Mostrar mensagens com a etiqueta Dinossaurios. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Dinossaurios. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, 8 de abril de 2024

Nova árvore da vida das Aves


Um novo estudo genético dá agora uma ideia mais clara sobre a árvore genealógica das aves. Todas têm um ancestral comum, que viveu há cerca de 90 milhões de anos, que se dividiu em 3 grupos: o das aves que nas voam, como a ema, o kiwi e a avestruz, o dos patos, galinhas de água e afins, e o das Neoaves, que inclui mais de 95% das aves actuais. Mas só há cerca de 61 milhões de anos, após a extinção dos dinossaurios seus parentes 5 milhões de anos antes, é que as aves se diversificaram. O mesmo aconteceu com os mamíferos, cujas linhagens ancestrais remontam ao Jurássico, mas que que se mantiveram na sombra até à extinção dos dinossaurios.

Uma ave, o hoatzin da América do Sul, não se parece com nada e é a única representante da sua linhagem, mantendo-se a sua origem um mistério. Curiosa é a associação dos falcões com os papagaios. Já os passeriformes, que representam mais de 50% de todas as aves, terão surgido na Austrália e daí se expandido para todo o mundo. São o grupo mais recente e diverso do planeta.

O estudo do genoma é o produto de quase uma década de pesquisa, conduzida como parte do Projeto Bird 10.000 Genomes. O objetivo final deste projeto é sequenciar os genomas de todas as 10.000 espécies de aves vivas.

domingo, 10 de dezembro de 2023

Música Do BioTerra: Midnight Oil - Rising Seas


Every child, put down your toys
And come inside to sleep
We have to look you in the eye
And say, "We sold you cheap"

Let's confess, we did not act
With serious urgency
So open up the floodgates
To the rising seas

Temperature rising
Climate denying
Fever is gripping
Nobody's listening

Lustre is fading
'Cause nobody's trading
Wall Street is jumping
Still, the music keeps pumping

If you can't decide (if you can't decide)
Between wrong and right (wrong and right)
If you can't see through (if you can't see through)
All that you hold true (hold true)

Queen of the firmament
Lord of all beneath
Masters of the universe
We're all refugees

And in many countries
They adore celebrities
Open up the floodgates
To the rising seas

D-dinosaur stories
Reliving past glories
Lusting for gold
F-f-fishing for souls

They said it was a-coming
We knew it was a-coming

If you lift your game (if you lift your game)
Put your toys away (toys away)
Well, it looks like rain (well, it looks like rain)
On that western plain

sábado, 4 de novembro de 2023

Alfredo Sendim: “O que está em causa não é o planeta nem a natureza, somos nós”

Food is the currency of Life
Como é que podemos explicar a alguém que vive a maior tempo na cidade e tem pouco contacto com o mundo rural o que é a agrofloresta?
A agrofloresta é essencialmente a ideia de coabitar com o sistema natural – ou ecossistemas – que nos criaram e estão à nossa volta e dos quais nós ainda hoje dependemos integralmente. Somos completamente dependentes dos recursos que eles produzem. E nós não sabemos de forma alguma, por muita capacidade e engenho que tenhamos, supri-los de outra forma sem ser através do sistema natural.

É muito fácil percebermos o modelo da agricultura, que passa essencialmente por termos uma relação com o que está à nossa volta, eliminando o sistema natural, um conjunto de elementos relacionados entre si e uma capacidade de auto-regeneração única. No fundo aprendemos a canalizar a energia deste sistema apenas para poucos elementos, que obviamente são interessantes para nós, sejam eles cereais, eucaliptos ou olivais. Quando o espaço é muito grande e o número de utilizadores é pequeno, esta fórmula até pode ser bastante razoável, por que se as pessoas destruírem um bocadinho de natureza e quando voltarem ao mesmo sítio já tudo tiver sido regenerado ecologicamente, não há qualquer problema. O problema é que esta modalidade acabou por arrombar o sistema, que deixou de ser capaz de produzir a energia que o faz funcionar.


E a Agrofloresta pode esta inverter essa realidade?
A agrofloresta é uma forma diferente de nos inserirmos na natureza, que já foi desenvolvida em Portugal na Idade Média, com aquele sistema que nos orgulhamos tanto, chamado montado. Este não é mais do que uma evidência, como que dizendo “vamos lá reagir, depois de termos destruído a natureza e os ecossistemas todos”. Aconteceu uma vez no Neolítico, outra, muito mais forte, a seguir ao Império Romano, e uma terceira depois de todo o período dos visigodos, seguido pelos árabes. Às tantas houve alguém que bateu com a mão na mesa e disse: e se nós tentássemos viver com o sistema?

O montado, por exemplo, é um sistema muito simplificado e muito domesticado, adaptado às nossas necessidades, mas é um sistema. A agrofloresta não é portanto mais do que a ideia de viver com um sistema natural, compreendendo-o e sendo nós também parte dele. Diria mesmo que a agrofloresta é hoje uma das expressões mais profundas da ética da agroecologia.

Em que sentido?
Por se opor a uma ética antropocentrada, muito maioritária no pensamento ocidental, que nos diz que não somos natureza, porque a natureza é violenta e selvagem e nós, por oposição, afastamo-nos dela, numa tentativa de nos divinizar. A natureza existe para a ordenarmos e para podermos usufruir dela. A ética da agroecologia é diferente, pois pressupõe umas determinadas capacidades para o homem, que os outros seres não têm, e isso dá-nos não só uma enorme responsabilidade, como nos coloca ao nível dos outros elementos da natureza, como parte dessa mesma natureza. Essa evidência é personalizada pela a árvore, o elemento vegetal que dura mais e é o motor deste sistema. São estes seres que, de forma bastante eficiente, conseguem fazer o milagre de transformar a luz do sol em matéria orgânica. Por isso, todos os outros reinos – o animal, os fungos, as bactérias, os protozoários – são complementares à árvore e ao reino vegetal. Um sistema que não tem este elemento central não é um sistema.

Fala-se muito do solo vivo e da sua importância para a humanidade, mas continuamos sem perceber que não há solo sem árvore. Quem alimenta o solo são as árvores e o sol funciona como uma bateria, pensada neste sistema para ser carregada através de um painel fotovoltaico que se chama biodiversidade e é formado por todos estes seres interrelacionados entre si.

E agricultura tradicional não permite o funcionamento desse regime?
Não porque inventámos uma outra forma de alimentar essa bateria, partindo o painel solar da biodiversidade, através de meios mecânicos e químicos, para a podermos usar de uma forma especulativa, muito contrária aos interesses das novas gerações.
É por isso que a agroecologia é uma ética e não um mero conjunto de técnicas. Mas é também uma abordagem prática, porque implica que aprendamos a viver com o sistema, e quem vive com o sistema é recolector, não é produtor.
Trata-se talvez da expressão mais atual dessa visão sistémica de não arrombar o sistema, mas sim perpetuá-lo, adaptando-o às nossas necessidades, mas sendo o homem, também um elemento ao seu serviço.

Há aqui duas ideias opostas, uma é que a ideia de domínio sobre a natureza, em oposto à agroecologia, é sinónimo de abundância. E depois há esta nova abordagem aos seres vivos e à importância que têm as plantas silvestres e os animais selvagens terão no sistema, de modo a garantir essa mesma abundância a longo prazo.

O mais possível. Na perspectiva antropocentrada o homem é o centro e só ele conta. Há uma ideia muito simples, que é a de imaginarmos que a dado momento chega um ser mais capacitado, com uma atitude perante a humanidade semelhante à que temos com a maioria dos nossos congéneres do reino animal. É um exercício simples e que pouca gente faz.

Acima de tudo é importante perceber a nossa iliteracia ecológica. Ao contrário do que muitas vezes se afirma, a ecologia não é uma mera ideologia de esquerda, mas sim uma ciência, criada precisamente para estudar o sistema que nos criou. E ao não reconhecermos isso ou ao não partilharmos esse conhecimento, assumimos uma posição apenas arrogante. E grande parte destas questões têm precisamente a ver com esse desconhecimento profundo da forma como o nosso sistema de vida e o planeta funcionam.

E como funciona afinal esse sistema?
Todos os ecossistemas são cíclicos, e todos eles vão acabar num estádio que designamos de deserto. O deserto é praticamente só minério, sem vida, porque não há matéria orgânica no solo. Os ecossistemas de deserto evoluem para um outro extremo que é o clímax, mas passando por uma fase intermédia que se chama acumulação. O clímax não significa maior quantidade, porque muitas vezes na fase de acumulação até há maior libertação de recursos, mas é seguramente a fase da eficiência. É importante percebermos que a atitude antropocentrada, ligada à agricultura industrial de monocultura, é a principal responsável pela delapidação destes recursos. E isto são dados científicos comprováveis, pois a parte terrestre do nosso planeta tem mais de 80% em condições de deserto, enquanto há doze mil anos, no Holoceno, tínhamos o quadro inverso, com 80% do planeta em estado de clímax.

Como é o caso do montado, que já referiu como exemplo desse conceito…
O montado é completamente uma agrofloresta, hoje muito querida por todas as pessoas que gostam deste tipo de conceitos, mas é também um símbolo. Foi criado na Idade Média e entretanto foi sendo aperfeiçoado até atingir esta última versão. é o que se chama um modelo de “sucessão dinâmica”, que serve não só para instalar o sistema e viver com o sistema, como também pretende e permite transformar rapidamente desertos em clímax. O sobreiro é um ser de clímax, que precisa de um sistema muito complexo, assim como o humano, para poder viver. E nós não percebemos estes conceitos básicos, assim como também não percebemos que, no Neolítico, entrámos pelo interior de Portugal e matámos tudo aquilo que se chama a megafauna, ou seja todos os animais maiores que nós, sem percebermos que estávamos a suprir uma ferramenta absolutamente essencial dos ecossistemas.

É curioso perceber que os miúdos conhecem os dinossauros todos mas não sabem os nomes dos animais que aqui viviam há quinhentos anos. Sem o sabermos, roubámos instrumentos fundamentais aos ecossistemas. Manipulámos os animais e os outros seres, vegetais, em função das nossas necessidades. Uma vaca, hoje, não é um instrumento num ecossistema, e cada vez que a domesticamos mais, mais lhe retiramos as capacidades de promoverem serviços no ecossistema.

Referiu que dois terços de Portugal são mato, mas que podem ser úteis. O que é possível fazer nessa parte do território?
Antes devemos perguntar-nos porque é que esses dois terços são mato, há quanto tempo o são e o que eram antes. A consequência desta abordagem não sistémica, de assaltar a natureza e de fazer agricultura é o mato, porque o mato é o deserto.

As plantas e os seres que nós vemos no mato são seres pioneiros, que estão a recuperar aquilo que nós estragámos. O drama disto é que em função das condições de clima e de sol cada uma destas etapas pode levar sete a setenta mil anos, e nas nossas condições de Mediterrâneo são mais para setenta do que para sete. Se apenas nos pusermos quietinhos a olhar para o mato à espera que regenere, vai demorar cinquenta mil anos. Não temos tempo para isso.

Aliás, a ideia que o homem só é capaz de destruir, não é capaz de regenerar activamente, não faz sentido. Não há nenhuma razão para que assim seja, por muito que haja algumas correntes de pensamento que gostem e utilizem essa ideia da origem maléfica da nossa espécie. Pelo contrário, somos tão capazes de destruir como de fazer coisas absolutamente maravilhosas. Esses dois terços já foram terras férteis, com florestas e bosques. Porque é que não comemos, por exemplo, plantas e frutos silvestres? A grande razão tem a ver com a agricultura. A agricultura do Neolítico levou à existência de mais humanos no Neolítico final. Mas esse entusiamo levou-nos à razia do ecossistema da Península Ibérica. O que se seguiu foram mais de dois mil anos de caos, de lei do mais forte, que apenas terminou com a chegada dos romanos, que convenceram os povos peninsulares que a comida do mato e do bosque, desse supermercado aberto que não podia ser taxado, não era boa. Fomos convencidos que a única comida boa era a domesticada e nunca mais se comeram bolotas nem produtos silvestres. Ou seja, virámos costas a uma diversidade enorme.

Tendo em conta o modelo económico que temos, como é que podemos encarar o consumo de bolota e de outros frutos silvestres no futuro?
Em primeiro lugar é preciso perceber que ninguém come trigo à dentada, na espiga. O trigo é um alimento extraordinário depois de transformado e processado em farinhas e noutro tipo de alimentos, portanto com a bolota há que se fazer o mesmo, aprender a processá-la e a transformá-la com utilidade prática. A questão da bolota é muito simples: no Mediterrâneo, uma área com carvalhos, por exemplo azinheiras e sobreiros, produz, mesmo com uma densidade baixa de árvores, mais quantidade de alimento do que qualquer cereal e sem gastar energia nas mobilizações de solo, sem provocar erosão, sem adubos, sem barragens e sem tubos. A bolota é tão interessante para a alimentação humana como qualquer cereal.

E a ideia de que se tem estar sempre a limpar, que sentido faz, tendo em conta que se devia aproveitar aquela biomassa?
Numa abordagem de monocultura, a limpeza não é mais do que retirar elementos do sistema para o poder controlar melhor. Normalmente aquilo a que chamamos limpezas são elementos do sistema que vão alimentar o solo. Quando comecei a fazer agricultura nos Açores, os meus colegas começaram a perguntar algo muito interessante, sobre a ração que eu tinha para o solo naquele ano, porque ali a noção que o solo, se não for alimentado – e não é com adubos – vai acabar.

Ou seja, para alimentar o mundo não é preciso recorrer aos transgénicos.
De forma alguma. Para alimentar o mundo é preciso, em primeiro lugar, percebermos o que é que comemos. Essa variável é fundamental. Outra questão é percebermos que somos a única espécie que não atende aos recursos quando pensa em multiplicar-se. Isto vem da tal divinação do ser humano. Se calhar temos de ter a consciência que com o planeta em 20% de clímax e 80% de deserto, se calhar não podemos ser tantos quantos gostaríamos de ser.

A não ser que se reverta...
E que nós caminhemos para a abundância. Mas mesmo assim temos de ter uma bitola para percebermos conscientemente e com métodos libertários, que nenhum ser neste planeta atua como nós. Não há nenhuma espécie que não atenda à forma como se reproduz em relação aos recursos que existem.

Se não houver recursos, vamos sofrer. Sendo que a questão fundamental passa pelo relacionamento entre nós próprios. Como diz o Papa Francisco é uma questão social. Nós nunca vamos reverter esta posição de domínio perante a natureza se não a invertermos entre nós próprios. Não somos iguais a um mosquito, porque temos funções diferentes no ecossistema, mas como São Francisco de Assis tão bem nos mostrou, também não somos nem mais nem menos que um mosquito, pelo que não podemos ter a arrogância de matar milhões de mosquitos apenas porque interessa fazer negócio.

Saber mais:

terça-feira, 23 de agosto de 2022

Como era o lugar onde vives há milhões de anos? Mapa interativo mostra

Já te perguntaste como seria o lugar onde vives há milhões de anos? O Ancient Earth é um mapa interativo que permite pesquisar qualquer parte do mundo e ver como era, por exemplo, na época dos dinossáurios. A ferramenta reconstrói os mapas de acordo com os movimentos das placas tectónicas, o que permite saber onde se localizava cada cidade.



O Ancient Earth nasceu de uma ideia de Ian Webster, engenheiro e criador do maior banco de dados digital de dinossauros do mundo, o ‘The Dinosaur Database’, e CR Scotese, criador do Paleomap Project, um site desenvolvido para ajudar a entender como as placas tectónicas se moveram ao longo do percurso da história do planeta.

Em parceria, criaram um mapa no qual basta colocar o lugar onde vivemos e deixar-nos guiar para descobrir como era num determinado momento da história que também podemos selecionar.

O mapa tem a divisão política dos países atuais, o que permite localizar onde cada nação esteve em diferentes épocas (e se já existia). Também é possível não usar datas e, em vez disso, selecionar eventos fundamentais na história do planeta: os primeiros hominídeos, as primeiras algas, quando as flores cresceram ou quando os animais começaram a habitar o continente. Nesse sentido, é uma ferramenta educacional de grande mais-valia.

A tudo isto acrescenta-se que é possível ver quais os dinossáurios que habitavam a área escolhida e quão grandes eram em comparação com os humanos. Um mapa para viajar no tempo, sem sair da frente do computador.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Novo dinossauro português era um gigante à beira-mar


Acabámos de saber que o Jurássico Superior português era habitado há cerca de 150 milhões de anos por mais um dinossauro gigante, que tinha como casa a Bacia Lusitaniana​ – uma zona jurássica de águas pouco profundas na faixa Oeste da Península Ibérica, entre o (agora) norte de Aveiro e a península de Setúbal. O dinossauro agora identificado como novo para a ciência por uma equipa luso-espanhola pertencia ao grupo dos saurópodes, dinossauros herbívoros que se distinguem pelas caudas e pelos pescoços muito compridos.

Trata-se não só de uma espécie nova para a ciência, como igualmente de um género novo, segundo o artigo em que é descrito na revista Journal of Vertebrate Paleontology. Eis o Oceanotitan dantasi, o nome científico atribuído ao dinossauro pelos paleontólogos Pedro Mocho (do Instituto Dom Luiz da Faculdade de Ciências de Lisboa e da Sociedade de História Natural de Torres Vedras), Rafael Royo-Torres (do Dinópolis – Museu Aragonês de Paleontologia, em Espanha) e Francisco Ortega (do Grupo de Biologia Evolutiva da Faculdade de Ciências da Universidade Nacional de Educação à Distância, em Espanha).

Mas os ossos do Oceanotitan dantasi já foram descobertos há mais de 20 anos, em 1996, nas rochas que afloram na Praia de Valmitão, na vila de Ribamar, concelho da Lourinhã. E quem os descobriu foi José Joaquim dos Santos, um carpinteiro e paleontólogo amador que já encontrou muitos fósseis na região Oeste do país, conhecida pela sua riqueza em fósseis de dinossauro do Jurássico Superior, segundo se explica num comunicado sobre o trabalho.

Ao longo de mais de 30 anos, José Joaquim dos Santos foi reunindo uma enorme colecção paleontológica composta por milhares de exemplares de fósseis de vertebrados e invertebrados e que estão depositados na colecção paleontológica da Sociedade de História Natural, em Torres Vedras. “O acervo existente representa agora uma das maiores colecções de vertebrados fósseis do mesozóico português [era geológica ocorrida há 251 milhões a 65 milhões de anos]”, sublinha o comunicado.

Ler mais aqui

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Quando éramos peixes



Recuando muito atrás, uns meros 450 milhões de anos (em relação à capacidade de marcha) nascemos de peixes e há um que comprova essa evolução! E curiosamente trata-se de um peixe-gato africano!! E saber que já fomos ditadores, monarcas, narcotraficantes, ecologistas, vilões e etc...e numa época algures nos 65 milhões se extinguiram dinossaurios e estamos cá como consequência disso. Leiam toda esta interessante e marcante descoberta neste artigo da National Geographic,13 Dezembro 2011, em inglês.

While other fish are known to stroll—and some even have "hands" (pictures)—this is the first time the behavior has been seen in a fish related to the first land-walkers. The find could mean that our ability to walk originated underwater, researchers say.

In the lungfish, "this ability is surprising, because lungfish don't have feet!" study leader Heather King said via email.
Based on observations of the fish's movements in glass tanks in the lab, the study showed the lungfish were able both to push off a solid surface and move along it using their pelvic fins. (Watch a brief video of the lungfish walking.)
"We found that the lungfish uses a range of gaits, from walking (alternating the limbs) to bounding (moving the limbs synchronously)," said King, a biologist studying at the University of Chicago, who collaborated with past National Geographic Committee for Research and Exploration grantee Neil Shubin on the study. (The National Geographic Society owns National Geographic News.)

Related: 


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fóssil de um dos menores dinossauros já encontrado é exposto pela primeira vez


Fósseis de um dos menores dinossauros já encontrado no mundo, uma ágil espécie com apenas 71 centímetros de comprimento e peso inferior ao de um coelho, começaram a ser exibidas em público pela primeira vez, nesta semana, no Museu de História Natural do Condado de Los Angeles.

Os ossos - que equivalem aos cérebros, vértebras, braços e pernas de quatro animais - haviam sido descobertos no final da década de 1970 no oeste do Colorado, mas só recentemente foram identificados e batizados como Fruitadens haagarorum por uma equipe internacional de cientistas.

"Estamos realmente testando os limites do tamanho corporal entre dinossauros. Eis um animal que se estima que tenha pesado cerca de duas libras (910 gramas) quando totalmente crescido. É o menor dinossauro conhecido da América do Norte, e um dos menores dinossauros de todos", disse à agência Reuters Luis Chiappe, diretor do Instituto de Dinossauros do museu.

A espécie - O Fruitadens haagarorum viveu há cerca de 150 milhões de anos, provavelmente zanzando entre as pernas de dinossauros muito maiores. Detalhes excepcionais do crânio, como os dentes tipo caninos na frente da mandíbula inferior, e os dentes em forma de folha na região da bochecha, sugerem que ele comia plantas e outros animais. Teria sido, portanto, um dos últimos representantes de um grupo chamado de heterodontossaurídeos.

"Acreditamos que esse pode ser o segredo para a longa vida que esse grupo de dinossauros teve. Eles existiram por cerca de 100 milhões de anos. Talvez o fato de os últimos membros do grupo serem generalistas, e não altamente especializados em um nicho em particular, tenha lhes dado uma vantagem que lhes permitiu viver por tanto tempo como grupo", explicou Chiappe.
Fonte: Veja, 22.10.09

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sobre a Paleoecologia


Fonte: Jokes For Everyone

A Paleoecologia utiliza dados a partir de fósseis para reconstruir os ecossistemas do passado. Esta ciência inclui o estudo dos fósseis e os seus organismos bromalites e outros vestígios fósseis, em termos do seu ciclo de vida, suas interacções, seu ambiente natural, condições da sua morte e deposição.
O objectivo da Paleoecologia, pois, construir o mais detalhado possível o modelo das condições ambientais em que os organismos viviam ; esse trabalho de reconstrução envolve complexa interacção entre factores ambientais (temperatura, teia alimentar, do grau de iluminação solar, etc.). Evidentemente grande parte deste complexo de dados são distorcidos ou destruídos pelos processos post-mortem de fossilização , adicionando mais uma nível de complexidade.

A complexidade do factor ambiente é geralmente abordada através da análise estatística dos dados numéricos disponíveis (quantitativa ou paleontologia quantitativa ou paleoestatística), enquanto que o estudo de processos post-mortem é conhecido como o campo de tafonomia .

Muita investigação paleoecológica centra-se nos últimos dois milhões de anos (o período Quaternário), porque os ambientes mais antigos estão menos bem representados, em fósseis, ao longo da cronologia da evolução. Com efeito, muitos estudos concentram-se no Holoceno (os últimos 11000 anos), ou a última fase glacial do Pleistoceno (o Wisconsin / Weichsel / Devensian / Glaciação Würm idade do gelo, a partir de 50000 a 10000 anos atrás). Estes estudos são úteis para a compreensão da dinâmica dos ecossistemas para a mudança e reconstrução de ecossistemas pré-industrialização. Muitas políticas públicas responsáveis pela tomada de decisões têm salientado a importância de utilizar estudos de base paleoecológica para as escolhas feitas na conservação e equilíbrio ecológico.

Consultar também
  1. Fernández-López, S. 2000.Temas de Tafonomía (e-livro , 15 Mb, 167 páginas)
  2. Silva, C.M .2005. Guia do/a Professor/a.Exposição Plumas em Dinossáurios :afinal nem todos se extinguiram Museu Nacional de História Natural de Lisboa, 50 pp.
  3. Fox, D. Dig Deeper. Conservation in Practice 7(3):15-21
  4. Taylor, P.D. and Wilson, M.A. 2003.Palaeoecology and evolution of marine hard substrate communities. Earth-Science Reviews 62: 1-103
Ver também

domingo, 5 de novembro de 2006

Dossiê PaleoTerra

ATENÇÃO © Copyleft - É permitida a partilha do dossiê exclusivamente para fins não comerciais e desde que o autor e o BioTerra sejam citados.


              Não esqueças de visitar regularmente este espaço para manteres-te actualizado

Institutos || Sociedades 
Fossil Record
International Palaeoentomological Society



Investigadores

Dossiês BioTerra Relacionados

Smithsonian Blog
Tabula Rasa

NOVA ATENÇÃO © Copyleft - Ao partilhar, agradeço atempadamente a indicação do autor e do meu blogue Bioterra. Estes dossiês resultam de um apurado trabalho de pesquisa, selecção de qualidade e organização.