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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O sertão vai virar mar, só que ao contrário?



Andam dizendo por aí que o mundo vai acabar, que o sertão vai virar mar, e que o rio são francisco vai sofrer a sua extinção inexorável. Se é verdade? Vai saber. Ultimamente estou tentando não pensar muito no que vai acontecer numa escala que não é próxima a mim. Lembrando que isso não quer dizer que eu não sofrerei com a falta de água no rio são francisco, caso ele se perca. 

O que mais chama a minha atenção neste texto não é o fato da possível extinção do rio. Para mim as coisas são muito claras. Quando o texto diz que as pesquisas mostram o quanto o homem vem ferrando com tudo, em relação a uma verdadeira preservação do rio e de seu entorno, eu só tenho a concordar. O homem não ferra só com o rio são francisco, o homem ferra com a sua própria vida. O que o torna, neste ponto de análise, um ser medíocre. 

A incrível capacidade de olhar para o próprio umbigo pode custar caro. Sempre achei que é arrogância demais de um povo achar que pode fazer com outro povo alguma coisa. Agora ver um povo achar que pode, em detrimento de um bem estar social insignificante, transpor rio, poluir e essas coisas é de quase se perder as esperanças com tudo. 

Meu fatalismo é grande. Já não acredito no ser humano e suas ações e blá. Entretanto, elenco algumas partes que chamaram a minha atenção no texto e que permitem uma outra discussão: "o processo que levará ao fim do rio são francisco não começou hoje. Basta olhar a ilustração para ver o que acontecem em tão pouco tempo, menos de 200 anos. A imagem nos mostra um bioma surpreendente: o tamanho das árvores, a diversidade de animais, a exuberância - ressalta Siqueira. - Observamos que ocorre um efeito em cascata. Tanto que, se algo não for feito agora, de forma veemente, o impacto do aquecimento global na Caatinga, que é o local mais ameaçado pelas mudanças climáticas, será dramático".

Amigo, sinto muito. Não é possível que você acredite em aquecimento global. Eu posso acreditar que tudo isso que você está contando é verdade. Inclusive me coloco como colaboradora da extinção do rio são francisco (se isso for mesmo acontecer). Por que colaboradora? Porque eu não levanto a minha bunda da cadeira para entender sobre o mesmo e exigir do governo, de quem seja, algo que não provoque, então, tal extinção. Agora vir aqui me contar que o impacto do aquecimento global será dramático, não faz a sua pesquisa ganhar méritos. Porque tem mil anos (só que menos) que eu escuto que tudo que acontece é culpa do aquecimento global. Se uma pesquisa desse porte é feita, o mínimo que eu espero é que os argumentos, para me convencer da extinção, não sejam a culpa do aquecimento global. Por isso, num futuro não muito distante eu vou tentar comprar esse livro, para depois eu realmente tomar conhecimento do quanto você usou, ou não, palavras como aquecimento global na sua pesquisa.
É o que eu disse, eu posso acreditar na extinção, se eu parar para pensar que o homem é uma merda e que fez e continuará fazendo besteiras que ferrem com o rio ou que as mudanças climáticas (totalmente normais) possibilitem a extinção desse, mesmo porque estamos em constante movimentação, isto é, não é desde sempre que o rio existe e não é para sempre que ele existirá. 

Outra questão, ao longo do texto é possível entender que a principal contribuição do livro, gerado através da pesquisa é chamar a atenção para a caatinga. Veja: "a principal contribuição do livro é chamar a atenção para a caatinga. É o único bioma exclusivo do Brasil, porém o menos conhecido. Seu personagem mais famoso é o rio são francisco [...]" 
Veja também que colocar como título a possível extinção do rio são francisco possibilita uma publicidade maior. Porque ninguém quer ler sobre a caatinga em si, agora pensar na extinção do rio são francisco já pode ser uma leitura, se não quão, mais agradável ou, quem sabe, mais útil. Enfim.

Isso tudo só me faz ver que o homem além de ferrar com o que é natural, ele se apropria do mesmo para naturalizá-lo. Porque no final das contas, achamos normal encarar tal sensacionalismo. E, ainda, conviver com o fracasso da nossa espécie, que, vez ou outra, propicia a extinção de tudo.


 Proponho um brinde com copo d'água, se possível, do rio são francisco.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Na velocidade da luz

Não é de hoje. A vida é dinâmica e nada para de acontecer. O grande diferencial é a oportunidade que se tem de saber, com uma velocidade incrível, de tudo – ou quase tudo – o que acontece.

É uma enxurrada de informações que nos absorve e vicia. Carecemos de motivo para nos indignarmos, criarmos movimentos, protestarmos, festejarmos, escrevermos. Como sempre foi. Mas agora com mais rapidez, com mais frequência. Poucos movimentos resistem por muito tempo. O Rafinha Bastos perde o posto para o escândalo no BBB, a tomada do morro do Alemão cede espaço à tomada da Rocinha, que sai de cena para a tomada do Pinheirinho. As tsunamis recuam para os desabamentos no Rio. Isabella Nardoni. Goleiro Bruno. O yorkshire. Já não se tem mais tempo de sentir falta do Belchior e nem sei onde caberiam os 'pitis' de Amy Winehouse, caso estivesse viva.

Passei o fim de semana fora da cidade, acessando a internet apenas pelo celular, o que acho chato. Mas as machetes postadas causavam enorme desconforto, necessidade de saber amiúde, da notícia completa. De vez em quando lia uma 'chamada' para os amigos. Alguns se inquietavam, como eu, tinham sua curiosidade atiçada, tensos, até. Outros alertavam para a importância de se desconectar um pouco, deixar o mundo continuar seus giros e esperar, pois logo mais voltaríamos. Ora, até a Luísa voltou.

É tudo perecível. A sociedade da informação produz herois e vilões com incrível pressa e com prazo de validade determinado. Assim como um político corrupto, o comandante do navio tombado aguarda ansiosamente uma outra tragédia para sair de cena. Da mesma forma que um outro meteoro passará logo, logo sobre o sucesso do Teló, trazendo outra coisa pra gente reclamar. Ou não.

O texto não tem links. Buscar as notícias causaria loop infinito.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Facebook: novo Orkut?

Manchete de Ontem: Facebook supera Orkut no Brasil, diz comScore 

Venho acompanhando muitos comentários nas redes sociais "solicitando" que os novos usuários do Facebook (face para os íntimos) voltem para o Orkut. E nos últimos anos é fácil a gente perceber que essa rede social começou a ter uma conotação negativa. Pobre Orkut, que iniciou o "boom" das redes sociais no Brasil, agora vai caindo, não no esquecimento, mas nas profundezas da negatividade (considero pior). É como se essa relação facebook/orkut fosse uma coisa meio céu/inferno.  
O Facebook veio se chegando, se estudando e se aperfeiçoando (que nem a Angela Bismarchi) e ganhando cada vez mais espaço, prova disso é que hoje ele finalmente ultrapassou o Orkut e que cresceu 192% em um ano, isso é bem considerável, né? Acho que o Mark não está se reclamando disso.
Afinal, independente do conteúdo de cada pessoa, os termos de uso (que ninguém lê, generalizei) são iguais para todos. Eu sinto que o pessoal que estava no face antes dessa popularização toda se sentia uma elite dessas plataformas de mídias sociais e parece não entender que o direito de estar lá é o mesmo para qualquer pessoa, basta a vontade. Acho engraçado como é democrático um grupo não querer que todos possam utilizar suas redes. É por isso que eu vou ficar caladinho e continuar a usar minhas boas ferramentas de bloqueio. rs

Minha pergunta é: isso aqui vai bombar tanto quando o primeiro?
Eu acho que não. rs

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

E agora, São Tomé?

Essa postagem não tem links das manchetes-de-ontem. Ainda não consegui formar uma opinião sobre a importância de certos links, talvez pelo fato de alguns deles, aos quais me refiro, especificamente, terem me causado sensações nada boas, uma grande tristeza e aquela inevitável descrença no ser humano.

Não preciso ver para crer em tudo o que as pessoas são capazes. Mas o tal dito de São Tomé parece ter virado regra e as mídias sociais viraram a vitrine da desgraça, da carnificina exposta, um convite ao choque, um teste aos valores e tantas vezes um fermento para alguns instintos que até desconhecíamos. Têm colocado "no chinelo" os folhetins mais sensacionalistas e sangrentos. Aqueles programas policiais que tantos criticaram, agora acontecem o tempo todo, brotam de cliques de todos os lados.

Há duas semanas fiquei em choque após ver, mesmo que por pouquíssimo tempo, afinal vinha através de uma mensagem de "luto" propagada por alguns de meus ex-alunos, um vídeo de um acidente automobilístico bem perto de Fortaleza, onde um carro com 4 passageiros que vinha a 140km/h se chocou contra um poste e se dividiu em dois. Recuso-me a dar detalhes. Basta-me aquilo que não vou conseguir esquecer.

Na semana passada, a vez da brutalidade da enfermeira que espancou o yorkshire até a morte bem diante da filha de 2 anos. Mesmo me recusando ver, ao assistir uma matéria sobre a mulher na TV, várias cenas foram mostradas. Uma violência que em nada difere dos outros casos de babás que espancaram idosos ou crianças. Sempre uma estupidez diante de um ser indefeso. E lá estavam as câmeras a vigiar, registrar e mostrar para quem não acredita que isso seja possível. Enquanto do outro lado, os desejos de morte, e gifs de pitbulls raivosos para efetivar a "vingança popular".

É inegável que os registros têm o seu valor. Servem de provas. Mas o que me falta é estar convencida de que, além das autoridades, com poder de julgamento, alguém mais deva estar exposto a isso. O que isso nos causa além de choque, tristeza, desilusão e motivar mais ódio? No caso do vídeo do acidente, percebi essa discussão nos comentários do youtube. Alguns falando da violência das imagens, do desrespeito às famílias, da invasão, etc. Outros diziam que era a maneira mais eficaz de conscientizar, já que as campanhas não o faziam e a prova estava bem ali. Que aquilo, por mais doloroso que fosse, era um choque necessário e que muitas posturas seriam mudadas com as visualizações.
Enfim, esse é um texto sem opinião. Apenas chocado e lançado para as ponderações de vocês. É preciso ver para crer?

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Daniela Albuquerque e suas pérolas.


Sumiram quatro dias do calendário.
Posso escolher quais seriam?

Primeiro, eu risco do calendário o dia do carnaval. Para aquela terça não se emendar com a segunda, e não dar aqueles quatro dias de festa. A quarta-feira de cinzas pode ficar, já que toda quarta-feira é meio cinza mesmo (segundas seriam pretas, no caso, e os dias iriam clareando em degradê até o final de semana). É que, por enquanto, eu não gosto de marchinhas de carnaval, não gosto de ir em lugares que está tendo carnaval e nesse caso eu me isolo forçadamente neste dia. Está certo que eu não tenho muita experiência em carnavais e nem conheço tantas marchinhas assim, mas posso riscar um dia, então risco esse.

Depois, eu vou ali em junho e tiro o dia dos namorados. Mesmo quando estou namorando, acho um saco o dia dos namorados. Porque você tem o dia para comprar um presente pro seu par, tem todo aquele marketing de vendas e todos os restaurantes estão lotados. Você deveria ganhar um presente (e dar um) em qualquer dia do ano, como uma surpresa, e não se sentir pressionada por um dia dos namorados que vem chegando e você tem que descobrir o que dar de presente, se arrumar, ir ao restaurante, bla bla blá. Quando você está em crise no relacionamento e esse dia está chegando, também é um porre. Quando você está solteira, é muito chato ficar vendo coisas melosas por umas duas semanas: outdoors, propagandas na tv, filmes, shoppings... Mesmo que você queira estar solteira, é chato ouvir o tempo todo "amor, amor amor, amor amor amor".

Aí me restam dois dias para tirar... Tiro então o dia do meu aniversário. Porque daí eu não envelheço, não fico sem graça de ganhar presentes e todos aqueles votos de "sucesso, felicidade, amor e dinheiro". Eu fico super-mega-power tímida nos meus aniversários, principalmente quando inventam de cantar o "Parabéns" em algum lugar público. E também tenho trauma por nunca ter tido uma festa de aniversário surpresa durante minha adolescência.

Bom, na verdade, não posso tirar meu aniversário, senão eu não teria nascido...

Continuo com dois dias para tirar do calendário.

Ai, tá difícil. Que tarefinha difícil...

Mas para a Daniela Albuquerque não é um dilema, é natural, porque o ano tem 361 dias, dert.

Acho que ela precisaria somente de um ano para melhorar seu intelecto: só que um ano de, mais ou menos, 3.650 dias.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

"Eu só acredito... vendo!"

E quando você acha que já viu de tudo, vem alguém do outro lado do mundo te dizer: "abra tua mente, que há por aqui um mundo indecente".  Enquanto uns sobem escadas, eu posto no blog. Eita vida danada!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

PeléxMídiaxManifestações

Baseado em :

http://tinyurl.com/6yzxa5g
http://tinyurl.com/4v2se63
http://tinyurl.com/4ey3hsl
http://tinyurl.com/4tc7kzu

Ronaldo e Roberto Carlos foram fotografados fumando em uma festa em homenagem ao lutador Anderson Silva.......... essa matéria foi destaque em quase todos os grandes sites de ontem e deve aparecer em alguns jornais de hoje.

Alguns estudantes foram pras ruas de SP protestar contra o aumento da tarifa de ônibus e foram recebidos com pancadaria e balas de borrachas pela tropa de choque do Estado de São Paulo e só fui achar a notícias em um pequeno site que nunca tinha ouvido falar.

Ahhhhhh, mas os sites falaram sim sobre manifestações, mas só que foram sobre as manifestações no Oriente/Norte da África e também falaram de uma outra manifestação; a do nosso "Rei" Pelé sobre a sua preocupação do Brasil se envergonhar com a Copa de 2014.

O que tudo isso tem a ver!?

Tem a ver a grande inversão de valores que nossa mídia consegue trazer para a sociedade e nós aceitamos de forma linda e pacífica. Uma foto do Ronaldo fumando revolta muito mais gente do que o preço das passagens de ônibus no Brasil ou mesmo o estado do nosso transporte público.

E o pior quando revolta alguém e esses revoltados vão às ruas protestar são considerados arruaceiros pelos governantes que metem bala e gaz de pimente e a imprensa com sua cara de bunda ainda tenta amenizar a ação da polícia dando a entender que os "estudantes entraram em confronto com a polícia", ai, a mãezinha tadinha, sentada lá no sofá solta: "Esses mininus tem nada o que fazer não, cambada de vagabundos mesmo".

Ai o Pelé fala “O Brasil está correndo um grande risco de envergonhar a gente pela maneira de administrar a Copa" e o que a maioria dos brasileiros pensam: "Nossa, será que vai ser assim mesmo? Vamos esperar chegar pra ver o que acontece, né!?"

E a mídia é tão lindinha dá uma cutucadinha, conta o milagre, mas não conta o santo. Fala assim, mas entrelinhas, lógico: "Ó Governantes, dirigentes de futebol e Ricardo Teixeira agente tá avisando se der errrado, agente avisou" e o que faz além disso? Nada!!!!

E por aí nós vamos, analisando, admirando ou mesmo condenando dia a pós dia os milhares crescentes de manisfestantes no Oriente/África, querendo saber de tudo que acontece com nossos bbbs, astros e estrelas, aceitando o aumento da passagem e porque não do mínimo também e sempre concordando com o que o Pelé fala.

E assim caminha a humanidade brasileira na frente da tv ou do pc, sendo controlados sem saber, ou sabendo mas nada fazendo. Sim, esses somos nós, e o pessoal lá de Brasília agradece pela paciência.

Emerson Reinert/@emersonreinert

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Abrindo o Mar Vermelho


Quem está acompanhando as notícias no Egito criou muita expectativa ontem à tarde. A maioria das pessoas esperava que o presidente Hosni Mubarak renunciasse - não foi o que aconteceu.

Eu não estou acompanhando a fundo o que está acontecendo no Egito. Acho uma enorme hipocrisia que de uma hora pra outra todas as pessoas tenham virado experts em política egípcia. Todo mundo falando superficialmente TUDO sobre o Egito sendo que há um mês o máximo que sabiam sobre o país era que Moisés levantou seu cajado e mandou as dez pragas para lá.

Além disso, há toda uma movimentação a respeito das mídias sociais e da importância que desempenharam e estão desempenhando lá. Muitos atribuem à internet a pressão que o povo está fazendo ao governo.

Oi?

A pressão que está sendo feita é, mesmo que não exclusivamente, mérito da organização popular através dos protestos. As pessoas estão indo para as ruas. As pessoas se revezam na rua para garantirem um mínimo de segurança. Enfim, as pessoas foram e vão às ruas. Não é uma “revolução de sofá”. Eles não estão “xingando muito no twitter”.

Aqui no Brasil também houve um borburinho popular. Sarney mais uma vez seria presidente do senado,(depois de 1.368 anos mamando na res publica) e aí fizeram todo um movimento de #foraSarney sentados em seus sofás e camas e claro, nada mudou.

Há uma enorme valorização das mídias sociais, e sim, elas estão desempenhando um papel fundamental na sociedade, tanto em integração quanto informação. No entanto, o mundo não se resume a elas. Movimentos não surtirão efeito, sobretudo aqui no Brasil, apenas colocando um nomezinho com o jogo da velha na frente. O Egito está aí para provar que ninguém quer largar o poder. Eles estão fazendo manifestações, apareceram nas mídias do mundo inteiro, chamaram atenção do presidente e tudo o mais e, mesmo assim, o Mubarak não larga o osso.

Se não houver, de fato, uma movimentação nossa, os nossos Mubaraks não largarão seus ossos aqui, não mesmo. Está mais fácil o Mar Vermelho se abrir que um governante oligarca agir de maneira democrática.