Das bebidas licorosas artesanais... a Ginjinha é das mais populares e de tradição portuguesa.
Além das tascas lisboetas especializadas na sua venda a cálice ou a copinho, com ou sem elas, outras localidades também têm as suas Ginjinhas afamadas.
Ganhou a sua notoriedade após os finais do século XIX. Em Lisboa. Curiosamente essa criação foi realizada pelo Galego Francisco Espinheira.
A zona de produção da ginja de Óbidos e Alcobaça fica situada entre a serra dos candeeiros e o Oceano Atlântico, o que condiciona a existência de um microclima muito especifico. E associados a outras carateristicas muito significativas, diferenciam-se das ginjas de outras regiões.
Desta forma, em 2016 a Ginja de Óbidos e de Alcobaça, passa a ser Produto Protegido por Bruxelas !!!
E a minha Ginjinha surgiu... após alguns motivos !!
- Uma aguardente que foi destilada em alambique artesanal de cobre...
- Esteve guardada numa adega... ao longo de 20 anos...
- Estes dois garrafões originais... também lá estavam...
- E um deles para nossa surpresa... continha um resto de Ginjinha, com 15 anos.
- Jamais tinha-mos guardado Ginjinha por tantos anos. A cor estava ligeiramente alterada... mas aquele licor "esquecido", estava magnifico.
Esta aguardente, foi proveniente da colheita (vindima) de uvas na quinta.
Cá em casa, a aguardente é utilizada inteiramente na cozinha... para a exigência das recitas.
E... para preparar a Ginjinha, que ficava sempre ao cuidado da mãe... e distribuía depois pela família e amigos.
Entretanto a mãe adoeceu, em 2007 e veio para o Porto. Com a evolução da sua doença diminuímos as visitas à quinta, acabando por ficar-mos os últimos quatro anos sem lá ir... e ao voltarmos claro ,que deparamos com surpresas e alguns episódios pitorescos. Como desconhecer...que ainda existia aqueles benditos garrafões. Que além de eu os adorar... aquele resto de Ginjinha guardada pela mãe... foi uma doce lembrança!!
E... para preparar a Ginjinha, que ficava sempre ao cuidado da mãe... e distribuía depois pela família e amigos.
Entretanto a mãe adoeceu, em 2007 e veio para o Porto. Com a evolução da sua doença diminuímos as visitas à quinta, acabando por ficar-mos os últimos quatro anos sem lá ir... e ao voltarmos claro ,que deparamos com surpresas e alguns episódios pitorescos. Como desconhecer...que ainda existia aqueles benditos garrafões. Que além de eu os adorar... aquele resto de Ginjinha guardada pela mãe... foi uma doce lembrança!!
Dividiu-se um pouquinho... por pouquinhos... e agora só resta mesmo este... pouquinho !!
Só conheci este licor quando voltei de Moçambique, em 1973. Tinha um famíliar que todos os anos preparava a Ginjinha e o licor de Lúcia-Lima, que é de um paladar extremamente delicado. E daí, ficou a tradição. Todos os anos em Junho, que é o seu mês, se preparava a Ginjinha.
Após tantos anos, voltei a fazer a nossa Ginjinha. Com uma aguardente muito velha, e da melhor qualidade. Com os frutos no seu estado de maturação perfeito. Aguardo bons resultados.
Não há mesmo como uma ginjinha feita em casa e sem pressas. Destaca-se essencialmente pela cor avermelhada, uma boa percentagem em açúcar e uma acidez intensa que torna o eu sabor único.
Só conheci este licor quando voltei de Moçambique, em 1973. Tinha um famíliar que todos os anos preparava a Ginjinha e o licor de Lúcia-Lima, que é de um paladar extremamente delicado. E daí, ficou a tradição. Todos os anos em Junho, que é o seu mês, se preparava a Ginjinha.
Após tantos anos, voltei a fazer a nossa Ginjinha. Com uma aguardente muito velha, e da melhor qualidade. Com os frutos no seu estado de maturação perfeito. Aguardo bons resultados.
Não há mesmo como uma ginjinha feita em casa e sem pressas. Destaca-se essencialmente pela cor avermelhada, uma boa percentagem em açúcar e uma acidez intensa que torna o eu sabor único.
Estas são: as proporções dos ingredientes. A capacidade dos recipientes será consoante a quantidade de "licor" que preparar.
Pessoalmente, aprecio a ginjinha preparada com aguardente bagaceira, o paladar é muito peculiar. Esta aguardente é obtida pela destilação do mosto fermentado das partes solidas da uva, cascas, sementes ou grainhas e até cachos. A aguardente vínica é obtida partir da destilação dos melhores vinhos.
1 litro de bagaço de boa qualidade
1 kg de açúcar
4 paus de canela
Preparação:
Enxaguar as ginjas para retirar o pó e coloque sobre papel ou pano para que absorva o excesso de humidade e retire os pés.
Deitar as ginjas no recipiente escolhido (que deve ter um bocal largo) e a quantidade não deve ultrapassa 1/3 da capacidade do recipiente. Numa panela deite a aguardente, os paus de canela, o açúcar e coloque no lume. Mexendo sempre e em baixa temperatura para que o açúcar se dissolva ligeiramente. Não deixe que a temperatura fique superior ao toque da pele e verta então na vasilha sobre as ginjas. Com uma espátula, rapa tudo, retire o açúcar que fique agarrado às paredes da panela.
Arrolhar bem a vasilha e agite para que as ginjas se envolvam bem na calda. Guardar em lugar escuro de preferência, e pelo menos uma vez por dia, agitar para que o açúcar depositado no fundo da vasilha se vá dissolvendo.
Estando o açúcar completamente dissolvido, guarda-se a vasilha em local fresco... até ao ano seguinte.
Há sempre impurezas, e em parte provenientes de resíduos que se soltam das ginjas. Coa-se o licor e distribui-se por garrafas.
Após o açúcar dissolvido, vão "hibernar" 10 a 12 meses. Em local escuro e fresco.
Aqui nesta foto, ainda se vê o açúcar por dissolver.
Reservei uma pequena quantidade neste frasco, para poderem observar a tonalidade que já foi adquirida numa semana. Aqui, como é menos quantidade, o açúcar já se dissolveu.
Alguém, também bom apreciador de Ginjinha, aconselha: quando fizerem a ginjinha... não façam só uma garrafa... acaba num instante... e o fruto, só vem novamente em Junho.
Fico triste de não poder deixar uma melhor imagem destes "gémeos"... para as próximas, os vidros já não terão reflexos.
Aqui nesta foto, ainda se vê o açúcar por dissolver.