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sábado, 4 de agosto de 2012

Quem vacina e quem informa?



Quem deve se vacinar?


Pânico! O inverno chegou... Em qualquer mídia de comunicação se ouve falar do maldito vírus. H1N1, letras e números, medos e mortes. Mas, de onde tiramos este tipo de ideia? Bem, qualquer assunto, bem como anda a cultura, existe o comum e o contracomum. Ou seja, cultura e contra-cultura. Este movimento não acontece somente nos anos 70 com a guitarra do Hendrix. Mas vivenciamos na corrida de opiniões. Existem os que veneram bandas adolescentes e os que odeiam. Mas o foco, independentemente da posição, é a banda. Com a vacina não é nada muito diferente. Existem os apavorados que se rendem a qualquer notícia divulgada pelo facebook  e os céticos, que em nada acreditam ou ainda acreditam em conspiração... Não tomo nenhuma posição dentro deste texto pois, assim como sei que a farmácia é uma grande indústria, sei  também que quando mais mirabolante a história parece, mais revolucionário se sente quem a critica.
A ideia que se faz desta gripe é a de destruição e epidemia. Mas algumas informações passam despercebidas. São contadas como vítimas da doença qualquer pessoa que tenha começado o tratamento. Porém, nos hospitais, estão fazendo o tratamento em qualquer pessoa que apresente os sintomas antes da verificação. Claro que esta medida é necessária, pois o Tamiflu, que nem preciso explicar o que é, só faz efeito em 48h após os sintomas, durante a etapa de encubação do vírus.
Na Europa, 2 anos atrás, foram compradas vacinas que ultrapassavam o total da população que, em sua maioria, nem se vacinou. O Brasil parou de produzir sua vacina contra poliomielite para comprar de outro laboratório, mesmo que saia mais caro.
O que acontece é que estamos sempre á mercê de informações que, para quem conhece um pouco de história, que  nem sempre são confiáveis. Enquanto houver política, dinheiro ou qualquer outra vaidade misturada á saúde, cura não significará  cuidado, mas sofrimento, e já sabemos de quem.

sábado, 19 de maio de 2012

Velho? Nem morto!

Executivos dos EUA tentam retardar envelhecimento com hormônios

Quem quer ser velho na cultura da inovação? Bem, me parece que a cultura passou a tratar de forma diferente a velhice e suas consequências, como por exemplo, a morte. A medicina vem gastando milhões de horas (dinheiro?) na busca de tecnologias capazes de rejuvenescer o paciente. O que me parece é que nem é tanto pela questão da saúde, mas sim das implicações que um corpo não jovem e saudável trazem.
Se fosse da primeira forma, a possibilidade do desenvolvimento de câncer seria ao menos levada em consideração, bem como diversos outros riscos em outras doenças estéticas, que tem um propósito muito parecido com este tratamento a base de hormônios. O discurso operante é da ordem da imagem. A imagem de um homem que não sabe o que é envelhecer ou tornar-se impotente. Mas questiono, não seria algum tipo de impotência a fragilidade de um sujeito de não conseguir mais se deparar com sua ruína?
Bem, a morte fica para outro assunto, pois nem faria tanta diferença. Desde há pouco, é assunto para ser deixado para mais tarde...e tomara nunca ser tocado.

sábado, 21 de abril de 2012

Cultura do estranho

Veja lista de pessoas 'obcecadas' por coisas estranhas

Pois bem, o que dizer sobre isto não é? Alguns diagnósticos podem até passar pela cabeça de alguns leitores ao verem tal estranheza, mas acho que não cabe aqui tal tipo de julgamento. Alias, não creio nem que sejam obcecados por coisas estranhas. Os obcecados são voyeuers leitores de revistas como "mundo estranho" e coisas afins...Diria, talvez, obcecados por suas próprias questões...

Mas então, que prazer estranho é este? -De comer esponja?, talvez perguntem. Comer esponja, vestir-se de bebê ou tatuar cenouras é gozar de si mesmo. Mas enquanto ao prazer do estranho, este que impulsionou a própria jornalista a escrever tal matéria? O prazer de ver o estranho no outro. 

Olha, até poderia sugerir que observar no outro o que é universalmente (na cultura ocidental) estranho faz-nos sentirmos mais normais e, dentro das normas, obedientes da cultura.

Obviamente não vou recitar aquela máxima "o que é loucura para um pode não ser para o outro..." Bobagem! 

Todos riem do estranho. A cultura ri do estranho, ridiculariza e exila. 

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Automedicação

R7 testa: farmácias entregam antibiótico sem receita em SP, Rio e Brasília

Farmácias vendem antibióticos sem prescrição médica, infringindo normas da Anvisa. Só é permitida a venda de antibióticos sob a apresentação da prescrição. Durante a compra, a farmácia fica com uma das vias da receita e o paciente com a outra, como forma de controle. A equipe de reportagem da notícia faz testes com farmácias pedindo encomendas. Dos 10 pedidos, 5 foram entregues, denunciando a irregularidade de farmácias.
Aqui então reside um possível impasse... a automedicação X monopólio médico. Não é recomendável para ninguém comprar medicação sem a prescrição de um médico. O erro de uma falha de hipótese de diagnóstico pode agravar ainda mais o problema. Porém, muitas vezes, temos que ir ao médico somente para pegar a receita. Talvez estas questões nem sejam tanto para o caso do antibiótico, que é um medicamento um tanto quanto perigoso se tomado sem as devidas precauções, mas para remédios mais comuns do dia-a-dia, que todos tem conhecimento. Pode parecer irresponsabilidade levantar estas questões, mas outras tantas, como o monopólio e apropriação da saúde do paciente pelo profissional me faz questionar. Mas claro, em contraponto à automedicação, o médico estudou anos para poder dar precisão no diagnóstico.
Por enquanto, a nossa mentalidade é de que os profissionais detém o conhecimento e a eles devemos nos submeter, seja a área de conhecimento que for. A revolta da vacina foi um caso a parte.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Crise de identidade

Hackers vazam documentos da Marinha e atacam polícia nos EUA

Há muito já se sabe que basta cortar a cabeça de um líder para que um movimento se dissolva. Bem, e quando não há uma cabeça? O grupo Anonymous, que já é de conhecimento público, são pessoas insatisfeitas que não tem apenas uma ideologia ou um objetivo.

A reportagem de hoje relata que Anonymous vaza documentos da marinha americana e impede o funcionamento de instituições bancárias brasileiras.

Acho estranho a forma como a mídia de manipulação, ou seja, a televisão, jornais e etc, concebe a imagem deste grupo. Fala-se em vítimas (marinha e bancos) sendo que quem morreram foram 24 iraquianos em ataques da marinha. Ou seja, é um crime sabermos o que se passa em nossas costas? Sem falar nas instituições bancárias, responsáveis pela crise que vivemos hoje.

Bem, desta forma, há de ser perigoso termos uma ferramenta de livre informação não acham? Pode-nos clarear a ignorância.

sábado, 26 de novembro de 2011

Educa e a ação?

Senador defende em livro a federalização do ensino básico

A notícia de hoje traz a proposta do senador Cristovam Buarque a respeito da federalizção da educação. Segundo ele, com este projeto será possível implementar um salário para professores, que por sua vez serão concursados, de 9 mil reais além do plano de carreira. Além de aumentar os gastos (ou melhor, investimentos), com os alunos.

Só uma dúvida paira pelo ar: por que é que ainda não fizeram isso se é possível?

Quando vai-se dividindo responsabilidades, é necessário comprometimento. Quando o governo passa uma verba, por exemplo, para uma escola municipal, quem garantirá que este investimento chegará no almoço das crianças ou invés dos bolsos de prefeitos e vereadores?

Além do mais, não convém investir na educação: com um povo que sabe pensar e assume seus pensamentos, quem se atreveria roubar?

A população não sabe a força que tem, e nem vai saber enquanto se mantiver calada, ao ponto de não saber se ouvir.

sábado, 5 de novembro de 2011

Líderes da miséria


A notícia acima trata de um caso que aconteceu há mais de 30 anos atrás. A tragédia em Jonestown. Jim Jones, um pastor mercenário lidera um movimento de massa com miseráveis da Guiana. O templo dos povos, como se chamava a sua seita, era a esperança de um povo sofrido. Com seu discurso altamente convincente, Jones convenceu seus seguidores (913 pessoas) a beberem cianureto com suco. Algumas das pessoas, inclusive crianças foram obrigadas.

Os movimentos de massa são um fenômeno extremamente raro, que ocorre em casos específicos, principalmente quando se trata de miséria. Podemos comparar ao que Hitler conseguiu fazer na Segunda Grande Guerra, espalhando a doutrina eugênica do nazismo por toda a população alemã. Ora, pensemos: a Alemanha estava falida e eis que surge alguém capaz de salvar a todos da miséria. Claro que não estou querendo justificar, mas apenas constatar. Creio que algo assim também tenha ocorrido no massacre de Jonestown: a pessoa errada na hora certa...

Para quem quiser saber mais, segue abaixo o documentário da história.


domingo, 23 de outubro de 2011

Quanto tempo o tem...


A reportagem acima trata sobre questões referentes ao tempo: sua pressa, seu significado e interpretações. Bem, certamente podemos dizer que o tempo se trata de uma percepção.

Todos nós já sentimos a situação de quando, por exemplo, estamos fazendo algo que gostamos, o tempo passa muito mais rápido. Ou quando estamos naquela situação chata, aonde o tempo demora pra passar (ou ás vezes até volta alguns segundos...)

Bem, onde eu quero chegar? O tempo é dependente. Esta é a grande questão. A questão não é o tempo em si, mas o que fazemos dele. Para o sol, um segundo é totalmente insignificante. Para um neurônio, trata-se de uma vida. Para nós pelo menos é passível de contagem... Já tentaram contar os milésimos? Nem com um cronômetro conseguiríamos acompanhá-los...então, para que serve-nos esta contagem?

Se viajássemos para a Austrália, ainda durante o dia, chegaríamos lá um dia depois de nosso desembarque. Ainda de dia... E mais, se voltássemos ainda no mesmo dia, voltaríamos no tempo um dia, ainda de dia...Difícil né? Pois bem, o tempo é também o espaço.

O lugar em que nos posicionamos está intrinsecamente ligado também à nossa percepção de tempo. O lugar em que colocamos o tempo também está ligado a como percebemos ele. Não ao nosso tempo, mas o tempo de relógio...horários, compromissos, etc..

O nosso tempo vai além do relógio. Está naquilo que coseguimos fazer com ele, embora muitas vezes deixemos que o tempo mecânico suprima nosso tempo original.

Por fim, depois deste pequeno (ou grande? Depende do grau de ocupação do leitor...) tempo de leitura, deixo minhas saudações pelo post de sábado...ops..já é domingo...

Este tempo está louco!

sábado, 10 de setembro de 2011

Histeria coletiva

Show de hipnose termina em histeria coletiva na Colômbia.

Bem, de fato, mau uso de ténica!
Mágico hipnotizador deixa mais de 40 crianças em estado de transe incontrolado, o que levou a uma histeria coletiva em colégio na Colombia.
Isso é que dá pessoas não habilitadas lidarem com este tipo de ferramenta. Transformam a ciência, ou até mesmo, como no caso, uma técnica, ainda nem totalmente desvendada de seu fundamento, em entreterimento.
É como cursos que também já vi por aí, intensivos de psicanálise para pastores "seja um psicanalista em apenas 6 meses!".
Charlatões!
Não exercem nem uma coisa nem outra!
E este, é o pior tipo. Não se pode dizer que o mágico o fez por intenção. Mas sim por ignorância!

sábado, 27 de agosto de 2011

Economia do trabalho, sodomia do trabalhador

Stress no trabalho é risco crescente para a saúde pública

Esta noticia traz alguns dados interessantes a respeito do stress que o trabalho pode gerar. Infelizmente, eles não definem muito bem os dados estatísticos e não dizem com quantas pessoas foi feita a entrevista. Mas acho que a idéia ta valendo.

Antes de qualquer coisa, vamos pensar o que é o trabalho em nossa vidas. Será que ele apenas toma um papel de ocupação, ou forma de ganhar dinheiro? Não creio nisso, pois gastamos quase metade de nosso dia (contando transportes e tudo mais) com ele. Há quem diga que qualquer coisa que fazemos, apenas nós é que inflamos de sentido. E, de fato, o sentido do trabalho é uma questão muito mais de identidade do que qualquer outra coisa.

Por exemplo: quando recém conhecemos alguém, e vamos nos apresentar, qual é a primeira coisa que dissemos?
-Ola, meu nome é João da Silva, sou jardineiro.

O trabalho, o ofício, estabelece uma relação de identidade e do papel que ocupamos na sociedade. Por que será que tanta gente procura profissão, e especialização para os trabalhos que dão mais dinheiro? Claro, tem pessoas realmente interessadas. Mas tenho certeza que outras tantas, não é pelo amor. Eles permitem duas coisas: status e poder aquisitivo. A questão do trábalho é muito mais complexa do que se possa imaginar.

Sendo a preguiça um pecado capital (o que me parece um sintoma das nosas neuroses), contra moral e bons constumes, devemos trabalhar o máximo possível. Nem tanto por nós, mas pelo outro. Quem nunca se sentiu culpado ao não trabalhar em algum dia, mesmo se doente? E as pessaos que se aposentam, conseguem mesmo parar? E o tédio que surge? Angustia...

Durante a revolução industrial, as pessoas trabalhavam mais que 12h. Não tinham muito tempo dispovível. Agora já estamos em 8h, e não sabemos o que fazer com nosso tempo.

Somos sempre cobrados cada vez mais, e a culpa se aflora a cada suspiro de descanso. E para terminar, uma breve observação... Vocês perceberam qual foi a real preocupação da pesquisa anunciada na reportagem? Reduzir o stress do trabalho pode ajudar a diminuir os gastos com saúde, e potencializar o trabalho. Uma economia porca!

sábado, 13 de agosto de 2011

Sintoma X doença

Viciados em games têm comportamento semelhante ao de autistas

Resumindo: a reportagem compara, a partir de testes de personalidade, pelo nível de concentração, viciados em games e autistas. Comparam características e blablabla...

Buenas, vejamos as seguintes contas:
7+8=15
20-5=15
3.5=15
750/50=15

Podemos dizer que todas as contas acima se estruturam da mesma forma? Ou apenas o resultado aparente?

Creio que esta pesquisa procede da mesma forma, pega duas estruturas completamente distintas e faz uma análise sintomática sem levar em consideração a distinção entre as estruturas.


sábado, 30 de julho de 2011

Preguiça interior (e capital)


Bem, nossa notícia de hoje (lê-se: algum tempo atrás), se refere ao hábito da sesta. Na coluna, esta é referida como um hábito da região amazônica do Brasil, mas eu posso afirmar que pelo interior do RS isto também acontece. Mas sobre isso, veremos a seguir.

Voltando ao tema da reportagem, o sociólogo Éfrem Galvão afirma ser a sesta uma questão climática, ou seja, uma necesidade de ócio causada pelo meio. Descanso que trouxe a fama de "preguiçosos" aos moradores desta região.

Sendo ou não, não é aqui que vou me deter, mas questionar: qual o problema de descansar um pouco mais? Como já havia mencionado, vejo este hábito no interior, pelo menos do RS e imagino que seja corriqueiro no interior do Brasil todo. Porém, não os vejo nas metrópoles.

O Ritmo de trabalho que nos é exigido não permite que tenhamos estes minutos tão preciosos de descanso que, quando aproveitados, insinua-se "preguiça".

Preguiça, como todos conhecem, é uma daquelas coisas que todo mundo gosta e faz, como é mesmo que se chama? Ah sim: pecado capital.

É um dos pecados capitais considerados de maior trangressão com a ordem divina, pois agrega grande carga de culpa moral. Mas, por que será que isto acontece?

Como o próprio nome denuncia: capital! É um pecado "contra o capital". A preguiça é o "não-trabalho", a menor, ou melhor, o não-estar em produçaõ de algo. Por isso é tão criticada moralmente. É empecilho nas engrenagens econômicas.

Durante a revolução industrial, era frequente a venda de "tônicos" fortificantes que aliviavam a preguiça. Se tentarem imaginar, poderão remontar uma cena em que, um vendedor charlatão faz um espetáculo para vender seu produto e, o povo, rodeando o grande evento, sempre acaba comprando. Porém, esta referida "preguiça", que era confundida com uma espécie de má vontade que contrariava as ordens (ou melhor, regras) de Deus não passava de um estafo!

Isto nos parece tão distante: comércio explícito, demonstrações sensacionais, charlatões e moral. Tentem ligar no canal "polishop" e observar. Ou melhor, basta abrir os jornais, ou ir até o super-mercado. A todo momento são oferecidos produtos Light ou Diet, cacarecos que tonificam, barrinhas de cereal para que? "Dar muita energia", como o cereal que nossas crianças comem. Oh, nossas crianças....

Enfim, temos sempre que estar ingerindo nossa dose de "droga" para aguentar as correrias do dia-a-dia. A droga pode se manisfestar de muitas formas: TV, Internet, Jogos, Livro de auto-ajuda e alguns outros delírios.

-Enquanto escrevo este post, ainda sofro do "mal" da moral. Tive que deixar de colocar alguns trechos deste texto, pois ainda estamos sedados de grandes doses-

Mas, como diria Zé Ramalho acerca de nosso "mundo" novo: "-Povo feliz"

sábado, 16 de julho de 2011

Agressão

Justiça nega habeas corpus para babá acusada de agredir criança de 2 anos


Bem, há muito tempo existem crimes de violência contra crianças. Aliás, contra qualquer ser humano. A notícia traz o caso de uma babá que agride uma criança, inclusive em suas partes íntimas. Ela é descoberta pelos pais após, perceberem marcas na criança, instalarem câmeras ocultas na casa, e a denúncia de outra babá. Ela está sendo acusada de tortura. Seu advogado, como defesa, afirma que as gravações (que eu não achei, mas podemos imaginar...) mostram apenas uma pessoa que não sabe lidar "muito bem" com crianças, com gestos bruscos e um tanto quanto violentos. Moral da história, pede que responda ao processo em liberdade. Pelo menos a justiça negou o habeas corpus (por que esses termos são todos em latim?)

(respira fundo...escolhe as palavras...vamos lá...)

Como já disse, além de crianças, estas "gentes pequenas', sobretudo, são humanos desde que nascem (pelo menos foi assim que aprendi na 2ª série). Então, como existe alguém que é capaz de afirmar que tem "gente que não sabe lidar com crianças"? Gostaria de ver esta senhora tratar um adulto desta forma, por "não saber" lidar com um. Ela não faria isso, pois não teria coragem. Acaba por se aproveitar de crianças que ainda não falam (in-fantes), e não podem denuncia-la.

Mas não me conformo também com a falta de ética desse advogado, ao defender e argumentar uma coisa dessas. Antes que alguém entendido acuse minha ignorância legislativa ("das coisa de lei"), não estou falando unicamente da sua profissão, mas daquilo que o define humano. Aí terão as pessoas que vão dizer: "vai saber o que ela naõ passou na vida né?" (falando da babá)
E eu posso responder:
Bom, pensando desta maneira, ninguém tem culpa de nada, e caimos num fatalismo infinito, onde ninguém é responsável por seus próprios atos. Até porquê, também não seremos culpados então de condena-la, ou fazer algo pior. Todos nós temos o desejo de que ela se ferre bastante..concordam?

Deixando nosso sadismo de lado, se prestarmos bastante atenção na reportagem, veremos que tem uma pesquisa que questiona "você colocaria uma câmera oculta em casa?". Não entendo também como pais que já têm algum indício de violência se propôe a deixar o filho passar por mais alguns episódios para tomar uma providência. Sei que não se pode acusar sem ter provas. Mas antes de castigar o criminoso, que se guarde o inocente.

sábado, 18 de junho de 2011

Em nome do filho



Pai tranca filho em uma caixa por 8 semanas como medida de punição. O castigo se justificaria pelo roubo de 3 galinhas e se estenderia se não fosse a chegada dos policiais. Segundo o pai, o filho tinha problemas mentais e deveria ser punido pelo seu ato. O pai também justifica sua tortura pelo fato de seu filho ter usado o telefone, já que sua religião não o permite.


Olha, o que me intriga não é apenas o fato do "garoto" ter 25 anos e aceitar uma coisa dessas, mas de um pai impor tamanha perversão a seu filho. Não pelo fato de ser filho seu, mas de ser capaz de se fundamentar e justificar ao manter outro ser humano em cárcere privado, completamente à mercê.


É unicamente contraditório acomenter atrocidades como forma de punição de um comportamento julgado imoral. Neste caso, as imoralidades estão no roubo e no telefone, por serem "ataques" à contratos pre-estabelecidos durante o processo civilizatório. Senão diretamente, indiretamente, como no caso do telefone, que desacata a ordem religiosa. Porém, fora interpretado de forma a ser conveniente. A distorção moral está em todo lugar, é só estarmos um pouco atentos e desnaturalizarmos certos hábitos que contribuem para nossa cegueira critica.


E para terminar: imagino que todos esperam que este pai tenha uma pena bem severa. Porém, sabe-se que punição não gera aprendizagem alguma. Mas bem, ainda assim, é moral...

sábado, 4 de junho de 2011

Hey apple! Um rim!

Chinês vende um rim para comprar o iPad 2

Jovem chinês de 17 anos vende um rim para comprar um ipad2. Segundo ele, sua "brilhante" idéia surgiu após ver um anúncio na internet, tendo em vista que esta é uma prática frequente na china em relação à sua relevância e ao que se espera ingenuamente de um país desenvolvido. Seu argumento é de que não havia dinheiro. Bem, havia um rim sobrando, nada mal não é?

Vendeu um rim para comprar um ipad2. Qualquer um poderia chamá-lo de louco irresponsável. Mas não o enxergo como um caso isolado. Não estou tentando absolvê-lo da culpa e responsabilidade ao afirmar que os valores estão doentes. Sem se apegar a moralidades, não me refiro ao que é bom ou não, mas no mínimo que se fundamente! Ou seja, a cultura do "gozar a qualquer preço" nos coloca em situações de risco.

O que acontece é que estamos anestesiados para a ruptura dos corpos que for necessária para nos fazermos sujeitos dentro do tecido que nos dobra e, desta forma, buscando o refúgio do mal-estar, criando idealizações fantásticas, que só reforçam o próprio apelo.

E mais uma coisa: que hospital aluga o departamento de urologia e não sabe o que se passa la dentro?

sábado, 21 de maio de 2011

Fim do Mundo


"Solta os quatro anjos que estão acorrentados à beira do grande rio Eufrates. Então foram soltos os quatro anjos que se conservavam preparados para a hora, o dia, o mês e o ano da matança da terça parte dos homens..."

Me sinto honrado em ter sido escolhido pela sorte a ser o comentarista deste blog no dia do juizo final. Mas infelizmente o mundo ainda não acabou.

Bem, a notícia traz, como todos devem estar sabendo, a previsão do dia do arrebatamento, que, segundo um certo grupo americano, estava previsto na bíblia. A citação acima faz parte do livro do apocalipse, e descreve os quatro anjos que tem por exército 200 milhôes de cavaleiros, cujos cavalos exalam enxofre pelas narinas. Tudo isso realmente parece muito amedrontador.

O que me parece é que há muito tempo, em várias previsões catastróficas, o mundo ja deveria ter acabado. Todos devem se lembrar do ano 2000. Várias pessoas chegaram a cometer suicidio por medo da virada do milênio.

Segundo a teoria comportamental, a punição tem efeito somente na frente do executor. Bem, ninguém poderia fugir aos olhos de Deus ou qualquer outra força maior que geralmente está implicada aos "fim-do-mundo" que tanto aparecem. Seria de se perguntar qual a necessiadade e por que tantas pessoas acreditam neste tipo de coisa. O desespero torna as pessoas menos sensatas, e acabam por crer com o único fundamento, apoiado em sua angustia egóica, de que são culpadas e merecem ser punidas.

A criação de ilusões para não sofrer é inerente ao homem. No caso, a infração da moral, que por todos nós é cometida, só pode ser suprida pelo sentimento de culpa, que nos faz pensar que alguma força maior vá nos punir e, punindo, seremos perdoados pelos nossos pecados.

Bem, acho que a espiritualidade tem muito mais a nos oferecer do que uma simples e arcaica idéia de controle moral dos nossos atos. Apenas me pergunto...quais serão as próximas previsões?

sábado, 9 de abril de 2011

Não são só os adultos se deprimem

Criança deprimida


A notícia a qual me refiro com este post está situada no centro da página disponibilizada pelo link. Trata-se, sob ótica psiquiatra, a depressão entre crianças. Chega a oferecer porcentagens (sem anunciar qualquer referência de pesquisa), acerca da quantidade de crianças que podem sofrer de depressão.

Pois bem. A depressão realmente é um quadro sério. Porém, o texto aborda uma relação de sintomas que estão associados à este sofrimento e que a criança moderna tem maior tendência a desenvolver. Então me questiono: será que temos a obrigação de estarmos felizes o tempo todo? Não estou discordando da gravidade do quadro de depressão em crianças e, muito menos de que elas necessitam de tratamento (talvez do tratamento proposto na notícia, mas isso falarei mais tarde). A sociedade moderna, diferente das anteriores, cobra das pessoas que elas devem ser felizes ininterruptamente. Qualquer manifestação de sofrimento já é considerada uma doença.

Acredito numa certa dosagem neste aspecto. Muitas vezes o que nos move é justamente a angustia e o sofrimento. Demonstrá-los não é algo ruim. Sentir-se “triste” pode ser o que necessitamos para a mudança.

O entendimento simplista (claro que não se trata de todos os casos, e isso gostaria de deixar bem claro) de que qualquer sofrimento seja considerado depressão é o reflexo do quanto nós somos exigidos de comportamentos instituídos. Dentro de uma sociedade de controle (descrita por Foucault), nos policiamos ao menor mal-estar. Outro exemplo é a onda de crianças com “déficit de atenção”, o TDAH. Já ouvi casos de crianças que apenas não queriam ir para a aula, pois não tinham vontade de prestar atenção serem diagnosticadas com TDAH sem o menor critério de diagnóstico. E então me pergunto: que criança quer ficar parada dentro de uma sala de aula? Qualquer leitor que se lembrar de seus tempos de infância irá concordar comigo.

Agora sim abordarei o tratamento proposto na reportagem. Se o diagnóstico, em muitos casos é impreciso, muitas crianças tomam remédios ou para depressão, ou TDAH sem necessidade. E quando diagnostica corretamente, um tratamento psicológico também deve ser pensado antes de “dopar” a criança. É sempre menos danoso o uso de tecnologias leves.

Isto tudo está dentro de uma abordagem de conceituação de doença. Ao invés de “tratar” a doença, não seria muito mais eficaz estimular a saúde?

Pelo que sei, foi mais ou menos assim...

sábado, 26 de março de 2011

Cafezinho



Desmistificado! Assim anuncia a notícia do café. Agora o café ajuda na memória e concentração. Tudo bem, já que os cientistas agora concordam que sim.

...

Claro que não está tudo bem!

Segundo a matéria, os cientistas afirmam que, a partir de experiências com ratos de laboratório, a cafeína protege o neurônio de se corromper. Há aqui duas grandes questões a serem tratadas. O fato de a ciência mudar de opinião diversas vezes e ninguém se importar com isso (exceto Thomas Kuhn , é claro); e a questão do controle de variáveis do método experimental.

Não faz muito tempo, os neurônios não se regeneravam e nem eram produzidos. Bem, até hoje eles não se regeneram, mas agora o hipocampo é atuante na produção de neurônios.

-Ah, então quer dizer que agora produzimos neurônios e antes não e...

Claro que não! Acontece que só agora “descobriu-se” este fato. A expressão descobrir da o entendimento de que o conhecimento já estava ali, apenas esperando ser flagrado. O mais importante ressaltar disso tudo, é de que a ciência muda de opinião. Embora ela ACREDITE que exista a verdade real e...

-Ahá! Peguei-te cientista!

Desde quando ciência tem o direito de acreditar em algo? O método científico se prevalece justamente em ser um método “a prova de crenças”, porém, o mesmo é baseado em crenças. O que de fato não seja bom nem mau, mas provoca o cientista. Emparelhamos a ciência e a filosofia, e porque não a religião. Todos estão fundamentados em paradigmas que guiam suas direções.

O método experimentalista acredita que chegará mais perto da verdade quando controlar todas as variáveis que possam corromper a experiência. Porém, um campo isolado só é isolado do nosso ponto de vista. E a prova disto são as exceções existentes na ciência, que são “desconsideradas” pelo cientista, por se tratar justamente de um caso raro.

A questão aqui não é desconsiderar a ciência, mas desmistificá-la de “verdade absoluta”, o que se trataria de um dogma, mas mostrar que ela é uma verdade entre muitas. Pela ciência conseguimos tirar padrões de respostas que nos permitem construir tecnologias para viver melhor (em qualquer âmbito). Mas este entendimento (um deles pelo menos) a cerca dela é importante para não cairmos na “crença de que a ciência em nada crê”.

Mas, voltando ao início do texto. A ciência comprovando ou não, que um cafezinho de vez em quando cai bem...cai...

Pelo que sei, foi mais ou menos assim..

ps.: Vale a pena conferir “A estrutura das revoluções científicas”, do Thomas Kuhn.

sábado, 12 de março de 2011

Reflexão

Diante destas notícias, proponho um momento de reflexão...

http://migre.me/4257k

http://migre.me/4257A

São Lourenço ficou de baixo d’água, causando prejuízos a mais de 20.000 pessoas. No Japão, o sétimo maior terremoto já registrado abalou o país e incitou um tsunami, que pudera atingir ainda outros países. Notícias como esta nos provocam angústia ao sentirmo-nos impotentes diante de tudo isso. Aquele suposto domínio que o ser humano teria sobre a natureza deveria ser melhor questionado.

Admitir o princípio de dignidade humana, entendendo suas fragilidades não é se submeter à natureza, mas sim reconhecermos nossos limites para melhor lidarmos com eles. Assim se dá a preservação da dignidade humana. Pois, uma tragédia de tais proporções faz marcas na vida das pessoas.

Infelizmente somente nestes momentos é que nos damos conta de tudo isso...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Grupo protesta conta o uso de homeopatia.

Texto baseado em:
http://blogs.estadao.com.br/jt-cidades/grupo-protesta-contra-uso-de-homeopatia/

Um grupo de manifestantes anti-homeopaticos resolve tomar um vidro de remédio para comprovar a ineficácia da homeopatia. Ora, já começamos mal pelo método pelo qual estes se manifestaram. O argumento é de que a homeopatia não é eficaz, de modo que, segundo sua lógica, tomando um vidro de remédios, nenhum efeito surtiria. Porém, o que se esqueceu de relevar é justamente a principal diferença do tratamento homeopático do alopático. O tratamento homeopático é feito em longo prazo para ter eficácia, até porque este é o objetivo dele. Não agredir de forma imediata o organismo do usuário. Portanto, além de uma falsa comprovação empírica, deveriam ter proposto tomar um vidro por dia, para então tirarmos a verdadeira constatação de que se trata ou não de apenas placebo, como muitos afirmam.

Porém, temos neste ato algo mais interessante do que um conflito científico, mas um movimento social. Esta é a herança da historia das ciências que transformaram a medicina tradicional em dogma. Mascarada com nome de “verdade”, a medicina tradicional passou a ser reconhecida como a única com comprovação e coerência científica de conhecimento. E, desta forma, está mais próximo de uma crença do que qualquer outra interpretação; está fora dos limites de contestação por ser sustentada por si mesma. Porém, esqueceu-se de que toda a ciência está baseada em pressupostos metafísicos sem comprovação.

O próprio conceito de vida (bios) está fora dos limites de comprovação. A própria forma pela qual ela é apresentada, a linguagem, também não é a realidade em si, apenas uma retratação de uma verdade. Bem como disse; apenas uma verdade. Não estou defendendo a medicina homeopática, até porque este não é o foco do presente texto, mas apenas considerando que, dentro da ciência podemos sim considerar que dois pontos de vista sobre um mesmo fenômeno podem se conciliar, pois não são abordados da mesma forma. Sendo assim, nem toda ciência é a realidade, mas uma versão da realidade. A realidade “em si” não está ao alcance da linguagem lógico-racional, pois trata-se de uma representação da representação, quando antes da racionalidade está as sensações e a linguagem.

O que fora lastimável nesta presente notícia, foi manifestantes defensores da medicina tradicional, que é ensinada por dogmas já admitidos, baseados em pressupostos metafísicos, contestar outra medicina por não haver comprovação. Aliás, no link abaixo segue outra notícia que tem como conteúdo também alguns estudos acerca da eficácia da homeopatia.

Pelo que sei, foi mais ou menos assim...