É o tipo de notícia que não deixa muita gente feliz, pra não dizer ninguém. Aliás, para o jornalista André Forastieri, esse tipo de coisas “acontece”. Para ele o funcionário deve “vestir a camisa da empresa, dançar conforme a música”, mesmo que isso vá contra a questão de identidade, mesmo que isso seja uma falta de respeito contra o funcionário, pois foi isso o que se viu nesse caso da estagiária.
Fico entre a tristeza e a indignação, por ver que tem gente que mede a boa aparência pelo cabelo alisado, enrolado, pela blusa mais comprida para esconder os quadris. Aliás, segundo a escola envolvida, o cabelo liso (ou preso, como os responsáveis alegam agora) é sinal de boa aparência, não se pode trabalhar por lá (e por tantos outros lugares) se você tiver o que muitos chamam de ‘cabelo ruim’. Não desce.
Sim, eu sei que várias empresas pedem que as funcionárias prendam os cabelos, mas esse não foi necessariamente o caso da moça.
Fico engasgada, besta mesmo, diante de tal situação. Li a notícia e custei a acreditar que era aquilo mesmo. A ideia do país miscigenado pode parecer clichê, mas ainda acho o fim quando dou de cara com pessoas com o pensamento tão ultrapassado, para não usar um termo mais pesado que possa definir minha indignação.