal.

Penso que eles estão certos, quando dizem que é através das "manifestações de rua" que se pode mudar alguma coisa na sociedade.

Eles sentem que têm de ser eles próprios a lutar e a agarrar o seu espaço, até porque o sindicalismo que se pratica, anda pelas "ruas da amargura", já não convence quase ninguém.

Claro que não consigo concordar com o jovem que disse que o voto era o nível mais básico da política. Embora metade dos portugueses já tenha desistido de votar (e mesmo assim ganham eleições, mas sem qualquer proveito...), acho que é uma das raras ocasiões em que a nossa democracia funciona mesmo a sério. É uma das poucas possibilidades que temos de mudar alguma coisa...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa) 


segunda-feira, novembro 08, 2021

As Greves contra o Povo...


Eu sei que se as greves não incomodarem as pessoas não fazem grande sentido. Mas há incomodar e incomodar...

É por isso que também sei que estas greves quase cirúrgicas, marcadas para as horas que "fazem mais doer" a quem não tem outra escolha, que deslocar-se para o trabalho de transportes públicos... só conseguem colocar mais pessoas contra as greves e os grevistas.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


domingo, agosto 16, 2020

É Preciso Acreditar, ter Esperança - e Lutar!


Ontem, durante as notícias televisivas da hora do almoço, foi impossível não ficar emocionado com as imagens de Minsk, a Capital da Bielorrússia, quando vi os polícias a baixarem os escudos de protecção, durante uma manifestação de protesto contra o ditador - que se quer manter a todo o custo na presidência do país -, acabando por serem abraçados espontaneamente pelos manifestantes, que lhes decoraram os escudos com flores.

Mesmo que esta gente que só gosta dela própria, crie mil e um mecanismos para se perpetuar no poder, através da repressão e do medo, há um dia que sairão derrotados pela força de toda uma nação. 

Sim, quando o povo  sai em para a rua em massa, nada mais continuará igual.

E não tenho dúvidas de que será bom para todos nós, Europeus, se os escudos floridos  dos polícias e militares, significarem o fim do totalitarismo de Lukashenko na Bielorrússia.

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

domingo, junho 28, 2020

A "Caça aos Descontentes e aos Ignorantes"


Ontem, quando entrei na Rua Augusta, na minha viagem de regresso a casa, vi que era fácil manter o distanciamento das pessoas, as "multidões" ainda não tinham regressado...

Mesmo assim pude verificar que um acontecimento a que nunca dera importância, tinha-se realizado, pois o que sobrava da "marcha dos saudosistas e dos descontentes" pela Avenida da Liberdade abaixo dava vida a algumas esplanadas da Baixa.

Ao ver pessoas bem vestidas e apessoadas, a beberem imperiais, com bandeiras brancas enroladas junto ao corpo, fez-se luz.

Na Praça do Comércio aconteceu o mesmo. Ao olhar esta gente, a alguma distância, percebi pelos cabelos penteadinhos e pelas camisas brancas engomadas, que se tratavam sobretudo de "betos" saudosistas do salazarismo (conheci alguns no meu papel de investigador, as conversas que travámos deu para perceber que o seu sonho era voltar ao "país imperial", em que as suas famílias se sentiam, e eram, em parte, "donas de Portugal" (mesmo que se tratasse de um país atrasado e miserável...). Foi através destes contactos que me chamaram pela primeira vez, entre risinhos, "historiador comunista", por não ter nenhum tipo de adoração por Salazar, pela PIDE ou pelo Estado Novo.

Percebi também que entre esta gentes estavam vários "dissidentes" do CDS - que durante muitos anos andou disfarçado de partido democrático - que estavam a deixá-lo moribundo...

Já na Praça do Município, enquanto aproveito para fotografar um pormenor dos Paços do Concelho, sou ultrapassado por uma actriz pequenina, acompanhada pelo companheiro que trazia um "fifi" pela trela (não perdeu a oportunidade para aparecer na televisão, durante a manifestação...). Foi quando fiquei a pensar que os organizadores da manifestação, vão tentar apanhar todos os descontentes e ignorantes que encontrarem pelo caminho, tal como fez Bolsonaro no Brasil, com os resultados que sabemos... Ou seja, metem a ideologia fascista de "quarentena", ao mesmo tempo que aproveitam todos os deslizes e asneiras governativas, para espalharem, em frases curtas. a "doutrina populista do descontentamento"...

A mim não me assustam os "descontentes". Assustam-me sim, os "ignorantes"...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa) 

domingo, setembro 29, 2019

A Tradição e o Protesto Silencioso...


Durante a tarde acabei por passar pela Rua Cândido dos Reis e assisti ao protesto silencioso de alguns anarquistas e defensores de animais, ao habitual movimento festivo, que enche a rua de gente, às bancas de venda de artesanato... E à quase invisibilidade das burricadas...


Quase que diria que o anúncio de protesto resultou, pois verificaram-se várias alterações, inclusive  o percurso habitual dos passeios de burro (ficaram-se pelo Largo de Cacilhas...).

(Fotografias de Luís Eme - Cacilhas)

quinta-feira, setembro 26, 2019

As Burricadas de Cacilhas (e a protecção dos animais...)


No dia 29 de Setembro (domingo) realizam-se as já habituais "Burricadas", uma tradição antiga transportada para os dias de hoje pelos escuteiros de Cacilhas.

Quando ainda não se sabia a data do evento, o Centro de Cultura Libertária (anarquistas), com sede na rua Cândido dos Reis, onde se realiza o habitual percurso das "Burricadas", divulgou no seu blogue que iria organizar uma "jornada de protesto" silenciosa, junto ao seu espaço:

«Junto com o VOE (Veganismo de Oposição à Exploração), iremos realizar um protesto (silencioso) contra as Burricadas que se realiza anualmente na Rua Cândido dos Reis, ainda que nos tem sido recusada a informação sobre a data, estamos já com o protesto e evento preparado. Pormenores finais em breve.»

O CCL irá colocar uma faixa com estas palavras: "Os animais não são um brinquedo" e farão uma pequena performance "O burro triste".

Claro que tudo isto contraria o uso que tradicionalmente se dá a estes animais domésticos (mesmo nos lugares onde existem associações de protecção dos Burros, é normal serem realizados passeios no seu dorso, quase sempre por crianças...). 

Mas todos os "radicalismos" fazem pensar... E neste caso particular o protesto também se realiza contra a entidade organizadora (os Escuteiros), que por serem defensores da natureza, deviam proteger todas as espécies animais...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

quinta-feira, agosto 08, 2019

O Cidadão Comum, os Políticos e os Sindicatos...


Há já algum tempo que os sindicatos têm vindo a perder a sua relevância na sociedade. Isso acontece fundamentalmente por duas razões: o aumento da precariedade no trabalho (quem trabalha como prestador de serviços, quase que não tem patrão, muito menos direitos ou sindicatos para os defender...); e a dificuldade dos sindicatos em se adequarem aos novos tempos (alterarem as suas formas de luta e a comunicação com os trabalhadores).

Uma das formas de reagir a todas as mudanças foi a transformação das manifestações e das greves em algo mais incisivo, chamando a atenção das pessoas quase sempre de uma forma negativa, já que é sobretudo o cidadão comum que é prejudicado, nas formas de luta escolhidas.

E é por isso que se percebe, cada vez mais, que o "feitiço se está a virar contra o feiticeiro". Os grevistas conseguem com que a maior parte da população se coloque contra eles, porque são sempre elas a serem afectadas nos transportes, nos hospitais ou em quaisquer outros serviços públicos que necessitem. Ao mesmo tempo permitem a "resistência" dos patrões e do Estado, que sentem ter a maior parte dos cidadãos no seu lado e não lhes dão o que querem...

E se os políticos forem "habilidosos" como é o caso de António Costa, ainda conseguem obter dividendos eleitorais (como se notou nas eleições europeias...) ao mesmo tempo que deixam a oposição "com os pés e as mãos atados".

(Fotografia de Luís Eme - Vidais)

quinta-feira, abril 18, 2019

O Tempo das Greves "Selvagens"...


Já percebemos, depois da greve dos enfermeiros aos blocos operatórios, e de agora, dos motoristas que transportam materiais perigosos, que vale quase tudo, para que sejam conseguidos os objectivos propostos pelos seus sindicatos.

Mas não deixa de ser estranho, que se opte por prejudicar,  fundamentalmente, quem não tem qualquer responsabilidade pela sua situação, ao ponto de conseguirem essa coisa extraordinária, de virar a maior parte das pessoas contra eles...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)

terça-feira, abril 16, 2019

Esta Coisa da Liberdade Tem que se lhe Diga...


Sempre coloquei o direito à greve no mesmo patamar  do direito ao trabalho. Nunca gostei dos chamados "piquetes de greve", que tentam proibir, de todas as formas possíveis (inclusive utilizando a violência...) os trabalhadores de exercerem este seu direito.

Sei que a liberdade é outra coisa, oposta à tentativa de obrigarmos os outros a fazerem o que nós queremos...

Outro coisa cada vez mais perigosa, é o "alarme noticioso" (horas e horas a transmitir a mesma notícia...) que, neste caso particular, faz com as pessoas pensem que vem aí o caos e corram para as filas das bombas de gasolina...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)

sexta-feira, dezembro 21, 2018

Populismo? Não, Obrigado!


A resposta dos portugueses aos muitos convites para vestirem coletes amarelos hoje (que falta de imaginação...), foi a que se esperava (ou a que eu esperava).

Se por um lado, os revolucionários das "redes sociais" continuam a ter alguma dificuldade (e medo) em entrar no mundo real, por outro, as pessoas não gostam muito de protestar apenas porque sim.

Já se sabia que a "anarquia" da organização deste movimento, poderia ser aproveitada pelos nacionalistas do "cabelo rapado, botas da tropa e vivas ao salazar", para tentarem tomar conta dos acontecimentos e dar nas vistas, especialmente na Capital, onde se sabia que as televisões iam estar atentas (coitadas não tiveram grande espectáculo, apesar das várias tentativas de dar voz aos "revolucionários" para as câmaras...). E parece que sim (até tentaram ficar "cativos" dos guardiões do poder), que foi, pelos testemunhos de alguns participantes, que se queixaram de ser "ameaçados de morte"...

Quem deve ter tido pena de não participar, foi a nossa (salvo seja) Assunção. E o amarelo até lhe fica bem...

(Fotografia de Luís Eme)

sábado, setembro 15, 2018

Um Dia de (aparente) Mudança ...


Há momentos únicos, umas vezes por razões que a razão desconhece, outras por que a espontaneidade e o sentimento colectivo podem surpreender o mais incrédulo. Foi assim no dia 15 de Setembro de 2012, que obrigou Passos Coelho a mudar ligeiramente de rumo...

Hoje as coisas estão mais complicadas, porque temos um primeiro-ministro desarmante, que até consegue deixar quase sem palavras de protesto o "rei dos sindicalistas"...

Mas o meu propósito é deixar aqui o poema que escrevi sobre este dia exaltante, com tanta gente na rua a dar vivas à Liberdade, à Democracia e à Unidade... (poema que faz parte da "3.ª Exposição de Poesia Ilustrada da SCALA, patente na sede /galeria desta associação almadense).


15 de Setembro de 2012 

Não sei quantos éramos
Não perdi tempo a contar
Sei apenas que éramos muitos
Os que estávamos ali a caminhar.
Queríamos um outro país
Ainda com espaço para sonhar.

Mas sabíamos que não íamos lá
Apenas pelo sonho.

Era preciso lutar!

E de punho erguido
O povo voltou a gritar
Que se estivesse unido
Jamais seria vencido
Mas mais importante
que aquele grito
Era acreditar.

Sabíamos que não íamos lá
Apenas pelo sonho.

Era preciso lutar!


Luís [Alves] Milheiro