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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Qual será o Motivo?


Já tem alguns dias que li essa manchete e a guardei debaixo de meu travesseiro. Falam que o principal motivo dos brasileiros não estudarem em Harvard ou MIT é a falta de informação sobre a possibilidade de estudarem lá, mas será mesmo? 
O problema educacional do Brasil é percebido de longe, há muito tempo e em todas as partes do ensino, ou seja, vai desde o ensino básico até o, assim chamado, ensino superior. 
Recentemente decidiram tirar Portugal da lista de opções para intercâmbios através do Ciência sem Fronteiras. A justificativa para tal foi que os brasileiros precisam perder o medo e aprender outro idioma. Talvez os brasileiros aprenderiam outro idioma caso no ensino básico público existisse investimento e incentivo para que se aprenda outro idioma. Contudo, o que vemos são escolas oferecendo uma língua estrangeira onde a maioria dos alunos não conseguem aprender nem 15% de tudo que é "ensinado". Talvez seja por isso que Portugal seja o país mais concorrido numa lista de intercâmbio, talvez...
Será mesmo, então, que a falta de informação é a principal razão que faz com que os brasileiros não estudem em Harvard ou no MIT?

quinta-feira, 18 de abril de 2013

As cidades mais violentas do Mundo




Parabéns Brasil!!!
Você conseguiu mais um grande ranking!!!
15 cidades brasileiras estão entre as 50 mais violentas do MUNDO TODO!
E daí eu fiz a conta 15/50 = 0,3 = 30 % das cidades mais violentas do mundo são brasileiras!!!


E você pensa "com certeza o Rio de Janeiro e São Paulo são as primeiras da lista".
Não elas não são sequer citadas...
Tem o pessoal da teoria da conspiração dizendo que não repassaram todos os dados ou que foram comprados números... 
Ok. Talvez. Eu já não coloco minha mão no fogo por ninguém mesmo.

Mas o que eu posso dizer sinceramente é a minha visão de Rio e São Paulo (como pessoa que visita por alguns dias duas vezes ao ano) é que eu adoro essas cidades. 
Coitado do Rio de Janeiro. A mazela do Rio não se chama favela, se chama REDE GLOBO. Se você peidar na Av. Brasil pronto, tem helicópteros e capa de revista mostrando AO MUNDO que alguém peidou. Com certeza é uma cidade grande com desigualdades sociais e todo aquele problema do trafico de drogas, mas eu nunca fui assaltada no Rio. E eu não fico pagando de turista não... Eu me hospedo na zona norte, volto de balada de madrugada pela linha vermelha dirigindo, pego ônibus, balsa, ando a pé pelo centro a noite... 
Em São Paulo a mesma coisa, fico hospedada há uns dois quarterões da cracolândia, bem no centro.
Chego tarde da noite de metrô e vou andando até o hotel, nunca nada me aconteceu. E nunca chegou nem perto de acontecer. E você deve estar lendo e pensando "ah ela deu sorte".

É claro que eu não fico dando bobeira, sabe porque?
Porque eu fui criada em Fortaleza!!!
Entre as TOP 15 estão Maceió, João Pessoa, Manaus, Fortaleza e Salvador.

Quem acha que a sua cidade é violenta não sabe o que é o nordeste brasileiro!!!
Não se vende carro sem ar condicionado, por que é calor?
Não!
Porque você não pode andar com os vidros do carro baixos nem as 10h da manhã!
Você não pode parar no semáforo muito próximo do carro da frente, porque eles fazem arrastões nos semáforos, porque eles fazem sequestros relâmpados e assaltos em plena luz do dia e você precisa dessa distância pra literalmente escapar!!!
A última vez que fui pra Fortaleza 3 anos atrás, a bandidagem estava fechando uma importante Av de Fortaleza em pleno horário de pico com metralhadoras!!! Todos os dias no mesmo horário por uma semana. E isso apareceu no Jornal Nacional? Não!!!!!
É o tipo de coisa que era assim quando eu morei lá 10 anos atras e só piora.

A verdade é que ninguém está nem aí pro nordeste.
Deixa morrer.

Mas esses nomes da lista já eram bem esperados por mim.
Agora Curitiba (42ª) e Brasília (49ª) esses são pra gente engolir seco mesmo!
Curitiba foi eleita uma das melhores cidades do mundo pra se viver uns 15 anos atrás.
Melhor cidade do mundo e agora 4 mandatos depois a 42ª mais violenta do mundo.
Brasília há 8 anos atrás tinha o melhor IDH do Brasil, dois mandatos depois tem uma taxa de 764 homicídios por ano. Ou seja, duas pessoas são assassinadas por dia!!! Mortes! Não estamos nem contando assalto, estupro... Mortes!

Isso só mostra o quanto um mandato pode acabar com uma cidade.
O quanto os governos das cidades estão despreparados para conter essa criminalidade e reduzi-la.
O quanto o governo brasileiro não consegue fazer um plano de medio-longo prazo para trazer mais cidadania e qualidade de vida ao povo brasileiro. 
Muito pelo contrario, consegue ainda estragar o que estava bom.

Parabéns Brasil.
Eu já não coloco minha mão no fogo por ninguém mesmo.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Copa do Mundo para quem?

O Brasil decidiu cancelar o evento copa do mundo aqui,
porque percebeu que a população não irá ganhar nada com tal evento
assim, o evento foi transferido para a ilha do Lost.

1º de Abril,
ah, se essa notícia fosse verdade.

Manchete de Ontem: Copa do Mundo para quem?

Num país onde o mais importante
não é a população
tanto faz
quais serão os gastos
em questão

O turista que precisa
aproveitar,
quem for daqui
vai ter que 
de outro jeito se arranjar.

Se existir desapropriação
melhor ainda
se existir expropriação
que seja de vidas.


__________________
Não consigo tecer muitos comentários a respeito da copa do mundo no Brasil, porque, de certo, essa copa do mundo não é para mim.

quinta-feira, 7 de março de 2013

A Esquerda, a Direita, e o que realmente importa

Manchete de Ontem: Morre Hugo Chávez
Manchete de Ontem: Yoani Sanchez enfrenta novos protestos na Bahia


Pessoas são realmente intrigantes.

Achei muito interessante os protestos contra Yoani Sanchéz, e como muita gente entrou no Facebook para falar sobre isso, como ela era uma traidora e quem discorda é desinformado sobre a realidade. Novamente, os ânimos na minha timeline se exacerbaram quando o venezuelano Hugo Chávez faleceu, conforme era de se prever. 

Acho particularmente curiosos os diversos casos de frequentadores de Tok&Stock, Outlet Premium, Dom Francisco e Saborella protestando com veemência e aparente convicção contra todos os porcos direitistas que supostamente estariam celebrando a morte de Chavéz, uma liderança carismática que graças às frágeis estruturas democráticas e maturidade política de seu país, conseguiu ser presidente por quatorze anos, e o seria por muito mais tempo se continuasse vivo. 

Particularmente, não torci contra ou a favor da vida do político. Não acredito em torcidas nesses casos, nem em termos de eficiência, ou por acreditar que o que representa um indivíduo morre com ele. Ideologias sobrevivem a "mártires", e muitas vezes se fortalecem após eles. É assim a séculos e séculos. 

Uma das coisas que nos separa dos macacos, é nossa capacidade gigantesca de criar rótulos. Gostamos de colocar pessoas em caixinhas, e esperar que elas fiquem sempre dentro delas. Quando alguém insiste em sair dessa caixinha, o imperativo coletivo insiste em colocá-lo dentro de outra caixa. 

Como se pessoas não pudessem circular livremente e inteligentemente entre correntes diversas de pensamento. Como se isso fosse um ato de rebeldia, e por si só, a fundação de uma nova corrente. Nós estabelecemos que o indivíduo não pode pensar individualmente ao observar o coletivo. Entendem o que quero dizer?

Aí chegamos a esse ponto: abraçamos uma ideologia teórica, e uma vida prática totalmente diferente. Nos tornamos hipócritas e recusamos a enxergar que, na verdade, existem acertos e erros por todos os lados. Nos recusamos a recusar as caixinhas, e padecemos com isso. Considero recriminável os discursos odiosos que enfrento cada vez que ouso discordar publicamente da obra política geral de Lula, apenas porque para mim a alegada "ruptura" que seus partidários (filiados ou não) afirmam ter existido, em minha opinião nunca existiu. Reconheço muitos acertos, mas não me nego a enxergar inúmeros erros, mesmo nos acertos.

Ao contrário do que muitos pensam, eu acredito no assistencialismo. Acredito de verdade. Sou favorável a cotas em universidades para egressos do ensino público, a programas como o Bolsa Família. Vejo no assistencialismo brasileiro, venezuelano, e mesmo americano (sim, existe por lá também) a melhor forma de amenizar imediatamente problemas sociais urgentes, muitas vezes crônicos. Entretanto, o assistencialismo sozinho não soluciona o problema ao longo dos anos. Assistencialismo não reduz curvas de aprendizagem, de inclusão social.

A sensibilidade, e não a postura ideológica, deveria levar todo ser humano a compreender a necessidade do assistencialismo. A inteligência, e não a postura ideológica, deveria nos levar a compreender que outras ações, como a mudança na forma de se pensar, gerir e fazer educação, política, saúde e infraestrutura nos libertaria a longo prazo de vários problemas sociais e econômicos.

Eu não consigo levar a sério pessoas que sempre tiveram "tudo" (não um lamborghini, mas educação, alimento, moradia e acesso a informação em geral), e não compreendem a necessidade de subsidiar o mínimo a quem é esmagado diariamente pela dinâmica do mercado, pela falta de oportunidades. 

Da mesma forma, não consigo levar a sério quem usufrui de todos os benefícios supérfluos e consumistas de uma economia livre, de um país democrático, que do alto de seus dispositivos Apple entram no Facebook para criticar a postura anti-governo uma ativista vinda de um país sem nenhum desses privilégios, ou para chamar qualquer um que não partilhe de sua visão romântica do Socialismo de "direitista".

Pessoas carecem de capacidade analítica. Seja para avaliar sua própria vivência, o histórico da humanidade, os resultados catastróficos de implementações práticas de teorias lindas, o que há de bom e útil em uma ou outra corrente de pensamento, e assim por diante. O que importa é brigar e até morrer por um núcleo sólido e falido decidimos num momento abraçar sem analisar todas as suas nuances, todas as suas implicações.

Enquanto prevalecermos assim, pode morrer Che Guevara, Chávez, Allende, Abraham Lincoln, Osama Bin Laden, Kadafi, Kennedy, e todos os 7 bilhões de habitantes desse planeta insignificante. 

Continuaremos perdidos e vítimas de nossa própria ignorância e intransigência.

segunda-feira, 4 de março de 2013

O Manchete de Ontem quer saber...


Que o mundo inteiro é conivente, de certo modo, a situação de bloqueio econômico vivida em Cuba todos nós já sabemos. Afinal, tudo que é diferente é colocado a margem. O mendigo na rua, o colega de sala que tem um peso a mais e é sempre o último escolhido para entrar no time, o que tem pouca formação e mora na favela, o cigano que é tratado como ladrão. Quer dizer, tudo que não se encontra no pacote definido de forma verticalizada por alguém é deixado de lado. Nós começamos a crescer e, então, achar normal uma exclusão aqui e outra ali. Se eu excluo meu vizinho da confraternização do bairro só porque ele tem menos condição, o que tem um país que eu nem vivo não está no pacote de países em que o meu se encontra, né verdade?
Mas após o nosso incrível crescimento, perguntas críticas também deveriam entrar nos nossos debates, isto é, como pode um país tão "atrasado" econômico e tecnologicamente como cuba, ganhar disparado de nós na educação e na saúde? Deixemos a saúde para os médicos de plantão. Falemos da educação. Eu sei, isso aqui anda ficando chato, todos os meus textos são sobre a educação e blá blá blá. É que eu escrevo na esperança de registrar isso e poder daqui uns vinte anos ver que isso aqui era horrível, mas que no futuro...
Bom, a única explicação que existe para cuba ganhar de nós na educação é uma: eles acreditam na educação. Claro, se não acreditassem não teriam pós revolução (há quantos anos mesmo, hein Fidel?) terem feito um intensivo processo de alfabetização. E nós no mundo pós moderno definindo os vários tipo de alfabetização que assolam o nosso país. Qualé? Quem é o país desenvolvido nessa história?
Se eles acreditam na educação, permitem a valorização desta. Os estudantes do ensino básico são motivados a virarem estudantes no ensino superior nos cursos de licenciatura e aí está: acreditar, valorizar, motivar.... os tornam excelentes professores que, por suposto, sendo excelentes professores ajudam mais estudantes do ensino básico. Sabe aquilo de que o mundo é redondo? Então, é a cadeia alimentar. Ciclo vicioso.
Mas estamos preocupados demais em estudar as tecnologias, e não que elas não sejam importantes. Claro que são. Olha a gente aqui tendo esta conversa... O que nos falta é só (eu disse só?) investir na educação. O que não é muito difícil, ou é?

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Onde vou estudar?


O tempo passa, mas algumas questões parecem sempre estar em pauta. Educação, saúde, transporte, drogas... enfim! Às vezes eu penso que algumas coisas não se resolvem porque, simplesmente, não querem que elas sejam resolvidas. Por que não pensar em uma palavra tão simples e que pode ser eficaz? Planejamento, companheiros. O seu José lá do campo sabe exatamente quando é que ele deve acordar para tirar o leite de suas vacas e todo o trabalho que ele deve fazer durante o dia, durante a semana, durante o mês para, assim, conseguir permanecer vivo e sustentar, quem sabe, a sua família. Quer dizer, será que as pessoas até hoje não sabem quando é que se começam as aulas, o ano letivo nas escolas de todo o país? Se até as crianças de sete, seis anos sabem quando é que voltam das férias para se preparem para a escola, por que é que quem comanda obras nas escolas não tomam conhecimento disso? 
É como a greve dos professores que pode existir. Porque tanto faz quem é que está lá nas Universidades e nas Escolas. Agora fechar qualquer estrada do país que tem circulação intensa por motivo de greve ou protesto, isso não pode. Isso não pode porque atrapalha na economia, isso não pode porque alguém está ficando sem enriquecer. E as crianças que não sabem onde vão estudar? Ou que serão transferidas para outros locais, o que pode gerar mais desconforto, mais gastos, mais problemas? Isso pode?

Talvez (eu disse TALVEZ?) seja por isso que estamos tão próximos dos países mais ricos economicamente e tão distantes dos mais ricos no sistema educacional!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Escola do Maracanã não será demolida em 2013

Manchete de Ontem: Será que em 2014 também não?

Antes de tudo, como é que vamos?
Espero que bem, bem.

A vida e suas mil revoluções quase fez com que uma escola - lugar do saber e outras coisas mais - fosse demolida. É, a copa do mundo não faz só com que pessoas fiquem desalojadas, sistemas de transportes mudem, capital circule e blá blá blá. Faz, também, com que escolas sumam do mapa. Bonito isso, Brasil? Sabe, às vezes eu fico pensando que é comum pensar em ações rápidas, mas que a longo prazo acabam sumindo, sendo esquecidas e, às vezes, pouco aproveitadas. Alguns estudiosos falam do que já vem imbricado dentro de cada um. Quem sabe é do Brasil fazer apostas contrárias ao, assim chamado, verdadeiro desenvolvimento? 
Em contra partida, ficamos contentes ao ver que, ainda, existem pessoas lutando. E quando eu digo pessoas, eu digo qualquer pessoa. Ela não precisa ser estudante de ensino básico, de ensino superior, ela não precisa ser graduada, ou viver com as mãos no cabo da enxada, ela não precisa ser filiada aos partidos políticos, ser deputado, prefeito, outros mais. Ela só precisa ter dentro dela a vontade de dizer: "é assim, mas pode mudar". Porque a única constância é a mudança. E é difícil aceitar mudanças pro pior, ou não? Dessas pessoas que vivem lutando não contra quem está no poder diretamente, mas, sim, contra as ações irracionais dessas pessoas que estão no poder, saiu a vitória - para 2013. A escola do Maracanã, que tem o quarto melhor IDEB (Índice de desenvolvimento de Educação Básica) da cidade do Rio de Janeiro, não vai ser demolida em 2013 para, o tal lindo projeto, que transformará o complexo esportivo do Maracanã em uma grande área de entretenimento. 
Eles querem acabar com uma escola por conta de copa do mundo, olimpíadas. A defesa sempre se faz afirmando que haverá a transferência da escola para outro local. Claro, e isso é um grande favor a ser feito. Acorda, Brasil. Copa do mundo, Olimpíadas. Isso tudo passa. Crianças com boa formação se manifestam em adultos com boa formação, em potencial de desenvolvimento futuro. Mas se tratando de um país que faz política de Governo e que só está preocupado com os seus quatro anos de poder, é notório que tanto faz derrubar uma escola aqui, outra acolá.

Um salve a galera que se juntou pra apoiar a permanência da escola.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O que está em jogo, no jogo?





Ontem no Morumbi o São Paulo vencia o Tigre, modesto time argentino pela final da Copa Bridgestone Sul-Americana por 2x0 em um jogo marcado pela "velha rivalidade" entre brasileiros e portenhos. O time do Tigre, sem expressão alguma dentro do futebol sul-americano, por conta de sua inferioridade técnica, apelava para as botinadas dentro de campo, culminando com um lance, considerado pelo juiz como "normal", que provocou um sangramento no nariz do jovem atacante Lucas, que despedia-se do time paulista e já havia marcado um gol. Aliás, uma atitude provocativa do próprio jogador - mostrou em tom raivoso ao zagueiro que o havia acertado o algodão que estancava o sangramento -, deu início, ao final do primeiro tempo, à confusão, marcada por agressões de parte a parte (primeiro entre os jogadores, depois entre integrantes das duas comissões técnicas).
Enquanto todos esperavam o início do segundo tempo, percebia-se que algo estranho estava acontecendo. Chamada por parte da imprensa de "a tradicional catimba argentina", os jogadores do Tigre recusaram-se peremptoriamente a retornar ao campo de jogo, alegando terem sido agredidos pelos seguranças do São Paulo Futebol Clube, inclusive tendo sido ameaçados com armas de fogo. Quem via a transmissão da Globo só ouvia aquela velha lenga lenga da "rivalidade" (e sabemos todos o quanto essa implicância gratuita com os argentinos como um todo é prejudicial para ambos os lados) e a festa dos são-paulinos, enquanto a Fox Sports preocupou-se em investigar as causas de o Tigre não ter voltado ao campo, mostrando inclusive as manchas de sangue nos vestiários dos visitantes.
Ao término do jogo - ou pelo menos acredita-se que tenha terminado, porque os argentinos prometem dar sequência ao imbróglio - pipocaram nos jornais de Buenos Aires protestos contra a decisão da Confederação Sul-Americana (Conmenbol) e - tristemente - nos comentários (e vemos o quanto o mundo como um todo está ficando mais idiota e intolerante - ou pelo menos percebemos mais agora os que usam de idiotice e intolerância) dos "hermanos" o preconceito explícito contra nós.
O que alimenta esse preconceito? É, como já li, um suposto complexo de superioridade frustrado, misturado a uma sensação de inferioridade patente, ou algo alimentado pelas mídias de ambos os países (os argentinos sempre são mais desleais, os brasileiros sempre mais talentosos,os brasileiros são "macaquitos", os argentinos recalcados e por aí vai)?
O fato é que o esporte, o futebol, por mais que tenha se tornado um negócio, ainda poderia servir como elemento agregador, mas parece que quanto mais ele se moderniza, na era das arenas multiuso, dos grandes contratos de televisionamento, os torcedores parecem não querer modernizar o pensamento. Nós, brasileiros, que gostamos de bancar os cordiais, temos torcidas organizadas que marcam brigas pela internet para se matarem mutuamente. A rivalidade saudável é substituída por uma visão de guerra inaceitável e a nível internacional a um ufanismo execrável, que cristaliza ódios e equívocos. 
Infelizmente parece que somente os maus exemplos que nos lançam à reflexão e ontem, o que seria somente festa, lança mais ódio (os argentinos dizem que vão "receber muito bem" as equipes brasileiras na Libertadores do ano que vem...) quando imaginamos que do lado de cá, nos próximos quatro anos, teremos dois eventos gigantes que, por mais que seja um negócio, incentiva sempre o encontro de culturas. E só mostra também o nosso despreparo para situações limites.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

De costas não resolve






Quando eu era criança
Queria fazer parte da dança
Estudar na Universidade
Mostraria toda a minha capacidade
Ouvi dizer que se fosse Federal
Eu seria considerado um ser genial
Passei no Vestibular
Depois de tanto estudar
Comecei a me dedicar mais ainda
Estudando projetos
Que mexiam com diversos egos
Faltava tempo pra dançar o bolero
Faltava tempo pra corridas em botecos
Um tal de Zé me parou na rua
Perguntando se ele um dia
Também poderia vencer essa luta
De ir para um lugar
Que consome o pensar
Que ensina tudo a planejar
Mas que só se esquece
Que atrás dos muros
Tem gente que apodrece
Olhei meio assim
E ele piscou pra mim
Logo disse
Quem me dera se na Universidade
Os grandes pensadores pensassem
Em nós aqui que somos da sociedade
Ouvi dizer que tem tanta pesquisa lá
Mas que são bem poucas
As que falam do mundo de cá
Agora cê me da licença
Que eu estou indo trabalhar.
 

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Medo, patriotismo torto e considerações sobre o Halloween


Minha irmã me passou a reportagem acima e a li. Fiquei chocada. Mais chocada ainda com os comentários alheios e mais ainda quando descobri que o meu não foi aprovado. Oi? Meu comentário foi sério, sensato e objetivo e nem um pouco ofensivo. Então...? É isso que se chama de "liberdade de expressão"?

Nada contra o Saci, pelo contrário: sou a favor da cultura nacional. Entretanto, por que não abraçar o de dentro e dar boas vindas ao que vem de fora? A presença de um não pressupõe a eliminação do outro. Aliás, que veio, porque o Halloween não é nenhuma novidade por aqui, embora, é claro, não tenha nem de longe a mesma difusão da Festa Junina ou do Carnaval.

Como achar que algo é ruim simplesmente por vir de fora? É medo. Puro medo. Medo do estrangeiro, do que não se entende. E o que seria exatamente a cultura nacional? Você consegue definir com clareza qual é a nossa identidade nacional? Porque eu não consigo e sinto falta disso, de ter a clareza que tantos países têm sobre o que é ser desta ou daquela nação.

O que é que se diz do Brasil: carnaval, futebol, belas praias e paisagens, mulheres lindas... E? Essa é a nossa fama e não é das melhores. Eu que estou aqui sei que não é assim: sei que temos muitos problemas e que temos muitos defeitos como povo mesmo, o famoso "jeitinho brasileiro", por exemplo. Todavia, sei quem nós somos e que estamos muito além dos esterótipos - muitos pelos quais nós mesmos somos responsáveis. 

Ninguém está impondo o Halloween ou a cultura americana. E de nada adianta falar mal de ambos sem entendê-los e também sem valorizar aquilo que o Brasil tem e ninguém fala.

E como um texto recheado de ideias tortas é veiculado para jovens em formação?

Por um lado, não acredito na neutralidade do discurso, seja ele qual for. Por outro, ela deve ser buscada, principalmente num texto que se diz de "pesquisa" e voltado a estudantes. Porque o problema não é "simplesmente" a informação incorreta, mas a intolerância e preconceito explícitos.

Sou professora e quando eu falo do Halloween não importa se gosto ou não: minha obrigação é informar, da maneira mais "sóbria" do que se trata. Falar do traço bélico da cultura norte-americana, é uma coisa e aí eu vou me manifestar, dar o meu parecer.

Só que não é disso que estou falando: estou falando de uma comemoração inofensiva como o Halloween que acabou sendo tida como o grande vilão invasor, destruidor da cultura brasileira.

Engraçado que a intolerância demonstrada em relação ao Halloween no artigo é a mesma que muitas vezes nossa cultura sofre lá fora.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Guerra civil do silêncio com tiros barulhentos para todos os lados

Manchete de Ontem: Guerra não declarada


Expansão, retração, modernismo, atitudes de um passado que perdura no presente e que tem reflexos direto no futuro. Não sei exatamente se isso pode ser denominado somente ao Brasileiro que não reconhece as várias guerras existentes em seu território em todo o seu processo histórico-social e que, ainda, perdura. Talvez seja a criação e eliminação de fronteiras. Já que esta tem caracterizado o modo de transição do mundo. Fronteiras geográficas que vão desde ao econômico, quanto ao social e que, também, passa pelo saber.
Mas é de bom tom (como o próprio professor fala no vídeo acima) que não se reconheça as várias guerras que estamos inseridos dia a dia. Com um número pesado de mortos, ou não. E agora vendo tanta gente morrer que as perguntas começam a ser levantadas. Como se o trânsito não matasse muitos por ano, como se polícia nunca tivesse matado "por engano", como se gangues nunca tivessem guerreado entre elas, como se o governo nunca tivesse compactuado com situação de morte, como se os índios nunca tivessem morrido, etc. 
E é exatamente isso. Esses dias para trás mesmo estava eu na Universidade com alguns amigos quando o assunto mudou para a forma que os japoneses matam as baleias. Uma colega disse que talvez seria este o motivo de todos olharem de forma diferente para tal ato, já que a forma é bastante cruel. E eu comecei a me perguntar, então, se o que o resto do mundo faz com os frangos, as vacas e demais animais não é crueldade. Manter em um quadrado os frangos apertados e fazê-los comer isso ou aquilo, esses venenos, enfim. Isso não é crueldade? É fácil pensar que a maldade está no outro, que a violência não é nossa. Eu sei, é fácil.
É como se o Brasil, e as pessoas, fossem pacíficas todo o tempo e que nunca nada acontece. E quando algo acontece tratam apenas como agitações, agitações do outro. Ou é algum grupo querendo aparecer, ou é alguém que está por trás mandando tal grupo aparecer ou é algo do tipo. Sério? Importa mesmo? Depois que já está corrompido eu só consigo pensar como pode ser resolvido e se tem solução. Porque prevenções são feitas bem antes do primeiro tiro ser dado. Num país que se desenvolveu a base de revoltas (como gostam de chamar) parece ser natural o que acontece por agora. E eu digo mais uma vez: isso não é natural, é só algo naturalizado pelo homem. Porque não pode ser natural pessoas que estão caminhando pelas ruas tomarem tiros sem saberem o motivo; e digo mais: não deveria existir tiro algum. Porque nada justifica um tiro que atenta contra a vida de alguém.
E quando se vai mais longe, é possível perceber que é isso que o homem tem feito durante toda a sua existência na Terra. Sempre um grupo contra outro, atentando, então, a segurança do último. As pessoas falam que não suportam as novelas com mocinhos e vilões, como se isso não existisse (eu não assisto novela, mas não dá para negar a existência da violência, do ódio do outro). E quando você vai se dar conta desde os tempos do Menino Jesus já existiam grupos que se odiavam. Não foi por isso, e bem antes mesmo, que as migrações começaram a acontecer? Ora por necessidade (busca pelo alimento), ora pela fuga? As guerras existentes na África não é por conta de um estrangeiro que "criou" o país e que teve outro estrangeiro dividindo o mesmo? Eles fazem a "bagunça", voltam para as suas casas e deixam os povos lá vangloriando o ódio, vivendo disso. É quando eu começo a me perguntar em uma escala mais geral se talvez, então, esta não seja a quase identidade que o homem tem dele mesmo: a violência. Já que se chega ao ponto de um indivíduo pagar para entrar em um espetáculo tal qual a atração são dois homem lutando um contra o outro. Ou até mesmo quando no seu moderno aparelho de celular o homem é capaz de filmar uma agressão no trânsito, ou o aluno que é capaz de disponibilizar na internet dois colegas brigando, e assim vai. Vai? Vamos? Pra onde? Talvez para a nossa própria cama a base de muito remédio (calmante), quando teríamos que sair e gritar. Porque é isto que os anti depressivos fazem: calam o silêncio daquele que precisa ser escutado. Porque é isto que a guerra civil faz: silencia os tiros e trata-os como se fosse só agitações passageiras e que por isso não merecem quase nenhuma atenção.

domingo, 21 de outubro de 2012

O que te preocupa?

"O povo não está preocupado com isso. Está preocupado em saber se o Palmeiras vai cair e se o Haddad vai ganhar" - Luis Inácio Lula da Silva

Diga-me, brasileiro: com o que você realmente se preocupa?

Em diversos fóruns, Facebook a dentro e a fora, vi sindicalistas furiosos com a decisão da justiça de suspender a publicação do jornal de sindicato com texto a favor do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.  Alguns usaram inclusive o termo "censura" para definir a decisão judicial. Eu, particularmente, considero muito pertinente a proibição de colaboração de entidades sindicais em campanhas políticas. 

Uma líder sindical se manifestou em certo fórum: "quer dizer que direção não pode declarar voto?".  Como todo cidadão, um sindicalista, indivíduo, pode se engajar na campanha política do candidato que considerar pertinente, e pode declarar voto.  Considero a declaração de voto de sindicalistas tão relevante quanto a de intelectuais ou qualquer outro tipo de formador de opinião. Entretanto, o jornal sindical, impresso com recursos provenientes da contribuição de sindicalizados com os mais diversos posicionamentos políticos, não é meio adequado para isso. Que o sindicalista faça como todos os demais: encha seu carro de adesivos, suba no palanque se julgar pertinente, diga suas opiniões em seu Facebook, Twitter, Blog.

Como foi possível observar na longa e abafada campanha salarial dos servidores das universidades federais, somos um país no qual movimentos trabalhistas são fracos, não tem apoio público, e são ignorados sempre que possível pela outra parte envolvida na negociação. Inclusive por isso, entidades sindicais devem ser protegidas de interesses alheios a seu propósito inicial: defender a causa dos trabalhadores.  Ainda que a negociação política seja uma das muitas ferramentas que podem ser utilizadas por um sindicato, o seu envolvimento direto em campanhas desvirtua seu propósito.  É evidente desde a eleição de Lula à Presidência da República o crescimento da presença de pessoas oriundas das entidades sindicais em cargos eletivos.  Hoje, muitas vezes observamos sindicatos sendo utilizados como ferramentas política: mesmo sem conseguir alcançar seus objetivos junto às mais diversas classes trabalhistas, de professores a servidores dos correios, bancários e metalúrgicos. Hoje temos um ex-professor no segundo turno da disputa pela Prefeitura Municipal de São Paulo,  um ex-bancário Deputado Federal, e um metalúrgico ex-Presidente da República. 

Ainda assim, muitos trabalhadores não se sentem representados por seus sindicatos, deixam negociações insatisfeitos não apenas com o resultado, mas com o posicionamento das entidades sindicais. Qual é a razão?

Hoje um colega me contou que o está havendo uma gigantesca mobilização no Facebook para desmoralizar alguém aí (não entendo de futebol) que suspendeu Ronaldinho Gaúcho por um jogo, enquanto um vídeo no qual são mostrados os custos de um Deputado para o Brasil padece com pouca divulgação.  Eu particularmente fiquei perplexa com a honestidade de Lula ao revelar seus pensamentos sobre o tal "povo" e suas prioridades, mas infelizmente imagino que ele tenha razão sobre a primeira preocupação: o futebol. Tanto deve ser, que o Banco Itaú apostou forte na sua campanha publicitária "Vamos Jogar Bola", assim como a Brahma com sua "Pessimistas, pensem bem", que se não fosse uma propaganda de cerveja, certamente seria do governo.

Somos um povo de prioridades equivocadas. Contando que não falte cerveja, o churrasquinho, e o futebol ou qualquer outra válvula de escape, pouco importa se políticos são culpados, se sindicatos são desvirtuados, se faltam leitos nos hospitais ou se professores apanham de alunos na escola.

O Brasil padece pelo descaso do brasileiro.

terça-feira, 29 de maio de 2012

You could have it SO much better...


Manchete de Ontem: PM usa gás de pimenta em público que ficou de fora do show do Franz Ferdinand

  

Um show de uma banda internacional famosa, num lugar lindo e sem pagar nada por isso. Vale a pena? Quem vai a um evento grande e de livre acesso como esse já sabe ou deveria saber que provavelmente estará lotado, talvez seja melhor chegar mais cedo, é bom tomar cuidado com seus pertences, é bom planejar bem como chegará e sairá do local etc. Se você não consegue lidar com coisas do tipo, melhor nem ir.

No caso do show do Franz Ferdinand, independente de ter havido problemas com a organização do evento ou de a polícia ter agido de modo excessivo, acho que o grande problema é uma coisa que as mamães deveriam ensinar e que os filhos deveriam aprender: educação. Isso de empurrar, fazer tumulto, criar confusão e bater uns nos outros é algo que eu realmente não consigo entender que seres racionais e civilizados ainda façam. Se todo mundo começar a usar violência cada vez que se decepciona com alguma coisa, a chance de tudo dar errado é absurdamente maior. 

E cá entre nós, acho que o jeitinho de ser do brasileiro também não ajuda muito. Isso me lembrou um vídeo que vi esses dias: 




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Só para lembrar

MG: Atriz faz propaganda do governo e se dá mal

Escrevo de Minas Gerais, a terra do pão de queijo. São serras, rios, cidades grandes e pequenas, cidades históricas cheias de histórias, campo e edifícios, verde e cinza. Muita tranquilidade e agitação. Sotaque esquisito e carregado pelas demais regiões. As pessoas do norte, falam como os baianos. As do sul como os paulistas. E tem cidade composta por pessoas que mais parecem ser do estado do rio de janeiro que das próprias minas gerais. Mas como é que pode ter tanta diversidade e riqueza e ter um ralo sujo quando o assunto é educação? 

Não quero atrapalhar ninguém com a sua jornada, mas a estrada (que esbanjava os diamantes nos tempos de Zé Silvério) anda com muita neblina. Mas isso (neblina) deve ser coisa do aquecimento global, assim como a educação deve ser conversa para boi dormir ou para ser falsificada nas propagandas de televisão.


Parece que a nossa querida atriz não teve uma boa educação,
não uma suficiente para fazê-la questionar o quanto essa propaganda acabaria com a reputação dela.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

“Braços abertos num cartão postal”.



Uma das coisas mais divertidas de se observar no comportamento humano é a relativização das situações. O certo se torna errado, o errado se torna certo... tudo depende do papel ocupado pelo indivíduo que descreve a situação, ou detentor do poder de “mandar” na situação.

Não faz muito tempo, em um grupo contra corrupção do qual faço parte no facebook, uma brasileira residente na Suíça fez um longo discurso contra todos os nossos colegas latino-americanos porque, segundo ela, todos invejam os brasileiros. A moça fez trocentas reclamações quanto ao tratamento dispensado aos brasileiros no exterior,  ao mesmo tempo  em que defendia a expulsão de todos os imigrantes que aparecerem pelo Brasil, algo bastante controverso, visto que ela pretende continuar morando na Europa...

Eu tentei perguntar por que ela achava certo discriminar mas achava errado ser discriminada, mas aparentemente ela não entendeu a minha pergunta, porque me chamou de ingênua e me recomendou uma experiência fora do país pra entender do que ela estava falando. A moça não foi sequestrada, a moça não é uma mulher escravizada... É uma advogada, crente da própria inteligência e de sua superioridade, não quer voltar pro Brasil (embora esteja livre para isso), mas quer me ensinar a tratar mal os imigrantes. Eu, particularmente, não tenho nada contra imigrantes, e acho pouco provável que nesta vida eu decida tratar mal alguém por conta de sua nacionalidade... Mas vamos adiante...

Atualmente, o Brasil está visado, tanto por imigrantes que procuram fugir da crise econômica dos países ricos, quanto por imigrantes que precisam fugir do caos dos países mais desesperados... Não consigo calcular o grau do desespero da galera que vê aqui um mar de oportunidades, mas a maneira como o brasileiro lida com isso me causa uma vergonha brutal. A campanha é para fechar as portas para os imigrantes dos países desenvolvidos, vingando as deportações já sofridas por brasileiros, e também fechar as portas para aqueles que vem dos países em caos, afinal, quem quer mais pobreza?

Eu sei que a questão é complexa, e que não é possível abrir as portas pra galera, como se isso não impactasse a economia do país, ou serviços públicos como saúde e educação... Sinceramente, tenho minhas discordâncias com o governo atual, mas acredito que ele está tentando gerir a situação da melhor maneira possível. Contudo, é quando você ouve a opinião geral dos brasileiros a respeito de questões como essa, fica perceptível que há muito pra se evoluir no quesito “olhar além do umbigo”.

Não estou defendendo um Brasil dos estrangeiros, nada disso... Só estou rindo, pra não chorar, porque é evidente que o mundo sofre de um problema que independe de nacionalidade, o problema de ser habitado e governado por humanos. =(

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Levante a mão, entre no clima... batendo palma lálálá

Eu fico com vontade de rir, é sério. Porque mais uma vez é o ser humano tentando ou achando que é capaz de controlar a dinâmica da natureza.

- Dona Natureza, é o seguinte... estamos em fase de crescimento, desenvolvimento (sabe o que é isso?), porque precisamos nos enquadrar na linha do sistema calhorda e falido é, é.. o capitalismo, então nós só vamos contribuir com você a partir de 2020, tá ligada?

- Claro que estou ligada, estou levantando a minha mão, entrando no 'clima' (sabe o que é isso?), batendo as minhas palmas lálálá...


A piada não é de toda engraçada mesmo, ninguém nunca entende as minhas piadas, mas enfim. O que me indaga é esse ser humano, essa espécie da qual eu faço parte achar que pode mudar tudo, assinar tratados e acordos para tudo e todos, estipular datas e rodar considerando-se auto-suficiente... Até vir um terremoto, tsunami, deslizamento e provar o quanto somos intocáveis.

Espera, isso não é nada desconhecido,
é culpa do aquecimento global.
Ah, que sociedade chata que a gente vive.
Cansei de gente que só assiste fantástico (o show da vida, que só mostra morte) e acredita em notícias como essa!

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Lula está com câncer

Manchete de ontem: Ex- presidente Lula é diagnosticado com câncer
O câncer do Lula me envergonhou

É, o presidente foi diagnosticado com câncer na laringe. Antes que pensem que vou falar sobre política, que vou passar a mão na cabeça do Lula, eu digo: não é por aí.
O câncer tem pego muitas pessoas, sejam elas famosas ou não. Não é uma doença bonita, nem de se orgulhar, claro. Câncer é triste, doloroso, complicado. O Lula não escolheu tê-lo, meu povo, e muito me envergonha ver que pessoas engrossam o coro do “bem feito!”  ou do “cachaceiro, quem mandou?”
Tem gente querendo mandar o Lula se tratar no SUS, pra ele ver como o sistema de saúde do país vai bem.  É claro que ele não vai e vamos pensar: se você, leitor, tivesse condições, iria se tratar pelo SUS? Não, claro que não.
O caso Lula é muito mais complexo do que digo aqui, apesar da doença envolve também marketing, política, gente que não sabe o que fala e para isso deseja o mal de uma PESSOA. Não sou petista nem fã do Lula, mas uma coisa eu devo dizer: respeito cabe em qualquer lugar, independente de questões políticas e  ideológicas. 

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

É proibido proibir

É proibido proibir...
Toda e qualquer manifestação cultural pelas ruas, centros, praças, esquinas e casas; música ao vivo na praça com programação alternativa e interativa; fotografias tiradas dos problemas urbanos; reportagens feitas sobre a política falida; feiras que vendem artesanato, comida, ou qualquer outra coisa; estátuas vivas que ralam o dia todo para ganhar uns trocados; as greves dos professores e de qualquer outro trabalhador que se sentir lesado e partir para o mesmo ato; mendigos ou hippies nas ruas; eventos de pequeno e grande porte que acontecem em pontos certos nas cidades; atos de boa vontade; marchas que vão em busca de algum direito, de mais justiça, igualdade; roupas despojadas; crianças de sair de casa; adolescentes de beijar na boca nas matines (ou qualquer outra festa); atos de boa vontade; assim como os de revolta; falta ou excesso de vontade. É proibido proibir pipoqueiros ou qualquer outra pessoa de trabalhar. 
Como se diz a minha prima, Carol, estou liberando todo mundo para ser feliz!

“A justiça prendeu o pé-rapado, soltou o deputado [...] A polícia só existe para manter você na lei, lei do silêncio, lei do mais fraco, ou aceita ser um saco de pancada ou vai para o saco [...] Muda que quando a gente muda o mundo muda com a gente, a gente muda o mundo na mudança da mente, e quando a mente muda a gente anda pra frente, e quando a gente manda ninguém manda na gente, na mudança de atitude não a mal que não se mude e nem doença sem cura, na mudança de postura a gente fica mais seguro, na mudança do presente a gente molda o futuro”. Até quando? – Gabriel O pensador.

domingo, 18 de setembro de 2011

Fala, Brasil!




Hum, a cidade de Sobral homenageando o resto do mundo?

De acordo com informações a cidade já conta com uma réplica do Arco do Triunfo francês e os ônibus escolares amarelos nomeados de “school bus”, como os americanos.

E o monumento de Ponta Grossa, Brasil?

Agora a cidade cearense se prepara para construir uma réplica do Muro das Lamentações, monumento judaico de Jerusalém.

O que foi feito daquele monumento de Ponta Grossa, Brasil?

Sobral poderia ter dado vôos mais altos, vereadores chegaram a cogitar réplicas das Torres Gêmeas do World Trade Center de Nova York.

E por que botaram fogo no monumento “cocozão”* de Ponta Grossa que levou a cidade à categoria de cidade conhecida mundialmente?


*ilustrado no 2° link

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Marcha contra corrupção.





A Secretaria de Segurança Pública insiste em 12 mil pessoas, bem...  Quem estava lá garante um número maior, a estimativa da PM é de 100.000 entre o desfile e a marcha. Quantos tinham? Nunca vamos saber... Mas creio nos 25.000.

E ainda é pouco.

Não sei quantas pessoas é preciso reunir pra chamar a atenção dos nossos políticos. Sou totalmente descrente quando o assunto é política... Mas confesso que fiquei animada com essa história de Marcha Contra Corrupção.

De alguma forma, a Dilma conquistou minha confiança enquanto presidente, mas falta muito para que eu tenha alguma esperança quanto ao Brasil. Enquanto PT e partidos aliados pedem pra ela maneirar na intolerância à corrupção, vemos que a saúde, a educação, as estradas, enfim, tudo continua um caos. Não basta o desvio de dinheiro às escondidas, as coisas são feitas de maneira escancarada e nós vamos engolindo aos poucos. Eu não quero chover no molhado, afinal estamos cansados de saber disso, então vamos prosseguir...

O fato é que a passeata foi maior do que apareceu na mídia, quem esteve lá voltou com alguma esperança, porque não pegar uma carona nisso? Deve haver algum motivo pra Secretaria de Segurança Pública tentar diminuir o número de pessoas, provavelmente há a intenção de fingir que não foi nada e evitar que uma próxima manifestação possa atrair mais gente. Eu não participei dessa, mas meus pais sim, minha irmã também, e me arrependi de não ter ido. A idéia deles era ficar dentro do carro... mas como se manter distante de uma pequena multidão que está gritando exatamente aquilo que você pensa?  

“Voto secreto não, eu quero ver a cara do ladrão”.

"Dilma, como é que pode? Eles te roubam e a gente é que se fode."

Hoje em dia marcha-se por tanta coisa, e se tivéssemos um governo que realmente nos representasse não precisaríamos de marchar por tudo. Mas é preciso ir às ruas por tudo quanto é coisa... Dizem que o jeito de protestar é o voto, mas como assim? Quando as opções de voto foram confiáveis? O que poderíamos fazer? Anular o voto mil vezes?

Já estou na próxima marcha, e acho que isso é muito fácil. Vou apenas passar de uma indignada do sofá para uma indignada itinerante debaixo de sol quente. Não prometo que vou me envolver em questões políticas profundas... Mas prometo que vou na onda! Se sou Maria vai com as outras? Só quando as outras pessoas são inteligentes e envolvidas com causas importantes.  Quem mais anima???