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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Enciclopédia do boy júnior

É um trabalho de sapa aquele que este blogue tem feito para nos revelar o maravilhoso mas intrincado mundo do assessor nova geração, pró-troika mas imune à partilha de penalizações salariais (isso é para o comum dos mortais).

Perante esta tendência com algum déjá vu, há quem ache que o perigo é a «esquerda caviar» ou, na expressão mais chã de Fátima Bonifácio, a «esquerda champagne». É que esta, se fosse poder, seria a «nomenclatura da nova situação». E, temor dos temores, concretizaria a ameaça letal: «Não fariam parte [os seus amigos ricos socialistas], como eu faria, se isso acontecesse, dos lumpen intelectuais a ganhar 25 tostões para dar dez horas de aulas por dia».

Pessoas como a insigne historiadora do século XIX dizem-se há muito vacinadas contra o esquerdismo dos anos 70, em que militou cegamente. No seu armário, contudo, é só fantasmas desse período. Aqueles que assim se expressam vivem todos nesse passado, como se não tivessem vivido mais nada, como se não houvesse mais referenciais do que um certo pensamento dualista desse tempo.

Entre o real e o imaginário, há todo um campo de opções. Optar pelo cenário mais inverossímil para neutralizar o dissenso político actual (ou, simplesmente, para evitar alongar-se sobre a situação actual) não deixa de ser o mais irónico possível para alguém que se «pela» por polémicas, gosta de política e se afirma provocadora.

Nb: para ler outras pérolas vd. aqui.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Fishman alerta: pressão «injusta» dos mercados obrigou Portugal a pedir ajuda de que não precisava, derrubou governo legítimo e ata o próximo

Da coluna deste sociólogo no New York Times, enquanto alerta para todas as democracias (via Público):

Apesar de o país ter apresentado «um forte desempenho económico nos anos 1990 e estar a gerir a sua recuperação da recessão global melhor do que vários outros países na Europa», ficou sob a pressão «injusta a arbitrária dos negociantes de obrigações, especuladores e analistas de crédito», que «por vistas curtas ou razões ideológicas» conseguiram «fazer cair um governo eleito democraticamente e potencialmente atar as mãos do próximo».

«Os fundamentalistas do mercado detestam as intervenções de tipo keynesiano em áreas da política de habitação em Portugal – que evitou uma bolha e preservou a disponibilidade de rendas urbanas de baixo custo – e o rendimento assistencial aos pobres», diz ainda Fishman no seu texto, intitulado «O resgate desnecessário a Portugal».

Neste cenário, acusa as agências de notação de crédito (rating) de, ao «distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal», terem «minado quer a sua recuperação económica, quer a sua liberdade política».

(continuar a ler resenha aqui)

sábado, 5 de março de 2011

Batalha de Ras Lanuf: rebeldes avançam a leste

Embora com forças menos bem preparadas e equipadas, os rebeldes parecem estar a conseguir levar a sua avante: Ras Lanuf é a nova cidade libertada, sendo uma importante cidade portuária e refinadora.
Parece seguirem uma estratégia de ataque em várias frentes, tornando mais difícil às tropas regulares e aos mercenários de Kadhafi irem a todas as jogadas. Além disso, são bem mais numerosos e aguerridos: é a sua vida e a dos seus que está em causa.
A oeste, Khadafi continua a espalhar morte e sofrimento entre as populações, agora através de nova tentativa malograda de tomar Zauia (Az Zawiyah) e em Tripoli prossegue a repressão contra as manifestações de revoltosos. Bem pode o seu filho dar entrevistas em inglês à Aljazeera, que não escaparão incólumes a estes crimes contra a humanidade. Tribunal Penal Internacional já anunciou que está a aprofundar as investigações e a Interpol lançou um mandado mundial de captura do ditador.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Líbia: uma libertação tirada a ferros, cidade a cidade, com muita persistência


«A batalha de Brega: "Estamos aqui a lutar pela liberdade"», pelo repórter no terreno Paulo Moura

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ainda só se anuncia e já causa urticária

Porque será? Não andaram todos a falar duma canção dos Deolinda como porta-estandarte duma «geração» sacrificada? Então, agora não se queixem. Não venham dizer que o apelo está mal feito, que o anúncio é inaceitavelmente apolítico, como se só os políticos do estrado pudessem fazer jogo táctico. Honra ao Vicente Jorge Silva, pelo menos não o podem acusar de falta de frontalidade: «A liberdade paga-se com a precariedade». Depois do insulto gratuito sobre a «geração rasca», uma ode ao cinismo. Continuamos, portanto, num registo de vaudeville, que vai bem com a personagem e terá decerto o seu auditório gratificador.

Detalhes do evento na página no facebook do Protesto da Geração À Rasca e em «Manifestação a 12 de Março. Adesão ao protesto da “geração à rasca” já ultrapassa as 20 mil pessoas».

PS: ressalvar que a CGTP organiza outra manif, uma semana depois.

Adenda: agora também há quem diga não gostar da letra dos Deolinda, mas com argumentos de taberna (a ler neste post irónico).

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Liberdade a qualquer preço?

Para além da fragilidade das provas dos serviços secretos quanto às famigeradas «armas de destruição maciça», não deixa de ser desconcertante a justificação do informante iraquiano. Uma dupla aberração. A ler em «Fonte das afirmações de Colin Powell na ONU: espião iraquiano "Curveball" confessa ter inventado programa de armas químicas», por Rita Siza.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Iémen, a revolução que se segue

Enquanto na Tunísia a mudança alastra e no Egipto um poder cego lança as suas milícias contra o povo nas ruas, a revolta popular tornou-se irreversível no Iémen.
Tal como no Egipto, também agora o presidente que estava há 30 anos no poder diz com ar cândido que é contra mandatos vitalícios e por isso abandonará o poder (vd. aqui e aqui). Um discurso assim é sempre de desconfiar, até porque o ditador não desmarcou a apreciação parlamentar da sua revisão constitucional, marcada para a 1 de Março e susceptível de viabilizar uma eleição vitalícia do presidente e o poder hereditário (cf. aqui). E porque tem usado o dinheiro do povo para comprar lealdades e não para desenvolver o país. Por isso, o dia de hoje mantém-se como o Dia da Ira, apelando a grandes manifestações. Entretanto, a pressão popular e da oposição vai marcando pontos: o simulacro de legislativas que estava marcado para Abril foi adiado sine die, que exige uma reforma política séria antes da realização de eleições.
No Egipto, perante o aparente alheamento do Exército e a obstinação do ditador Mubarak em lesar o seu povo, a pressão popular e internacional aumentou dramaticamente nas últimas horas, dado o grau de violência das milícias governamentais (vd. acompanhamento aqui). Para sexta-feira está marcado novo dia de marchas a nível nacional, com o único fito de exigir a demissão do ditador. Será mais um ultimato pacífico.
Depois da Tunísia, o país-líder do contágio pela liberdade passou a ser o Egipto, como se pode ler nesta reportagem do El País.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

O efeito dominó

Quem diria, apenas há umas semanas atrás, que a revolução tunisina iria contagiar toda a arábia? Ainda por cima, feita pelo povo, contra ditaduras que se eternizavam. Com coragem e dignidade. Com e pela internet e a Al-Jazira. Com e pela rua. Por direitos básicos, incluindo a paz e sem transições amnésicas.
Apesar de percalços perigosos, a liberdade está a passar por aqui...

sábado, 15 de janeiro de 2011

A Intifada do Jasmin (e a Wikileaks)

Segundo a Wikipédia, a Revolução do Jasmin é também conhecida pela "Revolta Sidi Bouzid" ou "Intifada de Sidi Bouzid". E porque não a "Intifada do Jasmin"? Intifada é um levantamento popular, e esta é-o na mais genunina das formas. Mas, por trágica que seja - e é - a morte de Mohamed Bouazizi, há algo de poético nesta revolta que começa pelo acto desesperado de um homem que se imola pelo fogo e acaba na queda da ditadura de Ben Ali. Se esta revolta se vai transformar em revolução é o que vamos ver nos próximos tempos. E já agora uma pequena questão acessória que me parece interessante: Qual a importância das revelações da Wikileaks sobre o regime de Ben Ali no desencadear desta revolta? Há pouco ouvi Mansouria Mokhefi (especialista em política do Margrébe) na BFM TV referir que as revelações da Wikileaks foram largamente retomadas pela blogosfera tunisina. Haverá uma ligação entre as duas coisas?

A revolução de jasmin

Foi preciso quase um mês de luta para derrubar 23 anos de ditadura na Tunísia. Caiu com dezenas de mortes, mas de modo pacífico pelo lado do povo. A luta foi por coisas simples: pão, trabalho, habitação, liberdade. O ditador, Ben Ali, fugiu e foi-se refugiar na Arábia Saudita. Onde é que já vimos isto?

Agora, o primeiro-ministro (e actual presidente interino) anunciou eleições dentro de meio ano.

Para o Magrebe e o mundo, é uma boa notícia. Os povos árabes têm aqui um bom motivo de esperança. Já os seus líderes têm um bom motivo de reflexão. Esta mesma opinião é avançada por estudiosos árabes. Melhor ainda; subscrevemos por baixo.

PS: para quem gosta de paralelismos, que tal pensar nesta frase dum manifestante: «Have you ever seeen!? A president who treats is people like idiots!!!».

domingo, 14 de novembro de 2010

A esperança de um povo

quinta-feira, 24 de junho de 2010

No centenário do nascimento de Manuel Tito de Morais, lutador pelas liberdades

A sessão de lançamento do livro é hoje, às 18h30, na liv.ª Bertrand, Chiado. Será apresentado por Guilherme d’Oliveira Martins e Nuno Tito de Morais Ramos de Almeida.

Mais inf. no blogue homónimo e no site Cultura Online.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Redes sociais da internet: uma ameaça à privacidade?

«É aceitável que a adesão às redes sociais justifique a perda de privacidade?» foi o mais recente tema lançado pelo site Contraditório.

Do lado do 'não' estava Maria Manuel Veloso (prof.ª da UC e membro do Focus Gruoup on Privacy Enhancing Technologies);

do lado do 'sim' figurava Francisco Teixeira da Mota, o qual nos deu um bom resumo da peleja em «A adesão às redes sociais e a perda de privacidade» (in jornal Público, 11/IV/2010, p. 39).

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Arroz de polvo malandrinho

É a 1.ª vez que tal ocorre em Portugal desde 1974: uma providência cautelar tentou proibir a saída dum jornal generalista, o Sol. A providência foi interposta pelo administrador da PT Rui Pedro Soares, o boy de Sócrates na telefónica portuguesa, e visava travar a divulgação de novas escutas que o envolviam num plano para domesticar certos media nacionais (sobre o assunto vd. este post anterior). O jornal não acatou a ordem, aliás, o oficial de justiça e a advogada não conseguiram notificar nenhum dos dirigentes daquele semanário. Por isso, a edição do Sol sairá amanhã, com a elucidativa manchete "O Polvo". Sic.
O presidente do Observatório da Imprensa, Joaquim Vieira, reafirmou hoje ao Diário da Tarde da TVI24 aquilo que já dissera quando era provedor do jornal Público: em situações em que está em causa a liberdade de informação e o interesse público, o jornalista tem o direito e o dever de desobediência civil. Porque o que as escutas revelam não são assuntos privados, mas sim conversações de homens exercendo funções públicas sobre assuntos públicos de relevante interesse público.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O olho do big brother, versão lusa

Um excerto: «O presidente da Comissão de Protecção de Dados Pessoais diz que a lei chega sempre mais tarde que as tecnologias e que a concentração da informação é um cocktail explosivo».

A acompanhar pelo post «Como dizia o outro, quem abdica de uma liberdade…bem, vocês sabem o resto».

Na imagem, mural de Bansky, em Londres, entretanto destruído?

sábado, 23 de janeiro de 2010

Lino Neto, um católico peculiar na I República

Foi lançado nesta semana o livro António Lino Neto: Intervenções Parlamentares (1918-1926), que inclui uma biografia deste político católico pela laboriosa pena dum peão nosso conhecido... O qual nos traz deliciosas revelações sobre as 'construções' mitológicas dum outro católico bem menos dialogante e desempoeirado...

Num dos vários estudos que publicou, A questão administrativa (o municipalismo em Portugal), Lino Neto tem esta tirada certeira que, infelizmente, continua actual: todos defendem em tom vigoroso a descentralização, sem que ninguém apareça a defender o centralismo; mas, uma vez no poder, ninguém concretiza a descentralização (ap. reportagem de A. Marujo no Público, 22/I, p.9-P2).

Em época de celebrações, é positivo não ficarmos só pelo elogio dos vultos republicanos, pois não foram só eles que trouxeram contributos válidos para a sociedade portuguesa, como bem aponta o prefácio de D. Manuel Clemente ao livro ora divulgado.

A obra resulta do projecto de investigação «Os católicos portugueses na política do século XX», e é coordenada por António Matos Ferreira e por João Miguel Almeida (vd. +inf. aqui).

Aos autores aqui ficam os meus parabéns!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Striptease surveilance: o securitarismo não tem limites?

Invocando razões de segurança contra atentados terroristas, vários Estados ocidentais estão a testar (por ora, experimentalmente) o uso de scanners corporais nos aeroportos. Os EUA irão avançar já para cidadãos de 14 países, a Alemanha deverá ser o país seguinte (vd. aqui).
Quando o pendor controlador e securitário dos Estados exige espreitar para dentro de nós, invadir a nossa privacidade, isso é legítimo? Apenas mais uma excepção que veio para ficar? O progresso tecnológico?
ADENDA
Citação:
Sugestões de leitura:
> «Os suspeitos do costume», por Pedro Lomba;
> «Novos reforços das medidas de segurança aérea geram polémica e protestos», por  Maria João Guimarães (este recolhendo opiniões de especialistas).

terça-feira, 8 de setembro de 2009

A duplicidade de critérios em acção

Afinal a «asfixia democrática» que Portugal sofria pára à porta da Madeira. Para Manuela Ferreira Leite, a autora do epíteto, aquela Região Autónoma é um oásis num país asfixiado: «bastião inamovível» e «um bom governo do PSD». E não sofre de asfixia pois o povo votante é soberano e até há jornais críticos do executivo local, mas que nem sofrem retaliações...

Para lá das contradições insanáveis face ao padrão de crítica do governo socrático há ainda a considerar um paradoxo mais preocupante: o 'modelo de desenvolvimento' praticado pelo jardinismo do último trinténio é tudo menos aconselhável e supostamente deveria ser um exemplo a evitar para um partido que se diz defensor de menos Estado, controlo das contas, etc.. E, depois, não se vê como conciliar o actual discurso do PSD sobre a morigeração das obras públicas de envergadura com o jardinismo inauguracionista.

É verdade que todos os partidos políticos com algum lastro e dimensão têm os seus esqueletos no armário. Mas há esqueletos e esqueletos. E contradições e contradições.

PS: sobre a original via madeirense o Público publicou recentemente um interessante dossiê de balanço, que saiu num P2 que não consegui localizar mas que julgo ser de Julho passado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O censor toca sempre duas vezes

Foi a principal notícia do nocitiário português de ontem: o telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional da TVI, foi suprimido pela respectiva administração, dominada pela espanhola Prisa. Em consequência, demitiu-se a sua responsável e apresentadora, a subdirectora de informação Manuela Moura Guedes, bem como a restante direcção de informação, chefias de redacção e pivots dos telejornais. Moura Guedes alertou então para o facto de assim ficarem sem conhecimento público 5 novas reportagens sobre o caso Freeport, caso em que foi envolvido o premiê.

Há quem queira ver nisto uma opção administrativa pela qualidade, e a felicite. O ponto, contudo, não é esse. Independentemente da polémica que o conteúdo e estilo desse telejornal suscitavam (e não me posso pronunciar muito, pois só vi partes dele, nunca tendo visionado um inteiro, ao contrário de muitos dos seus detractores, que não descolavam do ecrã à 6.ª à noite) e da falta ou não de qualidade que daí adviria, esta decisão abrupta é inaceitável por representar uma administração a interferir nos conteúdos informativos à revelia da linha editorial e da direcção de informação e pelo facto do serviço televisivo ser uma concessão pública, obrigado a respeitar um conjunto de regras. E, claro, sem esquecer o contexto da coisa.

E o contexto é o que se sabe: críticas directas e sucessivas feitas pelo governo actual, a começar pelo premiê em pleno congresso partidário (já em Fevereiro). Sócrates diz que nada fez para isto suceder, mas a formulação é imprecisa: directamente, acredita-se; agora indirectamente, toda a pressão pública que foi feita significa um incontornável condicionamento político da orientação empresarial e informativa. Num país como Portugal, onde política e negócios se confundem amiúde e o governo tem o poder de condicionar as estratégias empresariais, este nexo é ainda mais premente. E é previsível que os incómodos oficiais sejam tidos muito em conta pelos empresários apostados em manterem-se nas boas graças do poder do dia, ou, simplesmente, em não sofrerem retaliações (como hoje salienta Manuel Carvalho no editorial do Público).

Este é o ponto. E ele é tão evidente que são raros os que apoiaram publicamente a decisão (excepções: o ex-editor Paulo Simão, bastante crítico, e o ex-administrador  Miguel Pais do Amaral). Foram várias as instituições ligadas ao sector a contestar a decisão, em nome da liberdade de informação e da independência dos órgãos de informação: a Entidade Reguladora da Comunicação (ERC) e o Sindicato dos Jornalistas, mesmo que antes tivessem criticado a orientação desse mesmo telejornal.

O condicionamento político dos agentes económicos não é de agora, infelizmente este é apenas mais um afloramento. Basta recordar que o comentador político Marcelo Rebelo de Sousa também fora 'saneado' do mesmo canal há 5 anos atrás, desta feita por pressões dum governo de direita liderado por Pedro Santana Lopes (e sobre isso relembre-se o que disseram muitos socialistas e apoiantes na altura).

Sócrates e a sua entourage não têm razões para lamento auto-vitimador: simplesmente, o feitiço virou-se contra o feiticeiro.

Adenda: os jornais divulgaram justificações desencontradas para tal decisão, incluindo a necessidade duma remodelação para reduzir despesas (isto numa estação líder de audiências, note-se); mas o certo é que ninguém até agora assumiu as responsabilidades, e já passaram 2 dias (vd. esta notícia actualizada). Para uma cronologia dos factos, vd. a versão impressa do Público de dia 4.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Liberdade e resistência, que filme escolher?

Para celebrar os 35 anos do 25 de Abril, o blogue de cinema da revista Visão, Final Cut, lançou uma votação para se escolher o «melhor filme ou telefilme português sobre liberdade e resistência». A lista propõe 11 filmes, sem pretensões de exaustividade (vd. em baixo). Para quem quiser votar, é só ir à coluna da direita do referido blogue. Ainda tem 3 dias. Dos 5 que já vi (2.º-4.º, 6.º e 8.º), gostei de todos e parecerem-me todos de qualidade.

Lista (ordenada por data de realização):

- Fuga (1976), de Luís Filipe Rocha
- Deus, Pátria, Autoridade (1976), de Rui Simões
- Torre Bela (1977), de Thomas Harlan
- Cinco dias, cinco noites (1996), de José Fonseca e Costa
- Fuga (1999), de Luís Filipe Costa
- Capitães de Abril (2000), de Maria de Medeiros
- 25 de Abril - uma aventura para a demokracya (2000), de Edgar Pêra
- Quem é Ricardo? (2004), de José Barahona
- Até amanhã, camaradas (2005), de Joaquim Leitão
- O julgamento (2007), de Leonel Vieira
- Antes de amanhã (2007), de Gonçalo Galvão Teles