Mostrar mensagens com a etiqueta Futebol. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Futebol. Mostrar todas as mensagens

domingo, novembro 10, 2024

Ainda as estranhezas (dos que lutam para não mudar)...


(não é a continuação de ontem, mas até podia ser, quase no sentido inverso)

Curiosamente, dois dos lugares mais avessos a mudanças (talvez por serem estranhos por natureza), são o futebol e a política.

Apesar das aparentes inovações e das palavras bonitas ditas pelos dirigentes da Liga e Federação, a "chico-espertice" continua a reinar em toda a linha no futebol (são muitos milhões a saltar de bolso em bolso, por cima e por baixo da mesa...), assim como a habitual má gestão (são muito mais os clubes "falidos" que os com as chamadas "boas contas"...).

É toda esta incompetência que faz com que a "corda" seja cortada sempre no mesmo lado: o canto dos treinadores, que se perderem duas vezes seguidas, são despedidos e obrigados a assumir todas as culpas, desde a falta de qualidade dos atletas contratados até ao dinheiro que não chega às contas dos profissionais no final do mês (nem o sindicato os vale). 

Na política, embora também continue a prevalecer a "chico-espertice", é um mundo mais "finório" (até porque nem nos tempos de "banca rota", o dinheiro falta...). Mesmo que existam mais "rabos de palha", há muito mais "arte" para os esconder.

Isso faz com que aconteça o inverso do futebol: só se demitem ministros e secretários de estado (por mais incompetentes que sejam ou por serem suspeitos de ter feito desaparecer a "caixa das esmolas" da paróquia onde eram autarcas...), se não existir outra alternativa qualquer, como eles saírem pelo próprio pé...

Pois é. Há coisas que passam o tempo a mudar... e outras que nunca mudam.

Vá-se lá perceber porquê...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, novembro 06, 2024

E esta? Afinal correu tudo bem...


Como devem calcular não estou a falar das eleições nos EUA (é um problema sobretudo dos norte-americanos, das maiorias - mulheres - e das minorias - latinos e pretos - que votaram no "homem cor de laranja". Além disso sei que ele não vai fazer todas aquelas coisas estúpidas que prometeu fazer na campanha...).

Estou a falar, sim, de Ruben Amorim, que já é o melhor treinador português da actualidade. E será, com toda a certeza, dentro de dois ou três anos, o nosso melhor de sempre.

Sei que só alguém muito, muito especial, serias capaz de dar a "volta por cima", perante um cenário desportivo, que tinha tudo para correr mal (ser "obrigado a ficar" e dirigir a equipa em três jogos, depois de assinar por outro clube...).

Mesmo não sendo "lagarto", estou grato a Ruben Amorim, por ser diferente, para melhor, da maior parte dos treinadores, e mesmo assim ganhar. 

Basta pensar que é o único treinador português do lote dos nossos cinco melhores, que nunca se desculpa ou fala de arbitragens, quando perde jogos, ao contrário de José Mourinho, Jorge Jesus, Abel Ferreira ou Sérgio Conceição.

Embora seja difícil, tenho a esperança de que um dia o Ruben volte ao Benfica...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


quarta-feira, outubro 30, 2024

Quando "o Feitiço se vira contra o Feiticeiro"...


Por estes dias, o Manchester United está a fazer ao Sporting, o mesmo que este fez ao S. Braga, há mais de quatro anos: "compra" Ruben Amorim, pagando a respectiva cláusula de rescisão. E ponto final.

É apenas mais um bom exemplo de que adoramos fazer aos outros, coisas que não gostamos que nos façam a nós...

E como nos diz, muito bem, a sabedoria popular: "o feitiço virou-se (mais uma vez) contra o feiticeiro". 

Todos aqueles que dizem que este caso não é comparável, falam com o coração e não com a razão, o que até é perfeitamente legitimo num adepto de futebol.

Já o mesmo não se pode dizer dos gestores profissionais do clube. É por isso que não percebo toda a carga dramática que os dirigentes do Sporting estão a colocar no balneário, no treinador e nos jogadores, quando se percebe que a cabeça do técnico já está em Inglaterra. 

Em vez de se desenvencilharem do "problema", o mais rapidamente possível, estão a fazer os possíveis para que ele deixe cada vez mais marcas na equipa, colocando em causa, tudo, até o primeiro lugar que ocupam no campeonato...

(Fotografia de Luís Eme - Beira Baixa)


domingo, outubro 06, 2024

«Quem tem público é o Benfica, o Porto e o Sporting.»


A conversa estava a ser bastante cultural, quase daquelas antigas, em que parecia que o tempo não escapava e nos dizia que era hora de irmos embora.

Quando chegámos aos "públicos", aliás, à falta dele, na maior parte das actividades culturais, se excluirmos os festivais de música, é que as coisas se tornaram mais complicadas...

O Pedro, por ser alguém mais dado à intelectualidade, começou por dizer que nunca nos preocupámos em criar, e educar, públicos, a ensinar as pessoas a perceberem e a sentirem o porquê das coisas. Coisas essas que nem sempre se explicam com facilidade...

Devia ter alguma razão. Pelo menos alguma.

A Carla disse que era mais profundo que isso. Era sobretudo uma mania portuguesa. Todos tínhamos a mania que cantar, tocar, actuar, pintar, escrever, estavam ao alcance de todos. Havia demasiada mediocridade nas culturas. Deu o exemplo das televisões que apadrinhavam aos fins de semana à tarde, muita desta gente, que cantava e tocava, sem ter o mínimo de qualidade exigível para se apresentarem em público. 

Pois, parece que o problema não é apenas das pessoas que não têm jeito. Há também quem alimente o "circo".

O Rui para salientar que era um problema de educação, deu como exemplo o futebol, que tinha o seu público, criado ainda antes de Abril.

Como gosto de "estragar prazeres", disse-lhe que estava enganado. A maior parte dos estádios e campos de futebol, de Norte a Sul, estão quase sempre vazios. E acrescentei: «Quem tem público é o Benfica, o Porto e o Sporting.»

Baralhei um bocado o jogo, mas claro, que começa tudo na educação. 

Claro que não descobrimos, qual é a melhor forma de "educar" as pessoas para se tornarem espectadores de teatro ou de outra arte ainda mais difícil... 

Todos estávamos de acordo que devia começar na escola. Mas quando e como?

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas. desta vez com legenda: "A cultura anda nua")


quinta-feira, setembro 12, 2024

Quando a mentira parece ter o mesmo peso da verdade...


Depois do jantar já se ouviam ecos da entrevista do antigo presidente do Benfica (que qualquer benfiquista sabia, antecipadamente, que iria ser um ataque pessoal ao presidente actual do Clube, aproveitando as suas fragilidades e as deste Benfica...).

O meu filho perguntou-me se o Luís Filipe Vieira se se voltasse a candidatar, se iria ganhar as eleições no Benfica. Disse-lhe que não. Acrescentei de seguida que, Vieira, Pinto da Costa, Bruno de Carvalho, e outros que tais, não cabem no futebol actual, que terá de ser, forçosamente, mais sério e mais transparente.

Ao dizer isto, sabia que estava apenas a dar a minha opinião.

Voltando à entrevista, o pior de tudo isto, é a existência de um jornalismo de sarjeta, sem contraditório, que desce cada vez mais baixo, passando a maior parte do tempo a "levantar poeiras" e a provocar "incêndios", em todos os sectores da sociedade, como é o praticado pelo grupo do "CM".

Não tenho qualquer dúvida de que o mundo seria um lugar mais saudável sem as Laranjas, os Pintos, os Octávios e gente da mesma laia nas redacções. Para eles vale tudo, desde a criação de factos à exploração do que existe da mais rasca, no ser humano.

Claro que esta gente já existia antes de 2016, só aproveitou o "vale tudo", que cresceu, um pouco por todo o lado, após a eleição de Donald Trump, ao ponto de virar de pernas para o ar, a política, a justiça e o jornalismo, como se a mentira tivesse o mesmo peso da verdade... 

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


domingo, setembro 08, 2024

Tanta coisa que se esconde atrás das vitórias...


A selecção de Portugal ganhou há menos de uma hora, à Escócia, um jogo onde se desperdiçaram muitos golos (algo que têm acontecido demasiadas vezes no "reinado" de Roberto Martinez...).

Não foi um bom jogo de futebol. O golo de Cristiano Ronaldo aos 88 minutos que deu a vitória à "equipa de todos nós" vai voltar a adiar uma discussão generalizada sobre as opções técnicas e tácticas do seleccionador. Opções cada vez mais discutíveis, mesmo que ele não seja parvo nenhum e se perceba, que ele lê, ouve e vê, as críticas que vão aparecendo, aqui e ali (não foi por acaso que convocou o Pote e o Trincão ou colocou o Ronaldo no banco...). Muitas delas com razão de ser, como se viu em mais um jogo, em que é notório que um conjunto que tem dos melhores jogadores do mundo continua longe de ser uma das melhores equipas do mundo...

Continuo sem perceber as "variações" do lateral direito para outras zonas do campo, deixando vezes demais a defesa descompensada (não é por acaso que se sofrem golos "esquisitos", aqui e ali, que até parecem ser falhas dos centrais...). Os nossos melhores jogadores do meio-campo continuam subaproveitados (especialmente o Bernardo Silva...) e os avançados fartam-se de desperdiçar golos com iniciativas individuais. Esquecem-se mais vezes do que deviam, que o futebol é um desporto colectivo e que existem outros jogadores em campo, melhor posicionados para colocar a bola na baliza adversária. Mesmo que estes estejam amontoados dentro e fora da área, porque o sistema táctico do seleccionador, no mínimo, deixa muito a desejar... 

E já nem falo da sensação óbvia, e antiga, de que Ronaldo é o "dono da selecção", e que Martinez só consegue olhar para ele como um "deus" e não como mais um jogador à sua disposição. Ele continua a ser útil à selecção, como se percebeu neste jogo, mas há muito tempo que deixou de ser "indiscutível".

Mas o futebol é isto mesmo. Tanta coisa que se esconde (sempre) atrás das vitórias...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sábado, setembro 07, 2024

«Então, está satisfeito com o novo treinador do Benfica?»


Penso que poucas mulheres, com mais de 90 anos, faziam a pergunta "sacramental" da semana: «Então, está satisfeito com o novo treinador do Benfica?»

Sei que ela fez esta pergunta depois dos canais de televisão terem dedicado demasiadas horas de emissão ao assunto (se há coisa que dá audiências é o Benfica, da televisão às bancadas dos estádios...).

Mas isso não diminui o seu interesse lúdico pelo futebol (na falta de outras diversões, habituou-se a ouvir os relatos de futebol, do seu Sporting e dos outros...). 

A solidão tem destas coisas...

Embora acredite que ela sempre tenha gostado deste desporto apaixonante, que consegue colocar 22 homens ou mulheres a correrem atrás da bola em simultâneo, onze contra onze, que querem meter a bola na baliza da equipa adversária... 

Só que na sua infância e adolescência, era praticamente proibido a uma jovem mulher praticar esta modalidade, mesmo que sentisse ter mais jeito que alguns rapazolas (sempre houve miúdas que no recreio das escolas demonstravam ter mais habilidade para o jogo "do chuto da bola" que muitos rapazes...).

Voltando à minha sogra, disse-lhe que só ficava satisfeito se o treinador ganhasse os próximos jogos...

Pois é, o futebol é o "mundo" onde é possível passar, em segundos, de besta em bestial e vice-versa...

(Fotografia de Luís Eme - Seixal)


quarta-feira, agosto 28, 2024

Uma "Casa Assombrada" e "Pimenta na Língua"...


Já o disse aqui, mais que uma vez, gosto do Benfica.

Claro que não sou fanático (a culpa é do meu pai...), porque as primeiras vezes que fui ao futebol, via o meu pai a assistir aos jogos do Caldas, como realmente eram, simples jogos, quase em silêncio. Não me lembro de ele chamar algum nome ao árbitro ou aos jogadores (pode e deve ter acontecido, mas nunca de forma ofensiva, como era comum à nossa volta).

Posso dizer que foi no Campo da Mata que ouvi pela primeira vez tantos impropérios, tantas ofensas, tantos insultos, e claro as chamadas "asneiras", ainda piores que as que escutávamos na rua, e não podíamos reproduzir, graças à ameaça caseira da "pimenta na língua"...

Onde eu já vou. Só queria dizer que o Benfica por esta altura, parece uma "casa assombrada", quase toda a gente quer sair do clube, apesar de ser o que melhor "recompensa" financeiramente os seus jogadores...

Apesar da grande pressão - e também de alguma ficção, como o "atirar" o nome de Sérgio Conceição para a "fogueira da luz", onde não é de todo, bem vindo - da comunicação social, algo se passa de estranho no "reino da luz"...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


domingo, agosto 11, 2024

O homem que voltou a estar quase sozinho...


Parecia a quase todos que os maus tempos estavam ultrapassados.

Quem chegou parecia ser melhor do que os iam partir.

O rio da esperança voltou a correr em direcção ao mar.

Eu sei. Ele sabe. Todos sabem. Tudo muda muito depressa neste mundo. A diferença entre "besta" e "bestial" são apenas duas letras a mais que facilmente são colocadas de lado.

E logo no primeiro dia, que era a sério, as coisas tinham de correr da pior maneira possível. Não sei se fizeram uma "lista de culpados". Ou sei. Antes de a começarem, o primeiro da lista já era o Rui Costa.

Não vale a pena falar de azar, porque isso não existe no futebol, como dizia o meu pai. Há apenas bolas que entram e bolas que batem na trave ou no poste e vão para fora. As que vão para a "quinta", não contam...

E agora, o homem voltou a estar quase sozinho. Não está completamente só, porque o Rui não é um "rato de porão" (como por exemplo, o presidente do Braga)...

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


sábado, julho 06, 2024

A dificuldade que as pessoas têm em sair no momento certo...


Eu sei que é muito difícil sair no tempo certo. E isso tanto acontece com quem exercesse cargos de poder, como nas carreiras profissionais. 

Joe Biden deverá ser o exemplo maior, de quem já não tem as condições que se exigem a um presidente de qualquer País, devido ao peso natural da idade (mas o senhor não desiste...). 

Os anos não perdoam. Basta olharmos à nossa volta para sentirmos que poucas pessoas percebem que o seu tempo já passou...

Posso dizer o mesmo sobre Cristiano Ronaldo. Provavelmente vai insistir em continuar na Selecção até ao próximo Mundial. Mas este era o tempo certo para ele abandonar a "Equipa de todos Nós", pelos quase quarenta anos, mas sobretudo pela sua prestação neste Europeu do nosso descontentamento (mesmo que não tenhamos sido em nada inferiores aos franceses...).

(Fotografia de Luís Eme - Algarve)


quinta-feira, junho 27, 2024

As habituais contradições do dia seguinte...


Não tinha pensado escrever sobre a Selecção e sobre o Europeu, por sentir (como de costume...), que as espectativas estavam demasiado altas.

E continuo a pensar, que não há nada melhor que uma derrota, para colocar toda a gente com os pés no chão. Claro que não é preciso viajar do 80 ao 8, nem os "bestiais" passarem a "bestas", em apenas noventa minutos... Muito menos que o senhor Martinez passe a ser apenas o "espanhol" (sim, com letra minúscula).

Continuo a pensar que não somos a melhor Selecção da Europa. Mas também acredito que tudo é possível, basta que a sorte fique no nosso lado (o que não aconteceu ontem, além das ofertas que fizemos, o árbitro também era do clube dos que "não gostam do Ronaldo" (é a única explicação para não marcar o penalty das puxadelas da camisa...).

Só espero é que os jogadores pensem como eu. Faz muito mal a qualquer equipa, achar que são "os melhores da europa", antes de jogarem. 

É muito importante respeitar os adversários.

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


quarta-feira, junho 19, 2024

Falar para o microfone é uma coisa, falar com a bola é outra coisa...



As coisas mudaram muito no nosso país, inclusive no futebol, onde se ganha muito mais dinheiro que há cinquenta, sessenta anos.

O normal é que as diferenças monetárias também se intrometessem na cultura e na educação (mas nem sempre acontece...).

Esta pequena entrada deve-se a um comentário que ouvi sobre um jogador da selecção, que além de ter dificuldade em falar para a televisão, não falava com clareza. 

Foi quando me lembrei de uma história contada por um dos nossos grandes jornalistas, Carlos Pinhão, quando se sentiu na obrigação de perguntar a outro jornalista, que estava a criticar de uma forma abusiva a dificuldade que um dos nossos grandes futebolistas tinha em se expressar - ainda por cima tinha vindo das "áfricas", ou seja a sua instrução devia ser diminuta -, "se ele tinha sido contratado para discursar ou para resolver jogos com golos". 

E o bom do Carlos lá obrigou o outro senhor "a meter a viola no saco" e a escolher outro, para o "canal da critica", porque ele fazia golos de toda a maneira e feitio...

(Fotografia de autor desconhecido - uma homenagem a Fernando Vaz e ao Vitória de Setúbal, que tinha acabado de ganhar a Taça de Portugal com estas três excelentes "pérolas negras")


terça-feira, junho 18, 2024

Agora é tempo do "país do futebol"...


Nós agora somos um país de muitas coisas, depende sobretudo da "moda" da semana ou do mês.

E a moda do mês de Junho (e Julho...) é o futebol. Não o dos clubes mas o das selecções. Por norma costuma ser mais pacífico, embora aconteçam sempre coisas estranhas, aqui e ali.

O que já não é estranho são as horas que todas as televisões lhes dedicam, nem tão pouco os comentadores, normalmente, treinadores, jornalistas ou antigos futebolistas. Pelo menos na área do "comentário da bola", não se vai buscar gente  de quem nunca ouvimos falar (como acontece com a guerra ou com a cultura da batata). 

Claro que, mesmo assim, junta demasiados motivos para desligar a televisão e voltar ao mundo sem futebol...

(Fotografia de Luís Eme - Boca do Vento) 


segunda-feira, fevereiro 19, 2024

A transformação de um debate num "Benfica-Sporting"...



Sem fugir do tema de ontem, hoje foi dia de "derby" (não há grandes hipóteses de escapar à "futebolização", graças às televisões e aos seus comentadores...). 

Foi um "Benfica-Sporting" (sei que Montenegro é portista, mas não há jogo que gere tantas paixões como este, entre os grandes de Lisboa...), com uma vitória clara do socialista, que me apetece "colar" ao Benfica, por razões pouco racionais.

Após o debate, nem mesmo os comentadores que usam mais a mão e o braço direito, foram capazes de "puxar" o líder da AD para cima, porque ele além de não responder a questões essenciais, quis "interromper", mais vezes do que devia o adversário político, usando a táctica (ainda que mais tímida...) do homem que já o apelidou de "prostituta"...

Não sei se este debate foi bom para os indecisos. Provavelmente ficaram ainda mais baralhados. Muitos estão fartos de saber que o PS não merece o seu voto (os últimos três anos deixaram muito a desejar), mas com a prestação do candidato da AD, as dúvidas em vez de diminuírem cresceram...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sábado, fevereiro 17, 2024

"Vagabundos" a mais no onze da equipa da Luz...


Embora fosse incapaz de assobiar o treinador do Benfica, sei que ele é o pior dos três grandes. Vou ainda mais longe, cada vez  se justifica menos a contratação de um técnico estrangeiro, quando nós temos os melhores treinadores do mundo, graças à excelente leitura de jogo e capacidade para alterar o que se passa no terreno, em poucos minutos.

Mas o problema maior do Benfica é ter "vagabundos" a mais no seu onze, jogadores que correm e defendem menos do que deviam. Têm sido pelo menos três nos últimos tempos: Di Maria, João Mário e Kokcü. O futebol moderno não se compadece com tantos jogadores, que além de não correrem muito, não defendem nem têm cuidado com o seu posicionamento no campo, deixando quase sempre os adversários demasiado à vontade.

Não tenho dúvidas que no onze benfiquista só existe espaço para um "vagabundo", e ele é o Di Maria, porque a qualquer momento, pode fazer a diferença.

Como também vimos na televisão, até um rapaz, com uns dez anitos, no máximo, sabe que Schmidt têm muito a aprender com Amorim ou  Conceição, na leitura do jogo e na capacidade de mudar o que é preciso dentro do relvado...

Escolhi esta fotografia, porque esta pequena oficina de sapateiro, faz parte do meu imaginário. Ficava a caminho das Praças da Fruta e do Peixe e sempre que ia de mão dada com a minha mãe às compras soltava a mão e ia espreitar as paredes, forradas com as grandes equipas e os grandes jogadores de futebol, num tempo em que os "vagabundos" abundavam nos relvados...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)


segunda-feira, outubro 16, 2023

A nossa Selecção de futebol, "à partida" e "à chegada"...


"À partida" quase que parece estúpido, sermos considerado o país com os melhores jogadores e treinadores do Mundo, e a nossa selecção ser treinada por um técnico espanhol.

"À chegada", a escolha parece ter sido a decisão certa, se olharmos para os resultados obtidos até agora (oito vitórias e zero derrotas e um apuramento directo para o Europeu) . 

Além disso havia o "problema Cristiano Ronaldo", que não teve o melhor dos comportamentos com a Selecção e com o ex-seleccionador, Fernando Santos, no Mundial (que ditaria o seu afastamento...). 

O seu futuro na "equipa de todos nós" era uma incógnita. Para muitos era "finito", para outros continuava a ser o mesmo Cristiano de sempre. A realidade diz-nos que nem é uma coisa nem outra... Não estava acabado, mas também já não era o mesmo jogador, por razões óbvias (o tempo não perdoa, mesmo aos melhores do Mundo..).

Ou seja, seria sempre problemático para um português resolver este último problema, ainda por cima, de uma forma tão conciliadora como Roberto Martinez o tem feito, até agora, sem beliscar o estatuto de Cristiano como "melhor jogador do mundo".

(Fotografia de Luís Eme - Costa de Caparica)


sexta-feira, setembro 22, 2023

A invenção de casos e casinhos que não lembram ao "careca"...


As pessoas deste país deixam-me ligeiramente confuso, por se preocuparem com coisas que - digo eu -, não lembram ao "careca" (estou a dar o "flanco" a todos os carecas, para se sentirem ofendidos e se manifestarem, até por ser moda...).

Não, não vou voltar a falar dos "ilustres" que queriam retirar uma estátua de uma praça do Porto, com o beneplácito do presidente da Câmara (que por momentos pensou que podia fazer tudo o que lhe apetecesse...). São tão "ilustres", que nem merecem uma linha de palavras...

Prefiro falar de um antigo jogador de futebol do Sporting, que na sua qualidade de comentador, fez o que fazem quase todos os comentadores (especialmente os dos programas desportivos do CMTV), conversam como se estivessem no café, sendo muitas vezes inconvenientes.

Carlos Xavier quis ser engraçado (não é para todos ter graça...) e em vez de chamar  o avançado do FC Porto, Taremi, pelo nome, chamou-lhe muçulmano (não sabia que era assim tão ofensivo chamar a um nativo de um país com esta religião, muçulmano...) e referiu-se também à sua qualidade de "mergulhador" nos relvados, com que consegue ludibriar de vez em quando, um ou outro árbitro.

E de repente, toda a gente ficou muito ofendida. Como se o futebol português de repente se tivesse tornado num "salão" bem frequentado.

Nem sequer deram relevo ao facto de Carlos Xavier ter reconhecido e seu erro e pedido desculpa ao jogador e a todas as pessoas que professam esta religião.

Podia falar do presidente do FC Porto (e acólitos...) que sempre gostou de apelidar os lisboetas de "mouros", entre outros nomes mais ofensivos. Ou ainda dos vários comentadores desportivos, que semana após semana, apelidam alguns dos nossos árbitros com mimos como os de "ladrões", "vigaristas", "ceguinhos", etc..

Mas não adianta. O mundo está assim, muito limpinho por fora e completamente nojento por dentro...

(Fotografia de Luís Eme - Almada)


terça-feira, setembro 19, 2023

O outro lado do futebol (com pessoas como nós)...


Felizmente o futebol às vezes consegue escapar ao negócio e a toda a clubite doentia, que o suja e empobrece.

Hoje deixou-nos um treinador brasileiro, que tive a felicidade de conhecer e de ouvir excelentes histórias de um futebol que já não existe, o grande (em tamanho e em qualidade humana) Marinho Peres. 

E depois acabei por me lembrar de outro excelente treinador (que também foi um grande jogador, internacional, como o Marinho...), o Jaime Graça, que também me contou vários episódios inesquecíveis, dos seus tempos de atleta e também de técnico. Estupidamente o Jaime nunca pode demonstrar o seu real valor como treinador. Foi como se o seu nome tivesse sido "vetado" na primeira divisão dos nossos campeonatos... 

Fingiu que não se sentiu incomodado ou injustiçado, por saber que havia coisas mais importantes que o sucesso (sucesso que conheceu muito bem como jogador, pois fez parte da selecção dos "Magriços", que obteve o excelente 3.º lugar no Mundial da Inglaterra e foi um dos grandes jogadores do Benfica dos anos sessenta...). E depois fez um trabalho notável no futebol juvenil do Benfica..

E por falar em "sucesso", fiquei muito feliz por o João Félix estar a brilhar no Barcelona (hoje marcou mais dois golos...) e demonstrar que os vários problemas que enfrentou no Atlético Madrid, tinham pouco a ver com o seu valor como futebolista...

(Fotografia de Luís Eme - Lisboa)


sexta-feira, setembro 08, 2023

Bater de frente com a realidade e ficar a "chover no molhado"...


Noto que as pessoas "normais" cada vez gostam menos de falar de política e de futebol. Isso acontece porque não lhes apetece nada pensar em coisas tristes, muitos menos conversar sobre coisas que só lhes dão aborrecimentos.

No fundo sabem, que por muito que falem e votem, os problemas vão manter-se, porque as pessoas que fazem parte dos principais partidos sempre se preocuparam mais com os seus interesses particulares que com o que é realmente importante para todos nós.

O curioso é ainda haver gente que fica surpreendida por cada vez votarem menos pessoas.

Quem não se parece preocupar minimamente com isso são os políticos. Desde que se mantenham no poder, fingem que está tudo bem.

Com o futebol acontece a mesma coisa. Os seus dirigentes não se preocupam se as suas atitudes pouco desportivas estão a destruir a "indústria" que os ajuda a nadarem em milhões, se cada vez vai menos gente aos estádios, ou se os canais desportivos pagos têm menos assinantes. Mas gostam muito de falar de "verdade desportiva". Apenas isso. Falar...

Lá estou eu a "chover no molhado", mas entristece-me viver num país assim, onde se finge diariamente que tudo está bem e vão-se empurrando os problemas para o buraco (que parece não ter fundo...) que se esconde debaixo do tapete...

Se Santa Marta nos valesse, apanhávamos todos este autocarro...

(Fotografia de Luís Eme - Cacilhas)


sábado, agosto 12, 2023

O velho lema: "unidos contra tudo e contra todos"


Não vou falar do treinador do FC Porto, que se recusou a abandonar o banco de suplentes depois de ter sido expulso, após gesticular, gritar e insultar o árbitro (segundo o relatório do juíz da partida, não ficou satisfeito com o seu comportamento rente ao relvado e no túnel de acesso aos balneários voltou a insultar o árbitro...).

Vou falar sim da permissividade da justiça deste futebol português em relação ao FC Porto (algo que dura há décadas...), pródigo em atitudes que tentam contrariar as leis de jogo e influenciar as decisões dos árbitros em seu benefício. Sempre que este apita contra a equipa, toda a gente do banco de suplentes se levanta, grita, insulta e barafusta, ameaçando em alguns casos invadir o terreno de jogo.

No relvado os jogadores têm o mesmo tipo de comportamento. Adoram rodear o árbitro (e até empurrar), quando apita a favor do adversário, tentando influenciar as suas atitudes (o que conseguem, mais vezes do que deviam, daí insistirem neste tipo de pressão, jornada após jornada...).

Uma boa parte dos adeptos do clube do Norte, defendem estas atitudes, assim como os seus dirigentes, que nunca tiveram uma palavra de desagrado para com o técnico, que já foi expulso 24 vezes (14 com as cores do Clube), prejudicando e oferecendo uma má imagem do clube para o País e para o Mundo.

O mais curioso é que, normalmente, tanto o Clube como o Treinador ainda se fazem de vítimas em todas estas situações. Enchem a boca com a ausência de "verdade desportiva". Em sua defesa falam de perseguição (desde os árbitros aos jornalistas de Lisboa...) e erguem a frase gasta que lhes dá força para ganharem títulos (dizem eles...): «Unidos contra tudo e contra todos.»

Provavelmente, só quando existir coragem para punir o Clube e o Treinador, exemplarmente, é que eles começarão a perceber que afinal não são mais iguais que os outros...

(Fotografia de Luís Eme - Caldas da Rainha)