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segunda-feira, dezembro 07, 2015

Notícias do pote

Os títulos dos CTT estão a 8,741 euros. É bem mais do que os 5,52 euros da oferta pública de venda, mas a cotação já esteve quase no dobro do valor a que os CTT entraram em bolsa. Foi este ano, a 14 de Abril, que as acções chegaram àquele que é ainda o máximo histórico: 10,64 euros (gráfico no fim do texto).

Considerando a cotação actual, o valor de mercado dos CTT aumentou 483 milhões de euros. Com efeito, o mercado avalia actualmente a empresa em 1,31 mil milhões de euros, muito acima da avaliação feita (828 milhões de euros) aquando da oferta pública inicial.

Além da valorização através do preço das acções, os investidores beneficiaram ainda da generosa política de dividendos da empresa. Este ano e em 2014, os CTT distribuíram 130 milhões de euros aos accionistas (60 milhões em 2014, referentes ao exercício de 2013, e 70 milhões este ano), montante que poderá chegar a 200 milhões (mais 70,5 milhões de euros referentes ao exercício deste ano, a serem pagos em 2016).

A maior parte do capital dos CTT está agora nas mãos de grandes gestoras de activos.



Fontes: Económico e Negócios.

quinta-feira, dezembro 03, 2015

Gente sem um pingo de vergonha


O governo do PSD e do CDS-PP privatizou a TAP.
A TAP privatizada fez saber que quer acabar com os voos de longo curso para o Porto.
O líder da distrital do PSD/Porto, Virgílio Macedo, teve de se mostrar indignado e fingir que reage.
O tal Virgílio exige agora que seja questionado o «destinatário certo».
Perguntará o leitor: quem é o «destinatário certo»? Passos? Portas? Pires de Lima? Sérgio Monteiro?
Nada disso. O «destinatário certo» é novo ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral.
Esta gente não tem um pingo de vergonha na cara.

sexta-feira, novembro 27, 2015

«A quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão?»


• Francisco Louçã, O primeiro dia é feliz, mas as dificuldades chegam depois:
    «(…) Dizem alguns comentadores que entenderam do discurso de Cavaco Silva que este ameaça demitir o governo. Depois de 53 dias de empastelamento da política, alegar uma divergência de doutrina económica sobre o papel do consumo ou outra questão avulsa para impedir a apresentação da proposta do Orçamento de Estado, tudo isto nas últimas semanas de mandato, entre a Missa do Galo e a eleição do novo presidente? Em Portugal, isso não existe. Mas a notícia política é que houve quem vislumbrasse essa esperança obscura nas entrelinhas do Presidente. Ou seja, a direita está tão perdida que fantasia um confronto épico convocado numa manhã de nevoeiro a partir de Belém, o que simplesmente quer dizer que não sabe o que fazer.

    Costa respondeu com um governo moderado e com um discurso moderado. Ele quer acentuar a deslocação da direita para as bordas do discurso incompreensível. Nem precisa de se esforçar muito. Entre António Costa, oficialista e ponderado, e Marco António Costa, a prometer uma crise política que rebenta tudo, a quem é que o eleitor de centro compraria um carro em segunda mão? Pois é, nem vale a pena perguntar. (…)»

quinta-feira, novembro 19, 2015

A política de saúde do governo numa manchete de jornal

Hospitais em rutura podem desviar doentes para privados

Primeiro desmantela-se o SNS.
Depois passa-se um cheque chorudo aos privados e aos amigos da caridade.

quinta-feira, novembro 12, 2015

Desmontar uma falsidade

    «O jornal Expresso diz que o PS desistiu de manter o controlo público da TAP. Essa notícia é falsa.»

terça-feira, outubro 20, 2015

Estabilidade: caso prático


Já perdi a conta aos aumentos de taxas e taxinhas nos aeroportos portugueses desde que a ANA foi concessionada (cinco vezes? seis? mais?). Mas a escalada continua: agora, os acessos ao aeroporto do Porto já são a pagar. Estabilidade de que nos falam é isto.

sábado, setembro 26, 2015

«Vergonha interior que muitos trabalhadores dos Estaleiros de Viana
devem ter tido, ao ver Portas a usá-los»

Portas, Marco António e Abreu Amorim (via Rádio GeiceFM)

• José Pacheco Pereira, É mau, mas quem é que quer saber?:
    «(…) É natural que a empresa que ficou com a subconcessão dos Estaleiros, a West Sea da Martifer, não perca oportunidades em receber os governantes a quem muito deve. Seja Aguiar Branco, seja Passos Coelho, seja agora Paulo Portas. Em Maio deste ano, Passos Coelho visitou os Estaleiros e anunciou “que vai entregar à West Sea a construção de dois Navios Patrulha Oceânicos”, por ajuste directo, ou seja, sem concurso. A encomenda por ajuste directo no valor de 77 milhões, foi justificada pela “urgência”, depois da Marinha ter sido impedida de os contratar aos Estaleiros quando estes eram públicos. Mas quem é que quer saber?

    Portas passa por cima destas minudências e atira os números do “sucesso” sem hesitar, como se espera de um propagandista, Passos pelo contrário, entaramelou-se. Quando da sua visita aos Estaleiros, seguiu-se uma complicada, como é costume, explicação sobre o que é que tinha acontecido aos trabalhadores dos Estaleiros: havia 520 a trabalhar, 200 contratados, 320 subcontratados. Dos contratados, aqueles pelos quais a Martifer tinha responsabilidades, apenas 160 tinham vindo dos antigos estaleiros (que tinham 609 trabalhadores à data da privatização). Claro que, muito naturalmente, porque a vida é difícil, houve trabalhadores que pediram a rescisão do contrato e o estado pagou as respectivas indemnizações, subsídios de desemprego e reformas. Em inícios de 2014, a empresa pública em vésperas de privatização, previa para “limpar” estes trabalhadores cerca de 30 milhões de euros. À data da concessão, a Martifer prometia contratar 400 dos 609, coisa que não fez. Agora promete dobrar o número de trabalhadores, dos 200 para os 400, “nos próximos tempos, tendo em conta que o Primeiro-Ministro acaba de anunciar que vai entregar à West Sea a construção de dois Navios Patrulha Oceânicos”. O Almirante Melo Gomes, que foi Chefe do Estado-maior da Armada, não deixou de comentar, com ironia, a “superioridade da gestão privada quando esta é financiada pelo erário público”. Mas quem é que quer saber?

    (…)

    O argumento é o de que foi assim, porque tinha que ser assim. Mas na verdade, não tinha que ser assim, foi assim porque se foi negligente (no Citius), se perdeu o controlo (no Novo Banco) e se fizeram asneiras (no “ir para além da troika”) ou, como no caso dos Estaleiros, porque se quis que fosse assim. Os prejuízos enormes a montante a jusante de muitas das decisões negligentes, impreparadas, imponderadas deste governo, para servir interesses e amigos, por ideologia, ou pior ainda, não podem ser justificadas pelas situações de facto que foram criadas. Algumas foram travadas pelo Tribunal Constitucional ou por outros Tribunais, outras porque o protesto teve força, outras porque estavam tão mal feitas que não passaram do papel. Mas, para mal de Portugal e dos portugueses passaram coisas demais. Mas quem é que quer saber?

    Não há-de ser por mim, como aliás por muitos social-democratas que ainda sabem o que designa essa classificação política, que o PaF vai ganhar. Contrariamente à pequena intriga de muitos gnomos dedicados ao dedo twitteiro e facebookiano da coligação, uns amadores, outros profissionais, todos a mostrar serviço, que se saiba ninguém mudou de partido, ninguém faz parte das listas de deputados do PS e ninguém espera cargos e lugares caso o PS ganhe as eleições. Mas são sensíveis à vergonha interior que muitos trabalhadores dos Estaleiros de Viana devem ter tido, ao ver Portas a usá-los. (…)»

sábado, setembro 05, 2015

quinta-feira, agosto 27, 2015

Emporcalhar-se no pote com Cavaco a assistir


Anteontem no Jornal de Notícias

Este artigo ou este contextualizam o que está em causa em mais uma transacção das arábias. Mas isto inspira quatro breves notas:
    O POTE — A direita continua numa corrida desenfreada ao pote como se não houvesse amanhã.

    A GRANDE SONDAGEM — Este comportamento revela que a coligação de direita já interiorizou que, a 4 de Outubro, o seu destino está traçado.

    O ESTADO DE DIREITO — A forma despudorada como o Governo de Passos & Portas actua faz crer, até aos mais distraídos, que está em causa «o regular funcionamento das instituições democráticas».

    O PRESIDENTE DA REPÚBLICA — Se é verdade que Passos Coelho meteu o Presidente da República no bolso, ao permitir-lhe um segundo fôlego na sequência das demissões de Vítor Gaspar e Paulo Portas no Verão de 2013, não menos verdade é que, desde que assumiu funções públicas em 1980, Cavaco Silva sempre pôs os seus interesses pessoais acima de quaisquer outros, pelo que a sua completa inacção perante os desmandos dos pantomineiros é um mistério maior que os segredos de Fátima.

segunda-feira, agosto 24, 2015

Da série "Frases que impõem respeito" [943]


O Governo anda escondido há muito tempo, anda-se a esconder atrás da 'troika' para executar o programa que verdadeiramente queria e pelo qual se bateu tanto para que a 'troika' viesse.

Tem andado a esconder aquilo que é a realidade verdadeira do país, que não se esconde nas estatísticas, ouve-se naquilo que o povo nos diz. E agora quer esconder aquilo que quer fazer a seguir, por isso não mostra as contas do seu programa e esconde a verdade daquilo que se propõe fazer, que é atacar a privatização dos serviços públicos.

quarta-feira, agosto 19, 2015

Estratégia da direita para o Estado: se não se privatiza, extingue-se


O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, não tem dúvidas sobre a importância do Laboratório Militar. Considera-o um sector estratégico em que é preciso apostar:
    «O uso do Laboratório Militar deve ser potenciado da máxima forma possível na produção de medicamentos a nível nacional. Não só para responder às falhas como também para produzir medicamentos mais baratos que sejam importantes para Portugal.»

Lê-se, numa peça da edição do Diário de Notícias de 8 de Outubro de 2014, que o Laboratório Militar estava então a produzir 78 tipos de medicamentos para os hospitais do Serviço Nacional de Saúde. São remédios que deixaram de estar disponíveis no mercado devido aos seus baixos preços. A BIAL, um laboratório nacional, mostrou interesse em produzir alguns desses medicamentos, mas concluiu que o negócio não lhe interessava assim que o Infarmed disponibilizou a lista de produtos a fazer.

Soube-se agora que o Governo se prepara para, no pico do Verão, encerrar o Laboratório Militar. Nenhum caixeiro-viajante conseguiu captar capital estrangeiro para abocanhar mais um negócio.

segunda-feira, agosto 03, 2015

Flexibilidade para criar emprego, investir e modernizar o país? NÃO!
Flexibilidade só para privatizar a Segurança Social!

— Pedro, para ser um negócio que se veja, pomos o plafonamento nos 2000 euros.

• João Galamba, A privatização dos serviços públicos:
    «(…) As promessas da coligação PSD-CDS na área social são simples: combater a realidade que eles próprios criaram através da privatização generalizada de serviços públicos, começando pela Segurança Social. Depois do radicalismo ideológico da presente legislatura, a coligação promete - e garante – voltar a radicalizar.

    Depois de 4 anos a degradar a saúde, a educação e a segurança social públicas, PSD e CDS usam essa mesma degradação como pretexto para desinvestir (ainda mais) no público e investir (ainda mais) no privado. Em maior e menor grau, e apesar de todos os eufemismos (liberdade de escolha, plafonamento, programa de desenvolvimento social), o que a coligação considera “defender e revigorar o Estado Social” não é mais do que o desvio de recursos públicos para a saúde privada, para o ensino privado e cooperativo e, sobretudo, para fundos de pensões privados.

    Uma maioria que destruiu centenas de milhares de empregos, que cortou salários e que aumentou a precariedade, uma maioria que retirou o Rendimento Social de Inserção e o Complemento Solidário para Idosos a quase 200 mil pessoas e que cortou praticamente todas as prestações sociais de combate à pobreza e desigualdade, vem agora dizer, sem se rir, que quer apostar no social.

    Depois de terem enchido o país de cantinas sociais, para alimentar as vítimas das suas políticas, PSD e CDS querem aprofundar o desinvestimento nas prestações públicas de combate à pobreza, com destaque para o Rendimento Social de Inserção e o Complemento Solidário para Idosos, apostando tudo no reforço das transferências financeiras para as IPSS.

    As IPSS deixam de ser complementares à acção do Estado e parecem substituir, cada vez mais, o próprio Estado, que se torna progressivamente num mero financiador de um Estado (privado) paralelo. Esta agenda privatizadora, que, mais do que reduzir, transforma o papel e a natureza do Estado, implica menor transparência e escrutínio no uso dos dinheiros públicos e, historicamente, não se tem traduzido nem em poupanças orçamentais nem em melhorias nos indicadores sociais nem em maior liberdade ou autonomia para quem recebe apoio sociais.

    Mas onde existe mesmo uma ruptura privatizadora é nas pensões.

    Os partidos que, pela primeira vez, criaram um défice no sistema contributivo - causado pela queda da receita (destruição de emprego, queda dos salários e o aumento da precariedade) e pelo aumento da despesa com subsídio de desemprego - e que degradaram todos os indicadores demográficos (natalidade, emigração), ou seja, os partidos que objectivamente degradaram a sustentabilidade presente e futura da Segurança Social, dizem que o sistema é insustentável.

    Ao contrário do PS, a coligação não propõe que se invista no emprego, na valorização dos salários e no combate à precariedade. Também não procura novas fontes de financiamento para o sistema. A coligação, pura e simplesmente, não está interessada em investir nos factores que determinam a sustentabilidade do sistema de pensões.

    Depois de 4 anos a tentar cortar pensões, sendo sucessivas vezes travado pelo Tribunal Constitucional, depois de ter enviado um PEC para Bruxelas que inclui um corte de 600 milhões de euros em pensões - porque, diziam-nos, havia um défice que tinha de ser coberto, já em 2016 -, a maioria desiste (será?) de tudo isso, dá um enorme salto em frente (ou para trás) e propõe a privatização parcial do sistema público de pensões.

    A proposta da coligação é simples: pobres e classe média ficam no sistema público actual, quem ganha acima de um determinado valor (normalmente um valor acessível a uma percentagem muito reduzida de portugueses) pode optar por descontar, acima desse valor, para fundos de pensões privados.

    Não sabemos qual o valor a partir do qual se deixa de descontar. Também não conhecemos qualquer conta, número ou estudo que fundamente e quantifique a opção da maioria. Mas sabemos que o resultado desta medida é que a contribuição dos trabalhadores com salários mais elevados para o financiamento da segurança social baixa durante quarenta anos, para que, depois desses quarenta anos, a despesa com pensões também seja mais baixa. Ou seja, esta medida implica aumentar o défice e a dívida durante quarenta anos, para, prometem-nos, baixar o défice e a dívida nos anos posteriores. Não sabemos a dimensão exacta desse défice e dessa dívida, sabemos apenas que eles vão necessariamente existir e que terão de ser pagos por todos os portugueses.

    Quando a Comissão Europeia apresentou a sua proposta de "leitura inteligente" das regras orçamentais, Passos Coelho veio logo dizer que estas não se aplicavam a Portugal e que não havia flexibilidade nenhuma. A proposta de privatização parcial da segurança social mostra que, afinal, não é bem assim. Passos Coelho e Paulo Portas querem que os défices e a dívida causados pela privatização parcial da Segurança Social (que perde receita durante 40 anos) não sejam tidos em conta no cálculo das metas com que estamos comprometidos. Passos Coelho e Paulo Portas não querem flexibilidade para criar emprego, investir e modernizar o país, mas apenas para privatizar a Segurança Social

sábado, agosto 01, 2015

Quanto custa à Segurança Social o plafonamento?


Já reparou que a coligação de direita não apresentou ainda cálculos para a privatização parcial da Segurança Social? Por isso, João Galamba sustenta que a coligação tem obrigação de apresentar contas da proposta da Segurança Social.

sexta-feira, julho 31, 2015

As seguradoras estão preparadas (para ir ao pote das pensões)


    «Em declarações ao DN, o presidente da Associação Portuguesa de Seguradores, Pedro Seixas Vale, acentua que cabe ao poder político decidir se (desta vez) a medida avança, mas afirma que o setor está preparado e dispõe de produtos adequados para complementar as pensões

Plafonamento das pensões: a bomba atómica sobre a Segurança Social

Hoje no Diário Económico
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segunda-feira, julho 13, 2015

A vigarice da TAP


• Pedro d´Anunciação, A vigarice da TAP:
    «(…) Agora os jornais contam os pormenores. Humberto Pedrosa tem realmente 51% das acções da tal sociedade adquirente da TAP, e o americano-brasileiro Davis Neeleman apenas 49%. Mas, afinal, isto é em número total de umas acções de diferente valor. Na verdade, as acções de Pedrosa, de menor valor, representam apenas 5% da sociedade. E as de Neeleman 95%. De qualquer modo, Pedrosa, sentindo-se necessário, parece ter feito um bom negocio pessoal (na medida em que assegurou o apoio do pouco rigoroso Governo nacional): embora apenas pondo 5%, fica com 25% dos lucros (ainda assim uma minoria), e Neeleman, com 95% da Sociedade, resume-se 75% dos lucros (de qualquer modo, esmagadora maioria). E assegura a sua posição nas votações, exigindo 7 em 9 votos do Conselho de Administração para se adoptarem medidas. (…)»

domingo, julho 12, 2015

O programa oculto do PàF (Pote à Frente)


A coligação de direita esgota os sucessivos prazos a que se comprometeu para apresentar o seu programa eleitoral. Ontem, reuniram-se os conselhos nacionais do PSD e do CDS para aprovar umas «banalidades» às quais foi dada a altissonante designação de «linhas gerais do programa eleitoral».

Na verdade, a coligação de direita já submeteu o seu programa eleitoral a Bruxelas em Abril: o Programa de Estabilidade (2015-2019) e o Programa Nacional de Reformas (2015). Dada a brutalidade das medidas contempladas, não admira que a sua tradução para português ler esteja a revelar-se uma tarefa complicada.

Assarapantado com a irrevogável demissão de Portas em 2013, Passos Coelho afirmou então: «O programa com que me apresentei pressupunha duas legislaturas e há coisas que quero fazer além do programa de assistência.» Como pretende o alegado primeiro-ministro fazer «coisas» para «além do programa de assistência», ou seja, prosseguir a política austeritária de «ir além da troika»?

Para além do corte de 600 milhões de euros nas pensões de reforma já atribuídas, a coligação de direita está apostada em rebentar definitivamente com o pote. Entre as «reformas estruturais» para a próxima legislatura, estarão previstas estas:
    • Continuação da privatização de empresas públicas (em especial, Águas de Portugal e Caixa Geral de Depósitos, que Passos teve, em 2011, de meter na gaveta);
    • Privatização da Segurança Social, através do plafonamento das pensões;
    • Privatização crescente da Saúde, recorrendo à asfixia financeira do Serviço Nacional de Saúde;
    • Privatização da Educação, mediante a contínua degradação da Escola Pública;
    • Continuação do estrangulamento da classe média, quer através dos impostos (com redução apenas para as empresas e para os contribuintes com rendimentos mais elevados), quer através da «desvalorização salarial».

Este é o programa oculto da coligação do PSD e do CDS. Como transformar este brutal assalto ao pote e empobrecimento da maioria dos portugueses num «conto de crianças»?

terça-feira, junho 23, 2015

Contado, ninguém acredita

No Diário Económico

    «Passos, Portas e companhia diziam-nos que as privatizações eram uma forma de entrar rios de investimento estrangeiro em Portugal.

    Ora bem, não só isso não tem acontecido, como, no caso da Fidelidade, vendida pela Caixa aos chineses da Fosun, até aconteceu o oposto. Depois da Fosun se endividar em cerca de mil milhões de euros para comprar a seguradora, eis que a própria seguradora, a Fidelidade, uns tempos depois da Fosun ca meter mil milhões de euros, compra mais do que mil milhões de euros em dívida... da Fosun. Sim, é a empresa comprada que acaba a financiar o comprador.»