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sábado, 1 de outubro de 2011

Ó Esteves, vai a Ipanema!

Nesta semana ouvi falar tão bem de Bruno Esteves, o árbitro do encontro Benfica-Paços de Ferreira, que me agarrei à ideia utópica de que havia bons árbitros em Portugal. Mas tudo depende da perspectiva de onde se olha. De facto, Bruno Esteves é um bom funcionário. Daqueles que lembram os colegas do liceu que faziam os trabalhos de casa, os nossos projectos de grupo e, no fim, assinavam o nosso nome, não sem antes mostrarem a cara que desaprovava o nosso comportamento altamente repreensível por termos passado o tempo comunitário a beber cervejas e gold strike no bar esconso em vez de darmos ao grupo a nossa mais integral inteligência. Bruno Esteves, dependendo do ângulo de onde se olhe, esteve muito bem. Direi até: esteve sublime. Uma arbitragem ao melhor nível do que se lhe exige, se o que se lhe exige é foder a torto e a direito o Benfica. Mas não foi nada de especial. Afinal, ponhamos em fila pirilau as suas acções:

- Golo mal anulado a Cardozo;
- Fora-de-jogo mal tirado a Bruno César que, isolado, se preparava para atirar para as redes;
- Penálti não assinalado por mão do jogador do Paços;
- Penálti (outro) não assinalado por mão do jogador do Paços;
- Não marcação de passe intencional de um jogador do Paços para o seu guarda-redes, na linha da pequena-área.

Lista gira, não é? Podem juntar o penálti altamente kafkiano marcado (claro) a favor do Paços e temos aquilo que se pode nomear uma arbitragem 5 estrelas. Pelo menos para Reinaldo Teles, que via o jogo entre ucranianas de pernas longas e bebia uísque importado da Escócia, onde, dizem, fazem do melhor líquido que pode haver. Não, está certo: Bruno Esteves cumpre os requisitos. É um excelente árbitro. Até já há quem diga - muito sem escrúpulos - que conhece as maravilhas de Ipanema em viagem gratuita. As coisas que as pessoas são capazes de dizer. O que se sabe - sabe? - é que Bruno Esteves mantém o seu traseiro afastado da Madalena. Entende-se: são tempos difíceis. E depois a tecnologia hoje permite outros desvarios. Faz bem Bruno Esteves. Um árbitro que viaja muito.

Também vi Jesus acolitar os seus pensamentos no gesto comum daquele 442 anémico. Sim, é um facto que Jorge apela sempre ao seu umbigo e vai levando o cotão até ao fim. Depois retira-o, todo contente, e sente que a culpa foi, claro, da t-shirt.

Uma vez Gaitán, mil vezes Gaitán. Até alguém lhe esfregar nas fuças que pelos vistos é jogador do Benfica. Uma surpresa quando acontecer mas que é preciso normalizar, não vá o rapaz pensar que ainda está na casa-de-banho a chutar o sabonete contra os ladrilhos da banheira.

E há Nolito, esse ser que pontapeia os jogos à bordoada e os aniquila. Um chato. Tem de ficar no banco, se possível de cobertor no colo para não levantar ondas de calor.

Também há Matic, mago interior que, com Jesus, está na função de encantador de serpentes. Desconhece tal função mas tenta. E normalmente tenta mal.

E eu sou muito exigente - logo, mau benfiquista. Mas aqueles 20 minutos finais, enfim, como dizer? custaram-me na alma. É que no coração tenho outra ideia, menos dada à volatilidade que advém de ver gente do Benfica a pensar no churrasco de Domingo. Coisas tão minhas, tão minhas, que estive para saltar o fosso que não existe e encher o Garay, o Emerson, o Maxi e o Gaitán de beijos com os nódulos das mãos. É pena, porque dói muito e nem sempre vale o esforço.

Não somos bem uma equipa mas há tantos guerreiros de Aquiles que vamos andando. Até um dia. Até hoje.




Golos
Nolito
8
Cardozo
7
Bruno César
4
Saviola
3
Witsel
2
Gaitán
2
Luisão
2
Aimar
1


Assistências
Aimar
5
Gaitán
4
Saviola
4
Cardozo
3
Witsel
2
Nolito
1
Bruno César
1
R. Amorim
1
Luisão
1
M. Pereira
1