Ano passado eu estava indo a
padaria numa tarde, então me deparei com um filhote de cachorro, muito do bonitinho
e como bom cachorro filhote que era começou a balançar o rabinho e vir até mim,
reparei que ele estava perdido, tinha coleira, talvez fosse de alguém ali
perto, então resolvi sair perguntando para as pessoas das casas próximas ali se
conheciam o cachorro. Até que vi uma Kombi e uma criança e sua avó lá dentro,
fui perguntar pra eles, até porque crianças normalmente adoram os bichinhos,
quando o menininho olhou pro cachorro, ele começou a ficar meio inquieto, foi
quando reparei que a criança tinha algum tipo de deficiência motora, aí a avó
toda feliz me perguntou onde eu tinha encontrado o cachorro e o garotinho todo
ansioso e feliz já me pediu para segurar o cachorrinho. Conversei um pouco com
a senhora que me contou sobre os problemas de saúde que o neto tinha e também
os tantos outros que ele deixou de ter depois que ganhou o tal do cachorrinho.
O menino não conseguia segurar um monte de coisas, mas segurava muito forte o
cachorrinho, até tinha que tomar cuidado para não sufocá-lo.
Essa é uma das histórias em que
você percebe o tanto que os animais não devem ser visto só como animais e que
não precisam de cuidados tão especiais quanto nós precisamos. Igual no caso do
menininho, ele tinha uma avó que o amava, tinha pais super cuidadosos, tinham
médicos bons e foi justo o amor tipo Felícia que ele passou a desenvolver por
um animalzinho que atenuou um pouco seu problema de saúde.
Agora imagine se um dia o
cachorrinho desse menino viesse a ficar também doente e os responsáveis pelo
menininho não tivessem condições financeiras para manter o cachorro numa
clínica veterinária? Deixa o cachorro morrer? Explica para o menino que o
cachorro era só um animal e que quando fica doente a gente deixa morrer?
Bom, esse foi só um exemplo, são
muitas histórias de companheirismo, amor e ajuda dos animais para com os
humanos. Por isso, é importante sim eles também serem ajudados por nós, existem
donos sem condições de bancar um tratamento em clínica veterinária particular e
existem muitos animais precisando de donos. Não dá para ficar esperando a
pessoa ter uma condição financeira maravilhosa para comprar/adotar um bichinho.
Por isso, se a pessoa puder oferecer amor, alimento e um lar, já pode sim ter
um bichinho e ajudar a diminuir a quantidade de peludinhos órfãos por aí.
E assim como nós, os bichinhos
também ficam doentes, também precisam de cuidados médicos e os “familiares”
todos ficam querendo ver a melhora o mais rápido possível. E como normalmente
no Brasil, você já deve ter reparado, não são as famílias mais ricas que cuidam
de mais bichinhos, é muito importante sim que o Estado tenha um compromisso com
esses animais e com esses donos. Não somos superiores a eles e não concordo que
precisamos deixar o mundo perfeito para depois pensarmos em como tratá-los
melhor. Até porque tratar bem os animais não deveria ainda ser um assunto em
pauta, deveria ser uma realidade.