terça-feira, 30 de outubro de 2012
Está em curso uma guerra de classes, dos ricos contra os pobres e a classe média
Esta última visa impôr mais flexibilização no trabalho portuário e cortes nos salários. Segundo o governo e os empregadores, o "problema essencial da competitividade dos portos portugueses incide no custo do trabalho resultante da sua regulação". Mas o perito Alan Stoleroff discorda frontalmente: "destacam-se como mais relevantes os dados referentes aos custos comparados da exportação e importação de um contentor". Além disso, "em termos dos custos totais, Portugal está relativamente bem posicionado nos rankings calculados pelo Banco Mundial".
Que gato com rabo de fora se esconde então nesta manobra governamental e patronal? Se quiser saber continue a ler o texto de Stoleroff, «All’s fair in love and (class) war».
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domingo, 28 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Os outros da colonização: ensaios sobre o colonialismo tardio em Moçambique
A apresentação cabe a Valdemir Zamparoni (Centro de Estudos Afro-Orientais, Univ. Federal da Bahia, S. Salvador, Brasil).
A sessão terá lugar no Jardim Tropical de Belém - Palácio dos Condes da Calheta (R. Gen. João de Almeida, n.º 15, Lisboa), às 17h30, integrada no programa do Congresso Internacional Saber Tropical em Moçambique: História, Memória e Ciência (organizado pelo IICT).
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segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Manuel António Pina (1943-2012): sonho, humor e sabedoria
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quarta-feira, 17 de outubro de 2012
A imperatriz passeia-se pelos protectorados, parte II
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terça-feira, 16 de outubro de 2012
Para os detractores de Chavez, que tal o pleno tele-governamental de ontem na tv portuguesa?
Ontem à noite, um momento estalinista único: os dirigentes governativos portugueses ocuparam parte do horário nobre de todas as tv's generalistas, e isto para dizer o que já se sabia há muito: «trabalhadores e pensionistas vão pagar 70% do défice».
Pela Venezuela parece que ainda sobrou uma ou duas tv's privadas independentes. Por cá, nem isso. Aguardo ansioso os comentários dos críticos habituais de Chavez.
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Despedimentos em magote regressam ao diário português de referência = um ultraje e um atentado ao pluralismo. Mas é possível contrariar esta espiral demente
O Público prepara-se para despedir 48 funcionários, sob a capa cínica da «reestruturação» e da «sustentabilidade» (em mais um uso abusivo do termo), isto num grupo empresarial que teve lucros de 62,5 milhões de euros em 2012 e que beneficia com o prestígio que este jornal lhe tem granjeado. Quando soube que 36 deles seriam jornalistas tive o mesmo espanto que muitos: mas isso é um rombo enorme numa redacção de referência!
Apesar de todas as derivas ideológicas e editoriais conhecidas dos últimos tempos, e que neste blogue comentámos (por vezes com tom duro, como na era da direcção de José Manuel Fernandes), aquele corpo de jornalistas permanecia conhecido pela sua qualidade e pluralismo.
Depois disso li testemunhos de ex-jornalistas e actuais jornalistas do Público, e foi difícil acabar a leitura. Já não foi espanto que senti mas uma profunda mágoa e indignação. Pretender despedir assim duma assentada, e com os critérios controversos que estão a ser ventilados nas redes sociais, compromete a memória e o futuro deste jornal! Um grupo de ex-jornalistas do jornal da Sonae divulgou entretanto um manifesto onde argumentar que «este despedimento coletivo é efetivamente um saneamento de quadros por discordâncias várias». A ser assim, o ultraje é a dobrar.
Por que não chega mostrar indignação, é necessário que os defensores do pluralismo se mobilizem. Entre outras coisas, podem ler e, se concordarem, assinar a seguinte petição online:
«EM DEFESA DA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DO JORNAL PÚBLICO E DOS PROFISSIONAIS QUE FAZEM DELE UM JORNAL DE REFERÊNCIA NACIONAL»
Eu concordei com essa petição, por isso a assinei.
Pela sua parte, os jornalistas do Público decidiram avançar com um dia de greve para esta sexta-feira. Oxalá tenho o apoio que merece.
Ainda vamos a tempo de barrar esta espiral de desrespeito pelo pluralismo e pelo trabalho alheio.
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terça-feira, 9 de outubro de 2012
Reforma do Estado: como aplicar mal uma boa medida
Importa ressalvar que nem todas as fundações de autarquias e regiões deviam ser extintas ou ter menores apoios do Estado central, isso evidentemente depende duma avaliação transparente das actividades específicas e das capacidades de cada autarquia promotora. Agora, a única forma de acabar com esta gula de criação de fundações é desburocratizar o mais possível a gestão na administração pública. Criar fundações e empresas públicas mais não é do que uma fuga em frente, nova fonte de clientelismo e despesismo, e um factor enorme para desincentivar a desburocratização do Estado.
Bem aplicadas, estas reformas do Estado teriam tido um impacto muito maior na diminuição da despesa pública. Depois não digam que não há alternativas.
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segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Tão liberais que eles são
A notícia do Público de hoje, «Empresa de que Passos foi gestor ficou com a parte de leão de fundos geridos por Relvas entre 2002 e 2004», deve ter suscitado a muitos leitores o seguinte comentário: está explicado porque o primeiro-ministro não demite Relvas, mesmo após os escândalos das equivalências e a controvérsia em torno de vários processos de privatizações (p.e., RTP e ANA).
Mas há outra questão por referir: o facto destes gestores/ políticos/ ideólogos que criticam a subsidio-dependência serem os mais colados aos subsídios desse mesmo Estado.
PS: mais desenvolvimentos desta notícia aqui.
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domingo, 7 de outubro de 2012
Cultura e alternativa
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quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Resgatar Portugal para um futuro decente
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terça-feira, 2 de outubro de 2012
Eric Hobsbawm (1917-2012): o historiador da contemporaneidade
Foi talvez o mais inovador e completo historiador do nosso tempo, e não só pelo tríptico das eras (das revoluções, do império, dos extremos).
Recomendo a leitura dos textos evocativos do Público e The Guardian.
Posted by Daniel Melo at 23:04 0 comments
Federalismo em debate
Posted by Daniel Melo at 22:30 0 comments