Carlos: — Essa memória, Ricardo, já teve melhores dias. Estarás com falta de vitamina B1? Deixa-me cá fazer-te um teste para ver se desta vez passa.
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segunda-feira, fevereiro 04, 2013
Há muita falta de memória na banca e nos banqueiros
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terça-feira, janeiro 15, 2013
Cenas da vida da elite portuguesa
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domingo, janeiro 13, 2013
A palavra aos leitores
Comentário do nosso amigo Fernando Romano na caixa de comentários deste post:
- ‘A vida é bela! Os vassalos e vavassalos não hesitam em exteriorizar os seus apetites. Amanhã é outro dia! Estamos protegidos contra o povo desempregado, excluído, marginalizado e faminto. A CGTP fará greves sem pedrinhas....
Os actuais grupos económicos dominantes na sociedade portuguesa capturaram o Estado e a democracia. Foi o que quase sempre aconteceu, é o que acontece agora, é o que, aliás, quase toda a gente reconhece. Não é preciso ter ido a Coimbra para o perceber. Esses grupos dominantes quando se vêem ameaçados por uma crise, não hesitam em sacrificar a sua própria noção de identidade nacional e de independência política, sempre com uma volumosa almofada de lacaios e vendidos; trocam o seu patriotismo pela proteção dos seus interesses, e protegendo-se de uma insurreição popular: clamam por uma intervenção externa, como aconteceu noutros momentos da nossa história. Aconteceu na revolução 1383-1385, bandeando-se para o vizinho do lado; na expansão colonial marítima, 40 anos depois, estávamos em bancarrota, e mais quarenta anos, imploraram por Castela (1580); no século XVIII, com o comércio do ouro e da pimenta e outras matérias primas, uma aristocracia e burguesia que nunca pensou no coletivo - haviam de fugir no século seguinte aos milhares atrás do D. João VI, abandonando o povo às tropas invasoras e a governação estrangeira, "que tão barbaramente foram tratados" pelo bárbaro povo português, no dizer de VPValente. Os bandos dominantes e respetivas elites (da merda!) viveram sempre alapados no Estado sob proteção estrangeira e não hesitam nunca em os chamar a intervir na nossa pátria, como aconteceu no recente período 2009/2011. Venha a ajuda externa!, sim, mas com intervenção direta do grande capital financeiro internacional para nos governar! Foram sempre as classes populares que jogaram o pescoço e bens para defender este território de "pernas longas e sem cabeça". No século XIX, dividiram-se em "Grupo Francês" e "Grupo Inglês" e logo após o 25 de Abril dividiram-se entre dois imperialismos, o Soviético e o Americano. O povo na rua impôs o mais importante e possível: a Democracia. Mas não os afastou do poder político e económico. Não conseguiu esmigalhar-lhe os cornos. É vê-los aí babados de orgulho e prazer pelo iluminado documento do FMI posto a circular para amedrontar o povo e condicionar o Constitucional. É vê-los cantando, rindo e dançando lá pelos brasis da nossa tragédia. E conspirando contra o povo português!
José Sócrates enfrentou-os decididamente, com coragem e determinação. Eles sentem que é hora de festejarem a vitória!
Que os deuses nos livrem, mas isto está mesmo a pedir porrada. Esta gente anda mesmo a pedi-las. No osso.’
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terça-feira, dezembro 11, 2012
"E dar-se-ão conta de como é tristemente cómico vê-los, a todos estes defensores da meritocracia e da excelência académica, beijar o anel de Miguel Relvas sempre que a ocasião se proporciona?"

- ‘A meritocracia tem um problema: tem implícita a ideia de que nem todos merecem. Há quem mereça e há quem não mereça. Há uma ideia de selecção, de recompensa dos mais aptos. Isto não seria um problema em si se soubéssemos definir e delimitar os campos onde o mérito deve ser um critério. É evidente que nem toda a gente merece ganhar uma medalha de ouro na maratona, nem toda a gente merece ser chefe de uma repartição de finanças e nem toda a gente merece ser coronel dos Comandos. O problema não é esse. O problema é que há quem pense que o mérito é um critério tão bom que ele deve ser estendido a todos os domínios, mesmo ao dos direitos humanos. Ou seja: há quem mereça ter direitos e quem não os mereça. Está bem que há quem lhes chame humanos e universais mas isso é secundário.
É esta a posição do neoliberalismo, que critica por esse facto políticas como o rendimento social de inserção (pobres ignorantes e sem trabalho não merecem nada) e que considera que não só há cidadãos que não merecem emprego (não sabem fazer nada) como, se estiverem desempregados algum tempo, até deixam de merecer subsídio de desemprego, casa, tratamentos médicos ou alimentação e devem apenas ter acesso a tudo isso se alguém lho dispensar como esmola.
E esta é a fronteira onde a bela meritocracia se torna fascista.
A facilidade com que esta fronteira é cruzada pode constatar-se pela frequência com que podemos ouvir reputados professores universitários, com uma formação que sugeriria maior sensatez e um cargo que recomendaria maior humanidade, defender a transformação da sociedade portuguesa numa sociedade meritocrática e defender que o mérito seja o único critério de acesso a qualquer benesse que a sociedade disponibilize ao cidadão. Dar-se-ão conta de que foi esta a argumentação usada pelos nazis para defender a eutanásia dos deficientes, aqueles que tinham "uma vida que não merecia ser vivida", uma vida sem mérito?
E dar-se-ão conta de como é tristemente cómico vê-los, a todos estes defensores da meritocracia e da excelência académica, beijar o anel de Miguel Relvas sempre que a ocasião se proporciona?’
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terça-feira, dezembro 04, 2012
Privatização do ensino público: as PPP que a direita ambiciona.
Os sete pecados mortais da privatização do ensino público (em todas as suas variantes):
A questão a que os defensores ideológicos do ensino privado não gostam de responder é simples e directa: há em Portugal alguma limitação à instalação e à frequência do ensino privado desde o pré-primário ao superior? A resposta é igualmente simples e directa: não, não existe nenhuma limitação ou constrangimento.
Qual é então o problema? Evidentemente o poder, o lucro e o privilégio, os interesses que a direita persegue implacavelmente e que tenta encobrir com a retórica da liberdade. Liberdade que, de facto e de direito, já existe.
- a) O aumento das desigualdades, da segregação e do elitismo na sociedade portuguesa;
b) O aumento do abandono e consequentemente do insucesso escolar;
c) O aumento da despesa pública e privada com a educação;
d) A progressiva substituição do ensino público laico por um ensino confessional;
e) A monumental transferência de recursos públicos para interesses privados;
f) A inevitável diminuição dos magros salários dos professores; (de onde se pensa que pode vir o lucro se mais de 80% dos custos são custos salariais?)
g) A progressiva erosão da coesão social e da identidade nacional.
A questão a que os defensores ideológicos do ensino privado não gostam de responder é simples e directa: há em Portugal alguma limitação à instalação e à frequência do ensino privado desde o pré-primário ao superior? A resposta é igualmente simples e directa: não, não existe nenhuma limitação ou constrangimento.
Qual é então o problema? Evidentemente o poder, o lucro e o privilégio, os interesses que a direita persegue implacavelmente e que tenta encobrir com a retórica da liberdade. Liberdade que, de facto e de direito, já existe.
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quinta-feira, novembro 08, 2012
“Académicos autoconvencidos da excelência das suas teses de economia neoliberal ortodoxa, misturados com dirigentes políticos jotistas”
• Manuel Loff, Angela-de-Neve e o Gaspar-anão [hoje no Público]:
- ‘(…) não discuto que Gaspar e Passos (e o governo todo e os banqueiros, supõe-se) se identificam com os objetivos finais desta devastação social e económica que estão a fazer, com este darwinismo social que despeja os jovens mais criativos para fora do país, deixa morrer velhos sem assistência e empresas cujo negócio foi esmagado pela nova pobreza, remete 800 mil portugueses a um desemprego vitalício e a formas de pobreza que não se conheciam desde os anos 60. Não há nada pior do que deixar chegar ao poder académicos autoconvencidos da excelência das suas teses de economia neoliberal ortodoxa, misturados com dirigentes políticos jotistas, de cultura científica abaixo de mínimos, uns e outros sem qualquer experiência (nem sequer sensibilidade) da economia real do cidadão comum. Se este morrer da cura que os gaspares e os passos deste mundo lhe querem inocular, paciência: é porque estava escrito nos insondáveis mecanismos do infalível mercado! No final do processo, dizem eles, o país sairá depurado, mais forte, mais saudável. Pura eugenia económica!
O problema não é tanto que Gaspar, qual estudante marrão, governe para conseguir um 18 do ministro das Finanças alemão, ou o sinistro elogio que o predador faz à presa, e se comporte como um pobre Pétain da economia portuguesa. O problema é que, tal como o velho marechal que liderou um governo de opereta que fingia governar a França enquanto o país estava ocupado pelas tropas de Hitler, estas figuras sentem uma indisfarçável admiração pelo ocupante.’
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quinta-feira, setembro 27, 2012
A vanguarda e a rua
• Rui Pereira, A vanguarda e a rua:
- ‘O anúncio das novas medidas de austeridade – em especial, da transferência de encargos da Taxa Social Única dos patrões para os trabalhadores – empurrou o povo português para a rua. Os partidos políticos e as associações sindicais quase não se viram nas gigantescas manifestações que, por todo o País, exigiram mais justiça social. Talvez por isso, jornalistas e politólogos elogiaram o carácter inorgânico e desalinhado dos protestos. Mas resta saber se alguém os conseguirá converter num programa coerente, que permita melhorar a nossa vida.
As manifestações de 15 de Setembro mostraram uma realidade muito diferente da rua poética que Vieira da Silva pintou a propósito do 25 de Abril de 1974. Portugal parece hoje um País sem desígnios, ao contrário do que então sucedia. Por isso, a esperança e a confiança no futuro deram lugar à impotência e à revolta. Os partidos, que outrora reivindicavam o papel de vanguarda do povo (desde a extrema-esquerda até à direita do "socialismo catedrático"), procuram interpretar e acompanham com a maior prudência este movimento "pós-moderno".’
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terça-feira, agosto 21, 2012
“No próximo [domingo], o professor vai falar da vitória da Alemanha na II Guerra Mundial”
• Ferreira Fernandes, A fórmula Marcelo, essa de que se fala:
- ‘No domingo, na TVI, surpreendendo quem pensava que ele ia falar dos cortes nos subsídios, o professor Marcelo deu a tática ao FC Porto. Disse: "Onde se vai buscar pontos para ganhar o campeonato? Há duas fórmulas. A fórmula Benfica e a fórmula FCP corrigida. A fórmula Benfica é essa de que se fala, foi o que o Benfica fez para ganhar o campeonato no ano passado, quando foi buscar 50% de pontos a todos os clubes. Isto é a fórmula Benfica. O que é que tem a seu favor? Já passou na Federação. Se a Federação já aprovou um campeonato ao Benfica, agora é só dar o dobro de pontos ao Porto. Bom. Depois, há a fórmula FCP corrigida: em vez dos outros clubes perderem os dois jogos, é só perderem nas Antas e depois o resto é para ser repartido por todos. E, portanto, o Pinto da Costa tem de optar ou por aderir à tese Benfica - o que não deixa de ser irónico, porque os portistas disseram as últimas do Luís Filipe Vieira - ou à tese do FCP corrigida. A segunda é mais justa e por uma razão: o Porto não ganha um campeonato há anos..." Aí, Judite de Sousa interrompeu: "Há aqui algo que me está a fazer confusão. Não tenho ideia de que ganhou o Benfica." Marcelo: "Então, não?!" Judite: "Quando?" Marcelo: "No... no... ano passado. Não se lembra?" Judite: "Nos dois últimos anos quem ganhou foi o Porto." Marcelo: "Foi?!!!"... - Isto aconteceu (mais ou menos) no domingo passado. No próximo, o professor vai falar da vitória da Alemanha na II Guerra Mundial.’
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sábado, agosto 18, 2012
A palavra aos leitores
Fernando Romano, na caixa de comentários deste post:
- ‘Deixe-me divagar um pouco...
"Que povo é este?", pergunta o senhor. No meu modo de ver, a sua pergunta está mal colocada.
Que elites são estas, que o povo pariu, alimentou e educou? Refiro-me às elites políticas, económicas e intelectuais. Esta seria a pergunta acertada. Digo eu. Quando digo "educou", quero dizer pagou para serem formadas, educadas nas escolas e universidades, especialmente nas últimas.
O nosso País, o seu povo, geme de desânimo, frustração e dor. Dê uma olhadela para os últimos cinco anos e relembre quais foram os comportamentos dos diretórios partidários, sindicais, professores catedráticos, politólogos, intelectuais, jornalistas, empresariais - e até filósofos -, e esforce-se por recuperar os seus posicionamentos perante a crise portuguesa e internacional hoje e nestes últimos anos.
E vai confirmar uma coisa em que, eventualmente, o senhor terá estado de acordo: foi o Sócrates o responsável (mera suposição).
Tente no café que frequenta, na tasca da esquina, numa discussão entre amigos, defender o ex-ministro J. Sócrates e as reformas que tentou fazer, e conte aqui depois as reações que provocou. De preferência faça-o num grupo onde estejam militantes e simpatizantes do PCP e BE e mesmo alguns do PS, e vai ver os argumentos com que o confrontam. De manhã, aos sábados e domingos (e mesmo durante a semana), no café que frequenta e que disponibiliza um jornal diário para os clientes, aperceba-se da "bicha" para ler o "Correio da Manhã". Mais: fixe as imagens dos televisores nesses cafés e tabernas e veja qual o programa que está a transmitir; oiça a conversa da mesa ao lado e talvez tenha a sorte de não falarem de uma personagem de telenovela portuguesa, um tipo que nunca frequentou uma escola de arte de representar, e, depois, leia a ficha técnica desses programas com atenção e corre o risco de ficar surpreendido.
Se tem filhos, sobrinhos ou netos que andam no secundário, pergunte-lhes o que dizem nas aulas os professores sobre a política portuguesa dos últimos cinco anos e das ex-ministras Rodrigues e Alçada.
Na zona onde vive, encha-se de curiosidade e observe as manifestações de vida das delegações dos partidos políticos, de dia e à noite, e poderá concluir, erradamente, que se tratam de casas abandonadas.
Estava aqui o dia todo a sugerir-lhe milhentos exemplos dignos de observação, não digo estudo, meras observações, e talvez ao fim de um ano, com aplicação, a sua pergunta nem fosse a que fez nem a que eu fiz, mas já perto da elaboração de uma tese sobre as razões porque o povo português está hoje, nesta crise, entregue a uma camarilha de malandros e inimigos do povo e da pátria. E porque está calmo.
Como dizia o outro: "O povo é sereno!". Sabe bem a casta de sacanas que constituem as elites portuguesas - com exceções, que as há. E ama este território, um retângulo irregular com pernas longas, mas sem cabeça (seria a Galiza), diz um intelectual português. Eu corrigiria: a cabeça em falta são as elites que logo traem quem os pariu, alimentou e pagou os estudos, na esperança de fazerem o que deviam para interesse e felicidade do coletivo.
Como sou fervoroso (mas consciente) admirador do ex-Primeiro Ministro José Sócrates, do que ele representou na política portuguesa, da esperança que projetou, para mim um DOUTRINANTE na política portuguesa, termino dizendo que o povo está órfão de lideranças, órfão de elites à altura, quase todas a mamar nas tetas da Vaca Nacional.
Como se pode sair disto? Aí é que está o busílis!
Há as saídas democráticas e mais uma: partir as fuças a estes sacanas nas ruas das localidades, aldeias e cidades de Portugal. Talvez os cabrões da troika passassem a fazer reuniões com o governo português numa sala da UE em Bruxelas e não vexarem-nos como o fazem nos gabinetes oficiais do Estado português.
Isto é um desabafo.’
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