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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Esta reforma administrativa é válida?

Pelo que deu para ler sobre o respectivo livro verde, sim e não. Eu ex-pi-li-co.

Sim, porque pretende cortar em desperdício de fundos públicos e em racionalizar parte da máquina da administração local, como p.e., reduzindo os executivos camarários via lógica monocolor, cortando no absurdo de vereadores da oposição (essa tem espaço próprio na assembleia municipal). A extinção dos governadores civis é de aplaudir, mas já fora aprovada há umas semanas atrás.

Não, porque mantém um n.º elevado de vereadores (8 para executivos monocolores não é demais?), porque corta nas freguesias aparentemente sem um critério coerente e adequado, porque não avança um critério adequado para a fusão dos municípios. Mas os principais limites são outros.

Em primeiro lugar, porque mantém o princípio das empresas municipais, que são o grande cancro da administração local, pois é daí que vem o grande buraco, isto segundo a troika. Devia-se, pura e simplesmente, extinguir TODAS as empresas municipais, as direcções-gerais servem perfeitamente para o serviço.

Em segundo e último lugar, porque recupera a figura das comunidades intermunicipais, que nada fizeram nos tempos dos governos Durão Barroso/ Santana Lopes, e que são, sobretudo, um modo demagógico de ocultar a necessidade da existência dum poder político-administrativo intermédio legitimado entre os poderes central e local para a boa racionalização dos recursos públicos e para o envolvimento dos cidadãos na coisa pública, dois pontos fulcrais de qualquer democracia digna desse nome.

E mais não digo, já deve chegar para meditação.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Europa do sul, a nova colónia

A chanceler alemã Angela Merkel incitou anteontem à redução das férias e ao aumento da idade da reforma nos países periféricos da União Europeia, considerando que estes abusam. Embrulhou a coisa numa exortação à uniformização europeia da idade de reforma, 67 anos, e do período de férias.

Em prol dum módico de justiça, esqueceu-se de complementar essas propostas com o mesmo n.º de horas de trabalho e o mesmo salário para todos (aqui um contraponto possível; nb: não encontrei em linha a entrevista de hoje do António Chora ao DN).

Quando aí chegar, então sim, estará aberto um bom debate. Até lá, é só populismo e a negação do ideal europeu.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Ideologia não? Então vejam lá como fica:

Artigo 62.º
(Direito de propriedade privada)
1. A todos é garantido o direito à propriedade privada e à sua transmissão em vida ou por morte, nos termos da Constituição.

2. A requisição e a expropriação por utilidade pública só podem ser efectuadas por razões atendíveis [texto anterior: com base na lei e mediante o pagamento de justa indemnização]

Continuação no blogue Aparelho de Estado.

terça-feira, 8 de junho de 2010

O Eldorado europeu: a factura final

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A regra do jogo

Para além da morte anunciada dos 'dinossauros' políticos nas próximas autárquicas, pouco se falou nesta campanha sobre as distorções ao pluralismo, à democraticidade e à racionalização administrativa provocadas pelo actual sistema institucional e eleitoral autárquico.
Por isso recomendo a leitura de «Mudar as regras», do Daniel Oliveira. Para que se possa reflectir e construir uma agenda reformista que não se fique apenas pela gestão do status quo, mas que vá mais além. Que, por exemplo, procure trazer para o debate público, atempadamente, soluções para bloqueamentos com teias de aranha.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

O íman-mor das manifs

Mais de 200 mil pessoas protestaram ontem em Lisboa contra a proposta governamental de revisão do Código do Trabalho (vd. notícias e imagens aqui, e tb. aqui). Segundo a PSP foram 200 mil, segundo a CGTP foram 270 mil os portugueses que desceram a Av. da Liberdade esta 5.ª feira.
O governo actual arrisca-se a ficar na história recente de Portugal como o íman-mor das manifs, tal é a adesão que despoleta. Nem tudo é mau: sempre ganha um troféu!
Nb: imagem da manif. retirada daqui.