Roberto Burle Marx (1909 – 1994) foi um artista polivalente e para quem “fazer jardim é fazer arte”. Foi pintor, designer, arquiteto, paisagista, artista plástico, tapeceiro e cantor de música lírica. Mas foi como paisagista que ganhou renome internacional. Criador da linguagem modernista do paisagismo mundial, ele é considerado o maior paisagista do século 20. Sua assinatura consta em mais de 3000 projetos espalhados em 20 países dos 5 continentes. Também foi premiado como pintor e designer de joias.
“No momento em que vou combinar plantas, estou pensando em cor, volume e ritmo. Decidi-me a usar a topografia natural como uma superfície para a composição e os elementos de natureza encontrada ( minerais e vegetais) como materiais de organização plástica, tanto e quanto outro artista procura fazer sua composição com a tela, tintas e pincéis”. (Excerto da entrevista publicada pelo jornal Última Hora, em 04/08/89 – Rio de Janeiro).
A preferência de Burle Marx era por projetos de grandes áreas. Entre as suas muitas obras, destacam-se: parte dos jardins da Unesco, em Paris; o Biscayne Boulevard, em Miami; o City Centre Park, de Kuala Lumpur, Malásia; o parque Del Este, em Caracas; os jardins do prédio do Centro Georges Pompidou, em Paris; Jardim Memorial na praça Rosa de Luxemburgo, em Berlim; Jardim das Nações, em Viena; jardins do edifício da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington, parque do Ibirapuera (não executado) e Jardim Botânico, em São Paulo, parque Zoobotânico, em Brasília, e o Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro (foto). Mais.