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sexta-feira, 26 de abril de 2013

Joaquim Furtado e João Paulo Guerra contam-nos o que era viver sob censura

Podem ouvi-los em jeito irónico e mordaz no excelente programa Provedor do Ouvinte, episódio 29: «Um programa sobre o pré-25 de Abril. As histórias de Joaquim Furtado e João Paulo Guerra».
Falam de várias censuras aos media no ocaso ditatorial: a censura política, a económica e empresarial (tão pouca falada...; o RCP, os accionistas farmacêuticos, o pó talco marado dos outros e a censura empresarial indígena), a auto-censura (tão difícil de admitir...), os bufos que denunciavam a passagem de canções proibidas na rádio...
Foi hoje mas está gravado e disponibilizado na internet, para quem não pôde sintonizar a Antena 1 a meio da tarde (deixo o link aí em cima).

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O serviço público de radiodifusão: um governo sem soluções consistentes, só agenda político-ideológica

Desconcertante é o mínimo que se pode dizer do relatório sobre o serviço público de televisão elaborado por uma comissão oficial. Daquilo que transpirou, e já foi demais, ressalta uma ideia que é puro harakiri: a comissão considera que a tv pública (leia-se, RTP) deve reduzir-se ao mínimo por ser susceptível de governamentalização, mas o seu canal externo (a RTP internacional) deve manter-se e ser «orientado» pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Diz-se que assim se segue o modelo inglês: nem isso é correcto, pois a BBC é completamente independente do governo em matéria editorial e institucional.

Mas o pior nem vem da comissão mas sim do governo: agora querem dar autonomia regional à RTP-Açores e à RTP-Madeira. Não chega já de instrumentalização e de desperdício de recursos? Dois canais nacionais não servem às regiões? Hoje soube-se que o governo quer que o canal interno que sobrevier (o outro principal será privatizado) seja sem publicidade nem informação, um nado-morto para acabar com qualquer serviço público de tv e dar mais dinheiro do bolo publicitário aos privados.

Resta-me dizer que até sou dos que sou a favor duma reforma profunda na tv pública, algo como uma semi-extinção, mas não assim. Eu proporia a extinção da RTP Memória (ninguém vê), a redução da RTP1, RTP2 e RTP-Internacional a um único canal, com um perfil resultante da fusão entre RTP2 e RTP-Informação, mas reforçado com serviço educativo e documentários, além de desporto diversificado. Já quanto à rádio, não me sinto suficientemente informado para opinar, embora considere que a Antena 1 e a Antena 2 têm bons programas, a questão é a sua divulgação.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Big Murdoch is watching you

Falta referir a devassa a vários membros da Casa Real britânica, também durante anos a fio.
E a manipulação do voice mail do telemóvel da adolescente Milly Dowler, levando a crer a seus pais que continuava viva quando já fora morta. E o acesso a dados pessoais de soldados mortos e de sobreviventes de atentados terroristas...
ADENDA: a coisa entretanto deu várias voltas (vd. aqui).
Nb: o cartoon de Steve Bell é antigo (de 2009), mas, lamentavelmente, continua actual.

domingo, 15 de maio de 2011

Verdade ou mentira?

É assim: eh pá, tipo, passo. Seja qual for a verdade, uma coisa é certa: em qualquer das imagens, o tipo-base sofre de azia. No mínimo. Alguém lhe arranje uns sais de feno. Ou uma água mineral, sff.

Depois, há toda uma polémica sobre media vs. photoshop que, apesar do seu alto gabarito, também passo. Ok?

quarta-feira, 2 de março de 2011

Citizen Murdoch, o manipulador global

Em 24 horas, quase metade da mídia britânica poderá ser comprada por um dos piores magnatas da mídia global. 
Rupert Murdoch explorou o seu vasto império midiático para forçar a guerra no Iraque, eleger George W Bush, espalhar ressentimento contra muçulmanos e imigrantes, alimentar o ceticismo climático e enfraquecer a democracia ao atacar impiedosamente políticos que não obedecem suas ordens. 
O controle sobre a mídia britânica irá expandir massivamente a influência do Murdoch em enfraquecer esforços globais pela paz, direitos humanos e o meio ambiente. O Reino Unido está em pé de guerra sobre as aquisições do Murdoch e até o governo aliado ao Murdoch está dividido ao meio, mesmo há horas de terem que tomar uma decisão. A solidariedade global impulsionou os protestos pró-democracia no Egito - agora ela pode ajudar a Grã-Bretanha. Vamos gerar um chamado global urgente contra o Rupert Murdoch. Assine a petição para os líderes do Reino Unido.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Olha quem fala

«Futebolistas aparecem muito mas dizem pouco», por Hugo Daniel Sousa

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Não serve de consolo mas serve para meditar

Para não se pensar que é exclusivo da tugalândia e que é coisa pontual:

Mino [Carta] fundou as revistas Veja e Isto É [...]. Foi eleito Jornalista do Ano pelos correspondentes estrangeiros em 2006.
É um veterano e não se cansa de lançar farpas ao espírito da imprensa hoje dominante. «Em nenhum lugar do mundo civilizado os media em geral se colocam todos de um lado, como no Brasil. Os media brasileiros são um instrumento na mão de uma minoria favorecida. Estão nas mãos de quatro famílias.» E as críticas não param aqui. «A imprensa brasileira é muito ruim, as pessoas não sabem escrever. Frequente uma escola de jornalismo no Brasil: são péssimas.»
A tradição da imprensa em bloco vem de longe, diz: «Quando Getúlio Vargas se elegeu em 1950 e criou a Petrobras, os media brasileiros postaram-se em bloco contra ele, que acabou por se suicidar em 1954. Depois os media lutaram em bloco contra a candidatura de Juscelino Kubitschek. Quando Jânio Quadros renunciou em 1961 advogaram a intervenção militar, para impedir a posse de Goulart. E no golpe de 1964 pediram aos militares para intervir.»
Nenhum jornal lutou contra ditadura?
«Nenhum, zero. Quem teve um papel foi a pequena imprensa, dita alternativa, que resistiu. Depois houve a revista Veja, que dirigi a partir de 1968 e da qual saí em 1976 por exigência do Presidente Geisel. Eu pedira um empréstimo à Caixa Económica Federal para a revista, e a Caixa negou porque o ditador de plantão exigia a minha cabeça. Tenho essa grande honra.»
Hoje a tradição da imprensa de «servir a elite» continua: «Eles querem um país de 20 milhões e uma democracia sem povo».

(entrevista a Alexandra Lucas Coelho)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A propósito da construção do conformismo pelos media

Esses (colunistas e economistas [que apregoam a ladaínha da austeridade assimétrica]) são apenas meia dúzia, Daniel [Oliveira].
São sempre os mesmos e insistem... insistem... até ao esgotamento. Fazem fé que, pela via do esgotamento, a espiral de conformismo seja transversal a toda a sociedade. Aí comem a presa.
Dá a parecer que são muitos, mas não são. São sempre os mesmos e têm os grupos económicos que dominam a sociedade do seu lado.
Uma coisa é certa: Portugal vai guinar à direita.

Rui F

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Quando uma rádio vira «produto descontinuado»

«Rádio Clube Português vai fechar», por Romana Borja-Santos

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Intolerância, deriva belicista e domínio geo-estratégico: o que permitem a inimputabilidade internacional e a cegueira ideológica

Ocorreu hoje um dos piores actos de agressão do Estado israelita contra a comunidade internacional. Leram bem, contra a comunidade internacional. Foi um massacre de civis activistas de 40 países ocidentais e orientais envolvidos numa campanha de solidariedade com a população palestiniana da Faixa de Gaza, após meses dum bloqueio israelita insano àquele território (neste momento, estão confirmados 10 mortos e dezenas de feridos).

A viagem da «Flotilha da Liberdade» estava programada há algum tempo e a comitiva de c.700 pessoas incluía  deputados da Alemanha, Noruega, Suécia, Bulgária e Irlanda, sendo a maioria dos restantes elementos membros de ong's humanitárias, além duma Prémio Nobel, dum sobrevivente do holocausto, dum ex-senador dos EUA, de jornalistas e de tripulantes (vd. aqui). Israel intimidou desde cedo, pressionando para o seu acostamento em território israelita e não em território palestiniano, como se uma comitiva com intuitos humanitários não pudesse atracar num porto palestiniano sem autorização do auto-declarado ocupante (mesmo que nesta situação, a resposta é completamente desproporcionada e, muito provavelmente, ao arrepio do próprio direito internacional).

O facto do morticínio provocado por comandos israelitas ter ocorrido em águas internacionais, e cujas imagens ecoam a pirataria somali, não demoveu o governo israelita de procurar justificar o injustificável com a mais sinistra propaganda, que alguns (poucos) media ainda acham por bem acolher, seguindo a política bushista da «guerra de civilizações» e da protecção à outrance do sionismo ultrabelicista. Felizmente que a maioria dos media, acompanhando o coro internacional e unânime de críticas a um acto tão atroz, se distanciou de tais derivas belicistas, as quais provocaram uma crise diplomática sem precedentes: vd. «Israel accused of state terrorism after attack». Também a opinião pública internacional tem-se manifestado contra este crime um pouco por todo o mundo: «Clamor internacional contra el "baño de sangre" de Israel».

Porquê agora isto? Rebobine-se um pouco o filme e chegamos a uns dias atrás em que uma iniciativa diplomática de países emergentes na cena internacional (e, por consequência, na respectiva área regional) procuraram resolver diplomaticamente o «caso iraninao». Assim, por iniciativa diplomática, o Brasil intercedeu junto do Irão para que suspende-se o seu programa nuclear, enviando o seu material nuclear para a Turquia. Ora, nesta comitiva solidária, a maioria dos membros eram turcos, antes um dos poucos interlocutores muçulmanos de Israel... Para bom entendedor...

(para quem tem dúvidas é favor ler «Turquia acusa Israel de ter cometido um acto de "terrorismo de Estado"»).

Sobre a acção israelita e seu enquadramento vale a pena ler «Israël veut montrer qu'il reste maître chez lui», do historiador Pierre Razoux.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Um Robin Hood muito lá de casa

por Tiago Ribeiro

terça-feira, 27 de abril de 2010

O que é a censura hoje?

«Crítica a dois filmes censurados pela RTP2», de Eduardo Cintra Torres.

Segundo este crítico de tv, a RTP2 vetou a transmissão de 2 documentários: Michael Biberstein: o meu amigo Mike ao trabalho, de Fernando Lopes, e Aldina Duarte: princesa prometida, de Manuel Mozos. Sucede que ambos os filmes são de cineastas de créditos firmados e com abordagens relevantes. A retaliação dever-se-á ao apoio que estes cineastas deram ao Manifesto pelo cinema português (do qual aqui demos notícia).

A ser verdade, é um lamentável acontecimento.

ADENDA: «"Porque é que os meus filmes passam à meia-noite?", pergunta Pedro Costa a Paula Moura Pinheiro. Acusações à RTP2 dominaram debate sobre cinema português no IndieLisboa» (vd. aqui).

Nb: na imagem, cartoon The evil spirits of the modern daily press, de Syd B. Griffin, 1888.

domingo, 25 de abril de 2010

Casas decentes para todos!

Olá! E eis que passados 36 anos sobre a revolução de Abril surge uma inesperada reportagem de media mainstream sem visão acusatória sobre o movimento de moradores e a questão da habitação no período revolucionário. Chapeau! A reportagem em apreço chama-se «As casas que o povo quis», é de Luís Francisco, saiu no Público de hoje e tem ainda a proeza de fazer a ponte entre passado e presente.
Novamente, só a versão impressa tem o texto integral, mas aqui pode ficar-se com um cheirinho.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

A ficção made in EUA como antecipação da mundividência mundial (ou Gramsci e Althusser reactualizados por Paulo Varela Gomes)

nos anos 1960 e 1970, já se sabia nessas redes comunicacionais, muito antes de se saber na realidade, que o comunismo era o Mal absoluto, os Estados Unidos o melhor país do mundo e o modo de vida americano o nec plus ultra.
De facto, estas redes não se limitam a reflectir a realidade: fazem-na acontecer, propõem um mundo.
Resta saber se Gramsci combina a 100% com Althusser (parece-me que o peso da conjuntura e do contingente é bem maior em Gramsci), e se a fixação na ficção não será excessivo num mundo onde em que os comportamentos de relevantes segmentos sociais se guiam pela crescente multiplicação e combinação entre diferentes media e tipos de mensagens: tlm, sms, twitter, internet, blogues, sites, redes sociais, e, claro, tv, cinema, rádio, video, músicas etc..
Isto para dizer que se recomenda a leitura da crónica «Exagero?», de Paulo Varela Gomes (Público, 20/III, p.3-P2).

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Vento e cinzas trazem apocalipse à Europa

«perdido [o rigor] por cem, perdido por mil»

ou então «quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto»

terça-feira, 13 de abril de 2010

«Génio louco» ou um cientista brilhante com convicções éticas?

A propósito do matemático russo Grigori Perelman, autor na berlinda por não ter logo aceite prémios vultuosos que distinguiam o seu contributo para a transformação da conjectura de Poincaré num teorema, passou a imagem dum dum «génio louco» em muitos media.
O último texto a apresentá-lo assim é um aprofundado trabalho de Ana Gerschenfeld. Por ser aprofundado, este texto permite entrever que as reservas do cientista têm a ver com a sua dificuldade em aceitar o atropelo de normas éticas no trabalho científico. Um outro cientista procurou, de modo incorrecto, ficar com parte dos louros daquele proeza científica e, como os restantes matemáticos não denunciaram a situação, Perelman ficou desiludido e resolveu afastar-se deles. A versão de Perelman foi revelada pelo próprio a uma jornalista que escreveu a biografia doutro grande matemático. Parece mais uma questão de ética no trabalho e na vida do que propriamente loucura.
O próprio diz achar esquisito que os prevaricadores passem por gente normal e aqueles que não aceitam atropelos a normas éticas sejam vistos como bichos-do-mato. É que ele até vai apanhar cogumelos no bosque! Pois é, so pode ser louco! Mas, espera aí; então e as pessoas que apanham cogumelos nos bosques para que todos nós os possamos comer também são loucas?
Que grande confusão...

Novo blogue para reflectir à esquerda


Ele aqui está, a somar a outros anteriores*. Com bons textos, bom grafismo e bom ideário! Que mais se pode pedir?

*p.e., ops! revista de opinião socialista e Manuel Alegre.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Redes sociais da internet: uma ameaça à privacidade?

«É aceitável que a adesão às redes sociais justifique a perda de privacidade?» foi o mais recente tema lançado pelo site Contraditório.

Do lado do 'não' estava Maria Manuel Veloso (prof.ª da UC e membro do Focus Gruoup on Privacy Enhancing Technologies);

do lado do 'sim' figurava Francisco Teixeira da Mota, o qual nos deu um bom resumo da peleja em «A adesão às redes sociais e a perda de privacidade» (in jornal Público, 11/IV/2010, p. 39).

Um tema, duas opiniões diferentes, mas apenas para quem é assinante!

«Um tema, duas opiniões diferentes» é uma rubrica recente do jornal Público, onde se procura dar espaço ao debate de ideias sobre política económica. Entusiasmado por esta nova oportunidade de ler textos acessíveis e oponentes sobre um determinado tema da economia do quotidiano, resolvi dar notícia.
A desilusão veio logo a seguir, quando reparei que estes textos estão só acessíveis para assinantes! Tá mal: a boa nova devia ser partilhada por todos...
Por isso, no post seguinte falarei dum site onde se exerce o contraditório sem fronteiras de escalões financeiros.
Resta-me referir que o último tema dominical intitulava-se «O subsídio de desemprego em Portugal dificulta o regresso ao mercado de trabalho?», sendo o sim esgrimido por Álvaro Santos Pereira (U. York) e o não por Carlos Pereira da Silva (ISEG-UTL).

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Isto é simplesmente ridículo

Malta, é assim: se não têm nada de novo para dizerem não falem. Ponto.

É assim tão difícil, ou preferem vingar-se por o treinador não ter soçobrado à vossa pressão via media?

Nb: na imagem, restaurante de adeptos sportinguistas «O filho do menino Júlio dos Caracóis», especialista em bons petiscos, como caracóis, caracoletas, pica-pau, etc. Um exemplo de sabedoria, reconhecido até por não-sportinguistas como eu...