Mostrando postagens com marcador propaganda. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador propaganda. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

O diário de

Manchete de Ontem: Objetos de marketing


A pergunta é: o que na vida desses "astros" não é puro marketing? 
Tudo que eles fazem vira produto, vai para uma vitrine, está condicionado ao capital. Então meio que tanto faz o produto em si, o que é importante mesmo é o produto ser desses grandes famosos, que já passaram uma vida inteira trabalhando, suando por demais para conquistarem tudo que possuem e que agora precisam de um bom descanso e de contar como tudo isso aconteceu. E como a vida deles é uma obra incomparável e que merece um grande destaque e ser seguida por toda essa nova geração, nada mais justo que tenhamos em mãos esses biografias e afins.
Sério? Não dá, gente.

Vai comprar um livro do Guimarães Rosa (ou umas boas histórias em quadrinho), que você há de ser mais feliz.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Amigo, encoxa minha mãe?

Manchete de Ontem: Comercial da Nova Schin gera protestos nas redes sociais




Se você tivesse certeza da não punição, você passaria a mão em uma mulher? Você tiraria a roupa dela sem que ela deixasse? Você entraria em um banheiro com as mulheres se trocando ignorando completamente a privacidade dela?

Sim?* 

Então, é por isso que esse tipo de conduta tem que deixar de ser incentivado e visto como normal. Sabe por quê a maioria não vê como um incentivo ao abuso? Porque já passou ser normal a mulher ser encoxada, passada a mão e classificada como "merecida de estupro" a depender do estilo de sua roupa.

É muitíssimo provável que quem criou a propaganda não pensou que ela era incentivo ao abuso, claro que não, até porque, a cultura do abuso está de tal forma introjetado nas pessoas que elas não percebem, talvez a maioria dos leitores que estão lendo este post também achem que não tem nada de mais a propaganda.


Mas uma outra coisa, eu acho que a propaganda tem tom de brincadeira, um retrato do pensamento diário (nem por isso ele deixa de ser errado, viu? Não é porque "a maioria dos homens" pensa assim que isso torna o pensamento correto). Esse burburinho todo é exatamente a chance de aproveitar algo que tem um alcance maior para se questionar esses comportamentos, esses pensamentos. 

Mas vem cá, você que acha que essa conversa todo é conversa de mulher mal comida, se um cara passar a mão na sua irmã ou mãe em um supermercado, você vai ficar feliz por elas serem 'tão gostosas'?

*se a resposta for não, parabéns, você está treinando o olhar

sábado, 28 de abril de 2012

A paternidade dos vilões



Bom, me parece que o feriado já começou para as notícias, elas foram passear e me deixaram na mão, aí tive que apelar para o lado negro da força.

A notícia de hoje vai para os apreciadores daquela antiga história entre pai e filho famosíssima do cinema, dia 04 de maio será o lançamento oficial do livro Darth Vader and Son, do cartunista Jeffrey Brown. O livro conta como teria sido a vida de Luke se ele tivesse crescido ao lado do pai (um jedi do lado negro da força), fazendo todas aquelas coisas que pais normais fazem: passear, jogar bola, tomar sorvete, etc.  (Fofoca só para quem está muito interessado: parece que já está rolando uma pré-venda na Amazon, viu?!).

Para finalizar a propaganda do dia, vai aí uma palhinha de um dos cartuns que estará no livro e que achei bacaninha, olha aí o Darth Vader tentando usar os poderes da Força para convencer Luke que ele não quer o boneco de Jar jar Binks:

E tem pai que usa outro tipo de força essas horas, né?



segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Recivilize-se: preconceito ou não?


Propaganda da Nivea que manda negro "se civilizar" é acusada de racismo

Complicado afirmar que não há má intenção, mas parece que “a moda” agora é ir contra aquilo que é visto como ‘politicamente correto’.  Depois da Sandy Devassa (quer desconstrução do ‘mito santa’ mais apelativa do que essa?), dos pôneis malditos da Nissan, da pele de bichinhos fofinhos utilizada em calçados da Arezzo, das freiras e padres com os sorvetes italianos (nem tão recente assim), a Nivea chamou a atenção de várias pessoas com a campanha Recivilize-se. O nome já não seria algo comum, mas a imagem choca mais. Um rapaz negro “engomadinho” parece lançar para longe uma cabeça de um negro com um black power.
Achei pesado.  Não é questão só de desmontar o termo civilização, pegar um dicionário, ver o que significa e onde o pessoal pode ter arrumado uma brecha para colocar ESSE nome e ESSA imagem. Há toda uma questão histórica por trás disso e garanto que muita gente não ficou satisfeita com o que viu.
A Nivea disse que a intenção não era ofender ninguém – nunca é, não é mesmo? Foi infeliz na colocação, tirou a campanha do ar e disse que esta não volta mais. Se era pra chamar atenção do pessoal, bem que conseguiu. Mas o que me intriga é o seguinte: até quando e até onde é pertinente polemizar para vender? E esse modelo? Será que não sabia que tipo de serviço estava se prestando?
Não é questão de chatice, de tentar ser certinha sempre, mas acredito que está na hora do pessoal da publicidade/marketing repensar nos meios de tornar seus produtos notáveis pela criatividade, originalidade, mas acima de tudo, pelo bem, sem que algum lado se sinta prejudicado ou ofendido. É possível?

sábado, 20 de agosto de 2011

Campanha do Getafe (Espanha) para ter mais torcedores: doem esperma!


Para né?
Aqui no Brasil a Conar proíbe o comercial da Paris Hilton na propaganda da Devassa.por instigar a sexualidade ligada ao consumo de bebidas alcoólicas. 
Aqui no Brasil a Conar investiga o comercial dos Pôneis da Nissan como a Maria Rita postou aqui no blog

E na Espanha?
O clube de futebol, por ter pouco público nos estádios (poucos torcedores), fez uma campanha publicitária querendo incentivar que os torcedores doem esperma para propagar os genes Cetafes na Espanha. E pra não correr o risco do feto torcer para outro time, fizeram um dvd erótico com torcedoras zumbis para que na hora da colheita do sêmen os peixinhos já sejam Cefatenses. Mereço?


Com o pretexto de SOMOS POUCOS, a propaganda tem nudez, cenas de sexo, uso da mulher como objeto e por aí vai...
Mas lá, pode!
Europa é chique bem!
Europa, pode!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Certo, errado ou exagero?


Maldito
adj.
1. Que foi amaldiçoado.

2. Que exerce influência nefasta.

3. Mau, perverso.

4. Aborrecido, incômodo.


 A partir das definições acima é interessante analisar o intuito e o impacto que a propaganda mais falada dos últimos tempos tem causado em várias pessoas. A Nissan resolver deixar um pouco de lado os comerciais que ofendem claramente a concorrência (como a dos cowboys ou a dos rappers) e partiu para o lado mais, digamos, fofinho. O jingle dos pôneis malditos é grudendo, chatinho, mas a propaganda não deixa de ser divertida. Só tem gente que não sabe brincar e já foi reclamar ao Conar (o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) sobre o termo “malditos” na campanha.

O Conar recebeu até o fim de semana cerca de 30 reclamações (isso mesmo, trinta) a respeito do uso de tal terminologia em um comercial que contém pôneis bonitinhos e saltitantes. As pessoas consideraram o termo pesado demais e pode traumatizar as crianças por aí (viu?). É aí que começa o problema: a propaganda NÃO foi feita para crianças. Diferente de muitos comerciais que utilizam artifícios infantis para que os filhos chamem a atenção dos pais para a compra de um determinado produto, acredito que a equipe de marketing da Nissan utilizou a animação como forma sutil de ironizar os cavalos de potência da concorrência, colocando os pôneis e sua musiquinha chatinha. Deu certo, uma vez que só nos primeiros cinco dias de campanha o vídeo já tinha sido acessado mais de 5 milhões de vezes, isso sem contar as execuções da TV e os vídeos que não estão no canal oficial da marca, no Youtube.

Gostei da propaganda, achei divertida, criativa e foram espertos ao conseguir trabalhar bem a linguagem, comparando cavalos com pôneis, ironizando a concorrência, o que não deixa de ser uma estratégia de marketing e convencimento. As pessoas precisam desenvolver a malícia de que nem toda animação é voltada às crianças, que nem toda maldição pega. Pior do que os pôneis malditos são tantos comerciais que passam "despercebidos", são exaltados por tantas pessoas e dificilmente são denunciados ao Conar, como muitas propagandas de cerveja, por exemplo, ou a Xuxa tomando banho de Monange (não sou obrigada). É o politicamente correto que chega a cansar, mas está na moda e aparece até quando não há necessidade.