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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tem um cinema na minha praça

Manchete de ontem: Tem um cinema na minha praça

 

Eu poderia ver a estrada na minha frente
Com diversas pessoas em passos diversos
Apreciando as cores, as formas, os sons, a paisagem,
a história, as danças, até os ecos.
O pensamento de contemplar algo tão mágico
que se traduz em tanto faz quem é você
Um caso de misturas,
um caso de venha cá se sentar
que aqui tem um filme que logo vai começar
Sem precisar pagar
sem precisar explicar
sem ser crítico que vive a falar
Eu poderia ver a estrada na minha frente
Ela permanecia lá
com um turbilhão de gente
Eu querendo só andar
Ela a todo o momento me convidando para sentar.



 Ano passado eu estava bem aqui,
falando dessa mostra de cinema com progração gratuita
Não só de guerras e revoluções negativas vivemos
Podemos brindar incentivos a cultura também
Esse ano eu já passei pela 16º Mostra
e ela está bem bonita
Portanto quem estiver por Minas
não tenha vergonha de se achegar
Quem não tem a oportunidade de presenciar
Tem informações, curiosidades, fotografias
tudo tudo: na internet (que, também, é outra revolução).
Sejam felizes! Ainda há tempo.

domingo, 14 de outubro de 2012

O UNDERGROUND E A MUSICA AUTORAL ESTÃO MORRENDO?


Manchete de Ontem: Bandas cuiabanas recorrem a apresentações covers e deixam de lado o movimento autoral.


Hoje trago a tona uma opinião sobre a música autoral e o underground, achei esta matéria muito interessante, e é realmente algo que tenho notado há muito tempo também no cenário musical de minha cidade, tanto que acho que está virando febre.

Não tiro a razão de bandas se venderem ao tributo, mas tiro o mérito (é agora a porra ficou séria), mas digo isso sem pretensão nenhuma de desvalorizar a liberdade de tocar música dos outros, apenas gostaria de chamar atenção para como isso pode interferir negativamente no cenário musical da música independente, as bandas independentes acabam perdendo espaço e o incentivo a "criar". Nosso país infelizmente sempre exportou e sofreu grande influência das culturas internacionais, é inegável a influência do rock ou metal de grandes bandas internacionais ou nacionais nos músicos, mas se isso ficasse somente na "influência" poderíamos "criar" e não "copiar"  musicas. E isso tem muito haver com os movimentos underground e de contracultura, porque é o underground o berço da maior expressão da independência da música, é fácil notar casas de eventos lotadas com shows tributos e o mesmo não acontece com a música independente o que de certa forma afeta os músicos e a educação musical de abrir espaço e respeitar a música autoral.

Então essa pagação de pau e puxa saquismo de gringo ajuda de que forma nossa música? Falta consciência, eu diria mais falta amor à música de verdade, antigamente sempre tive muito orgulho da cena underground pois era possível presenciar uma verdadeira criação musical, uma vez que foge dos padrões comerciais, dos modismos e está fora da mídia. Dessa forma, sem censura, nasce livre, nasce música e os adeptos deste estilo podem desfrutar de grande variedade, conhecer novos estilos, novas idéias, neste quesito o punk é de dar orgulho ao qualquer movimento underground e de música autoral, sendo a maioria das músicas feitas em língua portuguesa, eventos undergrounds com bandas independentes, liberdade de estilo... Porém são poucos a compreender essa liberdade e acabam encarando isso como marginalidade, uma pena  que é pra raros compreender isso.

 Vivemos em uma sociedade massacrada por consumismo, manipulação politica, e até nossa cultura musical é ditada por trilhas de novelas, bandas internacionais e rádios (os hits do momento). As verdadeiras bandas de rock até mesmo no Brasil nasceram após a asfixia da censura da ditadura dos anos 80, foi esse espírito de revolução que influenciou bandas como Aborto Elétrico, Titãs, Mutantes, Raimundos, Sepultura, Ratos de Porão a criarem seu estilo, até mesmo o Samba de raiz dos morros é o underground, não conheço muito deste estilo, mas só o fato de não ver tocando nas rádios e nem em novelas e programas de domingo a tarde já tem meu respeito. A liberdade musical e a liberdade de expressão de idéias, essas músicas que não são tocadas na rádio, nem nas novelas, não pregam o que a mídia quer, bundas abertas na tela da sua tv  combina com funk e essa ideia que o Brasil leva ao exterior do paraíso sexual, não como um país também exportador de cultura musical própria, isso me deixa chateada esse comportamento no Brasil. Sepultura nos anos 80 estourou fora do nosso país, quando aqui ninguém valorizou,  por isso falo que o underground é livre, é o berço disso tudo, é legal conhecer esse diferencial.

Deixando bem claro que neste post abordei o underground somente na face da música rock e metal, mas o underground engloba todos as áreas de criação artística seja musical, literária, de todas as formas e acho que importante valorizar isso.

Faço parte deste blog com diversidade de pessoas, de gostos musicais, talvez a maioria das pessoas nem sequer sabe da existência desse movimento, mas vim aqui mostrar que existe e pode ser tão rico de diversidade e novidade que por vezes permanece assim justamente por ainda não estar contaminado pelo modismo e a mídia, mas vale a pena pensar nisso.

Apoie então os artistas de sua cidade que tocam isso independentemente. Underground quer dizer um movimento  próprio e independente sem influencias comerciais e de mídia e pode ser de vários estilos.  Conheça o trabalho dos artistas de sua região, você pode se surpreender com novidades, com sons diferentes com muita criatividade e dar continuidade a identidade própria de cada região e manter viva a arte e a música.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Terror pode deixar de ser aterrorizante


Nos meus vinte e poucos anos de vida eu nunca vi ninguém dizer que não gosta de música. Claro que cada pessoa tem sua preferência: do axé ao metal, do metal ao samba, do samba as músicas regionais, das músicas regionais ao sertanejo de raiz, do sertanejo de raiz ao universitário, e por aí vamos. As pessoas defendem seus gostos musicais como se estes fossem uma ideologia da qual o gosto delas é o que salva, ao ponto de repudiarem outros gêneros (eu mesma não gosto de uma porção de estilo, tenho que admitir: enfim). Gostos a parte, é possível fazer música, qual que seja, para o ensinar. Se nós somos capazes de decorar essas músicas de politicagem que ficam rodando pelos bairros, cidades... somos, também, capazes de decorar outras músicas

Não é de hoje que tenho visto professores apostarem em rimas para que os alunos possam aprender com mais facilidade. Mas cuidado, aprender é diferente de decorar. Não basta o exercício de decoreba, é preciso que o aluno faça a construção do conhecimento (falei igual na minha apresentação de artigo, haha). Palavras chaves nas músicas podem ser o pontapé para que o aluno consiga desenvolver todo o raciocínio necessário para entender sobre tal assunto. Eu sei que estamos falando de uma geração de alunos que quer tudo muito rápido e que não quer ter que pensar muito, mas, também, estamos falando da geração de alunos que já está cansada dessas aulas de copiar o que tem no quadro ou fazer exercícios dos livros. Então, vale a pena pegar algo tão legal - MÚSICA - e atrelá-la a algo que é fundamental: ESTUDAR.


Tenha uma boa semana com música!


quinta-feira, 28 de junho de 2012

O mesmo do mesmo do mesmo.


Vanessa Carlton divulga nova versão de “A Thousand Miles” 
 
If I could fall
Into the sky
Do you think time
Would pass me by..
'Cause you know I'd walk
A thousand miles
If I could
Just see you...
Tonight

Quem lembra dessa lindissima canção pop adolescente que bombou em 2003 e foi eternizada naquela cena antológica do filme As Branquelas? Sim, o pop meloso, o pop falando de amor, a menina andando pela cidade tocando piano, que época gloriosa nós vivemos! Somos tão tristes assim de tanto ouvir música pop ou ouvimos tanta música pop por sermos tristes? Não temos como saber.
 
Mas, o fato que é a intérprete do citado one hit wonder divulgou recentemente uma nova versão de A Thousand Miles, dessa vez no formato acústico. E aí se observa o que já se tinha observado antes: não existe mais nada de novo sendo criado no mundo pop. E nem isso é novidade.
 
Filmes que são continuações desnecessárias de outros filmes, remakes de histórias que foram lançadas há menos de quinze anos. Livros que já nascem pra ser filmes e são lançados com a foto dos atores na capa. Músicas regravadas sem que tenhamos nada de novo vindo do mesmo artista. Quantas versões uma música pode ter - ainda mais se essas versões são feitas sempre pela mesma pessoa?

Nada se cria, tudo se copia? Nos dias de hoje, nada se cria, tudo se reutiliza até o fim, até perder o sentido, a emoção, a necessidade. 

Não precisava.

sábado, 2 de junho de 2012

A camiseta não é sua e os solos imortais muito menos



Confesso que já tive lá minhas quedas por umas algumas poucas canções do Guns n’ Roses lá pela adolescência, mas enquanto eu vivia cercada pelos fãs de carteirinha, escutava Aerosmith escondidinha, mas como já é de conhecimento de todos, essa não é uma fase da vida muito fácil.

Só que com o tempo a gente percebe o quanto é importante agarrar qualquer oportunidade de amadurecimento que a vida esteja disponibilizando. A gente percebe. O Axl Rose não. Pois dá para perceber que daquela época em que o bad boy chegou até a gravar seus gemidos de uma tarde de sexo com sua namorada pra colocar na música “Rocket Queen”(1987), até chegar nos dias de hoje em que deixa explícita tamanha dor de cotovelo pelo ex-parceiro de banda, o talentoso Slash, deixa claríssimo que está faltando crescer, largar o toddynho, o shortinho e o rancorzinho.

Aí no dia em que o Guns n’ Roses conseguir fazer show sem usar os solos dos Slash acho que ninguém vai ficar chateado de não usar as camisetas dele, né? Até porque os fãs não são idiotas, o talento do cara ta aí, é imortal, já o Axl nem tanto.

Pronto, agora todo mundo acredita naquela história que Axl parou seu crescimento emocional nos seus dois anos? Acho que sim.

Obs: Post da Laila Mirella

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Virada Cultura Independente em Ribeirão Preto

Manchete de Ontem: Artistas querem realizar virada cultural alternativa em Ribeirão, SP
Blog: Se vira Ribeirão!


Querem e vão. Não apenas artistas, mas jornalistas, programadores, publicitários e outro tantão de profissões. É o coletivo trabalhando e o Se vira -Virada Cultura Independente acontece nos dias 19 e 20 de maio agora.

Tudo está sendo construído colaborativamente. Foram formados vários grupos de trabalho: comunicação, formação, gastronomia, captação e gestão de recursos, artes visuais, programação, meio ambiente, e ainda deve ter mais que a minha memória falha não lembra. Cada GT tem um grupo no facebook e acaba discutindo as coisas por lá para dar andamento e depois marcam reuniões presenciais para deliberar também. A última foi quarta-feira dia 02.


E o evento está andando! O logo e blog do #SeVira já foram feitos, fizeram "badges" pra divulgar nos perfis das pessoas, vinhetas, teaser, vai ter uma sessão de cinema para captar recursos, camisetas também. Vai rolar caneca personalizada. Haverá intervenção nas ruas com artistas e exibição de curtas.  Sem contar o pessoal incansável que está indo atrás de alvarás, autorizações e etc etc etc para que dê tudo certo no dia. É mobilização: simples (e suado) assim.

É bonito de se ver e tem muita coisa para trabalhar. Quem quiser ajudar pode se inscrever e quem tem banda ou quer fazer alguma apresentação e tals pode (e deve!) se inscrever também!

Cliquem nos links:
Formulário para mão de obra aqui.
Formulário para atrações aqui.
Blog: Se vira Ribeirão
Grupo Geral no facebook: Clique aqui
Twitter: @SeViraRibeirao


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Velha infância.

New Kids On The Block se apresenta no Brasil em junho.

O que acho disso? Eu acho divino. Bandas que formaram meu caráter voltando em turnês caça-níquel e fazendo show na minha cidade por preços exorbitantes? É LÓGICO que eu vou pagar pra ver isso. É assim que funciona o nosso coração: não importa o preço, a gente paga chorando e assiste o show sorrindo. Ah, a idade adulta, quando você pode pagar sem medo por todos os caprichos infantis frustrados.

Ano passado fui no show do Hanson. Foi estupendo. Juro. Eles estão ainda melhor do que no tempo do Mmmmbop. Esse ano tem New Kid On The Block e Roxette. Soube essa semana que o Kevin voltou pro Backstreet Boys. Quer dizer. Só coisa boa. Estamos nos anos 90 mais uma vez. E dessa vez temos dinheiro. E não precisamos explicar nada em casa. 

A hora é agora, vamos, vamos. Venham.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Holograma em turnê

Hoje o post é de uma convidada do blog, a Balbie Madeleine. Confiram outros textos dela no blog Escárnios diáfanos, idiossincrasia nebulosa.

Manchete de Ontem: Holograma do rapper Tupac Shakur pode fazer turnê.

Esqueça Tupac. Esqueça o rap. Imagine que você está assistindo ao festival de Coachella e, de repente, cantando com um cantor que você gosta, aparece um holograma de outro artista que você também gosta que morreu há quase dezesseis anos. Ao me imaginar nessa situação eu fiquei um pouco desconfortável.

A tecnologia pode ser um fator que causa desconforto em alguns, talvez por ter alguma relação com o medo de que o mundo seja dominado pela inteligência artificial das máquinas e coisas do tipo.

O arrepio na espinha por ver uma pessoa morta cantando e dançando em 3D também é um pouco assustador e por mais cético que você seja, é muito estranho ver uma animação muito real das performances de um “fantasma”. No meu caso, pensei em minha reação a ver alguém como Kurt Cobain numa performance no palco e acho que a sensação seria bem mais assustadora que agradável.

Mas ao refletir bem, concluí que o que me deixou mais incomodada com esse holograma, que pode até sair em turnê, não é nenhum dos motivos acima. Sempre tenho a sensação de que estamos vivendo na era das repetições. Hollywood exaure filmes com seus incansáveis remakes e sequências desnecessárias. Contam e recontam histórias, fazem reboot de franquias e as pessoas continuam comprando, acompanhando e prestigiando essa “criatividade” cíclica. A cultura pop de hoje é muito mais feita de coisas muito parecidas umas com as outras do que me recordo de qualquer época no passado. Música, TV, cinema: tudo parece muito mais “tudo igual” do que antes.

Parece que quando tudo ficou mais acessível, esse tudo está virando uma coisa só e, no mínimo, “ressuscitar” cantores mortos em shows seria uma concorrência desleal com tudo isso que existe por aí.

Não que não exista mais criatividade ou que as pessoas não sejam mais criativas. Existem milhões de coisas incríveis sendo inventadas e algumas são surpreendentes. O que acho que talvez esteja acontecendo é que as ideias novas estejam tendo muita dificuldade de entrar num mundo sufocado por essa repetição. É como querer plantar uma semente frágil num campo tomado por ervas daninhas que se fortificam a cada dia.

E eu adoro o passado. Sou extremamente saudosista por eras que nunca vivi. Escuto músicas antigas, leio livros antigos e assisto a filmes antigos. Mas acho que essa história do holograma incomoda muito porque talvez seja um sintoma de que esse loop de cultura está bizarro demais. E se um cadáver pode competir diretamente com artistas atuais e talvez até ganhar, algum problema existe.  

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Meu iá-iá meu io-io...

Manchete de Ontem: Wando morre em MG

Jás o nome de uma comunidade em que eu participava no falecido Orkut.
O que quer dizer meu iá-iá meu io-io? 
Essa resposta Wando levou com ele 

Wando era daqueles músicos que os críticos detestam: cantava o amor, em melodias e letras simples e o publico  adorava!!!
Com o fim da adolescencia a gente consegue (outros não) amadurecer ao ponto de respeitar os diferentes. Antes o rockeiro odiava sertanejo, hoje em dia até arisca uns passos ao dançar coladinho com a esposa ao som de Luan Santana.
Antes a alternativa não conseguia andar com pessoas que escutavam axé. Hoje o namorado é chicleteiro.
Acho que na adolescencia aprendemos quem queremos ser e achamos que aquela é a verdade absoluta do mundo. Mas anos depois nos damos conta que ser quem eu sou não precisa ser o certo só porque o vizinho é diferente, existem problemas maiores em nossa vida pra perder tempo julgando os outros. 
Estamos na época do Viva as diferenças. 
Mas você fez sua parte hoje?

Eu sou uma pessoinha repleta de preconceitos. Mas quem me conhece sabe que em 2011 comecei a fase de combate à eles. E pode ter certeza que é muito mais dificil se desinfectar deles do que nunca os ter. 
E comecei com as coisas mais banais (pra mim é tudo ou nunca mais...) como começar a comer milho (coisa que eu detestava e não comia de jeito nenhum se na comida os tivesse. Nada com milho descia!! No começo me forçava a comer e quase vomitava de nojinho, hoje já consigo comer sem pestanejar.) 
Outra coisa foi Amy Whinehouse, nossa que garotinha asquerosa, ouvir aquela voz drogada dela dizendo "I no I no I no..." me dava calafrios, pra mim ela era uma versão piorada da Noiva Cadáver e por isso nem as musicas dela eu conseguia escutar. Ta vendo a que ponto chegamos? Por um esteriótipo ridiculo eu não via o talento vocal dela. Aquele velho julgar o livro pela capa.

E não só o livro pela capa. O conteúdo pelo conteúdo também.
Quem nos deu o direto de julgar?

Outro dia conversando com uma amiga contei que fiquei feliz ao ver a Manu Gavassi no multishow ela estava fazendo uma seriezinha adolescente. Daquelas bem bobinhas sabe? Uma menina, que tinha uns 14 anos e achei sem querer no youtube alguns anos atras fazendo videozinhos caseiros com o pai e um violão. Estava conseguindo o sucesso! Que bom!

Gente o Brasil é grande de mais!!

Temos publico pra tudo! Se você tem seus 25 anos e está incrustado de preconceitos, existem meninas de 12 que precisavam de uma nova Sandy.

O que você gosta hoje, pode não ser sua música preferida de amanhã.

Por que alguém ser feliz fazendo o que ama, pode ser ruim pra outra pessoa??
Por que a felicidade do outro te atrapalha?
Por que o Wando não pode cantar o amor?
Por que Restart não pode usar uma calça vermelha?
Quem disse que VOCÊ é o detentor da razão e do discernimento entre o certo e o errado?

Conselho que eu dou, é muito mais fácil viver desintoxicado.
Acabe com essa frase: Ahhh eu ODEIO isso!
Tire o ódio do seu coração.
Respeito a opnião, as opções.
Respeite a dor, o sentimento.
Ninguém é igual.
Ninguém pensa como você.
Por isso mesmo: "deixa que digam, que pensem, que falem, deixa isso pra lá.."

Em 2012 vamos pregar a Tolerância.
É dificil, mas odiar dói muito mais.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estudos apontam que estudos apontam que estudos...


De uns tempos para cá, principalmente pelo perfil do twitter do Estadão , o bordão "estudos apontam" tem sido motivo de pilhéria para a galera que vive a se perguntar a relevância de tais pesquisas, geralmente efetuadas na Gringolândia, financiadas pelos contribuintes de lá. É cada coisa tão absurda que até criaram o Estadãos, feito para zoar as postagens do jornal paulista - e que por milagre ainda não foi censurado pelo uso da marca. 
O fato é, que para mim, algumas dessas pesquisas são feitas por desocupados de carteirinha, que ao invés de gastarem seu tempo, seu precioso tempo xingando muito no twitter, por exemplo, estudam a vida sexual dos ornitorrincos e a sua aplicação na vida cotidiana dos texugos, ou que canhotos conseguem pensar melhor conversando com ambidestros de cabeça para baixo no bondinho do Pão de Açúcar.
Navegando pelo IG, vi que matemáticos britânicos passaram um tempão formulando equações que tentam explicar o sucesso que uma canção alcança ao ser lançada. Ora, a despeito do jabá que as gravadoras injetam nos rádios (e eu ouvia muita rádio até 1997, pelo menos, depois criei abuso), eu não conseguiria imaginar outra explicação para um sucesso de uma música que não o velho compartilhamento dela pelos amigos, seja pelas velhas fitas-cassetes ou uma noite em que todo mundo parava para ouvir aquele vinilzão ou mesmo um cd, ou pelo clip bacana da MTV... E, é claro, a beleza da música, o talento da banda e dos cantores, etc, etc...
Até imagino que tais fatores possam transformar-se em variáveis de equações matemáticas, mas fico me perguntando: para quê??? 
Aí um dos caras lá diz que o fato de uma música ser ou não dançante. Se era importante nos anos 80 hoje já não é? Beleza, precisa de equação para demonstrar isso? E é todo mundo que ouve e gosta de uma música só porque ela é boa de dançar?
Eu só conseguia ver objetividade na matemática nos meus áureos tempos de contabilista e só. Algo do tipo que esses matemáticos ingleses estão fazendo é conversa para boi dormir. Depois a turma de Exatas diz que a galera de Humanas viaja na batatinha. 
Acho que esses pesquisadores deveriam assistir The Wonders - O sonho não acabou, lá explica direitinho como uma música pode fazer sucesso.
Simples.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Eu não fui

Machete de Ontem: Rock in Rio 


Acabou o Festival e ficou a promessa de retorno para 2013. Só que as pessoas esquecem que em 2001 foi o mesmo zunzunzum. Vi boa parte dos shows, cantei, vibrei, gritei... Tudo no conforto do meu lar. É, eu imagino que deve ser emocionante, indescritível  e sei lá mais o que estar lá, mas não tinha moedinhas suficientes para comprar meu Rock in Rio card. Enfim...
Teve de tudo. Torloni de pilequinho, gente que levou vaia,  que se atrasou, gente que cantou axé e agradou, baterista voando,  bons shows... gente roubada, desmaiada, gente estressada por ter que ficar horas na fila por um simples sanduíche. De tudo mesmo. 
Nos últimos dias não ouvi falar de tantas outras coisas além do Rock in Rio, que para muitos deveria mudar de nome, pois não é um festival predominantemente de ROCK. Esquecem que o festival visa o lucro e que no Brasil  algo pouco variado não traria tantos “faz-me rir” aos Medina. E  aliás, Medina- pai já avisou: terá uma tenda hip hop no próxima Rock in Rio. Podem começar a reclamar.
Acabou. Podem começar também a planejar o próximo, traçar o line up dos sonhos para a próxima temporada do tão falado festival. Provavelmente não darei as caras por lá, mas acompanharei os prós e contras de casa novamente. Até 2013, quem sabe. 

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Rock in Rio - o contraponto

Rock In Rio

Veja a programação

Para ser bem verdadeira, acho que venho passando por um período iluminado e tolerante, que vem procurando ver um pouco além da fumaça, colocar na balança... Uma quase insuportável tendência à justiça. Então vou expressar um pouco do que tenho achado desse bafafá de Rock In Rio antes que eu mude de ideia. 

Quem não lembra dos questionamentos quanto ao "Rock In Rio Lisboa," apontando que alguma coisa estava fora da ordem? Todos sabemos, mas parecemos ter esquecido. O nome virou marca. Isso dá o direito de desvincular o evento do produto, do local. Pode ter axé no Rock in Rio, assim como ele pode ser em Lisboa ou no Sri Lanka. Assim como no sábado eu comi pizza na Churrascaria Espeto Gaúcho. Simples assim.

Também não é preciso ser um gênio da propaganda e das estratégias de mercado para perceber que o apelo à diversidade de público garante volume, presença, gente, DINHEIRO. Não é à toa que 100 mil ingressos diários foram vendidos.

Que não seja entendido como defesa nenhuma da Cláudia Leitte, até porque eu não tenho qualquer flanco de simpatia pela moça. Não é isso. E lembremos que ela não foi a única a pagar mico. Também não sei o tamanho do credito que dou à galera metaleira efusiva que vi ontem à noite. Falo da galera “twittermetal”. Aos bate-cabeça que estavam lá ao vivo, todo o crédito do mundo. Foi pesadíssimo!

Estranho também que os cult-bacaninhas de plantão que reclamavam a falta de rock, nada diziam sobre as atrações quase silenciosas como Tulipa Ruiz, Milton Nascimento e Bebel Gilberto. E olhe que ainda faltam Marcelo Jeneci, Joss Stone e Tiê, por exemplo. Talvez pegue mal falar que Marcelo Camelo, Esperanza Spalding e Mariana Aydar não fazem rock. Melhor velar.

Ninguém é obrigado a consumir o produto. É o público que faz, mesmo que indiretamente a programação. Desde sempre. Desde que jogaram latinhas no Carlinhos Brown em 2001. Se não tivesse ninguém que consumisse a música dele, ele não estaria lá.

Assim como governos, cada povo tem os festivais que merece. E eu tendo seriamente a acreditar que o que tem que ser revisto mesmo são os gostos, o acesso à cultura, a produção, o poder da mídia em criar celebridades instantâneas, etc, etc.

Se considerarmos a Cláudia Leitte ou qualquer outro axé ou coisa que o valha o próprio desastre, o que dizer da multidão que os segue num trio desses de micareta por aí?

Toda crítica é válida e legítima. Sempre. Mas acho melhor quando ela se amplia num diâmetro maior que o do nosso umbigo. Pelo menos tenho achado assim. Quem concordar, aproveita, que pode ser por tempo limitado e no próximo fim de semana posso estar falando mal do show do Martinho da Vila...

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A obra fica


O assunto mais falado nas últimas horas não poderia ficar de fora do Manchete de Ontem, não é mesmo? Então, morreu Amy Winehouse. Nesse fim de semana, noticiaram que a cantora foi encontrada morta, em Londres. Quando ouvi estava almoçando e um "QUÊ?", assim, gritado, saiu de mim.

Muita gente já esperava a morte da Amy, no entanto, algumas pessoas ainda acreditavam em sua recuperação. Depois que vi imagens recentes dela, achei que uma melhora nem seria possível. Ela havia se entregado às bebidas, drogas, dali para a morte era questão de tempo, tanto que pessoas próximas a ela pensavam assim também.

A morte da cantora foi suficiente para que aparecessem vários discursos, teorias e falsos lutos. Sim, pois existem aqueles que se doem, dramatizam tudo e, para não ficarem perdidos, acabam inserindo um luto aqui, um choro acolá, mas não conheciam muita coisa além dos escândalos da moça. Tem também o pessoal da generalização, que não deixa de acreditar que todo artista é drogado e problemático.

Já teve gente dizendo que ela não morreu (é), gente dizendo que foi tarde, que a próxima deveria ser a Lady Gaga e até que a Adele deveria se cuidar assim que chegasse nos 27 anos. Ah, os 27 anos e a lenda de grandes nomes que se foram com essa mesma idade: Janis Joplin, Hendrix, Morrison, Cobain... Comparações, conspirações e mimimis à parte, fiquei bem embasbacada com o que vi divulgado a respeito da cantora. Acompanhei algumas informações e depois decidi que só voltaria ao tema assim que o resultado da autópsia fosse divulgado. Nada de especial da MTV, Gugu, Fantástico, coberturas de grandes sites com a trajetória de Amy Winehouse, só para evitar a fadiga. Melhor assim.

Acontece que de "cantora - problema", Amy Winehouse foi promovida rapidamente à super diva por aqueles que tanto riram e condenaram seus escândalos. Agora ela faz parte daqueles que morrem e são quase santificados, ganhou muitos fãs que não sabem muito além de Rehab e não têm pretensão de saber. Não quero dizer que antes ela não era diva. Como fã (MESMO) sempre achei seu talento excepcional, inquestionável e lamentei que ela fosse "toda errada", não aproveitando e não presenteando o mundo com tudo aquilo que ela poderia oferecer.  Há tempos não tínhamos álbuns novos, DVDs, o que víamos era uma Amy que parecia ter se entregado de vez ao vício, à loucura e por isso mal conseguia cumprir sua agenda de shows. Me pergunto o porquê e acredito que muita gente também não entende como uma pessoa tão talentosa, bonita (SIM), rica, deixou-se levar. Não é tão simples de compreender.

Por favor, vamos esquecer o passado triste e problemático de Amy Winehouse, o discurso sensacionalista relacionado às drogas, as teorias que afirmam que ela está tão viva quanto Michael Jackson e Elvis, a “maldição” dos 27 anos. Melhor aproveitar o que ela deixou para o mundo: suas músicas, sua voz. Acabou a vida, mas a obra fica, ainda bem.




quarta-feira, 15 de junho de 2011

Ironia


Manchete de Ontem - Lady Gaga é genial?


Não sou pesquisador, mestre, doutor e não chego perto aos pés de quem cuida muito bem da trilha sonora de minha vida. Apenas ouço e ouvir é o suficiente para saber, concorde ou não, o que é um bom gosto musical. Partindo da teoria em que gosto não discute, mas se lamenta, me resta lamentar certas atitudes musicais e certa incoerência que pessoas teimam em me empurrar e me forçam a ouvir. Sim, incoerência. Música hoje é igual roupa. As pessoas compram a marca, não a qualidade. Porque ouvir a psicodelia de Pink Floyd com Syd Barrett é legal, mas ter que aguentar experimentações de Hermeto Pascoal é uma tortura. Porque ouvir a voz sem potência e sem originalidade de Amy Winehouse é cool, mas ter que apreciar Aretha Franklin é coisa de velho. Porque cantar bêbado Bruno e Marrone no jukebox da Rua Augusta é coisa de deslocado, mas dividir versos de Renato Teixeira e acordes de Almir Sater é brega. Porque preciso aguentar argumentos de que o disco X&Y do Coldplay é genial. Vão me desculpar, mas o Revolver dos Beatles é genial. Porque ouvir Marisa Monte cantando Cartola é coisa fina, mas um samba na calçada é atitude de gente suja. Porque ouvir Muse declarando amor é a coisa mais linda do mundo, mas cantarolar Los Hermanos é nerd. Porque pagar trinta reais para ver um cover de David Bowie está em conta e um show de Elomar a quinze reais é um absurdo. Porque Lady Gaga vestindo carne é a ruptura do bom costume, mas uma camisa “I hate Deep Purple” é mimado. Porque Restart é coisa de menina e Bon Jovi é um clássico. Porque a gente entra no colegial ouvindo Led Zeppelin, mas sempre tem um professorzinho babaca de história que nos obriga a ouvir Chico Buarque. E por que eu coloquei uma foto de Nina Strauss? Porque se eu tivesse colocado Egberto Gismonti você não se interessaria.


terça-feira, 10 de maio de 2011

Pirataria e Cultura


O Brasil é um mundo à parte, com tributos que inviabilizam a indústria legal, além de nossa já consagrada "Lei de Gérson". Ao mesmo tempo, temos uma produção cultural tímida e pouco valorizada. O descaso com o trabalho intelectual aliado a fatores culturais e uma legislação ineficiente, nos tornam um paraíso para a violação da propriedade intelectual, independente do mercado (musical, cinematográfico ou de softwares). "Tropa de Elite 2" precisou de um cerco cheio de malabarismos para que os "Gersinhos" à solta não causassem prejuízo aos participantes da produção.

Minha visão é simples: pirataria nada mais é que o famoso "fazer graça com o chapéu dos outros". Existem várias correntes pró-pirataria: os que se dizem adeptos do livre compartilhamento do conhecimento e cultura são alguns deles. Você pode defender o livre compartilhamento da cultura e conhecimento, desde que seja o conhecimento e cultura produzidos por você! Há quem reclame que os George Lucas e James Cameron da vida ganham demais. Eles ganham porque produzem! 

Da mesma forma que um advogado cobra por um parecer ou defensoria jurídica, é justo que um roteirista, compositor, distribuidora, editora e estúdio recebam por suas obras de êxito, na mesma proporção em que são apreciadas pelo público. É o mesmo princípio que garante a fortuna da Coca-Cola.

Há quem reclame de campanhas do governo ligando pirataria ao crime organizado, como Jhessica Reia. Conforme demonstrado na central descoberta em Engenho Rainha, onde houve troca de tiros e o local pertencia a um traficante, existe essa ligação. Sobretudo no mercado de pirataria dos ambulantes e bancas montadas em feiras. A ligação não existe para os piratas domésticos, que "apenas" arrombam o intelecto alheio no conforto de seus lares.

O mercado fonográfico foi o primeiro afetado, e hoje mais do que nunca mira nos Justin Bibiers e Beyoncès da vida, pois ao menos conseguem lotar num show e reverter parte do prejuízo. O problema é que filmes não fazem shows, e não dá pra cobrar R$400,00 por um ingresso de cinema. Fica a pergunta: num mundo capitalista onde todos trabalham por dinheiro, investem por retorno, e usam dinheiro para pagar as contas, por quanto tempo você acha que os bons artistas irão lhe entreter de graça? Quanto tempo o cinema sobreviveria sem os investidores, que bancam produções multi milionárias pensando nas bilheterias e vendas? O melhor é procurar outro emprego e outro investimento.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Thursday, bloody thursday...


A princípio, pensei em comentar sobre ótimo discurso do senador Aécio Neves na tribuna do Senado. Discurso este que marcou a última semana politicamente, porque deu o tom da oposição do Governo Dilma. Ou então falar sobre o atentado que culminou na morte de 12 crianças e também marcou a última semana, só que de forma trágica. Mas por uma segunda-feira  mais leve e uma semana melhor, optei pela genialidade e eloquência da maior banda de rock do planeta, que de forma direita ou indireta também aborda os mesmos assuntos.

"I can't believe the news today, i can't close my eyes and make it go away..."

É Difícil não parafrasear a banda. É difícil não ligar o início da letra de 'Sunday bloody sunday" com a tragédia ocorrida em Realengo. 360°, duas horas de show, mais de 20 músicas para mais de 90 mil felizardos em uma noite em que o palco era só mais um GRANDE detalhe.

@ChrisRibeiro