quinta-feira, março 14, 2024
domingo, fevereiro 04, 2024
O descrédito das forças das segurança
Mesmo estando de acordo com as reivindicações tanto dos agentes da PSP como dos guardas da GNR, tenho noção de que não se pode colocar em causa a segurança do País, por estes se sentirem injustiçados em relação ao governo socialista.
Se não percebem que ser polícia ou militar, faz com que se tenha um estatuto diferente de qualquer outro cidadão, devem pedir a demissão e arranjar uma ocupação mais compatível com as suas vontades. E isso começa e acaba com os seus representantes sindicais, que fingem esquecer as suas especificidades profissionais.
E nem vou falar da diferença de tratamento que existiu entre agricultores (estes até de deram ao luxo de andar a passear nas auto-estradas) e jovens que bloqueiam estradas...
Apesar de estarmos num tempo pré-eleitoral, espero que o governo actue em conformidade. E se a direção nacional das polícias não tem capacidade de liderança suficiente para fazer com que os seus agentes cumpram as suas missões, devem ser os primeiros a pedir a demissão.
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
quarta-feira, janeiro 10, 2024
A guerra perdida do jornalismo por uma informação mais séria e livre
E as queixas em relação aos investidores são bem anteriores ao actual "Fundo das Bahamas". Desde o tempo da Olivedesportos, passando pelos accionistas angolanos e acabando no senhor Galinha, que sempre se passaram coisas estranhas na forma de gerir aquele que é um dos títulos mais valiosos da nossa comunicação social.
Talvez agora as coisas sejam ainda mais preocupantes, até porque é impossível fazer jornalismo sem jornalistas (as redacções estão cada vez são mais reduzidas...). A forma como o "Jornal de Notícias" é tratado também é estranha, já que segundo as notícias nunca deu prejuízo e tem sido a grande referência do jornalismo que se faz no Norte.
Ouvi o Presidente da Câmara do Porto nas notícias, quase a disponibilizar-se para apoiar o "JN", defendendo que as autarquias deviam puder apoiar o jornalismo que se faz nas suas terras. Não sei se ele estava a falar a sério. Mas até é possível que sim, porque ele escreveu durante anos em jornais. Mas como sei de casos contrários, de autarquias que se recusavam a apoiar a imprensa local (Almada foi um exemplo, não é por acaso que há já alguns anos que não há um jornal no Concelho...), porque não queriam ter contraditório, só gostavam de "notícias felizes".
E é por muitos políticos terem medo do contraditório, não quererem ser questionados pelos seus erros (e são tantos de Norte a Sul...), que se chegou a esta situação. O problema não se resume às redes sociais, que acabaram por ocupar espaços informativos que já não existiam ou eram deficitários. Infelizmente acabam por ter um papel mais negativo que positivo, devido à cada vez maior difusão de notícias falsas.
Mas como até são os próprios governantes que usam as redes sociais para "ganharem eleições", não há muito a fazer.
Há já algum tempo que o jornalismo começou a perder a guerra, por uma informação mais séria e livre...
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
domingo, dezembro 10, 2023
Os governantes da "escola do facilitismo"...
As justificações para estes resultados baseiam-se numa "escola de facilitismo", realçando professores que não cumprem os programas e alunos que chegam aos últimos anos do secundário mal preparados (sem os conhecimentos necessários para passarem de ano...).
Embora não façam parte do relatório, devia-se falar também de outras coisas.
Sim, é impossível passar ao lado das péssimas condições de trabalho que foram oferecidas, a todos aqueles que queriam ser professores, nos últimos vinte anos, conseguindo afastar os melhores das escolas (é sempre isto que acontece em todas as profissões, quem pode procura algo melhor...). Infelizmente os que ficaram, foram ficando cada vez mais desmotivados...
A responsabilidade maior para o que se passa na educação, é de quem esteve no poder oito anos e não conseguiu (ou não quis...) realizar nenhuma reforma para melhorar o dia a dia nas escolas, preferindo fingir que estava tudo bem...
Os sindicatos dos professores também têm a sua quota parte de responsabilidade, pois a sua grande preocupação nos últimos anos foi lutar pela recuperação dos anos de serviço perdidos e aumentos de salários e não pela melhoria da qualidade do ensino.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
sábado, outubro 21, 2023
Quem não quer uma "Vida (mais) Justa"?
É mais que legitimo queremos uma vida justa, querermos que as coisas, todas, sejam mais bem distribuídas, como o foram na parte final do século XX.
Eram tempos em que o capitalismo fingia ser menos selvagem...
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
sábado, setembro 30, 2023
Uma "casa para viver" (num país cada vez mais imperfeito)...
Só que além de estarmos cada vez mais longe do tal "mundo perfeito", vivemos num País que se orgulhava de ter a Constituição mais avançada (acho que também era do "mundo", mas já deve ter perdido esse "orgulho"...), mas que por ser tão "avançada", o que não faltam por lá são coisas que não se cumprem.
Uma delas é o direito à habitação. Mas acho que nesse artigo não se diz que o Estado tem de dar a cada português uma casa, gratuita, como é a exigência da gente, que até é capaz de viver uma vida inteira numa barraca, para que lhe dêem um lugar para habitarem, praticamente sem custos.
Como eu tive de comprar casa (tal como a maioria dos portugueses...), faz-me confusão a forma de pensar destas pessoas, que pertencem ao clube dos que só têm direitos, e deveres nada.
Só que o problema da habitação de hoje está longe de ser tão simples, e de se restringir a este "mundo dos pedinchas".
O que não falta por aí é gente que contribui para o país através dos seus impostos e que quer comprar ou arrendar casa. Mas quer fazê-lo a preços decentes, não neste mercado que faz cada vez mais concorrência com Paris, Londres ou Nova Iorque.
E só há uma forma de lutar contra esta especulação imobiliária, é a construção social (algo que deixou de ser preocupação governamental há pelo menos vinte anos), através dos governos central e local.
Mas é FAZER, não é ENTRETER, como parece ser a especialidade do Governo Socialista.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
quinta-feira, setembro 28, 2023
Será um ponto de viragem?
Talvez isso tenha sido feito para evitar possíveis imitações (e o que não falta neste governo é gente mais incompetente que Duarte Cordeiro...) em outras aparições públicas de governantes.
Acabámos por falar disso, ao café. E não houve qualquer consenso. E ainda bem.
Mas talvez se tenha chegado a um ponto, em que os habituais métodos pacíficos de manifestações de protesto e reivindicações, com resultados quase nulos, comecem a ser substituídos por outros, que já são usados por essa Europa fora.
Se isso acontecer, a responsabilidade maior é dos políticos, especialmente de quem governa, que finge que resolve os problemas que afectam toda a sociedade e normalmente acaba por não resolver coisa nenhuma.
(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)
sábado, maio 06, 2023
Quase todas as Palavras começaram por Dê...
Acredito que não seja a causa principal para que as ruas de Almada estejam cada vez mais imundas, para que as pessoas encham o espaço rente aos contentores de inutilidades ou de restos de casas (talvez aconteçam mais despejos do que se pensa...). Mas anda por lá perto...
Onde se nota "o seu dedo", é no mau serviço prestado por quase todos os meios de transporte que temos de utilizar na Grande Lisboa (cacilheiros, autocarros, comboios ou metro...).
Mas onde encontramos as suas "duas mãos" é nas manifestações de protesto, cada vez mais generalizadas. Quando os governantes fingem que resolvem os problemas, mas não resolvem nada, não se pode esperar outra coisa...
É praticamente impossível sentarmo-nos numa esplanada a beber o café e passarmos ao lado de todo este "western" político. Se as "balas" com que eles "brincam" não fossem de pólvora seca, seriam muito poucos os ministros e secretários de estado, que ainda tinham pés...
Falámos algumas vezes de "desgoverno", outras de "desleixo", menos de "desprezo", quase nunca de "democracia". Mas a palavra que mais vezes ecoou na mesa, foi "desrespeito"...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
quinta-feira, março 30, 2023
Com Tantos "Salvadores da Pátria", o Futuro do País está assegurado...
Quem os ouvisse, ficava com a sensação de que tinham feito os seus negócios apenas para ajudar o país, para oferecer um novo rosto às cidades onde têm as suas casas, e não para ganharem dinheiro com a "galinha" que continua a pôr "ovos de oiro", o turismo.
Quase que fiquei zonzo, ao ver tanta gente preocupada com a economia e com os empregos deste País.
Depois lembrei-me que alguns destes "patrioteiros" foram os principais responsáveis pelo despejo de centenas de famílias dos chamados bairros históricos de Lisboa, que tiveram de ir morar para os subúrbios da Capital. E já se sente há algum tempo o resultado destas mudanças, a perda de identidade local e de vida própria, porque quase que se limitam a servir o turismo e os turistas.
É mesmo caso para dizer: Com tantos "salvadores da pátria", o futuro do País está assegurado...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
domingo, setembro 25, 2022
Os Jovens a Política e os Políticos
Concordei com algumas coisas, com outras nem por isso. O que acaba por ser normal.
Penso que eles estão certos, quando dizem que é através das "manifestações de rua" que se pode mudar alguma coisa na sociedade.
Eles sentem que têm de ser eles próprios a lutar e a agarrar o seu espaço, até porque o sindicalismo que se pratica, anda pelas "ruas da amargura", já não convence quase ninguém.
Claro que não consigo concordar com o jovem que disse que o voto era o nível mais básico da política. Embora metade dos portugueses já tenha desistido de votar (e mesmo assim ganham eleições, mas sem qualquer proveito...), acho que é uma das raras ocasiões em que a nossa democracia funciona mesmo a sério. É uma das poucas possibilidades que temos de mudar alguma coisa...
(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)
segunda-feira, novembro 08, 2021
As Greves contra o Povo...
É por isso que também sei que estas greves quase cirúrgicas, marcadas para as horas que "fazem mais doer" a quem não tem outra escolha, que deslocar-se para o trabalho de transportes públicos... só conseguem colocar mais pessoas contra as greves e os grevistas.
(Fotografia de Luís Eme - Almada)
domingo, agosto 16, 2020
É Preciso Acreditar, ter Esperança - e Lutar!
Sim, quando o povo sai em para a rua em massa, nada mais continuará igual.
domingo, junho 28, 2020
A "Caça aos Descontentes e aos Ignorantes"
domingo, setembro 29, 2019
A Tradição e o Protesto Silencioso...
quinta-feira, setembro 26, 2019
As Burricadas de Cacilhas (e a protecção dos animais...)
No dia 29 de Setembro (domingo) realizam-se as já habituais "Burricadas", uma tradição antiga transportada para os dias de hoje pelos escuteiros de Cacilhas.