Mostrando postagens com marcador Terra. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Terra. Mostrar todas as postagens

domingo, 21 de abril de 2013

Cuidado: Monstros na pista!






Só pra você ficar a par do que aconteceu e o porquê do protesto: o ciclista, David de Souza Santos, 21, ia de bicicleta pro trabalho, na madrugada do dia 10/03/13, o que já não é lá muito seguro, quando foi atropelado pelo estudante de psicologia Alex Siwek, também de 21 anos, e teve parte de seu braço amputado. Após o acidente, o universitário fugiu do local sem prestar socorro à vítima, com o braço do limpador de vidros dentro de seu carro. Ele ainda jogou o membro em um córrego próximo à Avenida Doutor Ricardo Jafet.

A que ponto nós chegamos, Deus do céu!?! Me diz aí se essa barbárie não é cena digna de um filme de horror?

Pior e saber que por mais protestos e mobilizações que se façam, nada muda enquanto a justiça continuar tratando monstros desse tipo e assassinos como se fossem simples ladrões de galinha, ou seja, nada muda se as leis não forem mais duras, pra que o senhor Alex (que provavelmente não vai cumprir toda a pena em regime fechado) e tantos outros paguem o preço por terem feito de seus veículos armas destruidoras de vidas e sonhos mundo afora.

No entanto, a grande mudança de fato deve partir da nossa consciência, enquanto a gente não botar no juízo que juntar álcool e direção é MUITO perigoso, vamos continuar vivendo na merda nesse quesito também.


#FicaDica: 
http://www.naofoiacidente.org/Arquivos/Peticao_projeto_completo.pdf
http://naofoiacidente.org/site/assine/


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O que está em jogo, no jogo?





Ontem no Morumbi o São Paulo vencia o Tigre, modesto time argentino pela final da Copa Bridgestone Sul-Americana por 2x0 em um jogo marcado pela "velha rivalidade" entre brasileiros e portenhos. O time do Tigre, sem expressão alguma dentro do futebol sul-americano, por conta de sua inferioridade técnica, apelava para as botinadas dentro de campo, culminando com um lance, considerado pelo juiz como "normal", que provocou um sangramento no nariz do jovem atacante Lucas, que despedia-se do time paulista e já havia marcado um gol. Aliás, uma atitude provocativa do próprio jogador - mostrou em tom raivoso ao zagueiro que o havia acertado o algodão que estancava o sangramento -, deu início, ao final do primeiro tempo, à confusão, marcada por agressões de parte a parte (primeiro entre os jogadores, depois entre integrantes das duas comissões técnicas).
Enquanto todos esperavam o início do segundo tempo, percebia-se que algo estranho estava acontecendo. Chamada por parte da imprensa de "a tradicional catimba argentina", os jogadores do Tigre recusaram-se peremptoriamente a retornar ao campo de jogo, alegando terem sido agredidos pelos seguranças do São Paulo Futebol Clube, inclusive tendo sido ameaçados com armas de fogo. Quem via a transmissão da Globo só ouvia aquela velha lenga lenga da "rivalidade" (e sabemos todos o quanto essa implicância gratuita com os argentinos como um todo é prejudicial para ambos os lados) e a festa dos são-paulinos, enquanto a Fox Sports preocupou-se em investigar as causas de o Tigre não ter voltado ao campo, mostrando inclusive as manchas de sangue nos vestiários dos visitantes.
Ao término do jogo - ou pelo menos acredita-se que tenha terminado, porque os argentinos prometem dar sequência ao imbróglio - pipocaram nos jornais de Buenos Aires protestos contra a decisão da Confederação Sul-Americana (Conmenbol) e - tristemente - nos comentários (e vemos o quanto o mundo como um todo está ficando mais idiota e intolerante - ou pelo menos percebemos mais agora os que usam de idiotice e intolerância) dos "hermanos" o preconceito explícito contra nós.
O que alimenta esse preconceito? É, como já li, um suposto complexo de superioridade frustrado, misturado a uma sensação de inferioridade patente, ou algo alimentado pelas mídias de ambos os países (os argentinos sempre são mais desleais, os brasileiros sempre mais talentosos,os brasileiros são "macaquitos", os argentinos recalcados e por aí vai)?
O fato é que o esporte, o futebol, por mais que tenha se tornado um negócio, ainda poderia servir como elemento agregador, mas parece que quanto mais ele se moderniza, na era das arenas multiuso, dos grandes contratos de televisionamento, os torcedores parecem não querer modernizar o pensamento. Nós, brasileiros, que gostamos de bancar os cordiais, temos torcidas organizadas que marcam brigas pela internet para se matarem mutuamente. A rivalidade saudável é substituída por uma visão de guerra inaceitável e a nível internacional a um ufanismo execrável, que cristaliza ódios e equívocos. 
Infelizmente parece que somente os maus exemplos que nos lançam à reflexão e ontem, o que seria somente festa, lança mais ódio (os argentinos dizem que vão "receber muito bem" as equipes brasileiras na Libertadores do ano que vem...) quando imaginamos que do lado de cá, nos próximos quatro anos, teremos dois eventos gigantes que, por mais que seja um negócio, incentiva sempre o encontro de culturas. E só mostra também o nosso despreparo para situações limites.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Os amigos da amiga

Rosemary Noronha é indiciada pela PF por formação de quadrilha
Rose e a sedução do poder

A moça se apresentava por aí como "a namorada de Lula". A moça viajava em todas as viagens oficiais das quais a Primeira Dama de ausentava, sendo a única com acesso aos aposentos presidenciais. A moça nomeou o ex-marido conselheiro da Brasilprev (para tal feito, até mesmo forjou um diploma de curso superior para atender a uma exigência da empresa), e conseguiu um contrato milionário sem licitação para o atual marido junto à Cobra Tecnologia, além de um cargo na Infraero. Nomeou dois irmãos, seus amigos, diretores da ANA e ANAC. A moça confrontou a diretoria da Codesp que ousou demitir uma outra amiga, porque ela saía se gabando nos corredores da empresa de ter sido contratada por ser "amiga da namorada do Lula". A moça também pediu que pagassem a mobília do apartamento de sua filha Mirelle: um sofá e uma estante, pela bagatela de R$ 5.000,00. Mirelle também virou contratada da ANAC.

Quem saiu por aí dizendo que Rosemary era namorada de Lula, não fui eu. Nem foi a Época. Foi a própria "namorada", de acordo com o inquérito. Quem disse que a moça nomeou diretores de agências reguladoras e do Banco do Brasil, não fui eu, nem a Época, foi a Polícia Federal.  Já as testemunhas, dizem que a moça não fazia questão de esconder sua relação íntima com o "PR" de ninguém, muito pelo contrário. Dizem ainda por aí que, portando mala diplomática (!), Rosemary desembarcou com 25 milhões de Euros em Portugal, declarando no formulário de seguro do carro forte que o levou ao Banco do Espírito Santo, que o dono da quantia era Lula. 

Mais uma vez, partidários alegam que o "PIG" está atacando gratuitamente a imagem do eterno "PR", não importando quantos e-mails de Rosemary já tenham sido reproduzidos, ou quanto do inquérito policial tenha se tornado público. Assim como no já julgado Mensalão, a não ser que vejam uma foto de Rosemary com o malote de 25 mi de Euros, sentada no colo de Lula, tudo não passará de uma conspiração de falsas testemunhas aliadas aos meios de comunicação para denegrir o filho do Brasil.

Há defensores de partido dizendo que ninguém nada tem a ver com a vida extra-conjugal de Lula. De fato, se era ou não peguete presidencial, pouco me importa, isoladamente.  Me importa a interferência na gestão do país. Determinados  cargos públicos são, sim, cargos de confiança, mas em que moldes essa confiança é forjada? 

O que dizer, então, da confiança do eleitorado em um presidente que delega a uma amiga ou a um caso decisões sensíveis de seu mandato público?

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A Anistia e seus imbróglios


A família do deputado Rubens Paiva, desaparecido político da ditadura militar há 40 anos, em vão espera a oportunidade de ao menos poder enterrar o ente querido, provavelmente morto pelo aparato repressor do Estado, este mesmo Estado Brasileiro que negou que tivesse-o preso, mas que agora se sabe que ele esteve em poder do de tão tristes lembranças DOI-CODI. 
Movida pelo desejo, compreensível, de justiça, a filha de Rubens Paiva, Maria Beatriz Paiva Keller sugere que se faça um plebiscito para que a sociedade brasileira se manifeste por alterações da Lei da Anistia  que possibilitem a punição de elementos do regime que torturaram, mataram, perseguiram em nome do Estado todos aqueles que não concordavam com o regime de exceção que vigorou até 1985.
E aí que está o problema. A Lei da Anistia, promulgada por João Figueiredo, pareceu durante muito tempo um "acordo de cavalheiros", que em nome do bem comum, comprometiam-se a "esquecer" uns os pecados dos outros. Há muita gente que enxergue a misericórdia por parte dos militares aí, mas o fato é que essa mesma lei, como foi feita livrou (supostamente) a parte mais violenta da história do golpe de ser julgada pelos seus crimes, como agora vem sendo julgados seus pares na Argentina, no Chile e no Uruguai. 
Os defensores (infelizmente ainda os temos) de página tão suja da nossa História afirma que alterar a Lei da Anistia é de um revanchismo mesquinho e retrucam com aquele velho lenga lenga cansativo de que se os militares e civis aliados praticaram violência, os guerrilheiros, ativistas de esquerda também cometeram crimes, assaltos, sequestros, torturas na esperança de implementarem uma ditadura nos moldes comunistas e a Anistia faz com que tudo fique elas por elas.
E daí que está o problema de um plebiscito. O brasileiro médio não passa de mero reprodutor das opiniões veiculadas pela mídia. É o cara que se reclama do aumento das passagens dos ônibus também é o primeiro a dizer que os estudantes que estão protestando nas ruas para que o preço abaixe ou continuem os mesmos são uns vagabundos e que merecem porrada. É a moça que vê uma outra que foi estuprada que diz que ela tinha de "se valorizar e se vestir melhor" para não ter sido violentada. É o adolescente que sofre bullying na escola por ser gordo, baixo, magro, não ter franja, mas que vai para o twitter dizer que nordestinos são todos uns horrorosos e que não merecem fazer parte do Brasil. Então, um debate público que exija um nível intelectual acima da capacidade da maioria, (inclusive dos políticos que andam por aí pregando um conservadorismo barato), porque antes de um plebiscito deve haver uma propaganda em rádio e TV dos que são a favor e dos que são contra a revisão... Se por um lado faria as máscaras de muita gente, principalmente dos militares caírem - e o Exército é hoje uma das instituições de maior credibilidade no Brasil , daria alimento para que grande parte da mídia endossasse a tese do revanchismo, exigindo também que as vítimas - guerrilheiros entre outros, já tão massacrados moral e psicologicamente - acabassem sendo transformadas em algozes, merecendo até - pasmem - a prisão. Novamente.
A necessidade da época, de votar-se uma anistia "ampla, geral e irrestrita", e ainda pelas mãos dos generalecos de plantão, foi uma dura necessidade que acabou acobertando quem mais cometeu delitos ao longo de quase vinte e um anos de ditadura. A Justiça Federal hoje - e as jurisprudências que vêm sendo criadas em relação ao tema - parece ser o único caminho viável para se levar à cadeia aqueles que se declararam defensores da Pátria, e que se cercaram de elementos tão desprezíveis quanto eles para efetuarem o serviço sujo (quem já assistiu ao filme argentino "O segredo dos seus olhos" sabe muito bem que aquilo também aconteceu por aqui) quando não eles próprios o fizeram e ainda permitiram-se andar por aí, altivos, de "consciência limpa" e disseminando suas ideias da Idade da Pedra.
O Brasil, que adora vangloriar-se de seu posto de defensor dos Direitos Humanos na ONU e entre outra organizações internacionais faz questão de não enxergar que o dever de casa ainda não foi feito corretamente e só quando nos equipararmos aos nossos irmãos chilenos, uruguaios e argentinos, que frequentemente vem mandando para cadeia os espoliadores do Estado que se apoiaram em seus cargos e seu "senso de dever patriótico" para cometer as atrocidades mais vis, é que poderemos olhar a nós próprios com o devido respeito que achamos que merecemos.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Quando o fim culpa o meio

Manchete de ontem: Eleições 2012

Primeiro turno passou e pouca gente respira aliviada, quando o assunto é política o lema é "não se salva nem quem quer", foram muitas promessas, muitos discursos e jingles. Pronto, para alguns passou, para outros tem o segundo turno.

Mas a pérola da vez não vai para os candidatos, esses é até redundante falar mal, né? Vai para um comentário que eu ouvi, uma colega me disse que comentaram com ela: "se urna fosse bom tinha no primeiro mundo".

Para tudo.

O que uma coisa tem a ver com a outra? O povo votava mais consciente quando era em papel? Nem vou comentar o "espírito de colonizado-fundo-de-quintal-coitadinho" que esse cara assumiu, porque os países "de primeiro mundo" andam bem ruins das pernas econômica e politicamente falando, mas não perceber que o voto eletrônico é um avanço e algo para se orgulhar é simplesmente estúpido.

As pessoas sempre arrumam algo para colocar a culpa, mas botar a culpa na urna eletrônica é demais até para os revolucionários do facebook.

Confirme se você achou o comentário da pessoa uma imbecilidade.

sábado, 9 de junho de 2012

Por que não antes?


O Brasil em seus eternos paradoxos consegue ser uma das poucas nações do mundo que tem uma presidenta, mas ainda assim a participação feminina no Executivo e no Parlamento como um todo consegue ser o segundo pior do globo. A despeito de a maioria da população ser de mulheres, parece que a eleição de Dilma, foi muito mais uma "concessão", uma chance dada como aquelas chances que se dá em quem não confia muito. Ao menor sinal de equívoco, generaliza-se e pronto, acabou a "festa".

No entanto, é importante anotar que o fato de ser de um sexo diferente, ainda que esculachadas como as mulheres são no Brasil, o simples fato de ser mulher não a livra da pior(?) parte, que é ser humano. Se @s brasileir@s como um todo não mudarem suas práticas políticas, enxergar uma candidatura feminina (nem adianta dizer que candidaturas feministas não emplacam em um país pobre de ideias e de pensamento crítico - elas sempre serão enxergadas como as malucas descompensadas e sequeladas), será mais do mesmo, até porque as gatas pingadas (salvo raras exceções) acabam reproduzindo o modus operandi dos políticos, vide a Jaqueline Roriz, no DF, entre tantas outras mulheres que, como seres humanos, acabam fazendo justamente as mesmas coisas dos políticos, inclusive na perpetuação de discursos absurdos. Vide as deputadas evangélicas, católicas, etc.

Política como um todo, além do debate, envolve propostas. E, infelizmente, por mais que as mulheres apresentem propostas infinitamente superiores às dos homens, vivemos numa sociedade tacanha e medíocre, em que, muitas vezes as próprias mulheres, como mães, tratam de incutir nos filhos uma ideia errônea do papel do sexo feminino dentro da sociedade. E daí vêm as piadinhas, as desconfianças, o desprezo... Ainda acho que o estudioso que disse que a igualdade na política só será alcançada daqui a 170 anos está sendo tremendamente otimista. Com essa educação que nós temos, se conseguirmos tal igualdade daqui a 170 séculos, ainda será uma previsão razoável, porque o Brasil e o seu gosto por contradições, não consegue rimar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social. A nossa cultura de massas industrializada acaba atrapalhando os poucos espaços que poderíamos ter para alterar esse panorama, a partir do momento em que continua restringindo o papel da mulher àqueles espaços costumeiros, restando àquelas que se sobressaem um local onde elas serão reconhecidas como vencedoras, mas não como exemplos de que outras podem chegar aonde elas chegaram. É como se dissesse "sou única, sou distante, você só pode sonhar em estar no meu lugar".

A batalha da mulher por algo mais do que uma mera previsão de 170 anos para a igualdade em alguma coisa é diária, mas, no afã de protegerem-se, quase sempre têm de se conformar em lidar - e não combater - com o discurso patriarcal e machista. A minoria que estudou, que conhece mais amplamente as conquistas históricas da mulher (não aquele que é apresentado como somente o gritador e pitoresco, mas o que trabalha efetivamente para as conquistas) é a que segura a onda e mantém o debate aceso, topando, como bucha de canhão, com gente imbecil (como alguns dos comentaristas da matéria do Portal Terra), e que muitas vezes sequer recebe a gratidão de suas companheiras.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O fetiche mais bizarro do mundo


Que o ser humano poderia ser chamado simplesmente de curioso creio que é ponto pacífico. Afinal a curiosidade é parente da necessidade que é a mãe da invenção. Mas a curiosidade também é a irmã da imprudência e faz o hominídeo se ferrar muitas vezes desde os tempos primevos. Que o digam Adão e Eva (brincadeirinha).

É essa curiosidade cabulosa que faz o ser humano buscar experimentar das coisas mais toscas. Desde comer taturana ou mesmo uma cobra verde, como já falei por aqui, ou até mesmo entrar na torcida adversária com a camisa do maior rival. Exemplo clichê, eu sei, mas é impossível não imaginar a bordoada comendo no centro por conta do maluco impetuoso.

No que diz ao sexo, (ah, o sexo...), a curiosidade ou também, a criatividade humana parece não ter limites. O fetiche, essa mania de querer experimentar o sexo sempre de uma forma diferente, faz os seres humanos passarem em quatro paredes aquilo que, em público, os fariam facilmente serem chamados de doentinhos. Dia desses vi uma propaganda de motel aqui do Recife em que se anunciava a "sensacional suíte árabe". Sei que há gosto pra tudo, mas tenho de confessar que não me entra na cabeça ver alguma namorada minha num quarto, vestida de odalisca, tentando fazer algum movimento da dança do ventre e vibrando a língua como fundamentalista islâmica na Faixa de Gaza ao som do Khaled, destilando seu ódio sensual contra as minhas raízes judaicas.

Como também é complicado vê-la vestida de enfermeira sem esperar que ela surte e queira aferir minha temperatura com um termômetro retal ou, vestida de batgirl, venha me chamar de "meu Coringa" e me chame pra combater o crime em alguma bat caverna imaginária.

Há gosto pra tudo.

Porém, por mais que digamos que gosto não se discute, quando olhamos a figura bizarra do Berlusconi, o ex-primeiro-ministro italiano, é inegável que olhemos para ele e digamos "Cara, tu tem 'pobrema'..."

Não bastasse ser fascista e falastrão, ao ponto de chamar o Obama de "bronzeado", e de passar vergonha em cúpula de chefes de Estado, ao ponto de levar um pito da sempre sisuda Elizabeth II, o cara se envolve com prostitutas adolescentes, em festas malucas que ele chama de bunga bunga, e pior, faz com as garotas se fantasiem de RONALDINHO GAÚCHO (que jogou no Milan, time que ele comprou há alguns anos) para "apimentar a festa". 

Verdade que aqui mesmo no Brasil temos notícias de que alguns jogadores de futebol - e o caso mais conhecido é o do goleiro-presidiário Bruno - fazem festas nas quais há prostitutas, anões, jumentos e até cabras (não consigo imaginar que tipos de combinações possíveis eles fazem). Mas, apesar do bizarro extremo que tais imagens evoquem, é complicado imaginar uma adolescente, vestida com a camisa do Milan e com uma máscara do dentuço baladeiro falando  BUNGA BUNGA. 

A idade do tiozinho? 75 anos.

Haja viagra e cara de pau.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Brasileiro no volante, perigo constante

Motorista atropela ciclista duas vezes após discussão no trânsito em Araçatuba
Motorista atropela motociclista após discussão de trânsito em Brasília
Motorista atropela grupo de ciclistas, fere 10 e foge
Pateta: Senhor Andante e Senhor Volante

Vez ou outra eu dizia, brincando, que queria ter uma chave de roda ao lado do freio de mão de meu carro, porque o trânsito brasileiro tira qualquer um do sério e de vez em quando dá vontade de bater em alguns por aí. Como é sabido por muitos, desde a elevação do IPI para veículos importados eu entrei em greve com a indústria de automóveis. Comprei uma motocicleta, fiz um curso de pilotagem, e estou feliz da vida andando sob sol e eventualmente sob chuva por aí. Minha família ficou preocupada, pois como é sabido por todos, motocicletas são os veículos que mais matam no trânsito brasileiro.

Quando subi pela primeira vez em uma moto na condição de condutora desde que fui considerada apta a isso pelo Detran, admito que pensei "Meu Deus, o que eu estou fazendo?", tendo certeza de que a prova do Detran de nada me valeu. Desde que me tornei (de fato) habilitada a conduzir uma motocicleta, passei a observar com um olhar ainda mais crítico e atento o trânsito brasileiro.

Já ouvi dizer que brasiliense dirige mal, goiano, paulista, carioca, mineiro, baiano, catarinense, etc e tal. A grande verdade é que brasileiro, de maneira ampla e irrestrita, é analfabeto de pai e mãe quando o assunto é guiar um veículo seja ele qual for. O problema tem raízes profundas, a começar pelo nosso querido DETRAN, tão eficiente em afanar nossos bolsos com taxas e multas, mas tão complacente com a indústria de motoristas. Toda essa lógica estabelecida contra o cidadão de bem comum, negligencia o quanto um veículo automotor (especialmente o brasileiro) pode ser uma arma fatal.

A insegurança que o processo de habilitação gera no próprio usuário, leva à proliferação de cursos de "Trainamento de Habilitados", que cobram até 300% a mais para fazer o que uma auto-escola deveria ter feito antes, para ensinar o que deveria ser parte da grade obrigatória estabelecida pelo DETRAN.

É assustadora a quantidade de casos no qual pessoas totalmente desequilibradas simplesmente usam seus veículos contra usuários do sistema de trânsito que encontram-se mais expostos - como ciclistas e motociclistas. O mais assustador é o caso de Araçatuba: o atropelador, que não só atropelou propositalmente, como o fez duas vezes, ainda estava em período probatório de sua habilitação, o que indica que seu exame psicotécnico foi realizado recentemente.

Afinal, qual a eficiência do exame  homologado pelo DETRAN? Quantos casos bárbaros seriam evitados se realmente fosse realizada uma perícia no pretendente a motorista? Quão melhor seria o trânsito brasileiro se as auto-escolas, ao invés formassem condutores?

terça-feira, 10 de abril de 2012

O paradoxo do "desenvolvimento"


Em um encontro da presidente com os integrantes do Fórum do Clima, ela atentamente ouviu uma ambientalista, tomou nota de suas queixas sobre a política energética brasileira, e depois respondeu: "Eu não posso falar: ‘Olha, é possível só com eólica iluminar o planeta.’ Não é. Só com solar? De maneira nenhuma.". Dilma falou não apenas como presidente, mas como especialista.

Depois de muito refletir, acho que Dilma tem toda a razão: é fantasioso, impossível. Por essa e muitas outras razões, concluí que o desenvolvimento é quase necessariamente predatório. Isso me deixou triste e desanimada.

Eu acredito que temos certas obrigações com o meio ambiente. Não é uma questão de "nobreza de espírito", é mais egoísta. É por admiração à riqueza da fauna, flora e paisagem, e também por uma questão de sobrevivência.

A alguns anos descobri um comediante, George Carlin, que em um stand up disse verdades e absurdos engraçados sobre salvar o planeta, baseado num princípio que sempre defendi: não precisamos salvar o planeta, afinal ele continua fazendo o que sempre fez, que é orbitar em torno do Sol. Claro, não se pode levar todo o show de Carlin a sério (afinal, ele é um comediante), mas em muitos pontos ele também tem razão. Recentemente, Hawkings também deu seu parecer: a humanidade tem probabilidades muito pequenas de sobreviver na Terra por mais cem anos.

A quem culpar? Talvez o Capitalismo, nosso vilão recorrente favorito. Eu, particularmente, culpo a medicina. Afinal, o mundo é capitalista há mais de 500 anos, mas sem os antibióticos e as vacinas, o mundo não teria tantas pessoas. Morreríamos velhos e doentes aos 50 anos, sem onerar tanto os recursos naturais da Terra. A Europa Medieval (sanada e quase dizimada pela Peste Negra) que o diga.

Então, a humanidade precisa de uma praga? De um predador? Não, somos muito competentes: o progresso da humanidade já é e vorazmente cresce como a grande ameaça à nossa sobrevivência. Nosso desejo de prosperar, viver até os 100 anos, controlar doenças, conquistar... Nossa aversão à simplicidade, nosso ímpeto de sair das cavernas... 

Antes que retornemos aos tempos em que a igreja condenava a ciência e alguém encontre em minhas palavras os motivos pelos quais deveríamos ter nos voltado para os templos ao invés dos laboratórios, gostaria de deixar claro que também culpo o "crescei-vos e multiplicai-vos".

Não acredito que o beco sem saída em que nos encontramos seja o "sinal dos tempos", o castigo divino. Assim como muitas outras, somo uma espécie que chega ao fim de seu ciclo evolutivo. Somos a última ponta da Curva de Gauss, e fomos ingênuos em acreditar na "perpetuação" da espécie. 

Assim que a humanidade, suas vacinas e antibióticos estiverem extintos, surgirão novas bactérias, capazes de se alimentar de plástico, realizar respiração celular com monóxido e dióxido de carbono, colonizar o concreto, os grãos de areia de todos os desertos, e os "Tietês" que teremos deixado para trás...

A vida,  mas não a humanidade, se perpetuará.
Nós seremos apenas o petróleo do futuro.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A lógica do capEtalismo?

Precisamos de resultados. Vivemos na lógica do miojo. Quer dizer, achamos que nossa vida se resume a três minutos. Tudo é para ontem. Apropriações de valores são questões únicas e que salvam. O que é ser bom, o que é ser ótimo, quanto vale ser o melhor? O que é estar a salvo em escala de tempo?

Sei que parece que sou uma chata que não gosta do capitalismo. Mas nem é isso. É só que esses exageros do ser humano pela busca de perfeição ou de resultados para qualquer coisa, faz eu pensar que passamos uma vida planejando para em escala de segundos triunfarmos e depois irmos para um outro lugar. 



Vamos entender mais da nossa vida, ainda há tempo.




obs: sinto por essa vítima.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Vendo além do crime

'Gangue das  loiras' gastou R$ 17 mil no cartão de uma das vítimas 


Essa é uma daquela situações em que a gente fica se perguntando: o leva certas pessoas a fazerem certas coisas? 

Tesão pelo perigo? Transpor limites?

Enxergando um tantinho além, e bem longe de fazer apologia ao crime, fico fascinada quando me deparo com notícias assim.

Acho o mundo do crime, quando organizado, muito interessante: a inteligência, os esquemas táticos, o leque vasto de delitos que possibilita migrar de um pro outro, afim de driblar a lei e a nossa frágil força policial, que anda sempre mal das pernas. Essa coisa de ter vida dupla pra maquiar a bandidagem, a quadrilha fazia até 'ponte aérea do crime' Curitiba/São Paulo! Isso me lembra os meses de preparação e a engenharia que antecederam o grande assalto ao Banco Central de Fortaleza e as peripécias de Frank Abagnale Jr. que aos 17 anos tornou-se o maior assaltante a banco da história dos EUA. 

Penso que cabeças tão cheias de ideias muitas vezes se voltassem pra deixar algo pela sociedade, além de bons roteiros pra filmes, não seriam, até certo ponto, tão bem sucedidas.

terça-feira, 20 de março de 2012

Sorria, você já foi matemático um dia


Essa é da série "estudos dizem que". Nessa época de carestia lá pros lados do Velho Mundo, ainda vemos cientistas se debruçando sobre algo tão relevante pra Humanidade quanto a capacidade de os espermatozoides fazerem cálculos complexos... 
Ou seja, eu, um ser que foge dos números e dos cálculos como o Capeta foge da cruz, da Lua Crescente ou da Estrela de Davi, lá nos meus primórdios era alguém fera em cálculo diferencial... Fico imaginando-me em cima de uma prancheta, com a régua, o compasso, uma calculadora científica (ou não) traçando meu caminho pra chegar a este vale de lágrimas.
Resumindo, podia até saber de matemática, mas era burro demais pra não sacar que o melhor era ter errado o caminho. Acho que por isso que a gente despreza essa capacidade matemática depois: foi trauma.
Se soubéssemos o que nos esperava deste lado, a gente já se jogava nas Humanas, ficava discutindo com os brothers a eterna revolução que nunca chega, fazia uma greve geral e ninguém mais nascia. 
Como cientistas que fazem esse tipo de pesquisa, por exemplo.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Crise de identidade

Hackers vazam documentos da Marinha e atacam polícia nos EUA

Há muito já se sabe que basta cortar a cabeça de um líder para que um movimento se dissolva. Bem, e quando não há uma cabeça? O grupo Anonymous, que já é de conhecimento público, são pessoas insatisfeitas que não tem apenas uma ideologia ou um objetivo.

A reportagem de hoje relata que Anonymous vaza documentos da marinha americana e impede o funcionamento de instituições bancárias brasileiras.

Acho estranho a forma como a mídia de manipulação, ou seja, a televisão, jornais e etc, concebe a imagem deste grupo. Fala-se em vítimas (marinha e bancos) sendo que quem morreram foram 24 iraquianos em ataques da marinha. Ou seja, é um crime sabermos o que se passa em nossas costas? Sem falar nas instituições bancárias, responsáveis pela crise que vivemos hoje.

Bem, desta forma, há de ser perigoso termos uma ferramenta de livre informação não acham? Pode-nos clarear a ignorância.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pessoas, pessoas. Negócios à parte.

Dilma: violações de direitos humanos acontecem em todos os países

Ah, bom, presidenta! Se é assim, tudo bem.

Já que todo mundo faz, ainda que uns façam mais que os outros (e bem mais, diga-se de passagem), a gente pode ignorar, relevar, etc e tal. Realmente, não deve depender da conveniência das relações comerciais. Violação de direitos humanos é condenável em qualquer lugar do mundo, e deve ser reprovada publicamente por todos, independente de qualquer outra coisa. Guantánamo, como bem citou a senhora, é um assunto incômodo, mas que vem sendo levado a uma solução, ainda que de forma morosa, justamente porque existe a cobrança.

Aliás, minha preocupação vem justamente de coisas assim: se mesmo com toda a condenação pública às violações dos direitos humanos, com toda a cobrança que existe no âmbito da diplomacia internacional pelo respeito a esses direitos, elas existem em todos os lugares, o que acontecerá quando a presidenta do Brasil começar a fazer escola, e por exemplo o senhor Obama repetir que isso acontece em todo lugar a cada vez que lhe reclamarem do tratamento dispensado aos prisioneiros de guerra americanos?

Discordo dessa "visita negocial", da mesma forma que discordo das relações comerciais com a China, e da prisão de Guantánamo. Tudo entra no mesmo saco, de coisas que não devem ser feitas. Ao contrário de dizer que "todo mundo faz, então não vou falar disso hoje porque vim pelo dinheiro", eu acredito que toda relação comercial deveria ser condicionada a melhoria dos direitos humanos em países que os desrespeitam sem qualquer cerimônia.

Entretanto, somos animais peculiares, e aparentemente, a dita "inteligência" e discernimento característicos dos seres humanos não nos trouxeram muitos bons frutos ao longo dos milênios. Afinal, aqueles que agem por instinto não escravizam sua própria espécie, e são mais contidos em seu comportamento predatório. 

Com tudo isso, quem nos protegerá de nós mesmos?

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Meu grande amigo... o artista!


Manchete de Ontem:

Zezé di Camargo e Luciano contam motivo de briga durante show.                              

Sábado passado, Chico Buarque deu início, em Belo Horizonte, a sua nova turnê apresentando o disco “Chico”, tão esperada por todos os fãs de todo o Brasil.

Na primeira matéria que li a respeito, apesar de falar de um show de grande qualidade, a crítica sobre um Chico que limitou-se a interagir com o público apresentando os músicos da banda e com um “errei”, quando cantou errado uma música. O texto aponta para uma inevitável decepção do público, que esperava, de certo, por um Chico saudoso, amistoso, um velho conhecido que não via desde 2006.

É de nós essa coisa de querermos fazer parte da vida dos artistas que elegemos para acompanhar. Queremos saber de tudo, da vida, com quem está namorando, como vão suas finanças, como vai aquele processo de reconhecimento de paternidade, ou da pensão alimentícia, se parou de fumar ou se apareceu numa balada com indícios de excesso de álcool, ou quem sabe, alguma droga pesada.

Artistas são pessoas que possuem alguma qualidade, um dom, uma habilidade que os fazem diferentes de nós, algo que é bom a ponto de compartilhar. Mas compartilhar o dom, a arte, isso que ele dispõe público. Mas a gente não se contenta e quer mais. E alimenta, consome e sustenta uma mídia perversa que sobrevive dos detalhes da intimidade, que lança flashes nos lugares mais escuros por onde ele anda, ou mesmo na claridade do seu lar.

É óbvio que há também aqueles que procuram o centro do holofote para expor suas vidas. Seja por vaidade ou mesmo por depender da publicização da sua intimidade, de um ou outro escândalo para ter alguma notoriedade. Há quem não consiga resolver seus problemas em silêncio e lave a roupa suja publicamente também, como aconteceu no último episódio sertanejo.

É difícil pinçar o artista do resto do seu mundo. Mas fica bem mais fácil gostar, não correr o risco de se decepcionar, entristecer, lamentar com ‘detalhes’ de uma vida que não nos diz respeito. São tão humanos quanto nós e, portanto, falíveis também. Um pouco de simpatia, o respeito ao público, claro, são necessários porque a reciprocidade deve existir em qualquer relação, inclusive nessa. Mas creio que aproveitamos muito mais quando consumimos aquilo que o artista, deliberadamente nos disponibiliza: a sua arte.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Nua e crua


Confesso que sou um entusiasta do Google e até questionei seriamente um movimento que nos desafia a ficar um dia sem usar os serviços da gigante de Mountain View, o que, na minha tosca cabecinha é algo praticamente impossível. Depois reconsiderei minha posição ao lembrar que uso o Tweetdeck, por exemplo, para usar o Twitter. 
Mas, ainda assim, convenhamos, é complicado. Quem ainda usa o Cadê??
O Google Street View, serviço que pretende fotografar as ruas das principais cidades do mundo, já flagrou centenas de micos - sem contar o pessoal que força a barra deliberadamente - inclusive gerando processos incômodos pra superpotência da web. Justamente porque, nessas épocas de superexposição da imagem - e de todo o culto ao redor dela -, há ainda as pessoas que defendam a sua privacidade.
Mesmo na rua, um espaço público, o direito à imagem é inalienável ou pode-se sair fotografando sem pedir a autorização das pessoas? Tanto que a lógica do Google é sair borrando os rostos das pessoas, só pra se prevenir. Mas, ainda assim, é estranho ver o desprendimento das pessoas, como a cidadã que estava lá em Miami e foi flagrada com um galão de leite tomando um delicioso banho no quintal, nua em pelo (claro que antes do Google embaçar a foto, a galera já tinha dado print...
Fiquei considerando cá comigo mesmo algumas possibilidades, dentre as quais, faltou água (ou ela não pagou a conta), o banheiro estava em reforma e ela não tinha onde tomar o banho, ela é naturista e estava descontraindo, sensualizando com o vizinho da frente na hora em que o carro com a câmera passou... 
Por isso que eu não tenho vocação alguma pra papagaio de pirata. Ao ver uma câmera, me escondo. Não sou nada fotogênico.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Délicatesse


Espanta sempre a nós, os civilizados, essas notícias que vez ou outra aparecem de algum indivíduo da espécie humana que se serve de um semelhante para saciar sua fome - ou algo que leve esse nome. Foge do imaginário de um filme como O silêncio dos inocentes e invade o nosso supostamente seguro cotidiano. Casos como o de Jeffrey Dahmer, entre outros que o portal Terra lista, impressionam pela frieza e pelo fato de estarem ligados (como faz questão de frisar a matéria) à questão da sexualidade (só no Terra é que vemos casos de homens que matam mulheres para praticar canibalismo) e a instintos obviamente psicopatas. Bem diferente (?) da antropofagia dos ameríndios, que tinham como ritual (o comer o inimigo para se nutrir de suas boas qualidades). Mas, como bem observa o historiador americano Will Durant, em Nossa herança oriental, o registro do canibalismo se dá em todas as sociedades, por conta de religiosidade, surtos de fome, ou por pura crueldade (os portugueses costumavam ferver chinesinhos em enormes caldeirões e depois comê-los), afinal, somos humanos.
O fato é que tal notícia me lembrou um caso que descrevi em um dos meus blogues, no qual narro a história do tempo em que trabalhei no IML, e um ex-colega de lá foi internado no hospital psiquiátrico no qual trabalhei depois que saí do Exército, por conta de terem descoberto que ele adorava fazer dobradinha com carne de defunto. A diferença é que ele não matava ninguém para comer. Só isso.
E assim caminha a humanidade. 

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Abraços Suspeitos

Manchete de Ontem:  SP: polícia prende assaltante que abordava vítimas com abraço
                                  Professor distribui 2.011 abraços para bater recorde em SP


Fosse um beijo, era Judas, bradariam os folhetins sensacionalistas. Mas não, foi um abraço, esse gesto confortante, solidário, aconchegante, necessário e que sugere até rimas.

O amoroso indivíduo se aproveitava da fragilidade e da carência que castiga os viventes do mundo contemporâneo, oferecendo um abraço apertado em locais movimentados, onde a única suspeita que levantaria seria a de um ou outro gélido coração a se perguntar: “quem ainda troca abraços no meio da rua hoje em dia???”

E era então, que carinhosamente ele sussurrava no ouvido da acarinhada vítima que se tratava de um afago, digo, de um assalto, levando dinheiro e objetos de valor.

O crime não tem alma mesmo. Não cogita, nem se importa que aquele abraço, a princípio sem qualquer ameaça, poderia ter sido o motivo do sorriso de alguém naquele dia.

Diferente do “miguxo” acima, um professor de Ribeirão Preto saiu distribuindo abraços por aí, e dessa vez, sem um fim trágico. Isso sim, não é? Nem tanto. O amigo docente não estava abraçando pelo calor do amplexo ou para distribuir gentileza como único fim. Ele precisava dar três mil abraços para entrar pro livro dos recordes e não sei se ele se empolgou e acabou demorando muito a cada abraço ou se simplesmente não tem lá muito tato com a coisa, mas o fato é que não conseguiu atingir a marca.

Alguma coisa está fora da ordem...


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Calma lá, mulher!




Ontem quando o dia já estava acabando li algo no twitter sobre o tal do Lingerie Day, logo depois das 00h00min começou um bombardeio de retweets  com as novas fotos das gatinhas mostrando suas lingeries para o delírio de seus seguidores.

Calma lá, mulher! Ser livre é outra coisa.

Não entendo muito bem o efeito psicológico que isso causa em certas mulheres, mas a partir do momento em que você se sente excitada e defensora da sua liberdade sexual mostrando suas curvas e seu silicone para um bando de homens/apreciadores/tarados desconhecidos pela web, e colocá-los babando em você igual como se estivessem visualizando um pedaço de picanha suculenta, você tem problema.

Calma lá, mulher(objeto)! A forma de pleitear sua liberdade sexual tem que ser outra. 

Para as participantes que acham que as mulheres que não aderiram ao movimento são feias e não lutam pela liberdade sexual feminina...

Calma lá, mulher! Forma de se fazer livre é outra coisa.

E para as participantes que nem sabiam sobre o discurso da luta pela liberdade sexual feminina,  mas curtiu essa onda de  tirar a roupa, vocês são a parte tr00* do movimento.

ATENÇÃO: Para participar do Lingerie Day só é necessário que você tenha peitos e bunda e muita disposição para lutar por nada pela sua liberdade, o cérebro deve ficar perdido por aí igual o resto da roupa, ok?



Ps.: E para quem não tem lingerie sexy para comemorar o dia de hoje, já há rumores de uma marcha pela liberdade da lingerie bege da avó. 

*Tr00(true, troo, tr00, trve(porque em latim arcaico fica mais tr00) é uma expressão que é usada principalmente pelos headbangers, a tal expressão significa alguém que não segue modas, e sim tem o seu próprio estilo de ser.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Execuções de Civis x Aumento de Combustíveis - E agora!?


Confesso que estou um tanto quanto confuso sobre qual tema escreve, tendo em vista que este blog me liberta uma capacidade muito boa de protestar, falar sobre coisas que sempre gosto de falar...

Sou e sempre fui um sujeito um tanto quanto "revoltado" com as políticas públicas de nosso país, que são péssimas, nem precisava falar, ok!?

Sendo assim acho por bem, mesmo porque ainda não me decidi, falar de dois temas recentes (ou nem tanto) que vem atormentando a todos com grande frequencia.

1) Execuções de civis por policiais.

2) Alta dos combustíveis.

Serei bem rápido e sorrateiro somente para apresentar meu ponto de vista e levantar a "bola para vocês cortarem", uma vez que, sinceramente, como alguém "reclamou" da última vez, não quero concluir nada aqui, apenas semear o diálogo, as idéias e discussão...


1) Eu acho absurdo a idéia e a liberdade que hoje os policiais tem de executar qualquer pessoa que queiram. Eu sinceramente sempre tive medo e tenho medo de policiais, enquanto o sentimento deveria ser exatamente o contrário.

Fico pensando o tempo todo, e se os caras me pararem numa blitz, não forem com a minha cara, falarem que vão revistar o carro, "plantarem" alguma prova lá dentro, me levarem pra qualquer lugarem e me executarem, quem vai me proteger?

Ai, no outro dia, o porta-voz irá falar como acontece sempre o suspeito foi pego com drogas, reagiu e foi morto e ai quem poderá me salvar? Ninguém mesmo porque nessa narrativa eu já estaria morto, mas enfim como comentei com minha vózinha inda gorinha essses casos estão começando a ganhar repercussão na mídia o que intimida um poucos os bandidos, ops, policiais.

Não, não vou ser injusto de generalizar tal denominação, com certeza temos policiais bons em todos os lugares e será que é culpa do sujeito também perder o controle e se achar o Capitão Nascimento e matar alguém?

Será que ele é bem preparado pra lidar com isso todo dia, bem pago, foi bem educado pela sociedade e etc etc etc?

E sim, esses casos ganharam um pouco de destaque depois da prisão daquela "galera" aqui em Goiás, ponto para o nosso jornal, que apesar de não ser santo, conseguiu evidenciar um dos problemas que temos hoje em nosso país.


2) Aumento dos nossos combustíveis. Pessoal, infelizmente vejo isso como uma coisa inevitável que poderia ser evitada se não fosse no Brasil.

O nosso ex-presidente Lula o que fez em 8 anos de Governo? Deu poder aquisitivo para grande parte de nossa população.

Daí o que aconteceu? A galera começou a comer mais pão. O pão subiu. Começou a comer mais picanha, tá bom carne vermelha. O preço subiu. Começou a comprar mais carro que precisava de mais gasolina e o que aconteceu. Tudo subiu.

E o que podia ser feito? Retirar um pouquinho dos quase 50% de impostos que incidem sobre a gasosa ou subsidiar tal produto e pronto, viveríamos muito mais felizes, ou não.

Enfim, não sei por aí, mas aqui em Goiânia a gasosa bateu os 3 paus e o álcool os 2,45.... é isso mesmo. A Petrobrás, vi hoje também, começou a importar gasolina (não éramos auto-suficientes!?) para tentar conter a alta e etc etc etc......

Resumindo e finalizando, eu achava que a Petrobrás era Estatal, mas uma funcionária de lá amiga minha no face, que formou comigo, respondeu assim meus questionamentos sobre porque não abaixar a gasosa: "Como toda empresa a Petrobrás tem que dar lucro aos seus acionista!"

Nananinanão amigona, se essa empresa é estatal, o que não pode é dar prejuízo para a SUA POPULAÇÃO!

Já que temos prejuízos todos os dias na insegurança pública, saúde, transportes, educação e etc etc etc.....

Mas, fico com uma frase do grande pensador meu pai: "Enquanto o brasileiro tiver seu futebolzinho, sua breja e seu churrasquinho (que já foi de gato) ele não levantará."

Bem, é isso!?

Quem sairá do twitter, facebook, tv, blog ou jornal primeiro pra ir pras ruas!?