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segunda-feira, 19 de abril de 2010

A ficção made in EUA como antecipação da mundividência mundial (ou Gramsci e Althusser reactualizados por Paulo Varela Gomes)

nos anos 1960 e 1970, já se sabia nessas redes comunicacionais, muito antes de se saber na realidade, que o comunismo era o Mal absoluto, os Estados Unidos o melhor país do mundo e o modo de vida americano o nec plus ultra.
De facto, estas redes não se limitam a reflectir a realidade: fazem-na acontecer, propõem um mundo.
Resta saber se Gramsci combina a 100% com Althusser (parece-me que o peso da conjuntura e do contingente é bem maior em Gramsci), e se a fixação na ficção não será excessivo num mundo onde em que os comportamentos de relevantes segmentos sociais se guiam pela crescente multiplicação e combinação entre diferentes media e tipos de mensagens: tlm, sms, twitter, internet, blogues, sites, redes sociais, e, claro, tv, cinema, rádio, video, músicas etc..
Isto para dizer que se recomenda a leitura da crónica «Exagero?», de Paulo Varela Gomes (Público, 20/III, p.3-P2).

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

As melhores video-crónicas da actualidade

...são as Crónicas do Brito Aranha, agora actualizadas com a opinião sobre as últimas de Lisboa e do país, bem como sobre Espanha, o meio geográfico, as energias renováveis, o futebol, o fado, etc.. Tudo num vlog único, pessoalíssimo mas transmissível. Para começar bem o ano, aqui fica a sugestão duma antologia de 2008.

sábado, 25 de agosto de 2007

EPC no fio do horizonte (1944-2007)

Apesar do seu lado mais convencional e do pendor para o ‘amiguismo’, vou ter saudades de Eduardo Prado Coelho e dos seus textos de ensaio e crónica jornalísticos, designadamente de «Fio do horizonte», aquele que foi o seu espaço de crónica no jornal Público nos últimos 10 anos.
É verdade que EPC nunca se preocupou em fazer uma crítica literária (ou outra) assente na sistematização da qualidade das obras saídas. A sua opção pela escrita sobre autores e obras que agradavam ao seu gosto pessoal, quantas vezes seus amigos pessoais, não é em si mesma negativa. Contudo, o meio da crítica perdeu assim um dos nomes que mais poderia incentivar essa busca por uma sistematização, essa necessidade duma maior procura da qualidade e das insuficiências e limites das obras. Dum inventário mais plural baseado na qualidade, no risco e na experimentação.
Seja como for, é inegável o seu impressivo contributo para o ensaísmo jornalístico, para uma maior informalidade na crítica e para uma certa saída das torres de marfim. Articulou, como poucos por cá, a análise de distintas áreas do saber: poesia, romance, fotografia, artes plásticas, cinema, política, filosofia, etc.. Ajudou a divulgar e a consagrar vários artistas, escritores e iniciativas. Fez bastante pelo debate público, com ideias e argumentos, num país pouco dado a ele.
Ultimamente, as crónicas de que gostava mais eram aquelas em que se detinha a comentar aspectos do nosso quotidiano social e cultural.
Porque nos ajudou a pensar a nossa contemporaneidade, aqui fica o meu reconhecimento.
Nb: vd. obituário informativo aqui.