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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O professor desde 1975: de xerife a perseguido...

L'école, por Isabeau de R (é falado em francês, mas a situação é 'universalizável')

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Hoje será dia de trânsito fluído...


... e podeis dar graças aos profes, pelo seu novo gesto filantrópico, ao ficarem em casa a descansar. É que, com a tutela que têm, todo o descanso é pouco..., perdão, anda muita gripe no ar, cof, cof.

O cartoon é, mais uma vez, do incontornável Anterozóide, onde a saga do Sr. Insucesso está para dar e durar.

domingo, 23 de março de 2008

Na sala de aula ninguém mete a colher

Este episódio de violência na sala de aula via YouTube, releva uma realidade que existe, que provavelmente está a crescer, mas que ainda é relativamente circunscrita. Não se pode avaliar todo um sistema de ensino a partir de uma cena filmada por telemóvel. E, sobretudo, não se pode reduzir o sistema ao que se passa na sala de aula. Mas, de facto, este é quanto a mim um dos problemas: o interior da sala de aula. Para a maior parte dos professores a sala de aula é o seu reino, o último reduto na qual deverão ter o domínio completo da relação pedagógica. Tudo o que lá se passa só ao professor diz respeito. Gerou-se quase um código de conduta entre os professores relativamente à sala de aula: ‘na sala do colega ninguém mete a colher’. Se alguém se imiscui está de certa forma a intrometer-se num espaço que naturalmente não lhe pertence. Assim, para o bem e para o mal, o professor está isolado na sala de aula: nela é o senhor ou é o seu servo. Se muita coisa mudou na escola pública em relação a quase tudo, algumas ainda persistem desde dos tempos da escola tradicional onde o professor era de facto rei e senhor. E uma dessas coisas é, sem dúvida, o modo como os professores, entre si, encaram a sala de aula.
Infelizmente, as medidas que têm vindo a ser contempladas por este ministério têm atafulhado os professores num sem número de actividades administrativo-burocráticas, enquanto as questões do foro pedagógico e relacional têm sido claramente secundarizadas. O trabalho de sala de aula deveria ser também um trabalho de reflexão e de partilha de recursos e estratégias pedagógicas e científicas entre profs do mesmo grupo e dos mesmos níveis de ensino. O interior da sala de aula tem de deixar de ser tabu entre os colegas. Comungar o que se passa lá dentro não deve ser visto como uma fraqueza. Pelo contrário, se for realizado de uma forma sistemática este trabalho, que é muito pouco desenvolvido nas escolas, pode representar a salvaguarda e protecção dos próprios docentes. Um dos aspectos que mais me constrange ao ver aquelas imagens é a extrema solidão daquela professora, será que ninguém ouviu tamanha berraria, porque é que ninguém vem ao seu auxílio… um funcionário, um colega, etc.
A escola mudou extraordinariamente. Em muitos aspectos mudou para melhor. A nível europeu Portugal tem actualmente uma das mais elevadas taxas de qualificação superior entre os jovens até aos 35 anos. E isso deve-se em grande medida ao trabalho da escola pública democrática. No entanto, a sociedade não pára e a escola como parte integrante dessa sociedade está em mudança. Cabe aos professores pensar nessa mudança não como uma mera inevitabilidade mas como uma oportunidade de também poderem mudar.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Ausências

Esta é mais ou menos a razão pela qual ando ausente há quase 1 mês. Nem sei mesmo se voltarei, porque depois de tudo concluído talvez esteja como o «Sr. Gouveia».



sexta-feira, 2 de março de 2007

Carreira docente universitária à procura do Aladino



Muito se tem falado, aqui, e por toda a comunicação social de professores do Ensino Secundário. Pouco se tem falado de professores do Ensino Superior. Estive a ver no Estatuto da Carreira Docente Universitária (mais conhecido por ECDU) em vigor que quem assina um contrato como assistente convidado, o mesmo é de um ano, renovável por 3, e assim por diante, ou seja, de novo renovável por 3. Depois do Doutoramento, se ainda estiver em vigor a mesma legislação, é possível uma contratação, mas como Professor Auxiliar. Sabemos que isto é practicamente impossível. Os professores convidados, ou são "convidados" a sair e a esperar eternamente outro convite, ou a serem professores convidados toda a vida ( a 20, 30, 40, e, se for afortunado, a 50, 60, 70, 80, 90 ou 100%). Se, por acaso, algum professor do ensino superior tiver a sorte de ter uma lâmpada fundida, e ao colocar a nova, lhe aparecer o Aladino, então poderá, talvez, vir a ser contratado sem ser como convidado, isto é, dentro da carreira. Uma vez Professor Auxiliar, de acordo com a legislação em vigor, tem de ser avaliado mediante um Relatório que tem de fazer ao fim de cinco anos para ser votada a nomeação definitiva. Claro que o Relatório, acompanhado por 2 exemplares de cada peça curricular, tem de ser entregue cerca de 3 meses antes da data dos 5 anos. Tal significa que, após o doutoramento, os docentes universitários de carreira se têm de esfalfar a produzir currículo para, ao fim de 5 anos, conseguirem a nomeação definitiva. Entretanto, as pessoas são assoberbadas com tarefas de carácter administrativo e pedagógico e têm mesmo de produzir currículo para não perderem o emprego ao fim de 5 anos. Na impossibilidade de escrever um livro, escreve-se artigos e tenta-se publicá-los, sem ver um tostão (ou um cêntimo, nos tempos que correm). No caso de perderem o emprego, ficam até com um *bónus suplementar*: não têm direito ao subsídio de desemprego, o que é uma grande maçada, pois se se fundir outra lâmpada, como é que um professor do Ensino Superior vai conseguir ir até ao IKEA?
Imagem do filme da Disney Alladin.

O oportunismo sem limites

O PSD vai apresentar hoje no Parlamento uma proposta que acaba com o princípio de progressão na carreira docente por métodos administrativos e que pretende acabar com a distinção das categorias entre professor e professor titular. Para Pedro Duarte, vice-presidente da bancada do PSD, a iniciativa "é um sinal para poder pacificar e dar outras motivações aos professores". A criação destes dois níveis foi proposta pela actual ministra da Educação, e foi um dos aspectos do novo Estatuto da Carreira Docente, aprovado no início do ano, e que causou polémica junto de sindicatos e professores.

in Público de hoje, p.12