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segunda-feira, 13 de maio de 2013

Isso porque somos....

Manchete de Ontem: Racismo contra Balotelli

o mundo de tão grande
ficou pequeno
de tão pequeno
avançou sistematicamente
de tanto avanço
curou doenças
comunicou as novidades
permitiu os fluxos
fixos se movimentaram
o homem no meio disso tudo
ainda atrasado...

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Aquela ladainha de violência gera violência

Manchete de Ontem: Massacre no Egito



Quem lembra disso?
Em fevereiro de 2012 um massacre em estádio do Egito deixa 74 mortes e mais de mil pessoas feridas.

Por testemunhas, filmagem e pelas detenções no dia do episódio, 73 pessoas da torcida rival foram a julgamento responsabilizadas pelas mortes. Destas, 21 pessoas foram condenadas a morte.

No dia do julgamento, uma multidão estava nas ruas.
A torcida invadiu o tribunal e jogou bombas tentando resgatar os réus. 
Desse confronto entre torcida x policia 30 pessoas morreram.

Porque a conta é assim: 74 morreram, então vamos matar mais 21.
E se eles se rebelarem a gente mata mais 30.

Eu acho que o povo tem o governo que merece.
Escuta bem eu falei o povo, não vem se doer achando que estou falando de você, você é uma pessoa que pensa como quer. Mas e o povo do seu país, como o povo pensa?
O Egito assim como outros países muçulmanos estão tentando reivindicar seus direitos, tentar mudar o tipo de governo, gestão e CULTURA de seus países.
Mas se pra isso forem necessárias guerras e luta armada, qual a sua moral para reclamar?
Você deixa de ser respeitado se você não se dá ou respeito.
Acontece que somente com reivindicações, protestos e greves o povo não consegue tirar os tiranos do poder. 
Cadê a ONU nessas horas meu pai eterno? Para o que serve aquela instituição milionária se não é pra EVITAR uma guerra civil?

Aquela ladainha de violência gera violência.
Não é uma frase tão difícil assim.
Absorva! Absorva!

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Inconsequência que mata


É, eu sei, só eu falo de futebol por aqui - às vezes falo demais, até. É que eu gosto. E quando acontece algo assim me sinto na obrigação de comentar.

Essa semana morreu um torcedor de 14 anos no jogo San Jose x Corinthians, pela Libertadores da América. O jogo aconteceu na Bolívia e o rapaz que morreu era boliviano e torcedor do San Jose. O sinalizador que o atingiu saiu da torcida do Corinthians. 

Teorias e mais teorias são apontadas, mas o que parece ser o mais lógico é que a morte foi um acidente. O que não exime, de maneira alguma, a culpa do portador do sinalizador. Esse tipo de material é proibido nos eventos organizados pela Conmebol - e pela CBF também - mas, ainda assim, as torcidas insistem em levá-los e a segurança insiste em não confiscá-los.

O resultado do rolo foi - além da morte do menino - a punição do Corinthians. O time deverá jogar de portões fechados, sem sua torcida - torcida esta que já comprou 85 mil ingressos antecipadamente (três desses são meus, inclusive).

Agora fica a questão: é correto punir o clube pelo crime cometido - culposa ou dolosamente - por integrantes isolados de sua torcida?

Eu, sinceramente, não vejo como isso pode resolver tal situação. Mas, ainda assim, acredito que essa punição poderá "meter medo" na torcida, para que coisas assim não ocorram mais. Não consigo decidir se essa punição é correta ou não.

Pensando racionalmente acredito que não é correto punir 30 milhões de torcedores pela atitude inconsequente de uma pessoa. Que as autoridades deveriam ser capazes de identificar e punir o real culpado, sem atingir a instituição, que não deu dinheiro pra ninguém comprar sinalizador. E acredito que a justiça deva ter esse pensamento racional também, mesmo que não tenha sido o tom adotado pela decisão da Conmebol.

Mas pensando emotivamente, tenho uma raiva profunda de pessoas que por pura burrice colocam a vida dos outros em risco. E imagino que apenas mexendo com o time do coração desses indivíduos, privando-os de assistir sua equipe preferida nos estádios esses boçais pensarão antes de levar esse tipo de coisas para os jogos. 

Meu ponto de vista vai mais pelo lado lógico, mas não sei qual é o certo nessa situação. O certo é que a vida do rapaz não será devolvida, seja qual a punição impingida tanto ao clube quanto ao torcedor. A entidade organizadora deveria fazer revistas de verdade e se importar de verdade com a segurança do torcedor - não apenas com os royalties provenientes dos ingressos.

Aqui no Pacaembu, em SP,  fui barrada uma vez apenas porque estava com um pocket book na bolsa. Livros podem iniciar incêndios. Isto é segurança. O que se viu na Bolívia foi irresponsabilidade e desleixo. Infelizmente é assim que o torcedor é tratado por quem deveria zelar por sua vida. 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

O que está em jogo, no jogo?





Ontem no Morumbi o São Paulo vencia o Tigre, modesto time argentino pela final da Copa Bridgestone Sul-Americana por 2x0 em um jogo marcado pela "velha rivalidade" entre brasileiros e portenhos. O time do Tigre, sem expressão alguma dentro do futebol sul-americano, por conta de sua inferioridade técnica, apelava para as botinadas dentro de campo, culminando com um lance, considerado pelo juiz como "normal", que provocou um sangramento no nariz do jovem atacante Lucas, que despedia-se do time paulista e já havia marcado um gol. Aliás, uma atitude provocativa do próprio jogador - mostrou em tom raivoso ao zagueiro que o havia acertado o algodão que estancava o sangramento -, deu início, ao final do primeiro tempo, à confusão, marcada por agressões de parte a parte (primeiro entre os jogadores, depois entre integrantes das duas comissões técnicas).
Enquanto todos esperavam o início do segundo tempo, percebia-se que algo estranho estava acontecendo. Chamada por parte da imprensa de "a tradicional catimba argentina", os jogadores do Tigre recusaram-se peremptoriamente a retornar ao campo de jogo, alegando terem sido agredidos pelos seguranças do São Paulo Futebol Clube, inclusive tendo sido ameaçados com armas de fogo. Quem via a transmissão da Globo só ouvia aquela velha lenga lenga da "rivalidade" (e sabemos todos o quanto essa implicância gratuita com os argentinos como um todo é prejudicial para ambos os lados) e a festa dos são-paulinos, enquanto a Fox Sports preocupou-se em investigar as causas de o Tigre não ter voltado ao campo, mostrando inclusive as manchas de sangue nos vestiários dos visitantes.
Ao término do jogo - ou pelo menos acredita-se que tenha terminado, porque os argentinos prometem dar sequência ao imbróglio - pipocaram nos jornais de Buenos Aires protestos contra a decisão da Confederação Sul-Americana (Conmenbol) e - tristemente - nos comentários (e vemos o quanto o mundo como um todo está ficando mais idiota e intolerante - ou pelo menos percebemos mais agora os que usam de idiotice e intolerância) dos "hermanos" o preconceito explícito contra nós.
O que alimenta esse preconceito? É, como já li, um suposto complexo de superioridade frustrado, misturado a uma sensação de inferioridade patente, ou algo alimentado pelas mídias de ambos os países (os argentinos sempre são mais desleais, os brasileiros sempre mais talentosos,os brasileiros são "macaquitos", os argentinos recalcados e por aí vai)?
O fato é que o esporte, o futebol, por mais que tenha se tornado um negócio, ainda poderia servir como elemento agregador, mas parece que quanto mais ele se moderniza, na era das arenas multiuso, dos grandes contratos de televisionamento, os torcedores parecem não querer modernizar o pensamento. Nós, brasileiros, que gostamos de bancar os cordiais, temos torcidas organizadas que marcam brigas pela internet para se matarem mutuamente. A rivalidade saudável é substituída por uma visão de guerra inaceitável e a nível internacional a um ufanismo execrável, que cristaliza ódios e equívocos. 
Infelizmente parece que somente os maus exemplos que nos lançam à reflexão e ontem, o que seria somente festa, lança mais ódio (os argentinos dizem que vão "receber muito bem" as equipes brasileiras na Libertadores do ano que vem...) quando imaginamos que do lado de cá, nos próximos quatro anos, teremos dois eventos gigantes que, por mais que seja um negócio, incentiva sempre o encontro de culturas. E só mostra também o nosso despreparo para situações limites.

sábado, 17 de novembro de 2012

O Cara

Pesquisa aponta Neymar como jogador preferido dos brasileiros

Fifa divulga dez indicados ao prêmio de melhor gol do ano e Neymar está novamente na lista

A gente costuma falar de muita coisa triste aqui no Manchete. Mas como hoje estamos bem no meio de uma emenda de feriado, resolvi abordar um tópico feliz! (Ehhhhh! #TodosComemora) Eu sei que não devemos deixar a mídia da grande massa nos alienar quando o mundo está um Caos, o PCC tocando o terror em SP, o Mensalão sendo julgado e o Maluf fora da cadeia mas, convenhamos, gente: quem consegue viver em revolta o tempo todo? Quem consegue pensar apenas nas mazelas do mundo? Isso leva alguém a uma vida ter feliz? Não, né? Talvez? É. Eu sei que tô me justificando demais, mas faz parte. É pra evitar gente chata/revoltada/cheiodequererdarliçãodemoral me enchendo o saco porque eu sou alienada a fadiga.

Ahh, sim, vou falar do Neymar.

Saiu uma pesquisa da Globo.com - um dos blogs deles, na verdade - que definiu o Neymar como o jogador preferido do torcedor brasileiro. E o moleque ganha em 18 dos 20 times da série A do brasileirão. 

É, amigos. Corinthianos, Sãopaulinos, Palmeirenses, Flamenguistas, Cruzeirenses e mais um monte de gente acha que o Neymar é O CARA. O melhor jogador em atividade no Brasil, senão o melhor jogador brasileiro em atividade no mundo todo. 

Eu sou corinthiana e sou obrigada a concordar. Posso passar peroba na cara e dizer pra vocês que "Pô, mas o Sheik joga muito! E o Paulinho é o melhor volante que vi jogar em anos!" e eles são. Mas infelizmente eles não superam o Neymar. O moleque carrega o time do Santos nas costas. Toda bola é pra ele, todo gol passa pelos pés dele, ele comanda, ele resolve. E ele tem só 20 anos.

E aguenta uma puta cobrança nas costas. Tem que resolver no Santos e tem que resolver na Seleção também. Tem que aguentar a mídia arrumando-lhe uma namorada por semana e também as panicats que ficam espalhando por aí quantas vezes saíram com ele (gente, sério, qual o problema dessa mina? É muita bizarrice em uma pessoa só!). Não vou entrar nos méritos sobre esse tipo de pressão ser saudável pra um pós-adolescente - ok, não é saudável -, mas tem gente que simplesmente nasceu pra isso. Para brilhar e chamar atenção.

Não vou dizer aqui que o Neymar é lindo. Ele não é e eu já passei dessa faixa-etária - sou da época em que o Kaká era lindo (e, sim, o Kaká ainda é lindo). Mas entendo essas menininhas que se encantam e se apaixonam. A postura jovial do Neymar chama essa atração toda. E não considero isso um problema. É um incentivo para que elas se encantem com o futebol, uma paixão que não faz mal pra ninguém (só para aquele bando de doidos das organizadas, mas isso é assunto pra outro post).
 
Eu acredito que o futebol, assim como todas as coisas boas que existem, tem o poder de mudar o mundo. De fazer as pessoas conhecerem outras realidades, verem os outros como iguais pois, quando estamos na arquibancada, não há mais nome, profissão, religião ou cor da pele que distinga um  do outro. São todos fiéis àquela paixão e o Neymar representa, hoje, muito desse amor todo: a parte mais bonita do futebol. A cara alegre, descontraída. O visual meio rebelde, esquisito e, claro, a habilidade desconcertante.

Torço muito por esse menino e digo com sinceridade: engoli muito do que falei sobre ele. Que era imaturo, que não ia longe, que ia pra europa e seria estragado. Pois bem. Lá se vão dois anos e nada disso aconteceu. Ainda espero que ele vá pra Europa e se torne o melhor do mundo, pois ele tem capacidade pra isso e, infelizmente, o nosso futebol ainda precisa caminhar um pouco para chegar a tal nível. Mas seja qual for a sua escolha, Neymar já fez história. E os gols estão aí para provar.


quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Torcidas organizadas de Pernambuco podem estar com os dias contados



O tempo passa e a coisa só piora nesse país, principalmente no que diz respeito à violência.

O que acontece na prática, em relação a reportagem do GE, é que esses números vão muito além dos 800 crimes relatados nos dados oficias da polícia militar dentro desses 5 anos, por que boa parte dos casos não são registrados.

Na certeza de que tais crimes ficarão impunes, a quem prefira perder o amor de R$ 500, (ou bem mais) num celular novo, por exemplo, que prestar uma queixa. Acho justo. E até tenho os meus motivos pra tanto: por ter sido vítima e testemunha de vários episódios, tanto de roubo quanto de todo tipo de baderna protagonizado por esses marginais travestidos de torcidas organizadas. 

Sou completamente a favor à medida do MP/PE de banir dos campos essas súcias, ou melhor, de preferência banir do universo.

Triste isso porque, assim como eu, um montão de gente deixou de ir curtir seu futebol com família nas arenas por medo.

E pensando bem, nem sei se a essa altura essa decisão muda algo a esse respeito, até porque, os bandidos vão continuar soltos, só que fora dos estádios. Deu na mesma. Tsc!

sábado, 6 de outubro de 2012

Bases Sólidas

Adriano é visto no Flamengo como pessoa doente e que necessita de ajuda


Eu gosto de futebol.

Gosto de assisir pela TV, gosto de ir ao estádio, gosto de discutir sobre, analisar escalações, torcer, gritar, me emocionar. Eu gosto mesmo de futebol.

E não é de hoje que acompanho a situação do Adriano. Desde o ano passado, quando ele foi contratado pelo Corinthians, meu time do coração, acompanho a carreira do jogador. Não vou falar especificamente dele pois não acho que tenha propriedade para isso. Os problemas pessoais do jogador são, bem, problemas pessoais do jogador. Ele tem que resolver. Mas gostaria de discutir rapidamente alguns fatores que geram jogadores de grande talento como o Adriano, mas com pouca capacidade psicológica para lidar com os louros do sucesso.

Esses dias li um post no blog do Rica Perrone onde ele determinada os motivos para o jogador de futebol brasileiro ser diferenciado: o fato de muitas crianças crescerem em favelas, em meio à miséria, sem estrutura de treinamento e etc. Segundo ele, por esse motivo, as crianças criavam habilidades incomuns e excepcionais, pois tinham que se virar nas situações mais drásticas (até procurei o link, mas não consegui localizar). Concordo com ele totalmente. Nossos melhores jogadores tem origens extremamente humildes e o preparo que recebem para atuar em campo não se reflete na sua educação. 

Aí o cara cresce e aparece. Vai para o exterior, ganha o mundo, ganha dinheiro, vira ídolo. Mas no fundo ele ainda é o mesmo moleque humilde, que teve pouco estudo, que não está psicologicamente preparado para suportar a responsabilidade de ser o exemplo. Mais: o cara não tem noção do que é a imprensa. De como esses urubus ficam rodeando as pessoas esperando a mínima falha para noticiá-la em todos os jornais.

E o menino, que não teve estrutura para crescer bem, vira uma bomba relógio. Se joga no álcool, se joga nas drogas, se deslumbra com as capas de jornais. Anos depois, quando a carreira começa a declinar, ele é capa de jornal não por suas jogadas, mas por suas noitadas. Afinal, no Brasil, jogador de futebol não pode se divertir. Tem que viver dentro do CT. Treinando, treinando, treinando.

Não vou ser hipócrita aqui de dizer que a situação do Adriano não é culpa dele. Ele é adulto e precisa ser responsável pelos seus atos. Mas a pressão da imprensa, a infância difícil e a educação incompleta contribuíram muitíssimo para que ele se tornasse a dúvida que é hoje.

Será que não está na hora de nossos clubes prepararem seus jogadores para as situações extra-campo? Qual é o papel do clube na preparação psicológica dos atletas? E, ainda, as categorias de base de grandes clubes não deveriam conter, também, aulas ESCOLARES, que tragam aos jogadores o mínimo de capacidade crítica e nível cultural?

Mas isso tudo é caro e inocente é aquele que acha que futebol existe para divertir as massas. Futebol existe para gerar dinheiro e só. Por isso, não faz diferença se o Adriano, o Neymar ou o Ronaldo têm capacidade para viver bem após a carreira futebolística. O que importa é que, em seus dez anos de carreira, eles gerem muito dinheiro para o clube e o que vão fazer da vida depois é um problema deles. Com ou sem preparo. Se a carreira for um sucesso, terá dinheiro para o resto da vida. Se não der certo, terá que trabalhar como qualquer ser humano comum depois, mesmo com o joelho detonado por causa do futebol.

Admiro o que o Flamengo faz, no momento, pelo Adriano. Alguém precisa fazer, alguém precisa acreditar. Mas acho também que esse é um exercício de remediação. Se houvesse sido feito um trabalho psicológico talvez essa situação toda não estivesse ocorrendo.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Olimpíadas de Londres


É, acabou.
O Brasil ganhou só 19 medalhas mesmo.
Perdeu onde não podia perder e ganhou onde menos esperava.
A Record tá fazendo toda a campanha por ter sido o maior número de medalhas do Brasil ever, mas não se iluda meu bem! A gente é o 22º país!
O 5º maior país do mundo, a 6º maior economia mundial, é apenas a 22° colocada nas Olimpíadas!

Aonde a gente tá errando?

A gente reclama que no Brasil não tem investimento no esporte, só se pensa em futebol.
Porque futebol a gente brinca na rua e faz o golzinho com latinha de refri!
Quer fazer ginástica artística? Então seu pai vai ter que construir as argolas como fez o pai do Arthur medalha de ouro esse ano.
É caro ser atleta.

Então vamos patrocinar outros esportes!!!
Vamos investir neles.

E vai funcionar?
Você conhece alguém mais bem pago do que jogador de futebol?
E a gente perdeu...
Alguém com mais prestígio e patrocinio que o voley brasileiro?
E a gente perdeu...

Daqui há 04 anos a Olimpíada vai ser aqui no Rio!
Não duvido da maravilhosa festa que será.
Confio que tudo ficará pronto, que vai gerar muitos empregos e que o Brasil vai crescer muito e demonstrar que temos SIM capacidade de fazer uma Olimpíada!!

Mas eu infelizmente não confio nesse quadro de medalhas, nessa falta de estímulo dos atletas, nos patrocinadores, na falta de garra, na falta de descobrir novos prodígios, na minha vontade de faltar a aula de educação física na escola...

O nosso ouro na piscina vira bronze.
A mulher da vara desiste de competir por causa do vento!!
Hypólitto e Dayane não chegam nem às finais!
O voley desiste depois de 2x0 na final.
O país do futebol perde a medalha pro México aos 20 segundos do primeiro tempo.

Aonde a gente tá errando?

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Eles nunca entendem...


Quando vi a primeira notícia sobre a Femen por estas paragens, vi logo que, para variar, o movimento das ucranianas seria visto como algo sensacionalista (para não dizer espalhafatoso) e figuraria quase sempre ao lado de notícias de fofocas ou das gostosas de carteirinha que batem ponto nos nossos grandes portais. Ainda que tenha visto uma entrevista delas há alguns dias no SporTV, na qual a presidente da organização explica a estrutura da sociedade ucraniana, tão ou mais opressora que a nossa em relação às mulheres, e por mais que tenha achado as palavras dela ótimas em suas colocações, é risível ver como o repórter da emissora, na edição, só tenha preocupado-se com a nudez delas.
Elas entendem que eles, os homens (vá lá, eu tenho de incluir-me a contragosto nesse rol), não entendem. A nudez é uma afronta aos homens, que permitem-se ficar sem camisa, mijar nas ruas, mas jamais podem admitir que uma mulher use a sua nudez para protestar. Afinal, é despropositado, quando elas poderiam estar engrossando o coro das desempregadas do Leste Europeu que se prostituem ou tornam-se atrizes pornôs. Afinal, elas compreendem que a Eurocopa (como a Copa do Mundo que acontecerá aqui) é um evento para poucos endinheirados - geralmente homens, claro - nos quais os aspectos culturais dos países visitados é algo dispensável. Por que eu iria visitar os campos de concentração de Auschwitz (a Eurocopa, pela terceira vez, será realizada em sedes duplas, neste caso Polônia e Ucrânia), ou os museus ucranianos que falam das atrocidades cometidas pelos nazistas em seu território durante a Segunda Guerra, quando posso estar ao lado de uma linda polonesa ou de um monte de jovens ucranianas que topariam tudo para ter uma graninha a mais? 
Segundo a presidente da Femen, as mulheres ucranianas são impelidas a casarem-se cedo, a não estudarem, a não terem uma carreira, para que sustentem a ideia do macho-provedor tão cara aos homens de lá. As que não se submetem isso têm de aceitar salários 30% menores do que os dos homens (parece um país que conhecemos, não?), sem contar as piadinhas e outros epítetos (vadia é um deles) lançados pelos caras de lá.
Elas entendem que os homens só compreendem o corpo feminino com um fetiche ambulante, e não duvido que elas escolheriam outro caminho (por mais livre que uma mulher seja, expor o corpo - e um corpo é só um corpo-, fugir da exposição a um monte de idiotas seria o ideal), mas quem iria prestar atenção a um monte de mulheres gritando vestidas? Se só há essa alternativa, que a usemos. 
O triste nisso tudo é que as ideias que elas passam acabam sendo deixadas para trás e o conceito de que muitos caras têm delas (até os "esclarecidos") é de apelonas, que aquilo é dispensável, etc etc etc. 
Eles nunca entendem... Até porque, no íntimo, estão mais preocupados em observar quem é que tem o rosto mais bonito, os seios mais durinhos... Perceber e topar a parada, sem preconceitos, é jogar fora todo o imaginário acerca do corpo feminino, algo que deve estar "disponível" apenas nos menus habituais, seja a cama, seja a revista masculina, seja na propaganda sensual ou no filme pornô. É complicado para um homem médio, que dirá os pequenos, imaginar aquele corpo como algo rigorosamente igual ao seu em seu estatuto de corpo. Por mais que seja diferente, é só um corpo, e a dona desse corpo tem o direito de fazer o que bem entender dele.
Não, eles nunca entenderão...

domingo, 20 de maio de 2012

Difícil ficar indiferente


E começou o Brasileirão 2012! Vinte clubes do Brasil (quase) inteiro buscando o título. Alguns mais favoritos, outros menos. Mas podem ter certeza, as manchetes vão bombar com notícias sobre a mais intensa paixão nacional.

Quê? Você não gosta de futebol? Não vê graça em 22 manés correndo atrás de uma bola? Acha que todas as torcidas organizadas são from hell? Hum. Talvez lá no fundo, mas beeeeeem lá no fundo você até tenha razão. Mas nada, ABSOLUTAMENTE NADA se compara à emoção de estar presente, no estádio, no meio da galera, vendo o seu time ser campeão. Poucas coisas são tão capazes de unir - e separar também - as pessoas como o futebol. E, sério, é muito difícil ficar indiferente. Eu sei, a gente tenta. Eu tento toda vez que meu time perde, mas o futebol me persegue...

Que venha a rivalidade sadia, que venham os clássicos estaduas e nacionais, que venham goleadas, que venham novos craques! Porque o futebol não é alienação, é diversão! E quase sempre é saudável.

Um salve aos meus amigos que torcem e assistem futebol! O show está começando, e não só pro glorioso Timão, mas para o glorioso Santos, o glorioso Náutico, o glorioso Botafogo, o glorioso Inter, Flu, Mengo, Vasco SPFC, Palmeiras,  enfim, todos os vinte gloriosos times que chegaram à série A esse ano porque o importante é gostar de futebol!

Aposto que o jogo vai começar frio, mas logo esquenta e começa a valer o ingresso.

Um ótimo campeonato pra todos, afinal, o povo que sofre precisa de uma diversão - e nem todo mundo gosta de novela.. rs

Paz nos estádios e um grande Campeonato Brasileiro pra gente esse ano.

E só pra não perder o hábito:

Vai Corinthians!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Bebidas alcoólicas & Futebol

Álcool pode ser liberado nos estádios em março

Ser livre é a regra geral, mas algumas liberdades necessitam de um suporte. O adolescente, quando demonstra ter responsabilidade para os pais, tem uma maior liberdade para sair, mais independência talvez...  a responsabilidade é o suporte desta liberdade. Renato Russo também cantou que disciplina é liberdade... nesse caso o apoio para liberdade é a disciplina, com disciplina você é livre para fazer o que quiser. Então, eu posso ser livre em alguns aspectos, se há condições para que eu seja livre.

Eu precisei fazer essa breve introdução sobre apoio de liberdade para entrar no assunto de hoje, da manchete de ontem. A notícia da Folha diz: “Álcool pode ser liberado nos estádios em março”.

Lembro-me bem quando houve a proibição da venda de bebidas alcoólicas nos estádios... muita gente chiou e achou um absurdo: futebol sem cervejinha? Melhor do que futebol com violênciazinha... Olha, eu sei bem que o buraco é mais embaixo, não precisa puxar minha orelha. Se eu pudesse discutir profundamente o assunto, esse blog viraria o “Manchete do Infinito” porque meu post não iria terminar nunca. Todavia, ninguém pode negar que com menos bebida alcoólica, existe uma probabilidade menor de ter confusão, apesar de que é preciso saber que a bebida alcoólica não é a única culpada pela violência – tanto é que sua venda foi vetada nos estádios e a violência têm continuado, como por exemplo aqui em Goiás, onde as torcidas organizadas não puderam apreciar neste final de semana o bate-bola do campeonato por terem sido penalizadas.

Agora eu te pergunto: se o cara vai sóbrio para o estádio e mesmo assim mata uns torcedores aí, depois da partida, simplesmente por se desagradar ao ver o indivíduo vestindo o uniforme do time adversário, torcendo para o time adversário, o problema certamente não é só a bebida.

Agora inclua a bebida nisso aí.

É de se esperar que o quadro melhore?

Na minha humildade, digo: não. Vamos melhorar o policiamento, então! Mas não é só enfiar um monte de “puliça” lá não. Isso ajuda, só que quando eu falo de melhorar o policiamento eu trago aqui um montão de coisas juntas: melhorar o nível dos policiais, o nível de quem faz o teste psicotécnico deles, melhorar o nível do curso que eles recebem e o nível salarial, óbvio.

Resumindo: não acho legal dar a liberdade do uso de bebidas alcoólicas nos estádios – muito menos na Copa de 2014, em que gringos estarão por aqui vendo a bagunça do nosso país. É bem verdade que é direito do tio beber sua cervejinha enquanto assiste o jogaço entre o Tabajara Futebol Clube e os Sem-Camisa, tudo bem. Mas para dar a liberdade ao tiozão, que não é da violência, nem nada, é preciso dar um suporte, um apoio, dar condições. E hoje em dia onde a polícia não dá conta nem das torcidas organizadas parcialmente sóbrias (elas bebem enquanto vão para o estádio), com umas cervejas na cabeça então?!

Talvez eu esteja errada nessa minha opinião...Desculpem-me pelo  excesso de sinceridade, mas infelizmente por causa de um povo ainda sem muita noção, eu prefiro que a liberdade de beber em estádios seja mitigada... por enquanto. Se eles querem beber, eles que votem melhor em seus representantes e que estes deem condições suficientes para aqueles fazerem uso de liberdades que precisam de um suporte para serem exercidas.

O problema vem neste exato momento: a Lei Geral da Copa, que versa sobre o assunto, será votada pelo Senado e pela Câmara, e os tiozinhos de lá têm condições para exercerem essa liberdade: bebem em camarote, com seguranças e policiais a serviço de seu bem-estar...

(Comentário pessoal desnecessário: Minha “fé” nessa galera das Casas Legislativas aí anda baixa: como posso confiar na decisão de um parlamento que lê na Constituição que o estado é laico e abre a sessão legislativa de cada ano com um Presidente que diz “Sob a PROTEÇÃO DE DEUS, iniciamos nossos trabalhos” ? ¬¬)

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Do futebol e seus exemplos

                                 Malas da discórdia (vide comentários)

Foi a notícia de ontem. A morte do Sócrates. Lembro de nunca tê-lo conhecido por um futebol espetacular. Talvez por eu ser bastante jovem ainda pra isso. Mas ontem os textos internet a fora o apontavam como gênio. Tudo bem. Eu devo ter perdido essa parte. Mas não perdi uma outra. A que falava de um cara que não se limitou ao futebol e à vida que ele pode trazer. Bem diferente do que vemos hoje, onde os muitos craques aparecem mais em baladas e escândalos do que nos gramados, o Sócrates foi um cara que se expôs no movimento pelas Diretas e até no seu clube discutiu politicamente as regras. Isso sem falar numa formação acadêmica nada comum para um atleta pelas bandas de cá. Bem bacana.

E aí, a humanidade ávida por exemplos, sem a lucidez e a fortaleza necessária para desenhar seu caminho, já dá um jeito de julgar, apontando como uma morte cavada, escolhida, dada a vida que ele levava. Alguns outros já reivindicavam a criação da “Lei Sócrates”, que proibiria a publicidade de bebidas alcoólicas. Sem querer fazer apologia a coisa nenhuma, prefiro achar que ele morreu de tanto viver. Não poderia ser assim? Por que não aceitar a escolha de quem fazia algo que gostava muito e sabia, mais que muitos de nós, das consequências disso? Por que precisamos tanto de mártires, de herois, se já sabemos o caminho? Por que não fazemos de nós mesmos o exemplo do que pensamos ser correto?

Deve ser pelo fato de que os mesmos que julgaram e o transformaram em poucas horas num símbolo da luta contra os terríveis efeitos do álcool, estavam mais tarde, no horário da decisão do campeonato brasileiro, comemorando a queda do time rival para a segunda divisão como se tivessem conquistado o título, fazendo pipocar piadinhas, gifs, imagens que festejavam a tristeza alheia como se tremulasse a bandeira da sua vitória.

Somos falíveis, como o time que perdeu, como o Sócrates que errou a mão no vício, como o meu Botafogo que não foi pra Libertadores ou o meu Ferroviário, que não consegue sequer voltar pra série C. A medida entre as nossas paixões e a nossa palavra, entre a nossa conduta e o nosso discurso está um tanto desequilibrada. O placar não é nada favorável.

sábado, 20 de agosto de 2011

Campanha do Getafe (Espanha) para ter mais torcedores: doem esperma!


Para né?
Aqui no Brasil a Conar proíbe o comercial da Paris Hilton na propaganda da Devassa.por instigar a sexualidade ligada ao consumo de bebidas alcoólicas. 
Aqui no Brasil a Conar investiga o comercial dos Pôneis da Nissan como a Maria Rita postou aqui no blog

E na Espanha?
O clube de futebol, por ter pouco público nos estádios (poucos torcedores), fez uma campanha publicitária querendo incentivar que os torcedores doem esperma para propagar os genes Cetafes na Espanha. E pra não correr o risco do feto torcer para outro time, fizeram um dvd erótico com torcedoras zumbis para que na hora da colheita do sêmen os peixinhos já sejam Cefatenses. Mereço?


Com o pretexto de SOMOS POUCOS, a propaganda tem nudez, cenas de sexo, uso da mulher como objeto e por aí vai...
Mas lá, pode!
Europa é chique bem!
Europa, pode!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Bem, amigos da Rede Globo!

                               Documentário denuncia Ricardo Teixeira por corrupção.

Não deu pra escapar. O futebol de ontem vai render por essa semana. A síndrome de Roberto Baggio que atacou nossos batedores de pênalti, a síndrome de salto alto das “revelações” do futebol brasileiro, a síndrome dos cortes de cabelo bizarro, a síndrome do gramado arenoso e a síndrome de falta de justificativas plausíveis realmente prejudicaram a “nossa” seleção.

Quem quiser se incluir nesse “nossa”, fique à vontade, mas eu tô fora, cara pálida. Todo mundo viu, depois da copa, a Globo destituir o Dunga dada a sua posição firme de não ceder à intromissão da Vênus Platinada, transformando-o no grande vilão do mundial para os brasileiros.

Semana passada, enquanto o Fantástico mostrava as pessoas sendo contagiadas pelo emagrecimento do Zeca Camargo e da Renata Ceribelli, a Record exibia um documentário que desmascarava o intocável Ricardo Teixeira, exibindo outro documentário da BBC de Londres, que aponta propina, dentre outros desmandos. Mas isso não reverbera. A dieta dos âncoras parece continuar sendo mais importante, no país do futebol.

País do futebol de Ricardo Teixeira, que é o futebol da rede Globo e que ecoa nos nossos tímpanos pelos gritos do locutor e maior autoridade em comentário esportivo. O time cheio de “erres” e aves tão festejado pelo Galvão Bueno fez feio, é feito de estrelas individuais que não sabem o que é constelação. Se falta maturidade e humildade, é porque esse tipo de mídia também contribui e muito com os rituais de exaltação desses meninos que ficaram ricos e viraram mitos muito cedo.

E o Ricardo Teixeira manda mensagem de apoio a Mano. Todos “bem amigos da Rede Globo”. E nós, brasileiros-técnicos-por-natureza de plantão, nos contentemos com nossos pitacos entre uma cerveja e outra, porque quem entra, sai, sobre, desce... Não é pro nosso bico.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A morte do futebol


O futebol no Brasil ficou chato. Pelo menos no eixo comercial se vê de tudo, menos futebol. Bandeiras são proibidas, provocações deixam de ser geniais e viram atos imorais contra um profissional, entrevistas são ensaiadas e os entrevistados são inúteis. Não se vê mais barracas de lanche nos estádios, bandas com marchas, papéis picados e uma farofa alimentando um esquadrão de louco por futebol.

Nisso, Kaká é visto como sujeito digno. Ora, um cara que prefere vestir Jesus com chuteiras a respeitar um adversário ateu ou mulçumano não merece meu respeito. Futebol não é santo e Deus não pega melhor no gol do que Barbosa. O Deus holandês, na última Copa, é melhor que o Deus brasileiro? Esse bom mocismo que invadiu o esporte bretão representa a divulgação de um falso moralismo que entra em nossa casa sem argumento, mas levanta o braço contra a brincadeira e a diversão.

Neymar era minha esperança. Era! Porque babacas de plantão em programas vespertinos trataram de cuidar da imagem para ela tornar-se uma pessoa boba, sem opinião, robô. Pura? E o torcedor que quer ver o adversário humilhado, zombar com o amigo numa deliciosa cervejada, levantar a bandeira e sair gritando por ai com o filho o golaço que acabara de ver. Zoar com futebol agora é bullying e xingar no estádio é contra o estatuto. Por favor, né?

O futebol brasileiro precisa de Edmundos, Romários, Garrinchas, Dadás, Sócrates e até novos Edilsons. Futebol de verdade é o nordestino! Casa cheia, barracas de cerveja, bandeiras enormes, filhos e filhas, maridos e esposas, bandas de frevo e uma devoção que está acima de qualquer lei moralista ou costumes de novela das oito. O futebol precisa de piada, sarcasmo e de amor. Futebol precisa de humoristas e não políticos. Futebol não precisa ser um poema imbecil de Pedro Bial. Brigas? Briga há na sua casa, na rua, no vizinho, na novela. Na casa do torcedor não seria diferente. Meu sonho não é mais ver um Flaflu. Meu desejo hoje é ver Náutico e Sport! E com muita gente diferenciada.