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quarta-feira, julho 23, 2014

O poder da informação

Manuel Monteiro escreve um artigo que merece reflexão. É sobre o poder de J. Edgar Hoover, que dirigiu durante 48 anos o FBI: «Seria importante conhecer, por exemplo, em que medida a informação por si recolhida, permitindo-lhe aceder aos segredos de muitos dos seus adversários, ou potenciais adversários, não impediu a acção que estes poderiam ter desenvolvido contra si. Como seria importante entender quantos compromissos foram alcançados e silêncios garantidos, para que essa informação não fosse divulgada.»

Mas Manuel Monteiro vai mais longe, colocando a hipótese de casos como o de Hoover poderem ocorrer «na actual política portuguesa», admitindo que, «se isso foi assim num país de grandes dimensões, mais facilmente o será num país de poucos milhões.»

sábado, novembro 23, 2013

Manipular e difamar já têm alicerce teórico em tese - ou equivalência

— Olha, já criaram mais 250 perfis falsos…

• Óscar Mascarenhas, Manipular e difamar já têm alicerce teórico em tese - ou equivalência:
    ‘Já várias pessoas disseram que se trata de assunto em que deveria ser aberto inquérito na Procuradoria, mas creio que a dificuldade estará em que se trata de "crime particular", reclamando queixa dos molestados. No entanto, certos casos, como o cerco montado a José Sócrates, agora confessado, já parecem recair no crime público, não dependente de queixa, porque se tratava de um primeiro-ministro em exercício. Mas os juristas dirão.

    Outros nomes, ligados às tropelias do tal Moreira são de jornalistas do DN que sempre apreciei como homens de dizer não e nunca percebi que bigorna lhes caiu no cocuruto para passarem a ser lacaios de dizer sim a membros deste Governo. Que droga marada deram a estes meus considerados amigos, hoje já fora da carroça do poder - males que vêm por bem - de quem não consigo dizer outro mal que não seja que foram ludibriados já no verão das suas vidas? A trabalhar para Miguel Relvas, dá para acreditar? Um deles disse, um pouco empertigado, que não trabalhou para Miguel Relvas mas para o Governo da República. Não, camarada, a humilhação suprema é que serviste Miguel Relvas! Porque quando lhe calçaram os patins e o despacharam para administrar não sei o quê no Brasil, tu ficaste pendurado: o (teu) Governo da República nem quis saber quem eras. Se um dia te vir a transportar, ajoujado, a pasta de Agostinho Branquinho, não leves a mal se eu mudar de passeio para fingir que te não vi. Mas saberás como te dilaceraste na minha consideração!’

domingo, novembro 17, 2013

Baldaia (e padre Américo): não há rapazes maus


Na semana em que se ficou a saber que um dos momentos mais complicados por que passou Paulo Baldaia enquanto director da TSF resultou de um plano preparado e executado pelos hooligans de Passos Coelho, esperar-se-ia um comentário seu sobre este episódio na crónica que assina aos domingos no DN. Mas eis que o director da TSF nos reservou uma dupla surpresa: não apenas não diz uma só palavra sobre os estragos que os hooligans fizeram no Fórum da TSF em que foi entrevistado José Sócrates, como decide assumir-se como ventríloquo de Passos Coelho, fazendo sua a mistela ideológica da direita para a rendição do país. Outro que entrou para o monocarril.

sexta-feira, novembro 15, 2013

Estórias dos hooligans da São Caetano [1]


    “(…) Em 2011, o Sócrates foi ao Fórum da TSF. Decidimos entalá-lo e descredibilizar a coisa, exagerando nos elogios. Deu um bruaá enorme. O diretor da TSF teve de explicar-se por causa das críticas dos ouvintes, que consideraram aquilo uma coisa do tipo Deus no céu e Sócrates na terra. Deu-nos um gozo tremendo!”

A página do Facebook de Paulo Baldaia, director da TSF, foi então inundada de insultos, muitos deles provavelmente obra dos mesmos hooligans que entupiram o Fórum da TSF (“Tínhamos nick names para as redes sociais, perfis falsos no Facebook e por aí adiante”). A comunicação social fez eco do que se passou, como se pode ver aqui ou aqui. Baldaia, em desespero de causa, atribuiu a façanha ao excesso de zelo do aparelho do PS. Aos hooligans, isso deu “um gozo tremendo”. A nós serviu para conhecer a máquina de contra-informação por dentro.

quinta-feira, novembro 14, 2013

Central de contra-informação:
vida e obra dos “blogueres «da corda»”


Uma amiga enviou-me esta manhã a entrevista que Fernando Moreira de Sá dá à Visão. Dois outros amigos enviaram-me mensagens a chamar a atenção para a entrevista, embora tivessem acrescentado não terem tido paciência para a ler até ao fim. Acho que a entrevista merece ser lida, até porque, se ele tivesse dois dedos de testa, não a teria dado.

Sá conta-nos o que aconteceu após ter mergulhado de cabeça no projecto para a tomada de poder de Passos Coelho, engrossando a legião de “voluntários” que chapinha(ra)m nas redes sociais.

Que diz ele para ter deixado Pacheco Pereira aos pulinhos logo pela manhã num post escrito a dois tempos (primeiro, realçando as artimanhas da trupe de Passos Coelho e, mais tarde, juntando um período ao post para procurar enfiar o CC no mesmo saco)?

Abdicando de comentar os delírios de Sá, que chega a pôr este escriba a laurear nas expedições oficiais ao estrangeiro, nem perdendo tempo a repudiar a inefável declaração de que os simpatizantes dos vários partidos são todos iguais, fica-se a saber que Passos Coelho, com o apoio do Dr. Relvas, montou uma gigantesca máquina de contra-informação para varrer as redes sociais de lés-a-lés com o intuito único de desqualificar os adversários políticos (Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel e José Sócrates).

Eis Moreira de Sá em discurso directo:
    1. Quem definiu a estratégia da contra-informação?
    “Não posso provar, mas desconfio que o mentor foi Miguel Relvas e tiro-lhe o chapéu. (…)”

    2. Em que consistia a contra-informação?
    “(…) Havia voluntários a defender as posições do Passos, mas sobretudo a atacar o Governo PS, no Fórum da TSF, na Antena Aberta, da RDP, e nos debates dos canais por cabo. Alargou-se a influência mediática. (…)”

    3. Os fóruns da rádio e da televisão eram facilmente manipuláveis?
    “Completamente. Se for preciso, provo. (…) Em 2011, o Sócrates foi ao Fórum da TSF. Decidimos entalá-lo e descredibilizar a coisa, exagerando nos elogios. Deu um bruaá enorme. O diretor da TSF teve de explicar-se por causa das críticas dos ouvintes, que consideraram aquilo uma coisa do tipo Deus no céu e Sócrates na terra. Deu-nos um gozo tremendo!”

    4. Quem dirigia a central de contra-informação?
    “Não vou dizer. (…) por trás disto tinha de estar Miguel Relvas, um visionário quanto à importância das redes sociais para levar o Passos aonde chegou. Não éramos anjinhos. Sabíamos bem ao que íamos.”

    5. Como funcionava a central de contra-informação?
    “Por exemplo: existia um mail acessível a um grupo fechado, através do qual recebíamos informações, linhas gerais, provenientes de quem estava a preparar o programa do Passos. No início, nem sabíamos quantos éramos. Cada um desenvolvia aquilo, nas redes sociais e na blogosfera, à sua maneira. Utilizávamos isso no Fórum da TSF, no Parlamento Global, da SIC, no Twitter, etc. No último confronto televisivo entre os três candidatos à liderança [Passos, Aguiar Branco e Rangel], condicionámos o debate. Só eu tinha três computadores à minha frente, em casa, além do telemóvel. Antes do debate, já tínhamos tweets preparados para complicar a vida ao Rangel. Nos primeiros minutos, começámos a «tuitar» como se não houvesse amanhã, dizendo que o Rangel estava nervoso e mais fraco do que o esperado. Criou-se um ambiente negativo que se propagou rapidamente. Ao fim de cinco minutos, ríamos até às lágrimas! Até opinion makers repetiam o que dizíamos! E o debate tinha apenas começado...”

    6. O mail «fechado» manteve-se nas eleições legislativas?
    “Sim. Com mais força e mais filet-mignon informativo.”

    7. Como faziam a campanha suja (designadamente do caso Freeport) contra Sócrates?
    A contra-informação era a praia do grupo [de Passos Coelho] à volta de Sócrates. Tínhamos nick names para as redes sociais, perfis falsos no Facebook e por aí adiante, mas éramos uns meninos do coro comparados com os tipos dele. Não há virgens nisto: em qualquer campanha eleitoral, existem centenas de perfis falsos, mas perfis com «vida», que incluem fotografias de «família», «clube de futebol», «gostos», etc. O segredo é ir pedindo «amizade» a pessoas da política e alargar os círculos de «amigos». Se deixarmos uma informação sobre o caso Freeport num perfil falso e ele for sendo partilhado, daqui a pouco já estão pessoas reais a fazer daquilo uma coisa do outro mundo.

    8. A central de contra-informação passou-se para o Governo após Passos se ter alçado a São Bento?
    “Álvaro Santos Pereira, do Desmitos, foi para ministro da Economia; Carlos Sá Carneiro entrou para adjunto do primeiro-ministro; Pedro Correia foi para o gabinete do Relvas; Luís Naves também, mais tarde; João Villalobos para a secretaria de Estado da Cultura; Carlos Abreu Amorim para deputado e vice-presidente do grupo parlamentar; António Figueira, do Cinco Dias, e de esquerda, foi trabalhar com o Relvas; Francisco Almeida Leite para o Instituto Camões; Vasco Campilho foi para algo ligado aos Negócios Estrangeiros; José Aguiar para o AICEP; Pedro Froufe para a comissão de extinção das freguesias; o CDS também recrutou no 31 da Armada. Houve outros. Só em ministros, secretários de Estado e assessores foi uma razia em blogues como o Albergue Espanhol, o 31 da Armada, Delito de Opinião, O Insurgente, o Blasfémias, etc.”

    9. O «cérebro» Relvas não tentou atenuar esta deserção de bloggers para o Governo?
    “Sim, ainda fui a um encontro de blogueres «da corda», na Presidência do Conselho de Ministros. (…) Mas continuava a haver um grupo disponível, ainda que amputado, para adoçar as medidas más, nas redes sociais e nos blogues, desde que a informação fosse enviada com antecedência. (…)”

Agora, caro leitor, tire as suas conclusões sobre os meios usados por estas canalhas para se alçarem ao poder.

sexta-feira, janeiro 25, 2013

Dr. Relvas manda abrir fogo sobre a RTP

A central de comunicação do Governo é mais previsível do que a vida quotidiana de Kant. O Dr. Relvas anunciou ontem um "ambicioso" e "doloroso" processo de reestruturação da RTP, para o qual há dinheiro a rodos: 42 milhões de euros. É por isso preciso agitar a opinião pública com os salários milionários daqueles malandros que aparecem no ecrã (que, na sua maioria, creio que nem são funcionários da RTP). Aí está: os salários dos apresentadores da RTP.

sábado, dezembro 08, 2012

Fogo sobre o Largo do Caldas!

Hoje no Expresso

      ‘Já repararam que quando alguém critica o governo, seja um bispo, um responsável desportivo, um empresário “vermelho”, um chefe dos bombeiros, uma autarca mais atrevido, vinte e quatro horas depois, aparece alguma notícia danosa, verdadeira ou falsa, populista ou insidiosa, a atacar a sua reputação e os seus motivos?

      Os homens livres deveriam preocupar-se com a coincidência.’


Parece que Paulo Portas, segundo o Expresso, prefere o modelo 3: a reestruturação da RTP sem a entrada de capitais privados (para já…). Isso desagrada profundamente ao Dr. Relvas. Por isso, é muito provável que a central de contra-informação dê brevemente um ar da sua graça — e, agora por maioria de razão, pelos canais habituais.

Depois, restará a Pacheco Pereira afinar o texto, substituindo “governo” por “dupla Passos/Relvas” e acrescentando à relação dos críticos “ministro”.

sexta-feira, novembro 16, 2012

Governo mente para trazer os boys nas palminhas das mãos


1. Decorria o debate na especialidade do Orçamento do Estado para 2012 quando Vítor Gaspar assegurou aos deputados: “não haverá exceções” nos cortes de subsídios de férias e de Natal da função pública.

2. Perante a denúncia de múltiplos casos relativamente aos quais os despachos publicados no Diário da República previam o pagamento dos subsídios de férias e de Natal, o Governo desdobrou-se em desmentidos.

3. Uma vez que os zunzuns subsistiam, o ministro das Finanças, do alto da sua credibilidade, veio sossegar o povo através de uma nota à comunicação social:
    “«O artigo 21º da LOE 2012 [Lei do Orçamento do Estado para 2012] prevalece sobre quaisquer outras normas e tem natureza imperativa e excecional, pelo que o mesmo deverá ser aplicado a todos os membros dos gabinetes, independentemente da sua opção pelo estatuto remuneratório de origem», lê-se na nota do ministério enviada às redações.

    «Nestes termos, não será pago a nenhum membro do gabinete o subsídio de férias e de Natal, nos termos do art. 21º da LOE 2012, sendo que, qualquer situação que seja identificada em contrário será imediatamente corrigida».

    Explica o ministério que «foi suscitada a questão do pagamento de subsídio de férias e de Natal (13º e 14º mês) a membros de gabinetes que tenham feito a opção pelas remunerações correspondentes aos cargos de origem» ou pelo «estatuto remuneratório de origem».

    Como o que está em causa é a aplicação do artigo que «determinou a suspensão do pagamento de subsídios de férias e de Natal ou equivalentes durante a vigência do Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), aos membros de gabinete que tenham feito/façam a opção pelo estatuto remuneratório de origem, abrangendo este o 13º e 14º mês», isso quer dizer que esses funcionários são abrangidos.”

4. Entretanto, o grupo parlamentar do PS insiste com Passos Coelho, questionando-o se havia gente a trabalhar para o Estado que tivesse recebido o subsídio de férias. Assim como quem não quer a coisa, o gabinete do alegado primeiro-ministro remete para o PS um envelope com a referência a 133 casos em que isso efectivamente acontecera.

5. Hoje, soube-se que, afinal, há quase 1.500 boys & girls aos quais foi pago o subsídio de férias.

Importaria saber:

segunda-feira, outubro 22, 2012

Isto anda num corrupio no gabinete do Dr. Relvas


Veja-se que, só hoje, o Dr. Relvas fez as seguintes mudanças no seu gabinete:
Breve nota:

1. Ainda que fosse possível, através de uma operação delicada, separar os gémeos siameses, a primeira conclusão a extrair é que a central de propaganda e contra-informação do Dr. Relvas poderá perdurar para além do seu criador.

2. A sangria da secção laranja do DN continua, como, de resto, o CC já havia antecipado. Sossega-nos, ao menos, saber que o recrutamento se faz entre as pessoas que pensam pela sua própria cabeça.

3. Hoje, haverá festa de arromba no 5 dias: — Carlos, Tiago e Renato, trazei depressa a melhor roupa para o António, vesti-o, ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Matai o novilho cevado. Comamos e regozijemo-nos.

4. A velha arrastadeira anda a remoer o OE-2013. Olha à volta e só vê “cocó”. Mas mantém-se firme ao lado do Dr. Relvas: só pode ser por devoção ao ex-empresário luso-cabo-verdiano-brasileiro.