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segunda-feira, 15 de abril de 2013

O que são 600 anos num tempo Geológico?

Manchete de Ontem: Degelo na Antártica

Não sei mais no que eu acredito a respeito desse assunto de degelo aqui, ali. Calor acolá.
São capazes de afimar a situação de degelo nos últimos 600 anos
mas não me informam se hoje vai chover
para, assim, eu sair com minha capa de chuva e guarda-chuva.
Falar de aquecimento global ainda vende?
Nova ordem do capitalismo: sustentabilidade.
Pensem nisso!

Cê acredita no que?

segunda-feira, 4 de março de 2013

O Manchete de Ontem quer saber...


Que o mundo inteiro é conivente, de certo modo, a situação de bloqueio econômico vivida em Cuba todos nós já sabemos. Afinal, tudo que é diferente é colocado a margem. O mendigo na rua, o colega de sala que tem um peso a mais e é sempre o último escolhido para entrar no time, o que tem pouca formação e mora na favela, o cigano que é tratado como ladrão. Quer dizer, tudo que não se encontra no pacote definido de forma verticalizada por alguém é deixado de lado. Nós começamos a crescer e, então, achar normal uma exclusão aqui e outra ali. Se eu excluo meu vizinho da confraternização do bairro só porque ele tem menos condição, o que tem um país que eu nem vivo não está no pacote de países em que o meu se encontra, né verdade?
Mas após o nosso incrível crescimento, perguntas críticas também deveriam entrar nos nossos debates, isto é, como pode um país tão "atrasado" econômico e tecnologicamente como cuba, ganhar disparado de nós na educação e na saúde? Deixemos a saúde para os médicos de plantão. Falemos da educação. Eu sei, isso aqui anda ficando chato, todos os meus textos são sobre a educação e blá blá blá. É que eu escrevo na esperança de registrar isso e poder daqui uns vinte anos ver que isso aqui era horrível, mas que no futuro...
Bom, a única explicação que existe para cuba ganhar de nós na educação é uma: eles acreditam na educação. Claro, se não acreditassem não teriam pós revolução (há quantos anos mesmo, hein Fidel?) terem feito um intensivo processo de alfabetização. E nós no mundo pós moderno definindo os vários tipo de alfabetização que assolam o nosso país. Qualé? Quem é o país desenvolvido nessa história?
Se eles acreditam na educação, permitem a valorização desta. Os estudantes do ensino básico são motivados a virarem estudantes no ensino superior nos cursos de licenciatura e aí está: acreditar, valorizar, motivar.... os tornam excelentes professores que, por suposto, sendo excelentes professores ajudam mais estudantes do ensino básico. Sabe aquilo de que o mundo é redondo? Então, é a cadeia alimentar. Ciclo vicioso.
Mas estamos preocupados demais em estudar as tecnologias, e não que elas não sejam importantes. Claro que são. Olha a gente aqui tendo esta conversa... O que nos falta é só (eu disse só?) investir na educação. O que não é muito difícil, ou é?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Currículo Lattes: o facebook dos intelectuais?


Essa história de vida profissional persegue o indivíduo desde a escola. Ele cresce ouvindo que precisa estudar muito para entrar na Universidade e que quando entrar na Universidade ele precisa estudar muito para ser o melhor e que sendo o melhor ele terá emprego garantido num futuro aí. 
Trabalhando diariamente para esse futuro aí o indivíduo pós aprovação no vestibular, vive a vida de universitário com intensas articulações e construções que o faça durante o curso a criar um bom currículo para que depois ele consiga o tal excelente emprego. O currículo precisa ser cheio de revoluções acadêmicas, sobretudo, quando esse indivíduo quer fazer uma pós graduação e assim por diante.
Tecnicamente isso não seria ruim se o indivíduo soubesse exatamente o que tem feito, isto é, quais são os artigos que tem prontos para serem publicados ou o quão apaixonado ele é pelo estágio/área em que trabalha. O que acontece é que os alunos, de uma maneira geral, ficam tão obcecados com isso de ter o melhor currículo que começam a mudar SOMENTE os títulos de artigos para terem diversas publicações em diferentes lugares, começam a aceitar virar escravos de qualquer professor para conseguir em QI (quem indica) lá na frente, consideram os demais colegas inimigos de estado que poderam acionar uma bomba a qualquer momento para roubar suas ideias e seus projetos, assumem ideais de professores e brigas, esquecem de valorizar as aulas e cada vez mais ficam especialista durante a própria graduação. Devo, ainda, mencionar o fato que rechear o currículo lattes é o capitalismo intelectual? Claro, porque esse indivíduo que quer publicar, que quer frequentar evento científico precisa pagar por tal. O que mais uma vez confirma o quanto a democratização do ensino é pequena, visto que não existe uma maioria de alunos que possuem condições de arcar com tais gastos. Enfim: quando será que a mudança no sistema educacional começará a ser feita?

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Nós já sabemos escrever o nosso nome, fazer reuniões que nunca dão em nada e...


"Se uma criança de rua que não tem nada ainda deseja compartilhar, por que nós que temos tudo somos, ainda, tão mesquinhos"?






Essas perguntas sempre ficam na minha cabeça.
Eu já sei que eu não sou nada em uma escala geológica. Eu já sei que minhas importâncias e minhas ações são pequenas em um cosmo de poeira que tem como representantes filhos da puta que, por alguma razão, acham que estão em uma posição privilegiada e que, assim, detém soluções práticas em todos os momentos. Essas discussões já ficaram banalizadas. Viraram um clichê. E parecem que vão estar sempre presentes. Na ponte que liga o passado e o futuro. Como uma única desculpa: quando quisermos, vamos levantar a merda da nossa bunda da cadeira e vamos fazer as coisas funcionarem.
Somos inteligentes o suficiente para pensar em tecnologias de comunicação, mas achamos, completamente, natural excluir outros da nossa comunicação. Temos fome de que? De isopor? De algo que não mata a nossa fome e por isso nos faz ter tanta procura por mais comida?
Já que não vemos a água como algo que possa nos refrescar e matar a nossa sede, somos obrigados a sentir vergonha de nós mesmos. Da nossa espécie. Dessa que se diz a melhor espécie em existência. Sentimos vergonha quando, depois de anos, ainda estamos discutindo o problema do meio ambiente. Como se o meio ambiente fosse um problema. Como se nós que não fossemos os problemáticos. Então, é preciso que o tempo passe, que mais reuniões (que nunca resolvem nada) aconteçam para que algo seja dado na nossa face: somos inúteis. Tão lentos que somos incapazes de pensar soluções enquanto estamos por aqui. Até quando seremos personagens incapazes de assumir os nossos papeis de autores?

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Levo o guarda-chuva ou nem vai precisar?


Seja lá qual for a sua capacidade de prever coisas, eu espero, intensamente, que seja melhor que o senhor que fala do clima todos os dias. É uma mistura de mapas com essas nuvens que dizem: não vai chover e a temperatura vai permanecer alta. Ou algo do tipo. Então, a chuva rompe com tudo, molha a minha toalha que eu esqueci de colocar na coberta, molha eu mesma porque sabia lá eu que iria chover e me deixa com a voz rouca, o corpo ruim e a vontade, interminável, de tomar mais café e mais chá para me esquentar. Em contra partida os maiores, e que se dizem melhores, canais de comunicação nos alertam que seja lá qual for a nossa vida, é preciso que nos certifiquemos da presença do aquecimento global. Engraçado, não? Deixa eu te contar que eu faço Universidade a noite (preciso falar que estudo geografia? não, não preciso, né?) e que meu campus é meio que fora da cidade em uma planície propensa a ser alagada e a receber um vento intenso. Isso porque estamos praticamente de frente para um rio e uma serra. Quando saio da aula para ir embora para casa e tomar meu café, eu penso: cadê a droga desse aquecimento global que eles falam desde meus tempos de mera estudante de ensino básico?
Não fui pra Universidade de Geografia pra saber se existe aquecimento global, era glacial, resfriamento ou qualquer coisa do tipo. Sério? Não estou nem aí para isso. E podem me chamar de alienada por isso. Não estou nem aí. Por que? Porque como diz o Aureliano, amigo (do cem anos de solidão), é inútil fazer guerra por coisas que não tocamos. Portanto, considero inútil eu me preocupar em quantos graus a temperatura vai subir. Para mim o plano era descobrir se eu deveria sair, ou não, com o meu guarda-chuva. Mas pelo visto. Pelo visto isso é só detalhe. Como se a temperatura fosse mesmo subir. Qualé, amigos? Não estou dizendo para vocês que devemos foder com o meio ambiente e tal e coisa. Claro que não. Podemos viver bem. Podemos viver bem sem acreditar nas histórias contadas pela rede globo e demais cientistas publicitários, não?
Vou aproveitar o que escrevi no meu outro blog: 'Estamos tão preocupados em descobrir se existe vida em outro planeta, que esquecemos das regras básicas para viver a nossa vida. Estamos tão preocupados para qual as mãos irá o próximo poder, que esquecemos o poder que temos de assegurar a nossa paz. Estamos famintos pela ascensão social, econômica, cultura (e o caralho), que não sabemos o que é atravessar a ponte apreciando a paisagem'. Estamos tão preocupados, que esquecemos qual é o verdadeiro problema, ou pelo que estamos preocupados.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

A lógica do capEtalismo?

Precisamos de resultados. Vivemos na lógica do miojo. Quer dizer, achamos que nossa vida se resume a três minutos. Tudo é para ontem. Apropriações de valores são questões únicas e que salvam. O que é ser bom, o que é ser ótimo, quanto vale ser o melhor? O que é estar a salvo em escala de tempo?

Sei que parece que sou uma chata que não gosta do capitalismo. Mas nem é isso. É só que esses exageros do ser humano pela busca de perfeição ou de resultados para qualquer coisa, faz eu pensar que passamos uma vida planejando para em escala de segundos triunfarmos e depois irmos para um outro lugar. 



Vamos entender mais da nossa vida, ainda há tempo.




obs: sinto por essa vítima.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Ainda há tempo.

É só acontecer essas coisas para eu não desanimar, por completo, com a espécie humana. Bom, quero dizer, talvez vocês não saibam (mas se quiserem sair para tomarmos um vinho, poderão começar a saber) que eu acho o ser humano essencialmente ruim e que vivo pelas ruas sujas sem acreditar que alguma ação boa está para acontecer.
Assim, como meus últimos dias foram lendo poesia barata com folha suja de sebo e livros acadêmicos para honrar com os gastos que meus pais tem para me manter na universidade, esses benfeitores (sejam lá quantos forem, mulheres ou homens, um que seja) alegraram a minha semana.
Sabe como é, quem tem um princípio de vida que é se importar com o outro ganha muito o meu respeito. Porque já bastam esses que queimam os outros. Que não os enxergam como pertecentes a sociedade e que, por motivos irreconhecíveis, acham-se no direito de fazer o que querem.

Enfim, este é para o criolo doido que todo dia canta para mim que ainda há tempo. Pode ser que haja, meu amigo. Fiquem bem e ajudem (com dinheiro, palavras, sorriso, comida, ou como acharem que devem) aqueles que precisam. Afinal, já sabemos que não, somente, o socialismo foi falho. O capEtalismo também, visto que milhares de pessoas não tem onde morar, vivem desempregadas, passam fomem e transitam sem um rumo que seja. 

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

De um lado este carnaval, do outro tudo desigual

Não sei muito bem o que falar sobre isso, até peço desculpas.
Mas é que a cada dia que passa eu ando achando o mundo mais chato e sem graça. O menino joga a bola e outro não devolve e corre para sua casa, porque ninguém mais quer conviver já que existe muita coisa para curtir e compartilhar. As pessoas andam apressadas sem tempo para nada e com medo de serem assaltadas. As notícias são distorcidas e logo quando aparece a imagem de um sujeito do oriente médio ou qualquer país que se encontra por ali, os rótulos de terroristas já começam a surgir. Então, eu começo a cansar de um mundo que prega democracia, mas que não deixa existir a livre expressão. Sempre com essa hierarquia. Sempre sendo melhor quem tem capital. Ah, conversa chata!


Escolher pessoas para governar no estado é muito fácil quando são as empresas privadas que governam tudo.
Fiquem bem.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Mostrando algo além de Luíza, Pinheirinho, Sopa e todas essas revoluções dos últimos dias

Mostra de Cinema de Tiradentes abre espaço para os novos talentos

Como é que vocês estão? É bom vê-los (eu vou acreditando que estamos nos vendo e tudo fica certo) por aqui. Estava eu com muita saudade das nossas conversas, risadas, desânimos (pois nem todos os dias são coloridos). Como sou ruim com números pode ser que eu esteja enganada, mas acho que fiquei um mês sem dar as caras (escrevendo) por aqui. Embora esteja presente com as leituras dos companheiros de viagem. 
Não tem sido fácil, eu sei. Essa velocidade está fazendo com que seja, cada vez mais, complicado manter a sobriedade e seguir seja lá para onde for. Veja bem, os últimos causos abalaram mesmo as estruturas da nossa razão, e como resultado tivemos uns prédios ao chão no rio de janeiro, certo? É, deu até no plantão e quando vem o plantão todo mundo pensa: 'porra, fodeu de vez'. E teve a Sopa, Pinheiro, Luíza, BBB, a senhora aqui da rua de casa correndo atrás dos gatos dela, meus ensaios com minha banda, alguns resultados de vestibular, aquela velha agitação do ENEM e mais mil coisas, né? Porque independente de ser notícia, o mundo continua girando e as pessoas caminhando.

Mas aí, que eu estou um pouco cansada de só ler sobre as maçãs podres, a falta de vergonha dos políticos, os roubos e mortes, a PM que mais assusta que transparece confiança e bla bla bla. Sigo acreditando que não vivemos nessa democracia que todos acham. Mas isso é só achismo meu. Democracia de valor? Vai saber. Não vamos ser tão pessimistas, Anna Cristina.

Então, deixando de lado meu pessimismo quanto ao mundo. Mineira que sou e pertencente a tal realidade, eu queria falar que a cada ano que passa eu me animo em relação a cultura. Tem gente fazendo arte toda hora, nós é que não vemos. E tem essa mostra de cinema em Tiradentes que perpassa por esse caminho cultural. Música, arte, filme, cultura, comida na rua. Quase tudo de graça e se não estiver a fim de gastar é só levar tua pipoca e teu lanche e fica tudo certo. 
Porque existir cinema, teatro nas cidades não significa acesso. O teatro é municipal, mas o senhor mendigo (que deveria ser respeitado) não entra lá, porque esse capitalismo quer manter só a elite (que no final não sabe porra nenhuma) dentro desses lugares. E se você perder a sua arrogância e deixar o senhor mendigo falar, ele vai te mostrar um mundo que você não conhece, o mundo dele, dos olhos dele. Opressão já deveria estar em extinção. E é inegável que o maior acesso que nós temos a algo, todos os dias, são às ruas, ou seja, colocar um tela, emitir um som e esbanjar arte nas ruas é a máxima proximidade que existe entre o senhor burguês intocável e o senhor que é do proletariado. 
Eu não sei para onde nós estamos indo, mas, também, não acho que pode ser para o Canada da Luíza, para os péssimos alojamentos da galera que foi retirada do Pinheirinho, para a opressão que a Sopa quer impor, para a falta de confiança na PM, atrás dos gatos da senhora daqui da rua de casa, ou para o silêncio e a bunda na cadeira diante de tudo que os políticos fazem. Só vai existir valor quando nós deixarmos de valorizar o que temos para valorizar quem somos.
Mostrar cinema na rua é só desculpa, o bom é enxergar a mostra de uma só gente. Fiquem bem, porque nós, ainda, temos muito o que fazer.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Eu e os revolucionários

Carlos 'Chacal' é condenado à segunda prisão perpétua na França
Minimanual do Guerrilheiro Urbano

Ilich Ramirez Sanchez, na minha opinião, é um terrorista. Assim como Carlos Marighella.

Admito que tenho problemas com comunistas. Não entendo a lógica comunista, a revolução deles. O capitalismo está longe de ser a solução para todos os problemas do mundo, mas aliado à democracia ele é fluido, se adapta. Sua flexibilidade tem permitido a continuidade da vida dos cidadãos, ao menos para a maioria, e ao menos por enquanto.

Do outro lado, no mundo socialista, vemos países como a "República Democrática da Popular da Coréia" (hein?), a Venezuela de Chacal e Chavez, e lógico, nossa querida "Republica Popular da China", cada um à sua maneira provocando um lento estrangulamento daqueles para os quais deveriam governar.

Além disso, tem os revolucionários. Tipo o Chacal mesmo, esse auto-denominado "mártir vivo". Eles querem libertar todo o mundo da opressão capitalista. Acredito que quem sequestra onze ministros de países diferentes não quer revolucionar. Quer holofote, polêmica, sangue gratuito. Da mesma forma, acredito que explodir bancos londrinos ou farmácias parisienses não é uma forma inteligente de converter europeus à sua ideologia.  É como precisar de um motivo qualquer para barbarizar, e fazer da revolução pretexto. Libertar a França, um dos poucos países que é praticamente "livre por vocação" (a exemplo da greve geral contra a reforma previdenciária ano passado), pra mim é prova disso. Se os franceses quisessem o socialismo, eles mesmos iriam às ruas pedir por isso.

Não acredito nas palavras inflamadas que vi um garoto gritar durante a primeira Marcha Contra a Corrupção em Brasília: "não existe revolução sem sangue". Com calças e uma boina verde oliva, camiseta do Che e barba de Fidel Castro, ele dizia isso entre uma e outra fala "contra o sistema". 

O sangue que eu vejo nas bandeiras comunistas é um pouco diferente daquele que eles dizem estar lá. Há quem diga que a Rússia provocou Chernobyl como forma de estudar as consequências de um ataque nucelar, mas sequer precisamos de teorias conspiratórias para questionar o quão "popular" são e foram os denominados comunistas, da extinta URSS à China.

Enquanto Chacal acredita e declara em seu julgamento que "morrer na prisão é papel de um revolucionário", eu acredito que se a maioria dos revolucionários morrem na prisão é porque há algo de errado nos meios ou na própria causa da revolução.