«Devemos ter consciência do que custou a liberdade», disse ontem o presidente da Câmara de Lisboa na inauguração do Museu do Aljube - Resistência e Liberdade. Na intervenção que fez, Fernando Medina afirmou que o museu é «uma homenagem às vítimas do fascismo» e é também «uma homenagem à resistência e à liberdade», através da «transformação de um espaço de escuridão e dor num espaço de luz e vida».
O novo museu, que ocupa as antigas instalações da tenebrosa cadeia onde se encarceraram sucessivas gerações de presos políticos, dispõe de quatro pisos para expor o seu espólio documental. Com arquitectura de Manuel Graça Dias e desenho museológico de Henrique Cayatte:
- • O primeiro piso evoca aspectos da história de Portugal entre 1890 e 1976, nomeadamente, as lutas sociais e políticas do final da Monarquia e da Primeira República, a ascensão do fascismo e o carácter ideológico e repressivo do Estado Novo e o combate da resistência clandestina;
• O segundo piso documenta a organização da resistência e os métodos da repressão, podendo ver-se os "curros", exíguas celas onde eram mantidos os presos;
• O terceiro piso expõe a dimensão colonialista do regime fascista e a brutalidade da sua acção nas ex-colónias;
• No último piso, um auditório e uma cafetaria complementam a oferta do museu, que disporá ainda de um serviço educativo para visitas didácticas.