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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Quando tudo não é o bastante

Eike Batista defende filho envolvido em acidente no Twitter
("Infelizmente aconteceu um acidente fatal. Porém, a imprudência não foi de Thor")
Polícia encerra inquérito sobre denúncia de estupro na UFES
(''Meu caçula é o meu companheiro do dia a dia, e agora está na cadeia por algo que pode nem ser verdade'')
Brasileiro condenado a morte na Indonésia sera executado em julho
("As mães deles – mulheres sofridas, esperançosas e guerreiras – estão em campanha pela liberdade dos “garotos”, como elas e parte da imprensa tratam os dois barbados. Depois de gastarem os tubos com eles, estão raspando os cofres para resgatá-los. ")

'Meu filho tem índole', afirma mãe de músico suspeito de estupro na Bahia
'Faço tudo por ele, não é possível', lamenta pai


Nem todo criminoso é "favelado".  Nem todo criminoso é órfão de pai e mãe. Quando um filho é acusado de um crome, a tendência é que os pais entrem em algo similar ao Modelo de Kübler-Ross, e seus estágios do luto: primeiro eles negam, em seguida sentem raiva (não do rebento, mas do mundo que o acusa). Por último tentam negociar (quando entram os advogados). A maioria para por aí, mas alguns ficam deprimidos, e um número menor alcança a tal aceitação.

Quando a criminalidade estava restrita aos "pobres", ninguém se importava em analisar suas causas: eles são pessoas sem instrução que vivem em meio às drogas e prostituição. No fundo era esse o pensamento da imaculada sociedade de classe média brasileira. 

Hoje eles alegam não entender porque tanta violência e se assustam com a escalada da criminalidade em todas as classes sociais. Sociólogos dizem que vivemos uma "crise de valores", religiosos dizem que "falta Deus" em nossas vidas. Eu acho que falta é educação familiar mesmo.

Enquanto no passado famílias apelavam até ao trabalho infantil para garantir a subsistência familiar, muitos dos pais modernos sentenciaram: "darei a meu filho tudo que não pude ter". Isso vai de colégios particulares  a coca-cola todos os dias, kinderovo de sobremesa, casa da barbie, video game e TV a cabo no quarto. Uma vida de privilégios, providenciada por pais que tiveram uma vida de privações: dois opostos. Soma-se a isso a distorção por vários pais do papel da escola na vida dos filhos: lá existem professores de português, matemática, história, e muitas outras coisas, mas não há professores de comportamento em sociedade. Isso ainda é tarefa para os pais.

Muitos filhos são acostumados, por toda a vida, a ter não apenas "do bom e do melhor", mas na hora que solicita. Porque assim evita-se a fadiga daquele menino dando birra, fazendo o pai passar vergonha. Esse pai se esquece que quando filho não envergonhava os seus progenitores, porque aprendeu respeito, e significado de palavras como "não", e frases como "não posso comprar isso para você hoje".  

Muitos filhos vivem hoje com a idéia de que o mundo é seu, suas vontades importam mais que qualquer outra coisa, e tudo o que quiser é garantidamente seu, e tem suas ferramentas para isso: quando criança, ele grita, dá verdadeiros chiliques e acessos de raiva, chora; quando adulto e incapaz de obter o que quer por meios legais, ele é capaz de roubar, violentar.

Então surgem os pais em negação, dizendo em defesa de si mesmos e da prole que lhes deram tudo, sem notar que tudo, de verdade, vai além da coca-cola, kinderovo, video game e carro zero quando se passa no vestibular. Tudo inclui ensinar a lidar com a privação, a respeitar o outro, entender que nem todas as suas vontades podem ser satisfeitas, que nem tudo é seu. 

Tudo, de verdade, inclui respeito, ética, empatia. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Coisas simples e legais que você pode fazer por sua mamãe

Jovem que sumiu no Rio após marcar encontro na web reaparece.

"O estudante Sérgio Martins Filho, de 14 anos, que estava desaparecido desde a última sexta-feira (1º), foi encontrado no fim da noite desta quarta-feira (6). As informações foram confirmadas pela Polícia Civil. Segundo os agentes, o jovem foi localizado perto de uma boate em Madureira, no subúrbio do Rio. Um homem que estava com ele foi detido."

Então você é um mlk 666 from hell cheio das amizades maneiras e repleto de amor pra dar. Vai pra escola todo dia, sábado e domingo solta pipa e joga bola. Gosta muito de ficar no computador, usando a internet que sua mamãe luta todo mês pra pagar, isso sem falar no gasto com energia elétrica, as parcelas do computador e mais um monte de outros carnês e boletos que você nem faz idéia que existem, mas que ela paga. Pô, bacana.

E ela faz tudo isso. É. Mas é chata, né? Com a sua idade, toda mãe é chata.

Ela é meio chatinha mesmo.

Mas tem essa galera das ~redes sociais~, eita galera danada de legal. EITA GALERA BACANA. Pessoal marcou um bonde nervoso e você não pode perder. Vai ter até umas novinhas, uns boys magia, um pessoal assim, sangue bom mesmo. Você vai, não vai? Claro que vai.

Mas antes, faz um favor aí pra nós? Na moral? Avisa a mamãe. Avisa, senão a pobrezinha vai ficar que nem louca atrás de você. Mãe é chatinha mesmo, fazer o que? Mãe é tão exagerada, capaz de botar polícia atrás, chamar a imprensa. E você, que só queria se divertir, vai passar carão na frente dos coleguinhas todos e voltar pra casa de camburão. É pouca zuera?

Quer ir ali dar uma picotada, dançar até o chão, arrepiar as morenas? Avisa a mamãe. Aproveita e ouve os conselhos dela também. Ah, já que tá nessa vibe, arruma um emprego também, pra ajudar a pagar o mercado. Sabe? Coisas simples e legais que você pode fazer por sua mamãe. Não é por nada, não é que você seja um adolescente sem noção e inconsequente. É que mãe é meio chatinha mesmo. Faz isso por ela.

domingo, 22 de maio de 2011

Mães, Jornais Impressos e Lady Gaga

Manchete 1: Bebê e criança são encontrados abandonados na Baixada, diz PM

Instinto maternal não me parece ser uma coisa que todo mundo tenha. Pior, uma coisa que toda mãe tenha. Mas se chamam de "instinto maternal", não é pressuposto que seja uma qualidade/sensação/sentimento/sejaláoquefor compartilhado(a) por todas as mães? Aquela preocupação/vontade/desejo de que seus filhos estejam bem, de cuidar deles e de fazer o máximo pra que nada de mal com eles aconteça?
Não recrimino aqui o fato de irem à diversão, afinal todos merecem um tiquinho de cabeça livre, mas deixarem um bebê de quatro meses e uma menina de três anos sob os olhares e cuidados de ninguém torna-se vergonhoso e imperdoável. E esse deslize não pode ser justificado pela idade, pois essa responsabilidade provavelmente veio de uma falta de responsabilidade anterior e a lição já deveria ter sido aprendida.
Apesar de tudo, acredito que sempre há tempo pra se consertar e espero que as mamães saibam o que fazer a partir de agora.

Manchete 2: Futuro do jornal impresso foi tema de debate

Acredito que quanto mais maneiras de comunicação se tiver, é melhor. Não creio também que o jornalismo impresso esteja ameaçado como também é dito na notícia. É como a questão do rádio, com o surgimento da TV e da própria TV com o surgimento do computador/internet. Não é questão de extinção ou de ameaça, mas de adaptação, pois todos os meios têm o seu espaço e a sua importância.

Manchete 3: Lady Gaga lança novo álbum e recebe críticas controversas

O disco poderia ser melhor. Confesso que já ouvi e que algumas músicas grudaram demais e eu venho escutando o tempo todo. Mas vendo pelo disco inteiro, eu não vejo a Gaga atendendo as grandes expectativas que ela mesma gerou diante desse novo projeto. Não é que seja ruim (o cd é bom), é que simplesmente não é nada de muito inovador, nada que eu acredite que possa revolucionar o pop, afinal é muito perceptível a influência dos anos 80/90 nas músicas. E eu não acredito que a mesma coisa possa ser revolucionária duas vezes. Porque se você traz algo novo, ou uma evolução de algo já utilizado, isso revoluciona sim, mas se você apenas traz algo que já foi usado, é resgate, meramente resgate, e pode até ser visto como plágio ou cópia. Talvez seja isso que as pessoas querem dizer quando falam que "um raio não cai duas vezes no mesmo lugar". Até porque, mesmo que caia no mesmo lugar, já será outro raio, beijos.