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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Universo somos nós


Quer ir para o espaço? Viagem turística começa em 2012 e custará 400 mil reais


Não sei o que leva as pessoas a fazerem esse tipo de coisa. Refiro-me a já comprar uma passagem para dar uma voltinha no espaço sem que nem haja confirmação de que isso dará certo. Além disso, por mais que seja uma visão única e a experiência maravilhosa e tudo, me surpreende esses desejos. O mundo é aqui e você já viu tudo o que podia nele? Com certeza  uma pessoa que tenha grana para comprar uma passagem dessas tem dinheiro para rodar o mundo. Mas...

Mas e as pessoas, o que está ao redor, as pequenas belezas? Acho uma coisa tão desnecessária. Tão colossal. Tão além realidade. A gente precisa ir tão longe para ver que a Terra é bonita mesmo?

Tenho minhas dúvidas, de longe a gente não pode ver o melhor que temos aqui: as pessoas.

Eu não sou tão positiva e humanitária quanto a frase anterior pode convencer alguns que eu sou. Acho a galera egoísta pra caramba, preguiçosa, acomodada, egoísta de novo, e etc, a despeito de todos os nossos defeitos, somos capazes de fazer coisas boas. De bonitos gestos. E é isso que me faz me interessar muito mais por viajar aqui e nas pessoas que ir pra longe e ver tudo de cima. Chega de olhar por cima. Vamos olhar para o lado.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O trabalho alienante

Eu procurei uma porção de coisas que me interessassem. Fui do esporte à fofoca - não teve jeito. Nenhuma notícia me cativou. Vi que o Neymar foi dirigir carro de corrida, uma juíza foi assassinada (e sim, pensei em escrever sobre isso), uma mulher recebeu transplante de rosto, uma das panicats entrou no A fazenda. Enfim, procurei.

E a questão é que nada. Nada me preocupava mais que os textos que tinha que ler no trabalho. Nada me tirou mais do sério que o prazo impossível. Nada me abalou mais que as pessoas não me enviarem o que eu precisava para seguir meu trabalho. Enfim, nada recebeu mais meus olhares que os avisos do Outlook me lembrando que não daria tempo. 

E o expediente terminava nessa sexta assim como o prazo que eu mesma estipulei para postar aqui no Manchete e daí a máxima veio à minha cabeça: o trabalho é alienante. 

E eu não preciso me estender sobre teorias e nem captar o que Marx falou, tampouco preciso pensar muito se o que ele disse se aplicava ao que eu estou dizendo. Sei que nem é o caso. O caso é que eu queria poder conversar com as pessoas à vontade, queria poder sair mais cedo e tomar uma geladinha, ou ir para casa e tirar esse sutiã que me tortura e afunda meus ombros. Mas nada disso é possível, se não consegui nem achar uma notícia que me desse uma ideia, me darei ao direito de curtir minha sexta-feira à noite? 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Fluoxetina pra que?




Essa é a chamada da notícia no Portal da Uol, mas depois quando você clica eles colocam em forma de pergunta: Seria o sêmen um antidepressivo natural?

A pesquisa foi publicada na revista Arquivos do Comportamento Sexual e foi desenvolvida pelo psicólogo  Gordon G. Jr. Gallup. Resumidamente, ele constatou que mulheres que fazem sexo sem preservativo apresentam menor nível de depressão que aquelas que usam preservativo sempre ou quase sempre e aquelas que nem fazem sexo.

Joguem fora a Fluoxetina e o Prozac, a solução fácil é transar sem camisinha! Uhuuu! ¬¬’

Bem, eu gostaria de saber quais são os paramêtros usados em pesquisas como essas, por que é o fato de não usar camisinha que as fazem menos depressivas ou o tipo de relação que têm? Quero dizer, pessoas que não usam camisinha possivelmente têm uma relação estável, não possuem uma exorbitante preocupação em engravidar (o que talvez revele uma estrutura financeira), talvez tenham uma segurança no trabalho maior (que as fazem não achar problemático engravidar).

Isso são hipóteses, lógico que pessoas que usam camisinha podem ter tudo isso que eu disse, e claro que pessoas podem não usar camisinha apenas porque não acham necessário e nem pensam sobre isso. Ou qualquer outra coisa. O meu questionamento aqui é saber o que é consequência de que e a repercussão que essa pesquisa pode causar. Tanto tempo falando sobre a preocupação em se usar camisinha e alguém mais desavisado pensa: sabia que sêmen melhorava espinhas, mas agora deixa a gente até mais feliz.

Ha!

Enquanto isso, falta verba para pesquisa em Educação.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Abrindo o Mar Vermelho


Quem está acompanhando as notícias no Egito criou muita expectativa ontem à tarde. A maioria das pessoas esperava que o presidente Hosni Mubarak renunciasse - não foi o que aconteceu.

Eu não estou acompanhando a fundo o que está acontecendo no Egito. Acho uma enorme hipocrisia que de uma hora pra outra todas as pessoas tenham virado experts em política egípcia. Todo mundo falando superficialmente TUDO sobre o Egito sendo que há um mês o máximo que sabiam sobre o país era que Moisés levantou seu cajado e mandou as dez pragas para lá.

Além disso, há toda uma movimentação a respeito das mídias sociais e da importância que desempenharam e estão desempenhando lá. Muitos atribuem à internet a pressão que o povo está fazendo ao governo.

Oi?

A pressão que está sendo feita é, mesmo que não exclusivamente, mérito da organização popular através dos protestos. As pessoas estão indo para as ruas. As pessoas se revezam na rua para garantirem um mínimo de segurança. Enfim, as pessoas foram e vão às ruas. Não é uma “revolução de sofá”. Eles não estão “xingando muito no twitter”.

Aqui no Brasil também houve um borburinho popular. Sarney mais uma vez seria presidente do senado,(depois de 1.368 anos mamando na res publica) e aí fizeram todo um movimento de #foraSarney sentados em seus sofás e camas e claro, nada mudou.

Há uma enorme valorização das mídias sociais, e sim, elas estão desempenhando um papel fundamental na sociedade, tanto em integração quanto informação. No entanto, o mundo não se resume a elas. Movimentos não surtirão efeito, sobretudo aqui no Brasil, apenas colocando um nomezinho com o jogo da velha na frente. O Egito está aí para provar que ninguém quer largar o poder. Eles estão fazendo manifestações, apareceram nas mídias do mundo inteiro, chamaram atenção do presidente e tudo o mais e, mesmo assim, o Mubarak não larga o osso.

Se não houver, de fato, uma movimentação nossa, os nossos Mubaraks não largarão seus ossos aqui, não mesmo. Está mais fácil o Mar Vermelho se abrir que um governante oligarca agir de maneira democrática.