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terça-feira, outubro 27, 2015

A tempestade de Schäuble

• Yanis Varoufakis, A tempestade de Schäuble:
    «(…) o compromisso da Alemanha com "regras" que são incompatíveis com a sobrevivência da zona euro prejudica os políticos franceses e italianos, que esperavam, até há pouco, uma aliança com a maior economia da Europa. Alguns, como Renzi, respondem com atos de rebeldia cega. Outros, como Macron, estão a começar a aceitar melancolicamente que o atual quadro institucional da zona euro e a sua combinação de políticas acabarão por levar ou a um rompimento formal ou a uma morte lenta sob a forma de divergência económica continuada. (…)»

quinta-feira, outubro 16, 2014

Sopram novos ventos na Europa

• Francisco Assis, Sopram novos ventos na Europa:
    «(…) O mal pode até ser muito mais profundo do que se imagina. Essa é, pelo menos, a tese de Marcel Fratzscher, que acaba de publicar um livro intitulado A Ilusão Alemã. A tese fundamental aí expendida é a seguinte: a Alemanha tem uma face brilhante, que se compraz em exibir, e uma face negra a que não tem sido prestada a devida atenção. A primeira é conhecida: o seu produto interno bruto cresceu 8% desde 2009, criaram-se novos empregos, as exportações aumentaram substancialmente, as contas públicas caracterizam-se por excedentes orçamentais e a dívida pública reduziu-se. O outro lado é mais inquietante: o PIB tem vindo desde 2000 a crescer a um ritmo inferior à média da zona euro, os salários dos trabalhadores têm aumentado abaixo da inflação, dois em cada três assalariados auferem actualmente um salário real inferior ao do ano 2000, uma criança em cada cinco vive abaixo do limiar da pobreza, as desigualdades cresceram (as de natureza patrimonial são mesmo as mais elevadas da Europa) e a igualdade de oportunidades regrediu. A explicação apresentada para justificar esta situação reside na diminuição da taxa de investimento, que será actualmente uma das mais baixas entre os países industrializados. Tal facto conduz a um aumento muito frágil da produtividade e concorre, entre outras coisas, para a diminuição do valor do património público. (…)»

segunda-feira, outubro 13, 2014

Escrever direito por linhas tortas

— Manuel, depois do que o Mario lhe fez, o Wolfgang não aguenta outra...

• João Galamba, Paris e Bruxelas:
    «Vejo o braço de ferro entre Paris e Bruxelas com um misto de contentamento e preocupação. Contentamento, porque é sempre positivo que haja quem se recuse a aplicar políticas irracionais; preocupação, porque parece que o primeiro-ministro francês, Manuel Valls, tem razão pelas razões erradas e se limita a pedir um tratamento de excepção para o seu país. Vamos por partes.

    A chamada crise das dívidas soberanas, como recordou Paul de Grauwe na Gulbenkian, nunca foi uma crise de finanças públicas, foi sempre uma crise que se deve a uma arquitectura monetária disfuncional e que foi agravada pela obsessão em reduzir os défices públicos através da austeridade. A confiança dos mercados, que era suposta estar positivamente correlacionada com a determinação dos principais líderes europeus em flagelar as suas economias, só surgiu quando foi deliberadamente fabricada pelo BCE. A dívida pública, que era o problema que a austeridade ia resolver, está hoje menos, não mais sustentável, e é tanto menos sustentável quanto mais severa e prolongada foi a aposta austeritária. E o sector privado, ao contrário do que garantiam os defensores deste tipo de política, não substituiu o Estado, retraiu-se com ele, sobretudo no investimento e no emprego. A austeridade falhou. Ponto. E é preciso arranjar uma alternativa.

    Perante isto, e nunca esquecendo que Marine Le Pen é a principal beneficiária com a manutenção e agravamento das actuais políticas de austeridade, faz todo o sentido adiar os objectivos para o défice francês. Faz todo o sentido para França e devia fazer todo o sentido para a Europa. Mas o modo como o problema é apresentado não é indiferente. Quando Manuel Valls diz "é preciso respeitar a França, é um grande país(...) não aceito lições de boa gestão" não está a criticar a austeridade e as actuais opções europeias, está a exigir um tratamento de excepção para o seu país. A insistência no cumprimentos dos actuais objectivos orçamentais não é aceitável em França pela mesma razão que não aceitável em Portugal: porque agrava todos os problemas e não resolve problema nenhum. A França não precisa de um tratamento de excepção, precisa, isso sim, que a Comissão Europeia e o Conselho abandonem o dogma austeritário e coloquem o crescimento económico, o emprego e a coesão social como principais prioridades da política orçamental de todos os Estados-membros.

    A nova Comissão Europeia ainda não se pronunciou oficialmente, mas seria seguramente mais fácil (e mais útil) ceder às pretensões orçamentais francesas se estas não fossem apresentadas como um direito francês, em virtude de a França ser quem é. Nestes termos, ou a Comissão cede, mostrando que as regras são uma farsa, ou a Comissão compra uma guerra com a França, uma guerra da qual dificilmente sairá vencedora, porque o executivo francês não tem grande margem para recuar. Se a Comissão ceder, o que é o mais provável, cabe aos pequenos países exigir o mesmo tipo de tratamento e insistir, sempre que possível, na europeização do problema. Já sabemos que, com o governo português, infelizmente, tal não irá suceder

sexta-feira, outubro 03, 2014

Segredos do resgate financeiro

• Pedro Bacelar de Vasconcelos, Segredos do resgate financeiro:
    «(…) O que fica claramente demonstrado, sem contestação - apesar de todos os entraves levantados à divulgação dos nomes dos "beneficiários" - é que foram os bancos alemães, franceses e ingleses os reais destinatários dos resgates das dívidas soberanas e que os investidores que provocaram a crise financeira internacional, motivados por intuitos especulativos com base numa deficiente avaliação dos riscos existentes, puderam apesar de tudo recuperar os seus créditos à custa dos contribuintes dos países endividados. O que o ministro das Finanças alemão não conseguiu refutar é que, ao contrário da ideia de que seriam os contribuintes alemães que estão a "ajudar" os países endividados, efetivamente, são os cidadãos destes países quem está a pagar as dívidas dos seus bancos, a pretexto da necessidade de evitar a qualquer custo aquilo que designam como um "risco sistémico" que ficou por demonstrar: que a insolvência de um banco fatalmente arrastaria, como as pedras do "dominó", a falência de todos os outros. (…)»

quarta-feira, setembro 17, 2014

Crime: criar o Estado Social

• Rui Tavares, Por que podem eles, e nós não?:
    «Quando Léon Blum foi preso — a 15 de setembro de 1940, fez anos há dias —, a acusação que a direita pétainista fez a este antigo primeiro-ministro da Frente Popular foi, basicamente, a de ter ampliado o estado social.

    É difícil acreditar, mas Blum foi considerado culpado de ter instituído a semana das 40 horas de trabalho, ter criado as férias pagas, ter aceitado a atividade sindical e permitido propaganda política aos trabalhadores. Com estes quatro “crimes” (a que se juntou um quinto, o de ter nacionalizado a indústria de armamento) Blum foi entregue aos alemães e preso em Buchenwald. Como, além de socialista, era judeu, passou a menos de dois dedos da morte.

    Criar o estado social só foi possível após uma luta difícil, prolongada e muitas vezes arriscada. As oportunidades de conquistar avanços não eram muitas e dependiam de uma unidade difícil de alcançar. Mas as suas conquistas, depois de obtidas, são extremamente populares. Hoje só é possível atacar o estado social pela calada, quando se proclama a sua defesa em público. (…)»

quarta-feira, setembro 03, 2014

Anne Hidalgo: «Portanto, apoio-o totalmente!»


Num encontro com a comunidade portuguesa em França, António Costa foi surpreendido por um apoio inesperado. A presidente da Câmara de Paris, a socialista Anne Hidalgo, declarou o seu apoio total a António Costa, considerando que será muito importante para a Europa e para o projecto socialista europeu ter em Portugal um líder como o presidente da Câmara de Lisboa.

quarta-feira, maio 14, 2014

Primavera europeia

• Pedro Nuno Santos, Primavera europeia:
    «(…) Ele [Philippe Lagrain, ex-conselheiro económico do Presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso] acusa os governos e as instituições europeias de terem posto os interesses dos bancos à frente dos cidadãos. Afirma e explica que os resgates aos Estados foram resultado do lobby dos bancos alemães e franceses que estavam demasiado expostos à dívida pública daqueles países e queriam evitar qualquer tipo de reestruturação que lhes imputasse perdas. Na realidade, os resgates aos países periféricos não tendo servido para os salvar - todos estão pior que na véspera dos pedidos de resgate respectivos - serviram para limpar a dívida pública, desses países, dos balanços dos bancos alemães e franceses. Os resgates garantiram a essas instituições financeiras - que tinham ganho muito com os empréstimos ao Sul da Europa - uma saída limpa e rápida, transferindo o problema para os contribuintes alemães e franceses. Se os cidadãos portugueses, irlandeses, gregos e espanhóis foram maltratados, os cidadãos alemães e franceses foram enganados pelos seus governantes e pelos bancos dos seus países. Em 2011, a reestruturação da nossa dívida pública e privada teria sido feita sobre dívida detida pela banca alemã e francesa, hoje terá de ser feita sobre dívida detida pelas instituições oficiais. O sistema financeiro tem hoje um poder sobre as democracias que tem de ser urgentemente resgatado pelos cidadãos, com prejuízo de perderem definitivamente o controlo sobre as suas próprias vidas.»

segunda-feira, maio 12, 2014

Do problema de só se ler as letras gordas dos títulos

Ontem, quando José Sócrates discorria na RTP sobre a necessidade de mudar de política em Portugal, sustentando que se pare de escavar o buraco, José Rodrigues do Santos interrompeu-o e afinfou-lhe com a situação em França, onde Manuel Valls, o novo primeiro-ministro, se prepara para infligir à economia 50 mil milhões de euros de austeridade.

O que falhou de novo nos arquivos de José Rodrigues dos Santos?

Independentemente das contradições de Hollande, a verdade é que o plano de austeridade francês é completamente distinto do que o Governo de direita vem aplicando em Portugal: enquanto Valls quer impor cortes nos aumentos dos rendimentos futuros dos franceses, Passos & Portas amputaram os rendimentos actuais dos portugueses, afrontando o Tribunal Constitucional e pondo em crise os fundamentos do Estado de direito.

Há austeridade e austeridade, José Rodrigues dos Santos.

quinta-feira, abril 17, 2014

Duche frio

Le Monde, amanhã

“(…) L’Europe cristallise d’autant plus les critiques que la majorité a l’impression de s’être fait flouer. Après les municipales, François Hollande avait laissé entendre qu’il ferait desserrer l’étau budgétaireet, danssondiscoursdepolitiquegénérale, Manuel Valls entretenait l’espoir sur l’objectif de 3% de déficiten2015. Douche froide. Non seulement le premier ministre a promis, lundi à Berlin, de respecter les 3% mais, en plus il n’a même pas pu demander de délai supplémentaire.

(…)

En face, la résistance s’organise. A une demi-heure des questions au gouvernement, mercredi après midi, l’ordre du jour est bousculé pour laisser le président de groupe PS, Bruno Le Roux, monter au front et poser la première question. «Députés dela majorité, Monsieur le premier ministre, nous vous soutenons pour refuser l’austérité et les coupes aveugles et porter, comme vous le faites, une nouvelle ambition», déclame l’élu de Seine-Saint-Denis, timidement applaudi par les siens. La veille, déjà, le secrétaire d’Etat aux relations avec le Parlement, Jean-Marie Le Guen, avait fait la leçon aux députés en les appelant à la «responsabilité».

Au milieu du champ de bataille, le président de l’Assemblée, Claude Bartolone, «joue le grand frère, en nous recommandant le calme et la patience», raconte un député, et la toute nouvelle rapporteuse du budget, Valérie Rabault, vit son baptême du feu. «Le point qui peut faire discussion est le report de la revalorisation des retraites, notamment pour les plus modestes», se borne-t-elle à dire quand son collègue de la com mission des finances, Pierre-Alain Muet, rejette le paquet global. «50 milliards d’euros de réduction en trois ans, c’est trop!», assure-t-il, appuyé par Laurent Baumel, selon qui ces mesures «montrent qu’on ne peut pas faire 50 milliards d’euros d’économies sans toucher à notre modèle social». (…)”

quarta-feira, abril 02, 2014

Da luta ideológica nas universidades


A edição de amanhã do diário Le Monde dá conta de um debate importante que ocorre neste momento em França sobre o ensino da economia: Profs d’économie: néoclassiques 1 – hétérodoxes 0.

Estão a ser questionados os métodos de selecção e recrutamento dos professores, que permitiram ao pensamento neoclássico tornar-se dominante nas universidades. Para isso contribuiu um filtro determinante nas provas de acesso: “La bibliométrie, c'est-à-dire le nombre et l'impact des publications et des citations des articles du candidat, est déterminante. Les revues scientifiques sont elles-mêmes savamment classées par le CNRS en quatre catégories, dont la plus prestigieuse est nommée «1», voire «1*». On n'y trouve que des revues de pensée néoclassique. «Il faut publier dans des revues économétriques que personne ne lit, alors que l'écriture d'un livre, même s'il a un retentissement important, ne compte pour rien», déplore M. Batifoulier, qui a choisi de médiatiser son cas et de le porter en justice. Dans sa décision du 28 novembre 2013, le Conseil d'Etat a rejeté sa requête en annulation, estimant que, le formalisme de la procédure ayant été respecté, «il n'appartient pas au juge de contrôler l'appréciation faite par un jury de la valeur des candidats».”

Isto explica o recrutamento preferencial dos professores que se atêm à teoria neoclássica, como se pode ver pela infografia acima reproduzida.

segunda-feira, março 31, 2014

Eleições municipais

Libération, hoje
Le Monde, amanhã

quarta-feira, março 26, 2014

Não aprender com Le Pen

• Daniel Oliveira, Não aprender com Le Pen:
    «(...) O discurso contra os "preguiçosos" que vivem à conta do Estado, que a Frente Nacional sempre usou e que a direita liberal sempre alimentou, não é novo. É velho de barbas. E se fosse ele a origem deste crescimento de Le Pen, Sarkozy, que sempre defendeu este ponto de vista, estaria em alta. O que é novo em França é o oposto: é a "viragem liberal" dos socialistas, para explicarem a austeridade e os cortes no Estado Social. E é agora que os socialistas estão a ser humilhantemente derrotados. Quando fizeram uma campanha a defender esse mesmo Estado Social, ganharam as eleições. Tem sido, nesta crise, um clássico na Europa: ganhar eleições a defender o Estado Social, perdê-las depois de o começar a desmantelar.

    Por mais que isso incomode os liberais, as massas populares não anseiam por um Estado fora da sociedade e da economia e concorrência sem travões. E não é esse o discurso de Le Pen. Muito pelo contrário. Ele resume-se, como seria de esperar, facilmente: a França e os franceses não aceitam ser governados pelos mercados. Tirando a imigração e a segurança, que, em relação ao passado, até perderam alguma relevância no seu discurso, Marine Le Pen pegou em todas as bandeiras sociais tradicionais dos socialistas e abandonou por completo o discurso economicamente mais liberal do pai. E é com isso mesmo que está a dar o salto que lhe faltava. Agradeçam não haver, em Portugal, uma extrema-direita estruturada. Porque, com os números que hoje se conhecem sobre os que, graças à austeridade, estão a ser atirados para a pobreza, teríamos muitas razões para estar preocupados. (...)»

terça-feira, março 25, 2014

A extrema-direita a colher os frutos da austeridade

Na sequência da primeira volta das eleições municipais em França, a edição de hoje do Libération faz contas e extrai algumas conclusões, em especial a pesada derrota da esquerda em cidades com mais de dez mil habitantes. Eis algumas infografias hoje publicadas:

Clique nas imagens para as ampliar

sexta-feira, janeiro 31, 2014

François Cavanna

François Cavanna, Déclaration d’amour

• Ferreira Fernandes, Um falso estúpido e mau:
    ‘Resumindo? Um europeu, como os funcionários de Bruxelas nem sonham.’

segunda-feira, janeiro 20, 2014

Beco sem saída

• João Galamba, Beco sem saída:
    ‘A somar à irrelevância na política europeia, cujo consenso austeritário tinha prometido combater mas que se mantém totalmente inalterado, na frente doméstica Hollande anunciou que vai cortar na despesa pública para abrir espaço à redução de impostos das empresas: "Chegou o tempo de resolver o principal problema de França: a sua produção. Sim, disse bem, a produção. Temos de produzir mais, temos de produzir melhor. É sobre a oferta que temos de agir. Sobre a oferta! Isto não é contraditório com a procura. Na verdade, a oferta cria procura". Isto não é um mero recuo ou uma inflexão, é a total capitulação de Hollande.

    Um partido que para sobreviver adere às teses dos seus adversários não terá nunca grande futuro, porque os eleitores preferem o original à cópia; quem procurou no PSF uma alternativa às atuais políticas, não tardará muito em olhar para outro lado, provavelmente para a FN, que tem sabido falar para a tradicional base de apoio dos socialistas e que já lidera as sondagens.

    Ninguém questiona que a economia e o Estado francês têm problemas que carecem de reformas. O problema do Presidente francês é outro: pior que não ter ideias próprias é optar pelas ideias erradas dos adversários. Se o desafio é produzir mais e melhor, não se percebe em que medida é que reforçar a austeridade, cortando na despesa pública e aumentando o IVA, e baixar as contribuições sociais de todas as empresas resolve o problema: a austeridade deprime a procura, que já é hoje, segundo os próprios empresários franceses, a principal limitação à actividade das empresas, e a redução dos custos de todas as empresas só leva a mais produção, investimento e emprego se as empresas tiveram a quem vender os seus produtos, algo que a austeridade trata de garantir que não acontecerá.

    A social-democracia europeia tem de perceber que não poderá ter sucesso enquanto não contestar a política da direita que aposta na compressão da procura interna e na redução dos custos das empresas como via única para a prosperidade. Este não é, em rigor, um problema francês: é um problema europeu. O problema de Hollande é não perceber isto e escolher aderir às políticas que estão a condenar a Europa (e a França) ao definhamento económico, a um crescente descontentamento social e a uma frustração política explosiva.

    A resposta da social-democracia não pode ser a de aderir a este suicídio colectivo, mas sim o de procurar enfrentar o problema na sua raiz, que é a de uma estratégia europeia que insiste em tratar a maior zona económica do planeta como se esta fosse uma pequena economia aberta, que pode sacrificar o mercado interno e o poder dos seus cidadãos no altar das exportações. Esta estratégia pode ter resultado para a Alemanha isoladamente, mas não poderá nunca ser generalizada: se todos os países tentarem comprimir a procura e baixar os seus custos de produção, o resultado final será mais recessão em todo o lado e ganhos de competitividade nulos, porque, quando todos fazem o mesmo, ninguém ganha.’