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terça-feira, 9 de abril de 2013

sobre o líder da Coreia


"Duas coisas são infinitas: o Universo e a estupidez humana. Mas, no que diz respeito ao Universo, ainda não adquiri certeza absoluta." (Albert Einstein)

Sobre a Coreia do Norte e a possível última Guerra Mundial

Confesso que não tenho acompanhado com a devida atenção o queridão presidente (ditador? Não sei ao certo) da Coreia do Norte. Como boa tupiniquim, tenho lido mais a respeito de coisas mais próximas ao meu umbigo, felicianizações, mercurizações, corrupções, novela das 18. Só que chega uma hora em que não tem como ignorar o fato de que, dããã, tem um bocó  líder querendo aparecer e para isso decide assim "vamos começar uma Guerra? VAMOS!". Visualizo o queridão ai com aquele cabelinho uó dizendo isto com um palito nos dentes e bafo. Desculpe, estou julgando, e no meu julgar ele, sim, tem cara de quem tem bafo. Bjo.

A verdade é que esse senhor aí deveria ir lavar uma louça. Deveria ter vergonha na cara. Sim, sei que  ele luta contra sanções impostas, sim, sei que ele "quer o melhor para o povo dele" (ahan, já tô sentando, Cláudia), sei que as medidas drásticas que ele parece querer tomar são a última tentativa de resolver um problema (todas estas frases bonitas e de impacto foram tiradas de jornais de circulação nacional). Só que apesar dos anos de estudo dele mundo afora, acho que ele não percebeu o básico: o mundo está 'a beira de um precipício, não sendo necessário um empurrãozinho de ajuda. Honestamente, meu senhor, é necessário tanto estardalhaço? Por que vários morrerão por suas ideias e escolhas, enquanto você, por medidas de segurança, pode pegar um avião e sair pela direita, como o Leão da Montanha fazia. Fácil decidir pela vida de outros vários quando a sua não está em jogo, não é mesmo?

Dai imagino que a coisa desande (E DESANDARÁ, pelo amor dos Divinos, desandará), só que não a tempo da ideia ter gerado frutos. Vários tem armas nucleares, a Dilma-e-seu-pé-quebrado compraram armas anti-misseis do Putin há pouco tempo. Gente, sou ninguém, decido nada, mas se até eu percebo que algo está muito errado, vocês deveriam se ater mais 'a lição de casa, né não? O mundo já tem problemas suficientes para resolver e vocês brincando com coisa que vai dar merda? Ideia de jerico, hein, filhos? Vergonha alheia de vocês!

Só sei que rezo e torço para que tudo seja fumaça. Sei que onde há fumaça há fogo, mas vá lá, as vezes é só fumaça mesmo. E que estes povos que parecem se odiar tanto odeiem como brasileiro odeia argentino e vice-versa. Mais no falatorio do que na ação, e decidindo se Pelé é melhor do que Maradona. Queria falar tanta coisa do coreia lá (quem eu não respeito me recuso a aprender o nome, e se aprendo não falo ou escrevo) mas no fundo queria era ser a mãe desse cidadão e dar uma surra de Havaiana nele. Porque, para mim, isto é falta de ouvir NÃO na vida. E falta de horas carpindo um terreno pelo mundo afora...

Que tudo acabe bem, que nada de ruim ocorra, que dias e ventos melhores soprem e que vidas não sejam ceifadas por nada. Que assim seja.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Guerra civil do silêncio com tiros barulhentos para todos os lados

Manchete de Ontem: Guerra não declarada


Expansão, retração, modernismo, atitudes de um passado que perdura no presente e que tem reflexos direto no futuro. Não sei exatamente se isso pode ser denominado somente ao Brasileiro que não reconhece as várias guerras existentes em seu território em todo o seu processo histórico-social e que, ainda, perdura. Talvez seja a criação e eliminação de fronteiras. Já que esta tem caracterizado o modo de transição do mundo. Fronteiras geográficas que vão desde ao econômico, quanto ao social e que, também, passa pelo saber.
Mas é de bom tom (como o próprio professor fala no vídeo acima) que não se reconheça as várias guerras que estamos inseridos dia a dia. Com um número pesado de mortos, ou não. E agora vendo tanta gente morrer que as perguntas começam a ser levantadas. Como se o trânsito não matasse muitos por ano, como se polícia nunca tivesse matado "por engano", como se gangues nunca tivessem guerreado entre elas, como se o governo nunca tivesse compactuado com situação de morte, como se os índios nunca tivessem morrido, etc. 
E é exatamente isso. Esses dias para trás mesmo estava eu na Universidade com alguns amigos quando o assunto mudou para a forma que os japoneses matam as baleias. Uma colega disse que talvez seria este o motivo de todos olharem de forma diferente para tal ato, já que a forma é bastante cruel. E eu comecei a me perguntar, então, se o que o resto do mundo faz com os frangos, as vacas e demais animais não é crueldade. Manter em um quadrado os frangos apertados e fazê-los comer isso ou aquilo, esses venenos, enfim. Isso não é crueldade? É fácil pensar que a maldade está no outro, que a violência não é nossa. Eu sei, é fácil.
É como se o Brasil, e as pessoas, fossem pacíficas todo o tempo e que nunca nada acontece. E quando algo acontece tratam apenas como agitações, agitações do outro. Ou é algum grupo querendo aparecer, ou é alguém que está por trás mandando tal grupo aparecer ou é algo do tipo. Sério? Importa mesmo? Depois que já está corrompido eu só consigo pensar como pode ser resolvido e se tem solução. Porque prevenções são feitas bem antes do primeiro tiro ser dado. Num país que se desenvolveu a base de revoltas (como gostam de chamar) parece ser natural o que acontece por agora. E eu digo mais uma vez: isso não é natural, é só algo naturalizado pelo homem. Porque não pode ser natural pessoas que estão caminhando pelas ruas tomarem tiros sem saberem o motivo; e digo mais: não deveria existir tiro algum. Porque nada justifica um tiro que atenta contra a vida de alguém.
E quando se vai mais longe, é possível perceber que é isso que o homem tem feito durante toda a sua existência na Terra. Sempre um grupo contra outro, atentando, então, a segurança do último. As pessoas falam que não suportam as novelas com mocinhos e vilões, como se isso não existisse (eu não assisto novela, mas não dá para negar a existência da violência, do ódio do outro). E quando você vai se dar conta desde os tempos do Menino Jesus já existiam grupos que se odiavam. Não foi por isso, e bem antes mesmo, que as migrações começaram a acontecer? Ora por necessidade (busca pelo alimento), ora pela fuga? As guerras existentes na África não é por conta de um estrangeiro que "criou" o país e que teve outro estrangeiro dividindo o mesmo? Eles fazem a "bagunça", voltam para as suas casas e deixam os povos lá vangloriando o ódio, vivendo disso. É quando eu começo a me perguntar em uma escala mais geral se talvez, então, esta não seja a quase identidade que o homem tem dele mesmo: a violência. Já que se chega ao ponto de um indivíduo pagar para entrar em um espetáculo tal qual a atração são dois homem lutando um contra o outro. Ou até mesmo quando no seu moderno aparelho de celular o homem é capaz de filmar uma agressão no trânsito, ou o aluno que é capaz de disponibilizar na internet dois colegas brigando, e assim vai. Vai? Vamos? Pra onde? Talvez para a nossa própria cama a base de muito remédio (calmante), quando teríamos que sair e gritar. Porque é isto que os anti depressivos fazem: calam o silêncio daquele que precisa ser escutado. Porque é isto que a guerra civil faz: silencia os tiros e trata-os como se fosse só agitações passageiras e que por isso não merecem quase nenhuma atenção.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Rembember, remember...

Do Brasil, presidente autoriza ataque à Líbia
ONG diz ter achado em hotel 53 líbios pró-Khadafi executados
Kadafi 'morreu furioso e decepcionado', diz aliado
Novo mufti da Líbia diz que que Kadafi não era muçulmano e proíbe funeral sob rito islâmico
Líder do CNT diz que a lei islâmica será a base de novo governo da Líbia

"People should not be afraid of their government. Governments should be afraid ot their people."V for Vendetta

Amanhã é 5 de novembro, aniversário da Conspiração da Pólvora. Um homem chamado Guy Fawkes tentou explodir o Parlamento Inglês nesse dia, com o objetivo de dar fim ao governo protestante instalado pelo Rei Jaime I: durante seu reinado, católicos e outros religiosos não-protestantes eram privados de direitos a liberdades religiosas, sendo oprimidos severamente.

Saddam Hussein  foi condenado à forca dia 5 de novembro em 2006, e exatamente dois anos depois, Barack Obama foi eleito o primeiro presidente negro dos Estados Unidos, o país supostamente símbolo e defensor das liberdades individuais - inclusive religiosas.

Kadafi era chamado por Ronald Reagan de "cachorro louco", e por muitos anos foi um inimigo norte-americano, acusado de financiar o terrorismo - o que de fato fez até o fim de seu regime. Em 2008, Condoleezza Rice, o pit bull de George W Bush, prestou uma visita à Líbia para dizer ao mundo que o cachorro louco agora era um amigo, e que os EUA acreditavam em seu rompimento com o terrorismo.

Obama discordou. Em 2011, veio ao Brasil e em seu primeiro dia por aqui, aproveitou a oportunidade para brincar de vanguardista irresponsável: em um país soberano que não era o seu, declarou guerra à Líbia, deixando claro a todos que o mundo é seu quintal. Depois, em um "discurso histórico" (sono), estabeleceu paralelos inexistentes entre a ditadura militar laica brasileira e os regimes fundamentalistas islâmicos, escolhendo cuidadosamente as palavras para atear fogo no Oriente Médio. Obama disse que todos poderiam ser como o Brasil: ricos, felizes e democráticos. 

Para dar ares positivos a tanto derramamento de sangue, inventaram a "Primavera Árabe". Lindo termo, e seria admirável assistir aos descendentes dos grandes patronos da matemática, astronomia, das universidades e capitalismo em uma busca por democracia e liberdade.

Com tal pretexto, a Líbia foi invadida. O ditador africano morreu temendo seu povo, e duas semanas depois,  o povo novamente teme o governo, e não sem razão: Kadafi foi capturado, sodomizado, espancado e morto por seus captores, ainda que o governo interino houvesse jurado ao mundo um julgamento no Tribunal de Haia, da mesma forma que após sua morte prometeram o enterro em 24 horas seguindo os ritos islâmicos. Ao contrário disso, seu corpo foi exposto por dias em uma câmara frigorífica para quem quisesse ver, cuspir e rir. Osama Bin Laden e Saddam Hussein tiveram mortes mais dignas, ainda que o enforcamento do segundo tenha vazado para a Internet.

A OTAN bateu retirada, os jornais já se esqueceram da Líbia, e o mundo se comporta como se agora o caos fosse exclusivamente um problema da população local. Enquanto isso, um governo provisório pretende estabelecer uma "democracia" baseada na Sharia, e entre os envolvidos na organização da "nova" Líbia,  e elaboração de sua constituição, está o ex-Ministro da Justiça de Kadafi.

Entre os líbios islâmicos moderados, cristãos e ateus, há um grande temor por um governo e legislações que extingua a pouca liberdade religiosa que existiu no regime anterior. Até porque a maioria da população não é fundamentalista, mas o governo que os deveria representar está cheio deles.

Kadafi nunca foi um benfeitor, mas ao baixar da poeira é visível que o objetivo era eliminar uma dinastia, e não fazer a caridade de libertar a Líbia da opressão: não há manifestações da Casa Branca, grande patrocinadora de toda a confusão, sobre o massacre de soldados e civis pró-Kadafi, sobre sua morte, ou sobre a constituinte fundamentalista que se forma naquele país. Esse tipo de assunto, essas '"saias justas", é melhor deixar para a ONU.

Ainda que toda a retórica ocidental jure de pés juntos "Yes, we can", não há flores ou beleza alguma na Primavera Árabe. Gostaria de saber se Barack Obama irá fazer outro "discurso histórico", assumindo sua responsabilidade, explicando a líbios, iemenitas, sírios, jordanianos e tantos outros, onde está a primavera, onde está o Brasil que o presidente americano lhes prometeu. Gostaria de saber se irá assumir o trolling político, ou se ao invés disso apenas irá sorrir ao apertar as mãos de novos opressores, que sorrirão de volta em busca de apoio comercial.

Amanhã será mais um 5 de novembro de indivíduos oprimidos por reis, xeiques, aiatolás e muftis, com mulheres sendo enterradas vivas ao lado de seus finados maridos, com burcas e niqabs sendo usados não por convicção religiosa, mas por obrigação, com homens e mulheres sendo condenados a apedrejamento ou enforcamento em praça pública, ao invés de todas as outras penas de morte ou alternativas a elas já existentes. 

No fim das contas, não há primavera alguma.