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terça-feira, 5 de junho de 2012

Ainda bem que reconsiderou, Olivença é ibérica

«Alcaide de Olivença retira carga bélica à recriação da Guerra das Laranjas», por Carlos Dias
Sobre o mesmo assunto vd. este post anterior.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Como um edil nacionalista consegue afrontar a memória do seu povo

«Território anexado por Espanha: PS reabre polémica de Olivença por causa da Guerra das Laranjas», por Luciano Alvarez

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Um livro oportuno, em tempo de egoísmos nacionais

O livro em questão é Representações da portugalidade, resulta dum colóquio realizado em 2010 e será lançado em Lisboa já amanhã, na Livraria Bucholz, às 18h30. A apresentação cabe ao jornalista Paulo Pena.
Publica a obra a Editorial Caminho, já com o seu editor José Oliveira de saída. Infelizmente. Sinais dos tempos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Um português sem filtro

Informação sobre este livro e o seu autor em post da Livraria SolMar.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Vaivém entre lendas e factos, ou da utilidade do historiador

O elogio vai para o trabalho desenvolvido pelo historiador Joel Cleto em torno da análise das lendas sobre a identidade nortenha, em especial da portuense.

O pretexto é a recente publicação do seu livro Lendas do Porto, uma recolha de crónicas saídas na revista O Tripeiro e que tem a chancela da QuidNovi.

Para mais informação vd. este texto de Jorge Marmelo ou o blogue do próprio autor, Caminho das Estrelas.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Pensando o elo complexo das identidades colectivas, para além da espuma dos dias

Para mais informações é favor ver o programa do evento.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Tugalândia, modo de usar

Nb: +inf. sobre o programa em apreço aqui (caso tenha dificuldades em ver o video até ao fim, sugere-se a sua visualização nesta hiperligação).

quarta-feira, 14 de abril de 2010

A dança dos museus e os espaços do poder

«Novo Museu dos Descobrimentos vai para o espaço do Museu de Arqueologia»

PS: sobre esta polémica vd. os seguintes posts do Peão: «Prova dos nove», «A passerelle do centralismo», «Basta de trapalhadas: quem quer o novo Museu dos Coches?»; «Novas sobre a polémica das mudanças nos museus de Arqueologia e dos Coches»; «Ainda se vai a tempo de evitar um gasto deslocado, ainda por cima para mal dum sector tão carenciado como é o da cultura».

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Um discurso perigoso de Sarkozy

Num texto publicado no «Le Monde» (ver aqui), Nicolas Sarkozy pronuncia-se sobre a interdição dos minaretes na Suíça num tom ilusoriamente moderado e potencialmente perigoso. O perigo consiste em três confusões que fortalecem a extrema-direita.
Em primeiro lugar confunde a legitimidade do referendo em França sobre a Constituição europeia em 2005 com a legitimidade de um referendo sobre a construção de edifícios religiosos de uma minoria. E acusa os críticos do referendo suíço de «desconfiarem do povo». A minha resposta é simples: no primeiro caso os franceses pronunciaram-se sobre um texto que iria afectar a sua vida. No segundo caso a maioria dos votantes decidiu sobre a vida religiosa de outras pessoas. Invocar o povo para confundir os dois casos é desonesto. O povo deve decidir sobre o que lhe diz respeito. Pelas mesmas razões acharia bem, ainda que não seja costume, que o «povo» de uma religião (uma comunidade religiosa) decidisse por voto como é que devem ser construídos os seus edifícios religiosos. Absurdo é que decida como devem ser construídos os edifícios de outra comunidade menos numerosa.
Em segundo lugar expõe uma bizarra concepção de direitos humanos. Sarkozy escreve do seguinte modo o seu ponto de vista: «Les peuples d'Europe sont accueillants, sont tolérants, c'est dans leur nature et dans leur culture. Mais ils ne veulent pas que leur cadre de vie, leur mode de pensée et de relations sociales soient dénaturés. Et le sentiment de perdre son identité peut être une cause de profonde souffrance.» O direito humano que preocupa Sarkozy é o dos povos europeus conservarem a sua identidade naturalmente acolhedora e tolerante. Qualquer pessoa que estude a História da Europa na primeira metade do século XX, incluindo a do regime de Vichy, não conseguirá engolir esta visão. A tolerância europeia foi o resultado de uma Guerra Mundial, não brota como as flores nos prados. Pior ainda é Sarkozy não associar os sentimentos de perda de identidade e os sofrimentos respectivos às mudanças sociais, à crise económica, às mutações tecnológicas, mas referir a questão apenas do contexto da presença em França de minorias religiosas – neste caso um eufemismo para o islão.
Em terceiro lugar, a sua crítica à «ostentação e provocação religiosa» e o seu apelo a uma prática religiosa discreta esconde uma discriminação. Por que raio é que um minarete há-de ser «ostensivo» e uma peregrinação a Lourdes não? Sarkozy usa a «identidade nacional» da França para definir o que é religiosamente correcto. E para deslocar o debate de questões económicas e sociais para o da imigração e da relação com minorias religiosas. Onde é que eu já li isto?

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Identidade Nacional: Proponho que se discuta o caso dos polícias que andavam a roubar imigrantes legais

A França está em pleno debate sobre a identidade nacional, o grande debate de toda a sociedade que Sarkozy desejou, e que o seu ministro da imigração e identidade nacional (sic) tornou realidade (sobre o que já escrevemos aqui no Peão . A coisa está deveras interessante. Para começo de conversa, o ministério da identidade nacional enviou umas circulares com instruções sobre o que se devia discutir no tal grande debate nacional, e lá constava a relação entre a imigração clandestina e a delinquência (toda a gente sabe que esses malandros vêm para cá só para roubar, mas vindo do ministério tem outra legitimidade); só que depois o tal tema desapareceu dos documentos oficiais, como quem não quer a coisa. É o actual ministro, Besson, a seguir as pisadas do seu antecessor, Hortefeux, que acha que um árabe numa reunião do seu partido é uma coisa boa, quando há muitos árabes juntos é que é um problema; mas depois também veio dizer que não disse aquilo que tinha dito. Neste debate lá está também, como não podia deixar de ser, o presidente da junta, na circunstância de Gussainville - uma terriola com 40 habitantes -, eleito pela UMP de Sarkozy, que acha que este debate é essencial porque "está na altura de reagir, pois que senão vamos ser todos comidos" porque eles são "já 10 milhões pagos por nós para não fazerem a ponta dum corno"; está bom de ver, este também não é racista (vale a pena ler a justificação que faz jus ao velho "pior a emenda que o soneto"). Vá-se lá saber porquê há quem no próprio partido da maioria ache que a coisa não está a correr bem e se distancie da iniciativa.

Ora, se é para discutir a relação entre a imigração e a criminalidade eu sugiro humildemente que se discuta este caso ocorrido a semana passada em Paris, que demonstra definitivamente que existe uma relação causa-efeito entre imigração e criminalidade: dois polícias da secção encarregue da imigração ilegal entram numa loja de telemóveis, propriedade de imigrantes, sob pretexto de levar a cabo um controlo de identidade, e de passagem pela caixa dão uma baixa no imigrante. Podem ver o vídeo aqui em baixo, e sim, são mesmo polícias, no exercício das suas funções, sigam o link para ler a história toda.


domingo, 6 de dezembro de 2009

E o menino gosta mais do papá ou da mamã? Tem que escolher, não pode gostar dos dois.

Segundo Rogério da Costa Pereira Liedson não percebeu que a selecção portuguesa não é um clube, não percebeu a escolha que fez, não percebeu que Portugal passou a ser o seu país, não percebeu que não pode estar dividido. A nacionalidade é portanto para ser gozada em regime de exclusividade, para adquirir o cidadania há que renegar o passado, não se pode amar dois países ao mesmo tempo, não se pode ter identidades misturadas. Jean-Marie Le Pen não diria pior.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Mais um bombom

cartoon de GoRRo (c) 2009

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Peões, peonetes e santanetes

Está aí escrito do lado direito do écran: Identidades partilhadas.
Aqui somos todos peões mas também peonetes uma vez que o género é uma forma simbólica de acção pública: Hoje sou peão e peonete. Hoje não sou Santana, mas sou santanete!

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Não sou daqui mas gosto de aqui estar

Julgo que a música tem um papel muito importante a desempenhar no combate ao racismo e à xenofobia e na promoção do pluralismo e da inclusão. O último trabalho de Amélia Muge, que sigo com muito prazer há uns doze anos, tem um tema, Não sou daqui, que fala do desejo de ter todos os lugares neste lugar e que este lugar seja o lugar de todos. Diz a cantora: "Aprender no lugar do outro a me encontrar...".
Como colectivo, os portugueses têm ainda muito que aprender nesta matéria. Eles que durante as últimas décadas do Estado Novo foram 'bombardeados' com uma propaganda nacionalista que enaltecia o carácter integrador, universalista e ecuménico do nacionalismo português, em oposição aos 'maus' nacionalismos, fechados, etnocêntricos e xenófobos. Tudo indica que os portugueses apenas interiorizaram a norma anti-racista para efeitos de discurso autojustificativo, não a reproduziram na prática pessoal e social quotidiana.
Na semana passada, o Público divulgou um estudo sobre as identidades na Europa e os modos como estas influenciam, nomeadamente, a atitude face à imigração. O estudo, elaborado no âmbito do European Social Survey, inquiriu polacos, portugueses e suíços. Em traços largos, relativamente aos portugueses, chegou-se à seguinte conclusão: opõem-se mais à entrada de imigrantes no seu país do que os polacos ou os suíços, embora sejam menos nacionalistas do que aqueles. Como refere Jorge Vala, coordenador do estudo em Portugal, "Quanto maior é a identificação com o país, mais se valoriza a tradição, o conformismo, a segurança. Pelo contrário, quanto maior a identificação com a Europa, mais se está orientado para valores de abertura à mudança, de realização pessoal, com maior capacidade de integrar situações de incerteza e valorizando o prazer e a gratificação". Em Portugal prevalecem os indivíduos que se identificam simultaneamente com o país e com a Europa. Isto significa que a maioria não está muito aberta à mudança, nem essencialmente virada para a tradição. Apesar de serem menos nacionalistas do que os polacos ou os suiços (18% contra 42% na Polónia e 38% na Suíça), os portugueses, devido ao seu perfil de identificação "misto" ou "ambíguo", têm em média uma atitude mais restritiva em relação à imigração.
A 28 deste mês, realiza-se no ICS-UL um Seminário de Apresentação de Resultados - Identidade Nacional 2003, dedicado ao tema «Nação, Nacionalismo e Exclusão». É organizado por Jorge Vala e José Manuel Sobral, coordenadores do módulo sobre Identidade Nacional no projecto «International Social Survey Programme».
Desconheço os resultados relativos a 2003, mas lembro-me que estudos anteriores mostraram que o espaço de afirmação identitária da maioria dos portugueses não se confinava a Portugal e à Europa; estendia-se à África, ao Oriente, ao Brasil… ao mundo, como outrora ao império.
Pensando na letra «Não sou daqui», parece que os portugueses gostam dos lugares dos outros e dos outros noutros lugares distantes, mas têm alguma dificuldade em partilhar o seu lugar com os outros e em reconhecer neste lugar o lugar de todos.