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domingo, setembro 21, 2014

Ministério Público explica:
Passos & Relvas desbarataram fundos comunitários
em aeródromos desertos e sem condições
por causa da Convenção de Chicago

Aparentemente, foi desencadeada uma operação nos últimos dias para mostrar que a Justiça é cega. Acontece que Luís Filipe Menezes, um dos visados, caiu em desgraça há muito, como o próprio se lastimava a uma revista cor-de-rosa acabada de chegar às bancas: «Vejo pessoas a quem dei o biberão e hoje nem me conhecem». O outro visado nesta operação é o alegado primeiro-ministro.

No caso de Passos Coelho, a comunicação social centrou a sua atenção na denúncia de que o rapaz de Massamá, sendo no período em causa deputado em exclusividade de funções, teria recebido 150 mil euros de uma pseudo-ONG, pelo que poderia estar em causa uma alegada fraude fiscal e falsificação de documentos.

Na feliz expressão de Estrela Serrano, o alegado primeiro-ministro deu uma «resposta mal-enjorcada»: disse «não ter presente» se recebeu esses pagamentos e remeteu esclarecimentos para a Assembleia da República, como se este órgão de soberania fosse o depositário da contabilidade da Tecnoforma e afins. Soube-se, entretanto, que o caso estaria prescrito, pelo que, nas doutas palavras de Tiago Caiado Guerreiro transcritas pelo Expresso, o alegado primeiro-ministro não terá sequer de pagar o imposto em falta, uma vez que o direito à liquidação «caduca ao fim de quatro anos».

No entanto, é estranho que haja alguém que não se lembre se lhe pagaram 5.000 euros por mês durante três anos. E que, independentemente da prescrição, não tome a iniciativa de esclarecer a situação, tanto mais que, numa entrevista recente, o patrão da Tecnoforma, quando interrogado sobre as remunerações pagas a Passos Coelho, embatucou: «Eh pá, isso já não me recordo. É um bocado arriscado estar-lhe a dizer e era grave.»

Entretanto, uma peça perdida do Diário de Notícias — mais desenvolvida no site (ao contrário do que é habitual) e em relação à qual não encontrei referência em mais nenhum órgão de comunicação social — informa-nos de que o Ministério Público tinha ordenado o arquivamento do processo que levou à adjudicação à Tecnoforma de um conjunto de acções de formação em aeródromos. Veja-se:


Basta seguir este link para descobrir que o lobbying pode fazer milagres. Ou ler, por exemplo, esta reportagem. Resta-nos fazer uma pergunta: porque é que quando há processos que envolvem pessoas ligadas ao PS o resultado é a condenação e quando há processos que envolvem pessoas ligadas ao PSD (e se os há…) o resultado é poeira para os olhos?

PS — Há ainda um pequeno obstáculo a vencer: a Tecnoforma, onde Passos Coelho foi consultor e administrador, está a ser investigada pelo Gabinete da Luta Antifraude da União Europeia (OLAF), devido a alegadas irregularidades e fraudes relacionadas com fundos europeus. Será que, na mudança de cadeiras que irá ocorrer na Comissão Europeia, poderá também haver processos a serem transportados em camionetas de caixa aberta, como ocorreu agora com a reorganização do mapa judiciário?

Lixo

A Autoridade da Concorrência deu um parecer negativo ao modelo adoptado para a privatização da EGF, a empresa responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos urbanos, através de 11 empresas de norte a sul do país que têm como accionistas a empresa pública Águas de Portugal (51%) e os municípios (49%). A entidade reguladora considera que concentrar a actividade numa única empresa implica diminuir a informação concorrencial, promovendo «uma situação de maior assimetria de informação, o que dificulta o controlo das receitas operacionais, custos operacionais e base de ativos regulados bem, como dos parâmetros de eficiência, tendendo-se para um cenário de menor transparência e consequente perigo de captura regulatória.»

O Governo não recuou e entregou a EGF à SUMA, uma empresa do grupo Mota-Engil. Por coincidência, a mesma SUMA que celebrou um contrato com a Câmara de Gaia, agora muito badalado a propósito de investigações que envolvem Luís Filipe Menezes.

sexta-feira, setembro 19, 2014

Ainda sou do tempo em que a ministra da Justiça se comprometia a «revisitar o segredo de justiça»¹

    «1. Se também me indignam as fugas de informação e as violações do segredo de justiça nos processos (chamemos assim para facilitar) em que estão em causa pessoas como Luís Filipe Meneses? Também.

    2. Mesmo tratando-se de adversários políticos? Não vejo que isso seja critério.

    3. Se o padrão é o mesmo - o processo, que o interessado ignora, é 'desvendado' ao jornalista; é o jornalista que 'avisa' o interessado; antes que este esboce qualquer defesa já tem 'julgamento' mediático e com condenação assegurada - porque haveria de ser diferente a minha atitude?

    4. Para que precisa uma investigação de arrasar previamente qualquer reputação, antes de apresentar e discutir factos e provas?

    5. E, quanto a esta técnica de equilibrar 'danos' nos dois principais partidos, confesso que ela aumenta a minha vontade de vomitar.»
_______
¹ Paula Teixeira da Cruz, aqui e aqui.

terça-feira, setembro 09, 2014

Não encontraram uma foto de Luís Filipe Menezes?

Clique na imagem para a ampliar

PSD foi o partido que mais tempo governou nas câmaras falidas, é o título de um trabalho que o i/Newshold hoje publica. Ninguém o contesta. Mas num trabalho como este não se arranjou espaço para falar do Município de Gaia?

sexta-feira, julho 25, 2014

Benchmarking

A Direcção de António José Seguro interage muito bem com o Sol. Por isso, este prestigiado semanário dava ontem conta de que Seguro usa técnica de Obama na campanha das eleições primárias.

Mas, hoje, soube-se que o ainda secretário-geral do PS tem procurado aprender com outros mestres da política, como o confirma «uma fonte da campanha de Seguro» (de novo ao semanário superiormente dirigido pelo pequeno grande arquitecto): «Temos estudos que mostram que a táctica que Menezes usou para chegar à liderança do PSD é mais eficaz do que fazer números mediáticos».

sábado, maio 10, 2014

Quebra-cabeças de fim-de-semana


Dos presidentes do PSD vivos, faltam nesta fotografia três: Machete, Cavaco e Barroso, que não estiveram presentes num evento comemorativo dos 40 anos do PSD. Francisco Pinto Balsemão, o «militante n.º 1» que foi escolhido para presidir às comemorações do aniversário do partido, disse na ocasião o seguinte: Estando ao lado de Passos Coelho quase todos os anteriores presidentes do PSD, eis um verdadeiro quebra-cabeças para o fim-de-semana:
    Quais são os que representam o «PSD bom» e o «PSD mau»?

terça-feira, fevereiro 25, 2014

Onde Marcelo deixou a mala de viagem?

1. Cinco ex-presidentes do PSD — Balsemão, Marcelo, Santana, Mendes e Menezes — prestaram, de uma forma ou de outra, vassalagem a Passos Coelho. A ausência (para não dizer indigência) de debate no congresso revela que a elite laranja dá cobertura à política de empobrecimento. A crise é uma oportunidade e a elite agarrou-a. Passos Coelho, isolado no país, saiu do Coliseu com um cheque em branco na mão. Não existe oposição interna, salvo um ou outro foco de resistência inconsequente.

2. A este propósito, Rodrigo Moita de Deus, vogal cessante da Comissão Política, resumiu bem o comportamento da elite laranja (mostrando ao mesmo tempo que a reputação do barrosismo está muito degradada):


3. José Luís Arnault, outro barrosista, abandonou de fininho a presidência da Comissão Nacional de Auditoria Financeira. Passos Coelho promoveu-o no congresso anterior, apesar do caso Somague. Foi removido agora. Qual é o significado: o governo pode negociar com a Goldman Sachs, mas o PSD não? Pedro Reis, que o substitui, não teve grande êxito na AICEP, com excepção dos salvo-condutos gold para chineses. Vai agora fiscalizar as OPA sobre o PSD.

4. Neste contexto, o regresso do Dr. Relvas não é propriamente uma surpresa. Aliás, ele nunca abandonou o inner circle de Passos Coelho, a despeito de isso poder ter constituído um choque para a maioria dos delegados laranjas. A lista para o Conselho Nacional proposta pelo presidente do PSD obteve a mais fraca votação de sempre:


5. A guarda pretoriana de Passos Coelho foi reforçada: a Pedro Pinto, Marco António e Teresa Leal Faria, juntam-se Matos Correia e Carlos Carreiras.

6. O populismo histérico do Pinguim — alcunha que os passistas puseram a Rangel — pode ser travado se Francisco Assis mostrar que há um outro caminho a percorrer na Europa.

7. Depois de os comentadores terem cantado loas a Marcelo, Ricardo Costa, um dos que aplaudiu o seu número de vaudeville, faz esta síntese espectacular: “Marcelo fez o discurso mais importante, mas sem qualquer mensagem política.


8. Marcelo, vindo da Madeira, apanhou um táxi e, a meio do percurso, deu-lhe um “vaipe afectivo” que o levou directo ao congresso. Fica por esclarecer onde deixou a mala de viagem, porque a sua saída do Coliseu foi filmada pelas televisões e o comentador “cata-vento” ia de mãos a abanar. É o grande mistério do congresso: onde Marcelo deixou a mala de viagem?

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Acções e cavaquismo, uma ligação indelével

Joaquim Coimbra fez parte dos órgãos dirigentes do PSD. Com vários presidentes do partido (pelo menos, Barroso, Marques Mendes e Menezes). É também empresário, com interesses em várias áreas — da indústria farmacêutica à energia, sem esquecer as participações no BPN e no Sol. Quando foi despejado da São Caetano, Luís Marques Mendes — não podendo regressar à zona de conforto de Isaltino Morais — agarrou-se aos fundilhos de Coimbra.

Soube-se hoje que Marques Mendes e Joaquim Coimbra venderam participações que detinham numas empresas a uma outra sociedade de Coimbra, e da qual o conselheiro de Estado Mendes foi também administrador, por um preço muito inferior ao preço de mercado: as acções foram vendidas por 51 mil euros, mas valiam 60 vezes mais (3,09 milhões). O fisco entendeu haver “relações especiais” entre estas sociedades, pelo que estaríamos em presença de um artifício para se esquivarem à tributação de mais-valias. Exige agora o pagamento de 773 mil euros (para além de juros e coimas).

Como em tempos dizia Marques Mendes, é preciso mudar de vida:


PS — O Jornal de Negócios faz alusão ao assunto.

sábado, dezembro 07, 2013

Parte sem os levar com ele

O terrível Ângelo deixa de ser o boss da Fomentinvest no final de Dezembro, onde deu emprego a Passos Coelho. Para o seu lugar vai Couto dos Santos, ex-ministro de Cavaco Silva. Na hora da despedida, um olhar triste sobre a obra que deixou:

Hoje no Expresso

sexta-feira, setembro 27, 2013

Sabia que…


… o Município de Gaia, sob a presidência de Luís Filipe Menezes, gastou mais de 690 mil euros em 64 inserções publicitárias no Jornal de Notícias desde o início de 2013?

Outro a caminho de Bruxelas…

Hoje no JN

Quando lançou a sua candidatura ao Porto, as sondagens davam a Luís Filipe Menezes intenções de voto acima de 50 por cento. Agora, anda pela casa dos 26 por cento. A Fomentinvest e Ilídio Pinho apostaram desta vez no cavalo errado. Outro que se prepara para reivindicar um lugar na prateleira dourada de Bruxelas.

quinta-feira, setembro 12, 2013

"O Porto merece mais do que um novo Alberto João Jardim"

Augusto Santos Silva no Facebook:
    1. O voto na eleição local do Porto tem dois significados muito importantes: escolher o que se entenda ser o melhor Presidente da Câmara; mas também impedir uma vitória do populismo sem freio, que seria dramática para a saúde da nossa vida cívica.
    2. O meu voto também servirá para impedir essa vitória, que as sondagens dão como possível. Para impedir a vitória de Luís Filipe Meneses e do PSD que o apoia.
    3. E por uma razão simples: não quero isso para a minha querida cidade do Porto.
    4. Não quero para o Porto quem intervém na homilia de missas para fazer política (há fotografias, é só querer vê-las), quem, para "ajudar" velhinhas desamparadas, lhes faz transferências bancárias a poucos dias de eleições (a própria campanha de Meneses o confirmou), quem renuncia ao mandato em Gaia no mesmo dia em que sai a entrevista (ao Sol) em que anuncia o contrário, quem usou e abusou da câmara de Gaia para empregar os fiéis políticos e conquistar o apoio daqueles que estão sempre prontos a trocar a dignidade por avenças e subsídios (há várias casos documentados), quem promete uma orgia de coisas inúteis, faustosas, imbecis e incomportáveis (é só ouvi-lo), quem toma as pessoas por acéfalos conquistáveis pela lágrima fácil e o porco em abundância.
    5. Não, eu não quero Meneses como presidente do meu município. O Porto merece mais do que um novo Alberto João Jardim.

sexta-feira, agosto 23, 2013

PSD em campanha (2)

— Vou apresentar-te a factura da campanha.

E o Porto aqui tão perto:
    “Ela [secretária de Menezes na Câmara de Gaia] disse-me que agora não podia fazer nada, mas garantiu-nos que, se ele ganhar, teremos uma casa”.

    “Conheço pessoas a quem ele [Menezes] pagou a renda, a luz, e foi por isso que lá fomos e não percebemos por que é que a nós, que estamos desempregadas, adiou para Setembro”.

    “Ele matou a fome a muita gente com as festas que tem feito. Ao todo, acho que já mataram 20 porcos”.

quinta-feira, abril 18, 2013

“Precursores do processo de revisão constitucional de Teixeira Pinto/Passos Coelho, e do abandono flagrante de toda a tradição social-democrata no PSD de Passos”

• José Pacheco Pereira, Os enormes estragos feitos ao PSD (2) [hoje na Sábado]:
    ‘Faça-se a justiça de dizer que as raízes dessa destruição [do PSD] já vêm de antes. Cavaco, Barroso, Santana Lopes e Menezes ajudaram muito a um processo simultâneo de aparelhização e descaracterização política do partido, que de um modo geral actuam em conjunto. Perda de identidade político-ideológica, de modo a abrir caminho a todas as manobras de sobrevivência do aparelho e às suas carreiras, é um processo que caminha a par e passo.

    A tentação que Loureiro passou a Cavaco de um discurso de back to basics, de Deus, Pátria e Família, o culto de personalidade pessoal do "menino guerreiro", a displicência de Barroso e Lopes com um PSD classificado como de "direita" são precursores do processo de revisão constitucional de Teixeira Pinto/Passos Coelho, e do abandono flagrante de toda a tradição social-democrata no PSD de Passos.

    Tudo se abandonou: da noção metapolítica da "dignidade humana" ao valor ético do trabalho, substituídos por um discurso economês e uma prática de voltar costas à classe média, esteio do partido, e ao seu core de self-made men, entregues ao desemprego estrutural, à destruição do tecido das pequenas e médias empresas e a todos os mecanismos que deveriam garantir, na tradição social-democrata, a mobilidade social para cima e não o empobrecimento para baixo.

    Se se tratasse apenas de identificar um processo tido como inevitável, ou uma impotência de momento, não se admitiria, mas compreender-se-ia. Mas não, este "ajustamento" é visto como uma simultânea punição da classe média e um instrumento de "libertação" da sociedade que nada mais é senão uma co-gestão governativa com a troika e a banca, cuja única racionalidade é a interiorização dos interesses dos credores.

    Do programa genético do PSD, ou da sua tradição com origem em Sá Carneiro, já quase não há nada no topo do partido. Estamos no período do "programa da troika é o programa do PSD", como disse Passos.’