Começa hoje e vai até o dia 30 de agosto a 10º edição do File (Festival Internacional de Linguagem Eletrônica). O evento, considerado o mais importante na área de arte e tecnologia (ou arte contemporânea, como desejam muitos) da América Latina, reunirá mais de 300 artistas, de 30 nacionalidades, na Galeria de Arte do Sesi, na avenida Paulista, São Paulo. Em poucas palavras, o que se verá no File é uma arte onde algoritmos substituem os tradicionais pincéis, tintas e telas.
Entre os artistas convidados, estão grupos, coletivos e alguns acadêmicos, especialistas nessa nova linguagem artística. Pelo lado acadêmico, o grande nome a aportar em Terras Brasilis será o do russo Lev Manovich, referência entre os teóricos da área de novas mídias digitais. Já na área artística, destaco a presença do espanhol Marcel.lí Antúnez Roca. Reconhecido internacionalmente por suas performances mecatrônicas e instalações robóticas, Marcel.lí apresentará a sua obra de repertório pluralista “Protomembrana” (foto), onde utiliza uma narrativa verbal, animação gráfica, iluminação e música.
Outra figura de peso a se apresentar será o grupo norte-americano Graffiti Research Lab. Eles virão ao Brasil com uma caneta a laser com a qual é possível grafitar grandes dimensões, como superfícies de prédios, graças a um projetor de grande escala.
O evento deste ano também trará uma grande novidade. Trata-se do “File 2008 Milhões de Pixels”, uma referência ao cinema de tecnologia 4K, com imagens de 8 milhões de pixels por frame. Depois de mais de um ano de estudos, um grupo de especialistas transmitirá, pela primeira vez na história, um filme de super alta definição. Trata-se do longa “Enquanto a Noite Não Chega”, que foi dirigido por Beto Souza e aborda como tema central o fim da vida. Ao todo serão apresentados 14 títulos com essa nova tecnologia.