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sábado, 9 de março de 2013

Eu descobri que azul é a cor da parede da casa de Deus


Durante minha adolescência Charlie Brown Jr. foi minha banda nacional favorita. Comprei alguns CD's, fui em alguns shows e delirei nas letras de Chorão. Essa do título, inclusive, era uma das minhas favoritas: "Livre pra poder sorrir, sim. Livre pra poder buscar o meu lugar ao sol".

Com o tempo fui amadurecendo e as frases de efeito do Chorão deixaram de fazer todo aquele sentido na minha vida, mas nunca deixei realmente de gostar da banda. Virei aquele tipo de fã que só curte as coisas antigas de uma banda e tem certo desprezo pelo material novo e - na minha opinião - mais fraco que o antigo. Mas isso não quer dizer que eu não tenha respeito pelo material produzido. 

O que pega é que desde a Cássia Eller o rock'n roll brasileiro não sofria um baque tão forte. Por sinal, a comoção com Chorão foi muito maior. E pra mim foi como ver minha adolescência morrer abruptamente. Foi como perder aquele amigo antigo que você não vê há muito tempo, mas sabe que ele está lá e sente sua perda. Entendo o sofrimento dos mais jovens. Entendo esse desespero. E sinto por isso. Essa geração, até então imaculada, com seus ídolos certinhos e limpos, perdeu o único expoente revolucionário de um marasmo no rock nacional.

Para quem não viu Cazuza e Renato Russo, Chorão será sempre uma lenda. E um exemplo: Droga mata. E pronto. Levou Cássia Eller e levou a alma do Charlie Brown Jr - isso pra ficar nos nacionais. Quando isso vai mudar? Quantos ídolos mais virarão mártires?

Descanse em paz, Chorão. Seu legado é eterno.

Parecia inofensiva, mas te dominou.

sábado, 2 de março de 2013

Nudez emocional



Acho que Girls, série de Lena Dunhan, está causando toda essa inquietação e tantos comentários por ser uma série real e tão crua sobre a vida de garotas de vinte e poucos anos. Sempre que assisto Girls, ganho um nó na garganta ou um calor no coração por me reconhecer em uma das quatro personagens principais. Acho que esse é o grande trunfo de Girls - e que vai, para as garotas, além de onde Sex and The City conseguiu chegar - a capacidade de fazer com que as garotas verdadeiras, de carne e osso, se identifiquem em algum momento com alguma situação vivida pela personagens.

Em uma primeira impressão, Girls pode parecer crua e agressiva demais, principalmente quando o assunto é nudez. Mas a série tem uma carga emocional tão grande, que a nudez que chocou há momentos atrás é rapidamente esquecida. Girls, certamente, não é uma série para quem quer esquecer dos problemas da vida ou para quem quer ter a sensação de viver outra realidade através da televisão. Girls está aí para colocar o dedo na ferida, para lembrar que sim, vez ou outra nos metemos em relacionamentos estranhos e que nos deixam confusas, ou que as pessoas que amamos podem ser irritantes ao ponto de nos fazer querer gritar até que eles entendam o que queremos dizer. Acho que Girls desglamouriza a juventude e a coloca como ela é. Cheia de momentos incríveis e cheia de momentos de merda também. Momentos de desgaste emocional e de total incerteza sobre um futuro prospero, em qualquer sentido que seja. Girls para mim, soa como o grito dos jovens que cansaram de ouvir que são o futuro da sociedade, o futuro do mundo. Não, estamos aqui, cheios de problemas também, e achar que somos o futuro ou a luz de uma geração é colocar mais peso, que por sinal, não precisamos, nas nossas costas.

E aí, que o que Allison Williams disse, faz todo o sentido para mim: para muitos, a facilidade com que lidamos com a nudez hoje é um grande fator de choque. Para mim, a nudez física não é nada comparada a nudez emocional, que vez ou outra, somos obrigados a encarar e fixar o olhar, por mais que doa. A nudez emocional, por mais difícil que possa ser de encarar em um primeiro momento, é o que nos habilita e nos fortalece para que, talvez, consigamos entender tudo isso que envolve ser jovem e ter zilhões de expectativas em cima de você significa.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aquela ladainha de violência gera violência

Manchete de Ontem: Massacre no Egito



Quem lembra disso?
Em fevereiro de 2012 um massacre em estádio do Egito deixa 74 mortes e mais de mil pessoas feridas.

Por testemunhas, filmagem e pelas detenções no dia do episódio, 73 pessoas da torcida rival foram a julgamento responsabilizadas pelas mortes. Destas, 21 pessoas foram condenadas a morte.

No dia do julgamento, uma multidão estava nas ruas.
A torcida invadiu o tribunal e jogou bombas tentando resgatar os réus. 
Desse confronto entre torcida x policia 30 pessoas morreram.

Porque a conta é assim: 74 morreram, então vamos matar mais 21.
E se eles se rebelarem a gente mata mais 30.

Eu acho que o povo tem o governo que merece.
Escuta bem eu falei o povo, não vem se doer achando que estou falando de você, você é uma pessoa que pensa como quer. Mas e o povo do seu país, como o povo pensa?
O Egito assim como outros países muçulmanos estão tentando reivindicar seus direitos, tentar mudar o tipo de governo, gestão e CULTURA de seus países.
Mas se pra isso forem necessárias guerras e luta armada, qual a sua moral para reclamar?
Você deixa de ser respeitado se você não se dá ou respeito.
Acontece que somente com reivindicações, protestos e greves o povo não consegue tirar os tiranos do poder. 
Cadê a ONU nessas horas meu pai eterno? Para o que serve aquela instituição milionária se não é pra EVITAR uma guerra civil?

Aquela ladainha de violência gera violência.
Não é uma frase tão difícil assim.
Absorva! Absorva!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Lei Seca

Blitz em São Paulo também vai flagar motorista que usar maconha e cocaína


Tá certo. Por sinal, tá certíssimo.

A Lei Seca foi uma das melhores coisas que aconteceu a SP. Se equipara em utilidade à Lei Antifumo, que finalmente nos livrou das baladas fétidas e do cabelo de fumante no dia seguinte.

Estamos no Carnaval e o que mais tem por aí é gente porralouca enchendo a cara e pegando o volante. Na semana passada uma tia minha teve o carro destruído por uma bocó que estava dirigindo notavelmente alcoolizada e se recusou a fazer o teste do bafômetro na delegacia. Pior: os policiais de plantão - ou mal informados ou morrendo de preguiça - sequer fizeram o laudo visual, identificando a bebedeira da outra. 

Incrível como tem gente ridícula nesse mundo. Existem diversos perfis no twitter que identificam onde estão localizadas as blitzes da Lei Seca, ajudando motoristas bêbados a burlarem a fiscalização. E tem gente que acha isso útil.

Pois bem. A multa é de R$ 1900 e eu acho pouco. Enquanto acidentes causados por motoristas embriagados continuarem a serem considerados apenas acidentes a coisa não vai mudar. Porque todos sabem quais são as consequências de beber e dirigir. Não é acidente, é homicídio. E não é culposo: saber da possibilidade de dano e mesmo assim praticar o ato configura dolo eventual.

No dia em que o primeiro bêbado pegar 12 anos de prisão por matar alguém embriagado o povo vai cair na real.

- E, só para constar: se álcool prejudica os reflexos de alguém, quem dirá maconha e cocaína, né?

Não foi acidente

Divirtam-se nesse Carnaval e, por favor, não façam merda.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Agora é tarde




(a notícia é aleatória, ok? Peguei a primeira que vi que fala do acidente.) 

Hoje não é o meu dia de postar aqui no Manchete. Mas não temos post e acho que não dá pra ficar sem falar da tragédia de Santa Maria. Afinal, comentamos notícias e não dá pra relevar um acontecimento desse nível.

É obvio que estamos todos tristes, com um sentimento de desperdício no peito. Muitas vidas jovens perdidas, com um potencial enorme pela frente e tudo isso jogado fora por causa de uma bostinha de balada de sábado à noite.

Mas não é nesse ponto que quero me focar. Os grandes conglomerados de mídia já estão dando um destaque sensacionalista excessivo para tudo o que aconteceu, falando da tristeza das famílias e publicando as histórias com status de manchete e tal. Exploração descarada da desgraça e da tristeza alheia em favor da audiência. Paciência.

O ponto que quero destacar é um pouco mais político. Não sei se já comentei aqui, mas trabalho com acompanhamento de projetos de lei, ou seja, sei de quase todos os projetos novos que são protocolados pelos nossos legisladores diariamente e vejo muita porcaria virando lei todo dia. 

O negócio é que essa semana, logo após a catástrofe de Santa Maria, dezenas (sim, dezenas) de novos projetos de lei surgiram para prevenir esse tipo de acidente. É como o que ocorreu no caso de Realengo. Após o desastre, todo mundo quer prevenir. Mas o caso de Santa Maria é diferente porque, vejam só, a legislação preventiva já existe. Ela apenas não é seguida.

Foi noticiado em todos os grandes jornais que a Kiss não poderia estar funcionando naquelas condições mas, gente, pelo menos 95% das baladas aqui de São Paulo seguem aquela configuração: entrada/saída única, sem sinalização, extintores invisíveis. E a legislação de segurança especifica claramente que não pode ser assim. 

Ora, se não pode ser assim, porque a Kiss funcionava? Porque, provavelmente, rolou alguma coisa por baixo dos panos para que o alvará fosse concedido. Alguém assinou aquele alvará. Alguém não fez a verificação de forma correta. Agora querem vir os políticos bancando os lindinhos fazer um monte de leis novas para suprir uma regulamentação que já existe? É piada, né?

O problema está na mão corrupta de quem assinou aquele alvará e deixou que a boate funcionasse daquele jeito.

Vem cá, alguém consegue dizer por que o responsável pela autorização de funcionamento da casa não está preso? Ele é tão culpado quanto os donos e os meninos da banda – que foram burros. Simples assim. Mas não. Nem se fala disso. Ninguém está investigando os fiscais da prefeitura que concederam um alvará indevido para o funcionamento da boate. Isso não sai na mídia, né? Isso ninguém investiga.

A culpa política desse “acidente” é da prefeitura de Santa Maria que foi relapsa, indiferente quanto à segurança de seus jovens e absurdamente irresponsável. Agora tá todo mundo tristinho. Tá todo mundo de luto. Mas na hora de conceder alvará sem verificar a real situação do local e ganhar uma graninha extra fica todo mundo feliz. Bonito, não?

Só como ilustração, aconteceu em 2004 um caso semelhante na Argentina que resultou até em impeachment contra o prefeito do município, que foi considerado o responsável político pelo acidente. Quem quiser saber mais: clica aqui.

Enfim, esse texto tá grande então, pra concluir, eu só gostaria mesmo de demonstrar um pouquinho da minha revolta. Não adianta criar dezenas de leis agora, Senhores Vereadores. A legislação existe. Basta cumprir. Basta não se deixar levar pela corrupção porque isso é culpa de vocês. É culpa desse bando de pilantras que se deixa subornar e não se preocupa de verdade com o bem-estar da população. 

Agora a fiscalização vai aumentar. Uma fiscalização para remediar e não para prevenir. Uma fiscalização burra. A nossa administração pública é burra. Burra e corrupta. Resultado de todos os anos de educação insuficiente, tanto tradicional quanto moral. Parabéns, Srs. Políticos. Essas 236 mortes estão na conta de vocês.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Vale Ti-Ti-Ti




A primeira vez que ouvi falar do vale-cultura achei que não seria uma boa ideia, pois eu achava que a intenção era distribuir "cultura" para as pessoas que não tem, seja por desconhecimento, pela falta de renda.



Mas não será assim. Para quem não sabe, o vale-cultura será o equivalente ao já vale-alimentação e vale-transporte. Uma ajuda de custo que a empresa fornece ao funcionário para que ele gaste em determinado nicho, no caso com "cultura".



Sim, "cultura" assim mesmo, entre aspas. Afinal, cada um escolhe para si o que considera como cultura.



Edward B. Tylor, um antropólogo britânico diz que cultura é “aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.



Pois então, como bem disse a ministra Marta Suplicy "Se ele quiser comprar revista de quinta categoria, assim ou assado, pode. Vai poder comprar o que quiser. O bom disso é a liberdade do trabalhador".



Sou sincero ao dizer que fico dividido com essa decisão e ainda não sei o quão certo ou errado isso está. De um lado temos uma ótima iniciativa do governo, em prover às pessoas um pouco mais de cultura, de uma forma um tanto forçada, uma vez que o vale-cultura só poderá ser usado para comprar livros, filmes, revistas, ingressos de cinemas, etc. Apesar disso, acaba fazendo com que pessoas que nunca se interessaram por nada disso, comecem a ler mais, a ver mais filmes a se informarem mais. A se tornarem mais cultos...



Ou não? Por outro lado, a pessoa  pode simplesmente torrar todo o seu vale em "revistas porcarias", ou naqueles jornais "espreme sai sangue", o que não o tornará muito "culto", mas ao mesmo tempo o tornará, pois como Tylor disse, a cultura inclui as crenças e conhecimentos da sociedade que se convive. Então é normal que se consuma aquilo que é padrão nas pequenas sociedades.



Eu pessoalmente concordo que gastar um vale-cultura com uma "revista de fofocas" é jogar dinheiro fora. Mas tenho que lembrar que, a pessoa que me vê comprando um graphic novel pode achar que eu estou jogando dinheiro fora comprando "quadrinhos de crianças". E o mesmo se aplicara a filmes, livros, teatros e tudo o que o vale-cultura cobrir.



Agora fica a dúvida, será que se pode generalizar a cultura ? Ou seria melhor ditar o que se pode ou não pode comprar?

Até que ponto se pode comprar a cultura de uma pessoa ?


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Eu passo

Cientista acredita que seres humanos poderão viver mais de mil anos

Ah! A tal longevidade.
Há quem diga que o tempo passa rápido demais. Eu, particularmente, fico cansada do natal já em novembro, quando começo a desejar que o carnaval passe logo. Mil anos de vida acho que não me interessam.

Uma vida de mil anos... Conseguiríamos fazer como os hobbits, e abandonar a adolescência apenas depois dos trinta? Ou continuaríamos assim, crianças por 12 anos, adolescentes e jovens até os vinte e poucos, e depois o marasmo de 975 anos de vida adulta tediosa?

Nunca entendi bem a vantagem de ser um vampiro, que nunca morre. Mesmo sem envelhecer, qual o objetivo? Acho que a vida cansa, não importa a vitalidade e o sangue por beber. Além do que deve-se considerar outra coisa: a Terra mal aguenta o peso de uma humanidade nas circunstâncias atuais. Que planeta suportaria bilhões de matusaléns, reproduzindo mais matusalenzinhos??? O que as mulheres vaidosas fariam com suas rugas, e por quantas centenas de anos os velhos babões seguiriam assediando as jovenzinhas de, sei lá, duzentos anos???

Aos que se animam com o prospecto, podem viver mais de mil anos sozinhos. Meus planos incluem não assistir ao réveillon de 2100!

sábado, 15 de dezembro de 2012

É o amoooooooorrrrrrr



É oficial, amigos: o amor está no ar! Não importa a raça, status social ou religião, não importa se você é bonito ou feio, gosrdo ou magro, mamífero ou réptil! O que importa é o amor, o que importa é amar, o que importa é ser feliz!

Quem somos nós para julgarmos a pureza de um amor verdadeiro, não? Se o Carlito ama a jumenta, quem sou eu, pobre mortal, para dizer que tá errado? Vai que não tá errado. Vai que o sonho da ~ Doodle ~ (nome da jumentinha) sempre foi encontrar um cara legal, amante da terra e sem preconceitos para fazê-la feliz.

Quem prova que o sonho da ~ Doodle ~ não era esse? Servir de amante para um homem triste e sozinho? Deixem a ~ Doodle ~ ser feliz! Deixem a ~ Doodle ~ amar!

E você, infiel preconceituoso, fique atento pois, se você achar ruim a ZETA (engajamento Zoófilo para a Tolerância e a Informação) vai atrás de você.

 Afinal, todos tem direito a viver um grande amor! 

(Obs: este texto é total e completamente irônico, ok?)

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Macacada esperta





Nunca quis criar macaco em casa, já tive exemplos na família de que isso pode ser bastante arriscado, os macacos possuem uma imaginação muito fértil, são cheios de sentimentos intensos e não são tarados apenas por bananas.

Mas quando visito algum zoológico, ou encontro alguns macaquinhos pelos parques, gasto sempre meu tempo observando os trejeitos deles, que de tão parecidos, tenho quase certeza de que copiei alguns na infância e agora vou ter que carregá-los a vida inteira.

E agora, sinceramente, eu gostaria que mais gente se contagiasse com esse macaco aí da reportagem, principalmente aquele tipo de gente que lê revista tendenciosa, aquela gente que julga algumas pessoas e até mesmo o pobre do macaco como inferior a elas, as primeiras pela opção sexual e o segundo por ser apenas um mero comedor de bananas e coçador de cabeça.

Até porque o macaco, em toda sua esperteza, descobriu bem antes de muita gente intelectualizada e entendedora de todas as verdades do mundo, de que as cabras também amam, tratou logo de chamar uma pra dar uma voltinha e com expectativas de relacionamento sério.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Elevador cai no Rio

Manchete de Ontem: Elevador cai do 9º andar no Rio


Esta semana a pegadinha do Silvio Santos foi sucesso mundial no youtube. No elevador apagam-se as luzes e uma menina com cara de alma-penada-defunto-sai-pra-lá, aparece e aterroriza as pessoas dentro do elevador até que finalmente as portas se abrem e num suspiro de alivio as pessoas descubram que era só uma pegadinha.

No caso do prédio do Rio de Janeiro não foi uma pegadinha.

O elevador com 07 pessoas cai do nono andar. 
Os sete feridos, um em estado grave, estavam usando um elevador que foi vistoriado e liberado há 15 dias!!!
Quem liberou esse elevador desse ser da mesma laia do juiz que liberou o parque de Brasília para funcionamento...

Por via das dúvidas, vá pela escada.
Emagrece.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Primeira Questão: Que horas são ?




Com todo o respeito, mas pra mim que chega atrasado ou erra o horário de uma prova de vestibular não merece fazer uma faculdade.

Tudo bem, tem gente que vem de longe, pra uma cidade desconhecida, por uma estrada que nunca passou na vida. Mas aposto que se fosse pra uma viajem de final de ano, "pra descer pra praia", tinha visto mapa, guia da estrada e saído pelo menos quinze horas antes.

Sinceramente, já se quase dez anos que prestei vestibular, e não me lembro de ver os estudantes se atrasando ando. Na verdade me recordo é de até o pessoal chegando bem cedo.

Da poucas provas que fiz nenhuma foi em minha cidade de domicilio da época, mas lembro que, ou de caravana, ou com meu pai me levando, sempre fiz questão de chegar cedo, no máximo no horário.
Sabe qual o problema ? REGRAS ! A atual geração não está mais acostumada a respeitar regras sérias. Estão acostumados com as coisas sendo postergadas, com o "só mais 5 minutos."

Em uma das noticias a estudante "explica que olhou no site o horário da prova e imaginou que os portões fechassem no momento do início do exame, ou seja, às 14h". Ela simplesmente olho só o horário que a prova começava ! Agora eu  me pergunto, será que ela leu as regras do vestibular ? Será que ela sabia o que ia cair na prova ? Será que ela estudou  ? Será que ela sabe ver as horas ? É só entrar nos site dos grandes vestibular(Fuvest, Convest, Vunesp, escolha entre os muitos) e ver as regras. O que pode levar, o que não podem , quanto tempo antes se deve chegar, a que horas começa. Coisa banais, mais importantes, necessárias.

Tinha um professor meu que a primeira questão do vestibular é cumprir essas regras, elas não estão a toa. Elas estão lá pra já pra filtrar, e já pra te ensinar, que a sua vida vai ter que ter regras, por bem o por mal e que se você não é hapto a cumpri-las, você não ira conseguir ir adiante.

E que desculpem os adoradores do "coitadismo", pra mim isso está correto, tem que ter pulso firme e não deixar atrasado e esquecido entrar, ou então daqui a alguns anos a primeira mateira das faculdades vão ser "Aprendendo a ver as horas, do analógico ao digital".

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Não te darei casacos (...), nem essas coisas que te resguardam


Rita Lee tirando a calça num show no Distrito Federal


Não entendo - e acho que nunca entenderei, na verdade - porque alguns seres humanos têm uma séria dificuldade em lidar com o nudismo, com o corpo do jeito que ele veio ao mundo. Não posso falar pelos outros países, mas me impressiona bastante como os brasileiros se chocam quando pessoas usam seus corpos em protesto, ou como no caso de Rita Lee, pessoas usam seus corpos para demonstrar amor. É difícil de compreender, pois vivemos num país em que a nudez é celebrada em propagandas, em datas festivas e na música - mas veja só, só a nudez feminina é celebrada. Qual é mesmo o horror que há em ver uma outra pessoa nua? O tempo passa, e, aparentemente, vamos ficando cada vez mais moralistas. A prova disso é o número de pessoas que se chocam ao ver A Marcha das Vadias, a atuação do Femen ou ainda, pessoas que ficam horrorizadas ao ver mães amamentando seus bebês na rua.


Rita Lee mostrou a bunda, e pelo menos, via comentários, um monte de gente foi contra e claro, falaram da aparência da bunda dela. Será que o grande problema está na Rita que mostrou uma parte do seu corpo ou está nos outros que criticaram a aparência da bunda dela? E não, não adianta dizer que as pessoas estavam no show sem saber o que poderia acontecer. Quantas bundas todos nós já vimos sem querer? São as bundas das moças de bíquini na propaganda de cerveja, as bundas das dançarinas de pagode, as bundas de uma personagem da novela, a bunda, que sem querer, aparece na nossa frente enquanto estamos na Banca de Revista e vemos a nova Playboy...Cada um tem o direito de ir contra o que quiser, mas me parece infantil e imaturo regulamentar ou dar exclusividade à nudez para determinada parcela da sociedade. 

Eu só acho que precisamos pensar sobre aquilo que realmente importa e deixar o falso moralismo pra lá. Para quê as roupas servem além de proteger do clima e do ambiente em determinados momentos? A quem elas servem? Por quê? Infelizmente, eu vou vivendo com roupas nesse calor infernal, porque nasci mulher e não posso tirar a blusa sem ser alvo de ofensas na rua. Como eu já disse: o problema não está na nudez. O problema está no fato dela ser concedida apenas a alguns (melhor dizendo, na maioria das vezes concedida às mulheres apenas quando é para sensualizar ou entreter homens). Por quê? A nudez só é bem vista quando só mulheres com corpos de "boa aparência" se mostram? A roupa resguarda quem do quê?

Quem quiser pensar mais sobre a visão do nosso corpo segundo nos mesmos, pode ler esse texto da Eliane Brum e ficar com mil questionamentos internos como eu fiquei.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Vamos falar de coisa boa?


Hoje eu não quero falar do furacão Sandy, das eleições em São Paulo, da disputa entre Obama e Romney, da prisão do Berlusconi, dos índios suicidas, do japonês que venceu o leilão da virgindade da brasileira por 1,5 milhão, do que o Fantástico falou sobre o Facebook, do apagão no Nordeste ou (muito menos) do mensalão.

NHAM


Só estou com vontade de comer coxinha. Bem grande, pode ser. Recheada com muito frango, muito Catupiry, muito tempero, uma massa bem macia coberta por uma camada crocante. Pode ser acompanhada por refrigerante, cerveja ou caipirinha. Talvez, depois da primeira coxinha, até venha outra. Se a coxinha tiver três quilos e meio, todos os amigos podem comer uma só. 

Porque às vezes, o mundo e a vida da gente estão estranhos demais pra pensarmos em qualquer coisa além de coxinha. 

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Resultado dessa mania que a gente tem de só fazer a coisa certa se tiver alguém pra fiscalizar




O Horto de Dois Irmãos é um dos locais preferidos por muitos pais que nesta data levam seus pequenos pra participar das diversas atividades que acontecem por lá. O zoo fica cheio, é tanto grito, tanta correria de pirralho pra tudo quanto é lado.

Por assim dizer, aproveitando a grande movimentação de clientes em potencial os vendedores de balões também estão por toda parte colorindo o dia. É cada balão... um mais lindo que o outro. *-*
E nesse clima de tradicionalmente festivo, a tarde do dia 12/10/12 tinha tudo pra ser mais um lindo e feliz dia das crianças aqui em Recife, não fosse a tragédia, digna de filme de terror que ocorreu em frente ao único zoológico da cidade.

Enquanto enchiam balões com gases produzidos por substâncias manipuladas de forma indevida e clandestina em cilindros velhos e deteriorados, que seriam vendidos ali em frente ao Horto, Luanderson José da Silva de Oliveira, 19 anos, e Marcelo de Paula Santos, 42, certamente não imaginavam que logo menos um desses cilindros explodiria, os dois ficariam sem as pernas e deixariam outro tanto de gente gravemente ferida. Nem a DIRCON Recife avaliou o tamanho do estrago que causaria aquele cilindro que ela deixou de fiscalizar.

Bom, o resultado da negligencia mútua foi o seguinte: Luanderson, o rapaz de 19 anos, não resistiu à gravidade dos ferimentos e faleceu, Marcelo, que pelo que fiquei sabendo era o dono do artefato, ainda está internado em estado muito grave, os outros feridos, se recuperando aos poucos de todos os traumas e a DIRCON divulgando nota de esclarecimento pra tentar minimizar o transtorno, como se fosse possível...

E enquanto nada muda nessa vida, já que temos esse péssimo hábito de não fazer nada ser ter que fiscalize, e quem deveria fiscalizar, não o faz seriamente, vou sugerir ao MEC a abertura de um curso básico de "fiscal de qualquer coisa", pra ver se a coisa melhora, por que tá foda. 

domingo, 21 de outubro de 2012

O que te preocupa?

"O povo não está preocupado com isso. Está preocupado em saber se o Palmeiras vai cair e se o Haddad vai ganhar" - Luis Inácio Lula da Silva

Diga-me, brasileiro: com o que você realmente se preocupa?

Em diversos fóruns, Facebook a dentro e a fora, vi sindicalistas furiosos com a decisão da justiça de suspender a publicação do jornal de sindicato com texto a favor do candidato do PT à Prefeitura de São Paulo.  Alguns usaram inclusive o termo "censura" para definir a decisão judicial. Eu, particularmente, considero muito pertinente a proibição de colaboração de entidades sindicais em campanhas políticas. 

Uma líder sindical se manifestou em certo fórum: "quer dizer que direção não pode declarar voto?".  Como todo cidadão, um sindicalista, indivíduo, pode se engajar na campanha política do candidato que considerar pertinente, e pode declarar voto.  Considero a declaração de voto de sindicalistas tão relevante quanto a de intelectuais ou qualquer outro tipo de formador de opinião. Entretanto, o jornal sindical, impresso com recursos provenientes da contribuição de sindicalizados com os mais diversos posicionamentos políticos, não é meio adequado para isso. Que o sindicalista faça como todos os demais: encha seu carro de adesivos, suba no palanque se julgar pertinente, diga suas opiniões em seu Facebook, Twitter, Blog.

Como foi possível observar na longa e abafada campanha salarial dos servidores das universidades federais, somos um país no qual movimentos trabalhistas são fracos, não tem apoio público, e são ignorados sempre que possível pela outra parte envolvida na negociação. Inclusive por isso, entidades sindicais devem ser protegidas de interesses alheios a seu propósito inicial: defender a causa dos trabalhadores.  Ainda que a negociação política seja uma das muitas ferramentas que podem ser utilizadas por um sindicato, o seu envolvimento direto em campanhas desvirtua seu propósito.  É evidente desde a eleição de Lula à Presidência da República o crescimento da presença de pessoas oriundas das entidades sindicais em cargos eletivos.  Hoje, muitas vezes observamos sindicatos sendo utilizados como ferramentas política: mesmo sem conseguir alcançar seus objetivos junto às mais diversas classes trabalhistas, de professores a servidores dos correios, bancários e metalúrgicos. Hoje temos um ex-professor no segundo turno da disputa pela Prefeitura Municipal de São Paulo,  um ex-bancário Deputado Federal, e um metalúrgico ex-Presidente da República. 

Ainda assim, muitos trabalhadores não se sentem representados por seus sindicatos, deixam negociações insatisfeitos não apenas com o resultado, mas com o posicionamento das entidades sindicais. Qual é a razão?

Hoje um colega me contou que o está havendo uma gigantesca mobilização no Facebook para desmoralizar alguém aí (não entendo de futebol) que suspendeu Ronaldinho Gaúcho por um jogo, enquanto um vídeo no qual são mostrados os custos de um Deputado para o Brasil padece com pouca divulgação.  Eu particularmente fiquei perplexa com a honestidade de Lula ao revelar seus pensamentos sobre o tal "povo" e suas prioridades, mas infelizmente imagino que ele tenha razão sobre a primeira preocupação: o futebol. Tanto deve ser, que o Banco Itaú apostou forte na sua campanha publicitária "Vamos Jogar Bola", assim como a Brahma com sua "Pessimistas, pensem bem", que se não fosse uma propaganda de cerveja, certamente seria do governo.

Somos um povo de prioridades equivocadas. Contando que não falte cerveja, o churrasquinho, e o futebol ou qualquer outra válvula de escape, pouco importa se políticos são culpados, se sindicatos são desvirtuados, se faltam leitos nos hospitais ou se professores apanham de alunos na escola.

O Brasil padece pelo descaso do brasileiro.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Santinhos do Pau Oco



Eleições, a festa da democracia, o carnaval povo. E como todo bom carnaval, confete não faltou. 50 TONELADAS.

CINQUENTA TONELADAS DE PAPEL. Sabem quanto é isso realmente ? Pois acompanhem meu raciocínio.

Tenho aqui em casa os três primeiros livros de As Crônicas de Gelo e Fogo, que juntos dão 2,5 Kg aproximadamente. Usando a matemática básica temos 50 toneladas ou 50000 Kg divididos pelos 2,5 Kg dos 3 livros, são 20 mil vezes o peso. Vamos utilizar essa métrica de 1 para 3 uma vez que o papel utilizado no santinhos e bem inferior a de um livro.

Mesmo assim 50 toneladas de santinhos, geraram 20 mil livros. VINTE MIL, apostilas para as escolas. VINTE MIL livros para as bibliotecas, VINTE MIL cadernos para que precisam, ou , na ultima opção, o equivalente em arvores para que esses VINTE MIL "livros" continuassem a ser árvores.

Sei que minha "revolta escrita" não leva a muita coisa, mas esse desperdício é enorme. Se em Santos foram 50 toneladas, imaginem as outras grandes cidades ?

Pois bem, os senhores que estampam as caras desses santinhos ficam desesperados pelos votos, não medem economia, nem noções de higienes e desperdício para isso. Pois então eu sou a favor do "contra voto", através do santinho.

Simples assim, já que da um trabalho do cão limpar a cidade toda depois, então vamos "trabalhar" direito.Que tal que, pra cada santinho de um candidato, um voto do mesmo é descontado ? Aposto que podemos aumentar para cem santinhos que ainda vai ter muito candidato devendo voto !

Agora me deem licença que ainda tenho pelos menos  1 tonelada de santinhos, digo, algumas páginas dos meus livros parar ler


Essa agora foi demais. Uma vida ! Sério mesmo tanta sujeira vale uma VIDA !!
Quero ver quem vai ser o politico honesto (sic) que vai assumir essa responsabilidade, ou melhor esse CRIME !!


terça-feira, 9 de outubro de 2012

Sapolé

Manchete de Ontem: Perereca é encontrada em picolé



É meu caro leitor!
Eu to voltando com mais uma mãozinha pra sua dieta!
Ou uma patinha....

Em Montes Claros - MG um frentista comprou picolé de um ambulante e achou uma perereca!!!
De quem é a culpa?

A gente tem a mania de querer dar um jeitinho em tudo.
De burlar o sistema, furar fila, não pagar impostos, comprar dvd pirata, ir na feira pra comprar uma bolsa de marca paralela....
Porque realmente pagar R$ 2,70 num Chicabom é um absurdo!
O tio que passa lá na rua cobra R$ 0,50 no picolé de chocolate!!

E de brinde vem uma pererequinha!!!
Delícia!!!

domingo, 7 de outubro de 2012

Cai a demanda por veículos no país





Quem mora nas grandes cidades do país percebeu o aumento do número de automóveis nas ruas. Com isso, os congestionamentos se intensificaram, e me arrisco a dizer que a qualidade de vida vem diminuindo com o passar do tempo. Nunca entendi muito bem a necessidade imensa que algumas pessoas têm de ter um carro. Melhor dizendo: no nosso país, muitas pessoas têm carro por status, pelo simples desejo de indicar ascensão social para aqueles que fazem parte do seu convívio. Na minha opinião, ter um carro envolve muitos gastos: valor do seguro do carro, combustível mensal, estacionamento e eventuais manutenções. Tudo bem, você aí do outro lado pode dizer que o prazer de chegar no horário em seu compromisso compensa todos os gastos. Mas veja só, com o aumento da compra de carros nos últimos dois anos, quem tem carro também se estressa, também chega atrasado e cansado no seu compromisso. Na minha humilde opinião, usar transporte público traz benefícios (e prejuízos, claro) para a nossa vida. É no transporte público que tenho a possibilidade de ler aquele livro maravilhoso, é lá que ouço os novos álbuns dos meus artistas favoritos. No ônibus que uso diariamente, aprendo sobre tolerância com os famosos "DJs" de ônibus, e ainda posso conhecer novas pessoas, posso dar um sorriso e iluminar alguém que se sentia perdido. É ainda no transporte coletivo que eu rascunho - mentalmente - aquela crônica super legal que só surgiu porque eu estava ali, no ônibus, sendo espremida por outras pessoas.

Ainda assim, eu vejo o carro como um meio de transporte necessário, claro, mas não exclusivo, como algumas pessoas pensam. Uma ideia interessante é dividir o espaço do carro com seus vizinhos, colegas de trabalho, colegas de faculdade. Além de diminuir os custos (dividir o valor da gasolina me parece uma boa ideia), o convívio se intensifica, diminuindo uma grande tendência do nosso mundo atual: o individualismo. Vejo o carro como um problema a partir do momento em que ele intensifica o individualismo nas pessoas. E acredito que o individualismo não deve ser cultivado, já que, querendo ou não, vivemos em uma sociedade plural. Proponho que quem tem carro deixe-o por um dia na garagem. Use transporte público e absorva os aprendizados do dia. Entendo que você gosta do tempo de silêncio e calma que você tem no seu carro, mas acredito que é necessário ver o mundo além disso, além de você.

E o mundo que vai além do carro com ar condicionado é extremamente colorido. Dê a si mesmo mais uma chance de dividir espaço com pessoas desconhecidas, e você verá que esse mundo também é cheio de beleza e de aprendizado.