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sábado, 1 de fevereiro de 2020

Dyego Sousa Para o Ataque ao Campeonato e Liga Europa

É Dyego Sousa o jogador que o Benfica precisava neste final de mercado de inverno? 

Até é. 

Era sabido que não viria um titular nem para o centro nem para a direita da defesa, o médio já tinha sido contratado e como tal as necessidades do plantel prendiam-se num avançado e num guarda-redes com qualidade para substituir e competir com o Odysseas. 

Com a saída do Raul de Tomás ficou evidente a necessidade de se contratar um terceiro avançado.
Vejamos: 

- Tal como Vieira já referiu, não há avançados no Seixal para serem lançados na equipa principal. 

- Só Vinícius e Seferovic é curto para o ataque ao resto de uma época que ainda pode ser muito longa. A lesão ou suspensão de um levam à ausência de qualquer avançado no banco de suplentes. 

- As possibilidades de abordagem a um jogo, ou a parte do jogo, em 4-4-2 ficariam bastante limitadas com as opções presentes. Não só não haveria um substituto aos dois em campo como ainda a única dupla possível seria a de dois avançados puros, sem a presença daquele 9,5 mais criativo capaz de ligar todos os sectores de ataque, pensar o jogo e distribuir a bola pelos espaços do ataque. 

Sim precisávamos de um avançado. E sim, o Dyego Sousa é um bom jogador e é um bom ponta de lança. 
Não é um nome que faça balançar o coração encarnado e aí as expectativas saíram furadas. É uma escolha mais pragmática e com objectivos de curto prazo em vista. 

Preferia uma terceira opção de ataque com maior potencial de futuro no clube. Preferia um avançado que nos desse outras opções ofensivas - o tal 9,5. Mas Dyego Sousa foi a opção possível, vem preencher parte das lacunas ofensivas do plantel e acredito que até vem para encostar o Seferovic que está a fazer uma época lastimável. 

Vem é um pouco contra a maré. É ver o que Rui Costa e Bruno Lage disseram de ego cheio antes e perceber que esta contratação os contraria. Sai muito mal Bruno Lage nas declarações que fez sobre o Gáitan. 
A opção pelo Dyego Souza também traz um sinal alarmante para aquilo que temos visto Bruno Lage pedir à sua equipa. Fica a ideia que se considerou importante ter mais um avançado paro o chuveirinho. E não é disso que o Benfica precisa.  

Esta equipa irá evoluir quando tiver menos potencializadores de bombos e mais entusiastas de bolinha no pé. 

Um remendo no plantel com um jogador de qualidade e que será muito útil. Não me entusiasma mas não desgosto. 

Bom avançado, boa relação com a bola, cabeça levantada, boa capacidade de finalização. 




quarta-feira, 13 de março de 2019

Tremida Luz Vacilou na Torre

"@Daniel, ainda n ouvi o que achaste do jogo de ontem. Partilha com a malta"

Em resposta optei por vir aqui em vésperas de jogo decisivo da Liga Europa deixar a minha ideia sobre o jogo na Luz com o Belenenses - até como uma espécie de antevisão ao jogo na Luz com o Zagreb. 

A análise a este jogo pode-se dividir praticamente em 3 partes: Equivocos do Lage, Acertos do Silas e Vacilos Individuais.

Começando pelo Benfica. Foi uma exibição satisfatória e suficiente para vencer este jogo.
Contudo satisfatório é insuficiente na Luz. E por isso um Benfica tremido.

Positivamente destaco a exibição do Ferro - um central de corte limpo, concentrado e com pés - destaco o golo do Jonas e destaco a capacidade de marcação e recuperação de bolas do Florentino.
De resto vimos vários jogadores muitos furos abaixo, algo também potencializado por menores acertos colectivos.

Há que analisar a dupla de ataque e a dupla de meio-campo. Jonas e Félix não são incompatíveis contudo são menos compatíveis do que jogando qualquer um deles com o Seferovic. Os movimentos não são os mesmos mas as zonas de acção são muito parecidas. Ambos têm tendência a recuar para vir buscar jogo e ambos procuram a mesma zona de finalização. É uma dupla que precisa de muito mais trabalho - treino a treino.

A dupla de meio-campo foi um equivoco do Lage. Na Luz contra o Belenenses a dupla Gabriel com Samaris/Florentino funcionaria mas a dupla Samaris e Florentino não. Num jogo em que estamos 90% do tempo a atacar fica-nos a faltar criatividade e visão de jogo no centro do terreno, o que nos obriga a recorrer constantemente a lateralizações e cruzamentos - o André Almeida passou o jogo a bombear bolas para a área. Não havendo Gabriel foi um equivoco do Lage ter optado por colocar Florentino ao lado do Samaris. 

Também nas substituições o treinador do Benfica não foi feliz. Tanto no timing como nas escolhas. Por exemplo, depois do 2-0 seria importante descansar o Jonas e colocar um médio ofensivo que jogasse de frente para a defesa adversária colocando-a constantemente em sobressalto.

Contudo, apesar das más exibições e dos equívocos técnicos, as opções do treinador foram suficientes para no decorrer da segunda parte estarmos a vencer por 2-0. Não foi por aqui que empatámos o jogo.

O Belenenses foi uma verdadeira equipa no Estádio da Luz. Talvez desde o jogo do Moreirense não visse um adversário do Benfica jogar tão bem no nosso estádio.
O Silas percebeu que o Benfica do Lage não se intimida com pressão alta e optou por fechar todos os espaços defensivos, retirando possibilidades aos criativos de combinarem em tabelas. Linhas recuadas e defensivamente muito compactos - uma autêntica torre. Apesar dos cuidados defensivos foi uma equipa que não procurou só defender. Sem chutão para a frente tentaram várias vezes construir rapidamente jogadas de ataque. Uma equipa que gosta e sabe sair a jogar, que troca bem a bola e que tem criatividade suficiente para dinamizar um jogo. No meio campo o Eduardo encheu aquilo, com e sem bola. O Kikas fez um jogão. E o Licá parece finalmente renascido.

Mas lá está. Sinal tremido do Benfica e sinal positivo do Belenenses mas mesmo assim o suficiente para conseguirmos os 3 pontos. Estes só nos fogem devido a dois vacilos. Uma parvoíce do Odysseas e mais uma paragem do Rúben Dias. Dois erros que nos custaram dois pontos.

A Luz do Benfica tremeu contra a Torre do Belém mas só foi mesmo abafada pelos vacilos de dois já algo usuais nestas andanças.

Este jogo tem pelo menos de servir como aprendizagem para o jogo com o Zagreb e como lição para a abordagem à próxima época.