Mostrando postagens com marcador Mulher. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Mulher. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Respeito é sexy, Machismo é brocha!

Manchete de ontem: Marcha das Vadias

Algumas coisas realmente merecem destaque. Digo, algumas coisas além de: pra qual time o Neymar vai nos próximos dias ou presidente Dilma insatisfeita com avião por conta de turbulência; etc. Claro, isso tudo tem uma importância infinita nas nossas vidas (só que não). Foco.
Então, existem diversas marchas pelo Brasil. E se tem uma que eu admiro muito é esta: a das Vadias. Sabe como é, num país que tem a sexta economia do mundo (é isso mesmo, produção?) as pessoas, ainda, vivem exibindo seus preconceitos contra tudo e todos e, neste caso, tratando as mulheres de forma violenta (violência não é só deixar a mulher com olho roxo, fica a dica). Não vou nem mencionar a deficiência na educação. Foco. Sendo assim, acho importante o protesto. E mais que isso: acho necessário. 
Quem vai às ruas exigir respeito, melhores condições de vida, de educação, igualdade social... sempre vai merecer o MEU respeito.

sábado, 29 de setembro de 2012

Mulher de Jesus

Manchete de Ontem: Papiro que cita mulher de Jesus causa controvérsia entre especialistas

Todo mundo tem lá suas crenças, ou não crê em nada. Tudo bem, sou da paz e não estou aqui para evangelizar ninguém, mesmo porque não tenho o dom. Porém se quiser falar de Deus comigo, teremos uma agradável conversa, ainda que você tenha outra crença...

Sou católica. Se apostólica romana, não sei. Tipo assim, sou Deus no coração. E sendo Jesus o filho de Deus e ao mesmo tempo Ele mesmo (o que eu nunca entendi muito bem, mas sempre confiei que assim o é), sou Jesus no coração. E o Espírito Santo também! 

Não me xinguem, é a minha crença. Fé se explica? Crença? Não, né? Então eu te respeito, você me respeita e a gente vai ali tomar um café juntos sem problemas.

Agora tem acontecido uma coisa.

Lá vou eu, todo final de semana, alimentar meu espírito e ouvir o Evangelho. O padre faz lá os rituais católicos, lê o evangelho e vai "pregar" a palavra. Acontece que o padre tá fazendo uma coisa meio chata. Ele tá me explicando um monte de coisa que eu não quero muito saber. Eu quero a aplicação prática, eu quero que ele me explique a palavra de Deus, e não que fique dando voltas sobre a cultura da época e tudo mais. Se assim eu quisesse saber, eu faria teologia, não acha não?

Aí num belo dia o padre falta (curiosamente, porque foi visitar um outro padre que foi operado de hemorróidas - se você rir, mais 7 anos no purgatório hein!) E neste dia quem vai "pregar" é o diácono.

Eu não sei bem a divisão das hierarquias entre os cargos da igreja, só sei que tem Papa, Bispo, Padre, Diácono e o Coroinha. (Agora que vou chegar no tema do meu post, não se irrite!) e o diácono pode se casar, ter família... ó que legal!

Pois o diácono, que tem a família e tudo mais, foi pregar a palavra e explicou bem como ninguém a palavra de Deus. Evangelizou. Trouxe pra vida real o que pareceria inócuo na leitura pelo padre!

Aí me veio uma coisa quando eu li essa reportagem: "Poxa, Jesus podia mesmo ter tido uma esposa. E sabe? Podia ser que os homens que foram traduzindo a bíblia, tivessem omitido isso mesmo. Quem sabe se o padre pudesse se casar, não haveria de estarem mais integrados na nossa realidade para poder pregar a palavra?!"

Porque, gente, eu posso ser católica o tanto que for... mas esse negócio de celibato aí... não tá certo não. Isso é artifício para os padres não terem que dividir os bens que seriam da igreja, hein.

E eu te pergunto... que mal teria Jesus ter tido uma mulher?




sábado, 9 de junho de 2012

Por que não antes?


O Brasil em seus eternos paradoxos consegue ser uma das poucas nações do mundo que tem uma presidenta, mas ainda assim a participação feminina no Executivo e no Parlamento como um todo consegue ser o segundo pior do globo. A despeito de a maioria da população ser de mulheres, parece que a eleição de Dilma, foi muito mais uma "concessão", uma chance dada como aquelas chances que se dá em quem não confia muito. Ao menor sinal de equívoco, generaliza-se e pronto, acabou a "festa".

No entanto, é importante anotar que o fato de ser de um sexo diferente, ainda que esculachadas como as mulheres são no Brasil, o simples fato de ser mulher não a livra da pior(?) parte, que é ser humano. Se @s brasileir@s como um todo não mudarem suas práticas políticas, enxergar uma candidatura feminina (nem adianta dizer que candidaturas feministas não emplacam em um país pobre de ideias e de pensamento crítico - elas sempre serão enxergadas como as malucas descompensadas e sequeladas), será mais do mesmo, até porque as gatas pingadas (salvo raras exceções) acabam reproduzindo o modus operandi dos políticos, vide a Jaqueline Roriz, no DF, entre tantas outras mulheres que, como seres humanos, acabam fazendo justamente as mesmas coisas dos políticos, inclusive na perpetuação de discursos absurdos. Vide as deputadas evangélicas, católicas, etc.

Política como um todo, além do debate, envolve propostas. E, infelizmente, por mais que as mulheres apresentem propostas infinitamente superiores às dos homens, vivemos numa sociedade tacanha e medíocre, em que, muitas vezes as próprias mulheres, como mães, tratam de incutir nos filhos uma ideia errônea do papel do sexo feminino dentro da sociedade. E daí vêm as piadinhas, as desconfianças, o desprezo... Ainda acho que o estudioso que disse que a igualdade na política só será alcançada daqui a 170 anos está sendo tremendamente otimista. Com essa educação que nós temos, se conseguirmos tal igualdade daqui a 170 séculos, ainda será uma previsão razoável, porque o Brasil e o seu gosto por contradições, não consegue rimar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social. A nossa cultura de massas industrializada acaba atrapalhando os poucos espaços que poderíamos ter para alterar esse panorama, a partir do momento em que continua restringindo o papel da mulher àqueles espaços costumeiros, restando àquelas que se sobressaem um local onde elas serão reconhecidas como vencedoras, mas não como exemplos de que outras podem chegar aonde elas chegaram. É como se dissesse "sou única, sou distante, você só pode sonhar em estar no meu lugar".

A batalha da mulher por algo mais do que uma mera previsão de 170 anos para a igualdade em alguma coisa é diária, mas, no afã de protegerem-se, quase sempre têm de se conformar em lidar - e não combater - com o discurso patriarcal e machista. A minoria que estudou, que conhece mais amplamente as conquistas históricas da mulher (não aquele que é apresentado como somente o gritador e pitoresco, mas o que trabalha efetivamente para as conquistas) é a que segura a onda e mantém o debate aceso, topando, como bucha de canhão, com gente imbecil (como alguns dos comentaristas da matéria do Portal Terra), e que muitas vezes sequer recebe a gratidão de suas companheiras.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher, mulher...

'Mulher é bicho ruim. Queria ser homem', diz musa do vôlei.

Olá amigos.

Hoje novamente tive que recorrer ao Bol. Esse mundo está mesmo muito parado. Porém, continua girando.

Hoje é um dos dias mais chatos do ano. Dia da mulher. Internacional. Parada realmente sinistra. Quando você recebe aquele monte de elogio falso e rosa de plástico e fica se sentindo meio ridícula. Mas também se não recebe mimo nenhum, fica putissima. Ser mulher é meio cansativo mesmo. Tem que ser correta, mas quer aprontar. Tem que ser forte, mas queria ser mimada.

Sem contar que tem sempre que ser extremamente bela.

Confesso que hoje tá meio cansativo pra mim ser mulher. Antes, antes disso. Tá cansativo existir. Se me permitem, vou aproveitar que hoje é o meu dia e vou tirar folga de mim mesmo.

Vou não ser. Já sendo.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A quem o sapato aperta


Neste último fim de semana, realizou-se, em Fortaleza, a 3ª Conferência Estadual de Mulheres, reunindo cerca de 800 delegadas de diversos municípios do Estado do Ceará com o objetivo de discutir as políticas públicas para o segmento em diversos eixos, traçar ações propositivas e eleger a delegação que levará à Conferência Nacional o resultado dessa discussão.

Para o espanto de muitas de nós, entre as delegadas estavam lá, alguns homens e travestis representando as mulheres de seus municípios e aqui nem vou tecer sobre a postura equivocada da Coordenadoria Estadual em se posicionar pela legitimidade dessas representações ao invés de reconhecer o erro de não ter orientado que apenas mulheres deveriam ser eleitas delegadas.

Muitos que leram até aqui devem estar questionando: “Mas qual o problema? Não é importante que homens e mulheres estejam juntos na luta contra o machismo e a opressão? Essas feministas... querem o oposto, inverter o preconceito!!!”. E eu lhes digo: não é nada disso.

É inegável também que as travestis precisam ser admitidas pela sua identidade social de gênero. Independente da questão biológica, elas se sentem mulheres e vamos caminhando, bem aos poucos, infelizmente, para que estas possam ocupar os espaços com a identidade que realmente as representa: a feminina.

O questionamento dessas duas representações, de homens e de travestis não é, em momento algum, uma retaliação pessoal às pessoas que ali estavam, mas a necessidade de reconhecer que quem deve discutir, elaborar e decidir sobre políticas para as mulheres são as próprias.

Um homem, por mais sensível e solidário que seja à causa, não tem propriedade para tanto. E não se trata de uma diferença imposta simplesmente pela genitália. Mas um homem jamais vai saber o que significa ser mulher, executar o mesmo trabalho que um homem e receber menos por isso, ou o que é dar conta de uma jornada de trabalho e ainda garantir os trabalhos de casa e cuidar dos filhos, ou ser vítima de violência sexual, verbal ou psicológica por conta da opressão masculina, de assédio no trabalho, ou ainda ser criminalizada pelo aborto, ser deixada morrer em muitos hospitais mesmo que seja nos casos previstos em lei, ou mesmo ser um objeto estereotipado de propaganda nas mãos da mídia, ou “simplesmente” discriminada enquanto dirige um carro.

Homens decidindo e representando mulheres, seria o mesmo que colocar brancos numa conferência para discutirem as políticas raciais, quando nunca sentiram o preconceito por ser negro. É como se colocassem padres – os mais modernos e libertários, se é que existem – para deliberar sobre as causas das travestis, discutir seus direitos e sua luta, quando nunca sentiram na pele o medo e o risco, ou mesmo as dores de serem espancadas, violentadas e mortas pela sua sexualidade, nunca foram motivo de piada ou escracho por usar batina. É questão de legitimidade, de propriedade, de saber e sentir onde o sapato aperta.

A luta é conjunta e que bom que todos e todas a abracem. Quanto mais estiverem desse lado, construindo o fim do preconceito e da opressão, mais passos daremos, mais fortes seremos. Mas os espaços precisam sim, ser respeitados, é preciso garantir o direito pleno à construção das políticas públicas por quem sabe o que sente e o que falta e as utilizará e isso não é uma contra-opressão. É a garantia de se sentir sujeito(a), de plenificar-se em direitos.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Não tem glamour


O mau gosto para buscar os holofotes continua. De um lado, um salão canadense com a campanha "Look Good In All You Do" - algo como "fique bem em tudo o que você faz" - e de outro, um fotógrafo (que já se envolveu em polêmicas anteriormente) pega uma mocinha de um seriado famoso e faz fotos chocantes. As duas campanhas têm um 'tema' em comum: violência doméstica.

O fotógrafo Tyler Shields usou a atriz Heather Morris, do seriado Glee, como modelo para seu editorial nomeado "Até mesmo a Barbie se machuca" e nele a moça aparece com o olho roxo, remetendo, sim, a alguma pancada. O salão canadense Fluid mostra uma mulher também com olho roxo, mas um homem próximo com um colar , provavelmente para presenteá-la. A ideia de que ambas foram violentadas é gritante, uma das primeiras coisas que se pode pensar ao ver as fotos.

Mais uma vez, os produtores das campanhas alegaram que essa não era a intenção. E qual seria? O que queriam passar com essas imagens? Que sensação queriam causar? Pois eu fico muito incomodada e não consigo ver glamour ou graça alguma nisso. Se ali a moça está penteadinha, ganhando um colar de diamantes, a Maria no bairro aqui do lado está sofrendo realmente de violência doméstica e não tem ninguém pra levar um colarzinho de miçanga pra ela depois. Pior: Maria não vai aparecer na mídia, não tem ninguém por ela e tem medo de denunciar o que José faz com ela há tanto tempo. Ela não fica bonita em tudo o que faz, desculpa aí, pessoal do Fluid.
A dona do salão canadense reconhece a polêmica, a ousadia do anúncio,  mas acha que ele tem a intenção de colocar um olhar satírico (oi?) em situações da vida real, até para incentivar a conversação e o debate. Hum, sei... Já no caso das fotos com Heather Morris, o fotógrafo disse que as imagens serão leiloadas e toda renda será enviada a alguma instituição que cuida de mulheres vítimas de violência doméstica. Você daria um lance?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Independência só com casamento?

Estar sozinho não é ser solitário


Ontem estava conversando com meu pai, e descobri que ele tinha um plano na cabeça: ou eu saio de casa para casar ou fico morando com ele e minha mãe até enterrá-los. Dei risada, mas ele estava falando sério. Acho que é um problema mais das mulheres, homens não sofrem muito isso.

Então, achei que seria mais honesto, da minha parte, mesmo que houvesse alguma discussão, explicar que não me prendo a isso, posso morar sozinha no meu apartamento, com a parede da cor que eu quiser e com tudo do jeito que eu planejar, até porque também tenho essa vontade imensa. Meu sofá doido, minha parede pintada por eu mesma, um globo e um mapa pregado na parede (eu sou meio brega). E que, o futuro a Deus pertence, eu posso encontrar alguém e tudo mais, contudo eu não tenho problemas se continuar sozinha. Não vou ser solitária por causa disso.

Ele veio com uma resposta com aquela frase que eu detesto: “Vai pegar mal para mim. É estranho, eu moro na mesma cidade que a minha filha mas ela, mulher, vai morar sozinha? Os outros vão ficar achando esquisito, a sociedade fala.”

Oi, eu não sou refém da sociedade. Nem quero depender de me casar com alguém para sair de casa. E nem quero conquistar minha independência financeira sem conquistar a minha liberdade. Liberdade mesmo, sem hipocrisia. Eu quero me agradar e agradar os outros com minhas boas atitudes, não com meu modo de vida.

A sociedade morre. Se renova. As pessoas que fazem parte dela são enterradas, vão embora. E, enquanto vivem, vivem de acordo com a “democracia da maioria” causando preconceitos, desigualdades e privando as pessoas de fazerem o que bem entendem. 

Pois bem, eu não vivo para a sociedade. Vivo sob as regras da casa, porque não sou eu que me sustento, sempre deixei claro, senão eu já tinha arrumado meu próprio canto, não por rebeldia, mas porque eu tenho vontade. Mas houve aquele “a casa caiu” quando eu contei os meus planos. Não sou homossexual, mas sou a favor do reconhecimento dos direitos de quem é. Não faria aborto (a princípio, porque tudo é relativo, sei lá, não estive na situação), mas eu sou a favor da legalização. Eu sou católica, mas acho que padre deveria se casar, se quisesse. Dou minhas roupas/sapatos/coisas para quem precisa. Também não concordo com crucifixos em repartições públicas e feriados santos. Não quero namorar agora porque tenho outras ideias e tive decepções ainda não curadas. Enfim... não vou fundamentar cada opinião minha porque não é o caso, só que essa sou eu.

Mas a sociedade quer que eu não tolere os gays, quer que eu não tolere o aborto, quer que eu pague o dízimo e feche meu vidro do carro no semáforo, querem os feriados santos para as viagens e as imagens nos locais de trabalho público, querem que eu namore para não ser a solteirona? E que eu me case, porque ficar só é solidão? E não venham me dizer que não é assim, porque na hora de emitir opiniões, todo mundo é “a favor de um mundo sem desigualdades”, mas muita gente não assume o seu lado “sou robô da comunidade que vivo”,” não admito publicamente e em casa eu ensino para os meus filhos esses valores 'que julgo tradicionais'.”

Eu penso que antes só do que mal acompanhado, sim... não é por isso que eu vou deixar de realizar as coisas que desejar. 

E meu pai, finalmente, mudou o jeito de pensar. Felizmente!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Marcha das Vagabundas.



Conheço pelo menos umas 5 mulheres que já se assustaram nas ruas da vida, voltando da faculdade ou da casa de alguma amiga, seja domingo, seja dia, seja noite. Estavam completamente vestidas, e isso não inibiu um tarado ou outro de se exibir, de correr atrás delas e tudo mais. A roupa não é segurança absoluta, isso é fato.

Contudo, polêmicas a parte, não podemos deixar o “oba oba” em torno do protesto nos faça achar que é recomendável andar por aí de espartilho e mini saia, em qualquer lugar aonde se vá...

É preciso ter cuidado quando se anda em lugares desertos, quando se vai a lugares estranhos, quando se está sozinha por aí... Toda aquela conversa que ouvimos das nossas mães, avós, e tias desde pequenas.

Afinal, se podemos diminuir as chances de um infortúnio, porque vamos aumentá-las?

Ainda que eu acredite que a roupa não é segurança, ainda que eu apóie a causa da “marcha das vagabundas” e ache um absurdo responsabilizar as vítimas pela violência sexual que sofrem...  Sou obrigada a repetir um dos ditados que mais ouvimos nas nossas vidinhas: “prevenir é melhor do que remediar”.

Bunda e peitos a mostra chamam a atenção masculina, mas não só do macho com o qual você quer acasalar, pense nisso! Sim, existem outras taras que atraem criminosos sexuais, mas esta é a mais tradicional, não custa tomar algum cuidado.

segunda-feira, 14 de março de 2011

Mulher, ame-a ou deixe-a!

   * Projeto Maria da Penha         

Até onde vamos seguir admitindo o inadmissível em nome de uma paz conveniente apenas para uma pequena  parte da sociedade, parte esta que ainda é machista e retrógada? 

Semana passada foi comemorado o dia internacional da mulher e, então nada mais oportuno do que falar de uma de suas maiores conquistas, a Lei Maria da Penha. É evidente que ainda muita coisa precisa ser feita, portanto, é imprescindível que uma série de medidas sejam tomadas pelo Estado e sociedade em conjunto, buscando assim a conscientização, também como a prevenção de forma direta, promovendo campanhas educativas voltadas para o público em geral.  Também é importante enfatizar que o ponto crucial de tudo isso é que agora a  sociedade passou a encarar a violência doméstica contra mulher não mais como apenas um problema familiar, e sim um problema de ordem pública. Que fique bem claro que não estou aqui com o intuito de questionar a lei , nem tampouco suas possíveis falhas, pois estou ciente que ainda existem muitas. Entretanto, também é inquestionável  que esta mesma representa uma avanço considerável no combate direto à esta violência, e tem obtido resultados significativos.

Bom, sei que poderia buscar qualquer outra matéria sobre violência doméstica para ilustrar de forma negativa o tema abordado, mas em nome do meu bom e velho otimismo, optei brindar à atitude das mais de setenta mil mulheres que não se calaram, e fico na torcida para que muitas outras sigam o exemplo. O homem que não compreende a fragilidade de uma mulher como parte da sua essência, não merece usufruir do prazer e fascínio que sua companhia proporciona.

@ChrisRibeiro

quarta-feira, 9 de março de 2011

Mãe é presa após jogar as duas filhas em rio em MG

Mãe é presa após jogar as duas filhas em rio em MG
Uma vez eu li em uma história em quadrinhos que uma mãe, muito deprimida, resolvera se matar, e levar junto seu filho. Também existem vários casos de homens que na hora de se matar resolvem levar juntos para o sono da morte suas namoradas, amigos e inimigos. Mas nunca achei que uma mãe na vida real fosse fazer isso.
Temos em nossas raízes a imagem de que a mãe é a última pessoa a ir contra o próprio filho. Normalmente as mães fazem tudo pelos filhos, como se estes fossem extensões de suas próprias vidas, e a dor deles é a sua própria.
Com o tempo descobri que algumas mulheres realmente não têm o dom, ou a vontade, de serem mães. Não é tão comum, apesar de estar ficando mais comum, as mulheres resolvem não ter filhos por causa de suas vidas, de suas vontades. Isso é compreensível. Eu creio que no mundo já há bastante gente, e se alguém não quer ter filhos tanto melhor.
O meu problema sempre foi com pessoas que resolvem ter filhos e depois os deixam a mercê do mundo, soltos a própria sorte, malcuidados. Mas esse não era o caso dessa mãe.
Vou ser sincera, eu já vi um caso parecido na frente dos meus olhos. Mas a mãe ficava em dúvida...deixando a criança morrer de fome aos poucos, querendo que ficassem ambos na cama, sem vida.
Essas pessoas são diferentes das que querem se matar junto de colegas, namoradas, inimigos: essas não acham que todos merecem o mesmo destino, acham que seus filhos são extensão de suas vidas. É difícil entender, talvez eu esteja enganada. Há um núcleo de psicologia na minha universidade, eu posso perguntar. Mesmo assim essas mulheres estão erradas: cada vida é única, ninguém é extensão de outra vida. Podem se completar, mas não precisam terminar juntas. Não, pelo menos, só porque uma está triste.
Aqui vai mais uma questão: você achou injusto a mãe que quis terminar a vida das filhas junto com a sua; você acha justo que porque algo de ruim aconteceu com você outras pessoas devem ser levadas juntas?

terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março de 1857


Eis uma notícia importante, principalmente para as mulheres. Não sei se, na época, o fato chegou a ser mencionado nos jornais, mas sei que hoje temos conhecimento do ocorrido, e temos a oportunidade de reconhecer o valor da mulher na sociedade, e as mulheres podem ocupar um papel de destaque e não apenas os papéis marginais que muitas vezes lhes são oferecidos.

A Mayume postaria hoje, mas foi forçada a ausência, por isso convido os leitores do blog a acompanhar neste link um post sobre a Manchete do dia 08 de março de 1857.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Iguais, porém diferentes


Inspirado em: http://migre.me/3Si5i

Este post não falará exatamente do livro e da entrevista tratados no link acima. Quero aproveitar o tema em questão para abordar outro aspecto do mesmo.

Acredito que todo mundo alguma vez já falou ou pelo menos ouviu alguém falar a seguinte expressão: "Mulher é tudo igual!" ou "os homens são todos iguais!"

Será mesmo?

Decerto eu seria o último a negar peremptoriamente o fato de que cada gênero tem suas próprias características, comuns a todos os membros do seu respectivo sexo. A psicanálise nos ensina que realmente a constituição psíquica de cada sexo tem suas diferenças, peculiaridades e idiossincrasias. Portanto, sim, o universo masculino e o feminino têm, respectivamente, maneiras próprias (e diferentes em relação ao outro) de lidar com a vida, o amor e o sexo oposto.

Apesar da psicanálise corroborar - e eu admitir - esse fato empírico, o meu questionamento é: podemos generalizar SEMPRE e dizer que TODOS os homens ou TODAS as mulheres, sem exceção, são iguais?

Não sou dono da verdade e não pretendo que meu ponto de vista seja o único válido e aceito por todos, mas, na minha perspectiva, a resposta é "não". Não dá para generalizar desse jeito. Muitas vezes, tais afirmações são feitas por pessoas que sofreram alguma(s) decepção(ões) repetitiva(s) com o sexo oposto.

Da minha parte, acredito que generalizações radicais, rígidas e contundentes desse jeito são um equívoco. A despeito do conjunto de comportamentos estereotipados típicos a cada gênero, há que se levar em conta a singularidade de cada indivíduo. Singularidade essa intimamente relacionada à sua história de vida, suas experiências com os pais (ou com quem exerceu as funções parentais) e suas características inatas.

Portanto, quando surgir em nossa vida uma nova pessoa do sexo oposto, tentemos dar-lhe uma chance para que ela mostre a pessoa única, individual e intransferível que ela é; pensemos duas vezes antes de projetar nela todas as nossas experiências, frustrações, mágoas e decepções que tivemos com os outros exemplares da espécie.