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terça-feira, 19 de julho de 2011

Uma questão de comportamento



Eu nunca fui a uma parada gay. Isso ocorre porque concordo muito com Reinaldo Azevedo: hoje em dia as ONG's GLBTX(X = coloque aqui a letra que você quiser) represantam os homoafetivos e afins tanto quanto a CUT representa os trabalhadores. Minha opinião também não é nada lisongeira com relação às proeminentes lideranças religiosas que se firmam em nosso país - ou mesmo ao redor do mundo.

Ao longo dos anos, por tudo que vejo, em todos os meios, a conclusão a que chego é que praticamente toda militância é formada por um bando de fanfarrões, que aglutinam em torno de si uma massa desmiolada com a desculpa de defender uma causa, mas com o real intuito de advogar em causa própria, seja ela qual for - via de regra o auto-enriquecimento.

Isso não ocorre somente com os gays. Edir Macedo e Silas Malafaia são exemplos fortes do outro lado da corda: ambos se dizem defensores de Deus, mas saem por aí aliciando ignorantes enquanto fortalecem cada vez mais suas finanças e seu braço político. Em minha concepção, Deus não tem nada a ver com isso, nem com Myriam Rios, Anthony Garotinho, Leonardo Prudente e outro monte de corruptos  ou apenas idiotas que se dizem homens de Deus.

 Passei pela Paulista na noite que antecedeu a parada gay, e já vimos alguns cartazes de modelos sarados:  "Nem santo te protege"..  Ali no carro mesmo comentei com as pessoas o quanto achei aquilo tudo errado e desrespeitoso para com a fé alheia. Acredito que se alguém quer ser levado a sério e ser respeitado, deve primeiramente agir de maneira respeitosa, ética, correta. 

Essa briga estúpida entre religiosos e homossexuais nada faz por quem diz defender, seja a preservação da heterossexualidade (responsável pela entrega à adoção de dois recém-nascidos por semana em SP), e que conforme link acima já se encontra agredida pela ignorância alheia, seja da homossexualidade, que, sinceramente, muitas vezes não faz sua parte para ter respeito da sociedade mais conservadora.

Aí alguns dos desmiolados (aliciados pelos fanfarrões gays) bradam: "queremos que se lixem os conservadores!", sem notar que escandalizar o mundo não é, nunca foi, e jamais será o melhor caminho para se chegar a qualquer lugar diferente da berlinda.

Eu, individualmente, posso dizer seguramente que tenho minha sexualidade respeitada. No meu trabalho, na minha família, entre meus amigos, e isso inclui a maioria absoluta dos evangélicos que conheço - alguns deles bastante conservadores. Isso ocorre porque eu não afronto símbolos da religiosidade alheia, não ofendo, e sou civilizada. Lógico que também ocorre pela cabeça sadia de todas essas pessoas.

Já o conjunto, que me prejudica inclusive no que diz respeito aos meus direitos civis, enquanto continuar imerso na barbárie (e digo isso tanto dos favoráveis quanto dos contrários a qualquer causa), não irá muito além do que vemos hoje: insensatez fomentando a ignorância generalizada.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Progredindo?

Tratando-se do avanço na visibilidade e nos direitos dos homossexuais, parece que está tudo acontecendo muito rápido. Não sei se é bom ou ruim, mas as causas de algumas lutas finalmente tiveram suas resoluções - de uma forma não tão longa - ao menos é esse o efeito das notícias em sequência - quanto foram as próprias lutas.
Apenas neste mês tivemos a aprovação da união homoafetiva e o primeiro beijo gay em novela brasileira, em "Amor e Revolução", do SBT. Muitos discutiram o teor da cena que foi exibida, ou temeram a reação à recém legalidade do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Não sei se essa lenta avalanche de mudanças continuará a se desenvolver - tudo indica que sim. Segundo a notícia, a atriz  Luciana Vendramini, que protagonizou o primeiro beijo gay da televisão, quer agora fazer uma cena de sexo gay. Espero que tenhamos avanço intelectual de sobra para servir de apoio ao avanço moral que atualmente se estabelece (mesmo que seja, no começo, superficial - quantos gays ainda são assassinados diariamente no Brasil?).