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sábado, 5 de outubro de 2013

Que futuro, Benfica?

Muito curiosa (porém nefasta), a actual situação política no Benfica:

- um Presidente totalmente incompetente, alapado ao poder por prometer coisas que nunca cumprirá, fazer obras e mentir sobre a situação dramática em que o Benfica se encontra: financeira, desportiva e socialmente;

- uma Direcção que é um ninho de ratos: adeptos de outros clubes, lambe-botas e gente que vendeu as ideias que tinha em troca de uma Vice-Presidência;

- um Rui Costa em desacordo com o que se passa no clube, apenas mantendo-se por estar preso por invisíveis fios de possessão e chantagem;

- dois Vice-Presidentes que, cada vez que abrem a boca, demonstram os objectivos que têm a médio prazo: suceder a Vieira no poleiro. Se preciso for, minando por dentro o clube. Um, num registo trauliteiro e populista, vai tentando (e conseguindo) agregar benfiquistas com um discurso de ódio a tudo o que mexe, constante desculpabilização sobre erros próprios e ataques enviesados à própria Direcção; outro, mais ponderado mas assertivo, bicando aqui e ali a escolha de Vieira em ter renovado com Jesus, com a qual esteve em desacordo;

- uma oposição quase inexistente. Não podemos considerar oposição pessoas como Rangel - que, pelas últimas declarações, se prepara para seguir os seus antigos amigos Varandas e Moniz na maleabilidade de espinha e consequente submissão ao tacho - ou Veiga - que por ora se mantém distante, à espera de nova possibilidade de investida. Um nome surge apenas como uma espécie de oposição: Bruno Carvalho. Candidato sem ideias, sem soluções fundamentadas, apenas repetindo o apontar dos óbvios problemas no Benfica que este e outros blogues já desvendam há anos a fio. 

Numa fase em que o clube se afunda inevitavelmente numa situação mais decrépita do que aquela que viveu nos tempos de Damásio e Vale e Azevedo, não há sócios benfiquistas que saibam ter a coragem de assumir, com inteligência, método, organização, soluções, um caminho para o Benfica. Falta coragem aos sócios benfiquistas que preenchem os requisitos que os absurdos estatutos exigem para confrontar Vieira. Uns, porque lhes interessa o acomodamento ao poder; outros, porque não sabem perceber o actual miserável estado em que o clube se encontra; por fim, os que não têm interesses dentro do clube e não têm a cegueira da grande maioria. A estes, exigia-se-lhes que se pensassem o Benfica e trouxessem pensamento, discussão e uma possibilidade de futuro ao clube. Mas não. Resguardam-se. Não querem ser logo apelidados de "abutres", "papagaios", "maus benfiquistas" e todas as outras imbecilidades que um Benfica caciquista como o de Vieira debita através dos seus apoiantes, tropas acéfalas seguindo a cartilha do querido líder.

Compreende-se que estes sócios benfiquistas tenham algum receio em aparecer, que não queiram ver a sua família exposta em praça pública, que não desejem o seu nome atirado para os insultos, as teorias conspirativas, as torpes insinuações. Compreende-se, mas começamos todos (os que sabemos há anos que chegaríamos aqui) a deixar de compreender. Se querem defender o Benfica e salvar o clube das garras desta gente, têm de aparecer. O caminho traçado não pode ser de medo, mas de coragem. A seu tempo, esta gente será desmascarada e pagará o que fez ao Benfica. É tempo de se organizarem e constituírem uma verdadeira alternativa - a tal que os submissos sem argumentos reclamam, para poderem continuar a apoiar o "Benfica rumo ao abismo". 

Todos os que podem e não aparecem; todos os que sabem e não falam; todos os que vêem e fecham os olhos; todos os que não têm a liberdade intelectual para defender o clube. Todos são cúmplices. No momento actual, no trágico momento actual por que passa o nosso querido clube, já não é só cúmplice quem apoia Vieira e sua corja, mas todo o que, podendo, não faz por salvar o Sport Lisboa e Benfica destes criminosos. 

sábado, 13 de julho de 2013

Vieira, diz-me o que pensas do andrupto Veiga:


«O senhor José Veiga pediu a demissão nesse dia, sei a conversa que tive com ele, sei o estado em que estava. É lógico que quando pede demissão quer estar disponível para resolver problemas, quer proteger o Benfica e este grupo de trabalho. A grande maioria dos jogadores viu aquelas imagens e penso que é hoje unânime para todos a consciência de que a TVI prestou um péssimo serviço ao país. Sabemos o trabalho que fez nesta SAD, o seu grande profissionalismo. É conhecido como o homem que resolve os problemas, que defende o grupo até às últimas consequências. É um homem que sempre deu tudo em prol do Sport Lisboa e Benfica, o primeiro a chegar e o último a sair desta casa. Pensei ainda hoje demovê-lo, mas a posição tomada é irreversível. Pediu a demissão do cargo que ocupava, a SAD, depois de tanta insistência dele, não podia fazer outra coisa que não aceitar.

A administração da SAD espera muito brevemente voltar a contar com o senhor José Veiga. Porque em condições algumas deixarei cair as pessoas que sejam profissionais e que defendam esta casa. Sempre disse que o Benfica nunca irá mudar a minha personalidade. O senhor José Veiga não será substituído, o clube tem estrutura profissional e dentro de casa vai encontrar soluções. Fernando Santos, Shéu e Lourenço Coelho fazem parte da estrutura do futebol... Os capitães de equipa sabem que o seu trabalho vai ser mais árduo ainda. E eu também estarei mais perto do futebol do Benfica. A solidariedade tem de se manter, o rigor também», comunicou.

O líder dos encarnados criticou ainda com dureza a forma como o processo foi conduzido pela comunicação social: «O que vivemos há dois dias tem a ver com o senhor José Veiga. Não é menos verdade que o que se passou e para quem assistiu é bastante lamentável, porque não se compreende que uma estação de televisão, que teve acesso a alguma informação sobre o que é da vida privada... Aquilo não é maneira de informar. Agora ver aquelas imagens, sofás, maples, sei lá, as televisões, os plasmas. Acho que foi tão deprimente que a pessoa que deu autorização para as imagens passarem ou não tem família ou não tem filhos. Todo o país ficou a saber onde mora. Isso é achincalhar uma pessoa na praça pública. Foi um atentado ao senhor José Veiga.»

Veiga, o excomungado

«Em declarações ao programa "Mercado", da CMTV, José Veiga deixou duras críticas à estrutura atual do Benfica, admitindo que a última época, onde o Benfica nada conquistou, foi uma "humilhação". 

 "Não sei se o Jorge Jesus tem razões para estar preocupado. Não estou a acompanhar, mas numa análise fria, será um ínicio de campeonato que não é fácil, com um plantel que não está definido. Além disso, o Benfica não vendeu ninguém e tem de o fazer. Segundo as minhas fontes, terá que fazer 50 milhões em vendas. É essencial vender. O Jesus não tem direito a errar. Há uma relação de grande desgaste com os adeptos, depois de época que terminou muito mal e terá um grande problema do inicio desta época", revelou, em declarações ao programa "Mercado", da CMTV. 

 "Na época passada tudo começou como acabou, com muita indisciplina. Com o caso do Luisão, onde o próprio Jesus se riu da situação. Começou aí o grande desnorte da época", explicou o antigo empresário, que comentou depois a polémica entre Cardozo e Jorge Jesus. 

 "Não há condições para Cardozo e JJ coexistirem. O Cardozo agrediu treinador no centro do relvado no relvado. O treinador foi humilhado, numa agressão clara, que não foi tentativa. No entanto, a direcção infelizmente nada fez. Mas este é um problema que se arrasta há muitos anos, é um problema de estrutura, desde 06/07", destacou, referindo-se ao período posterior à sua saída. 

 "O grande problema do Benfica é a estrutura, não tem estrutura organizada e profissional. Não vale a pena estar a contratar ninguém, pois não vai ganhar regularmente, apenas de forma esporádica. O presidente não dá explicações quando as coisas correm mal, apenas dá a cara quando as coisas correm bem", criticou. 

"Esta última época foi uma humilhação que ficará para sempre na história e ninguém explica o que correu mal. Não desvalorizo a presença na final da Liga Europa, apenas discuto o Campeonato e Taça de Portugal, tínhamos obrigação de ganhar, tínhamos o maior orçamento e melhor plantel, que era superior ao FC Porto. Não é problema de treinador, pois o Jorge Jesus é melhor do que o Vítor Pereira. Creio que o Jorge Jesus esteve péssimo a nível de comunicação nas ultimas duas épocas, falhou na organização"», Record


 Esta entrevista diz coisas óbvias, porém verdadeiras. O normal em quem ou tem olhos na cara ou quer chegar ao poder. Veiga é do grupo de ambos: quer chegar ao poder e tem olhos na cara. As frases-chave são assim meio que conceitos blogosféricos (dos blogues dos abutres, dos abutres) requentados. O pior é que Veiga só diz mesmo verdades. 

Esteve, por isso, muito bem o antigo amigo e contratado por Vieira para entrar no Benfica.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Vota no Branco para Presidente!

«O Tribunal Criminal de Lisboa condenou, esta segunda-feira, o ex-futebolista João Vieira Pinto, o empresário José Veiga, o administrador da Sporting SAD Luís Duque e o antigo dirigente do clube Rui Meireles pela autoria de um crime de fraude fiscal.
A 6.ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa condenou ainda José Veiga a um crime de branqueamento de capitais, absolvendo os restantes arguidos da prática do crime.
Todos os arguidos receberam penas suspensas e cada um foi igualmente condenado ao pagamento de uma multa de 169.629 euros.
A leitura do acórdão teve, esta segunda-feira, lugar na 6ª Vara do Tribunal Criminal de Lisboa.»

O Benfica está neste estado: de um lado, uma cambada de incompetentes que mentem e enganam os seus adeptos, deixando o clube em falência desportiva, financeira e moral; do outro, uma oposição de gente que defende o regresso (depois de ter sido trazido pelo Vieira, é bom não esquecer) desta personagem ao Benfica. Ah, e o Bruno Carvalho. Também há Bruno Carvalho.

Por isso, jovem sócio, benfiquista apaixonado, nas próximas eleições terás de escolher desta ementa:

- Um incompetente apoiante de corruptos e mentiroso que, em 10 anos, venceu... 2 campeonatos;

- Um Dragão de ouro condenado pela justiça portuguesa;

- Um tontinho.

 Mas não se preocupem. O Benfica está óptimo e cheio de pujança. Em Outubro, vota em inconsciência. O clube espera.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

E que tal sem V?

Pode parecer estranho que num clube como o Benfica não haja alternativas credíveis à actual Direcção, mas é exactamente essa a realidade com que temos de conviver. Pelo menos por agora a única que parece estar a formar-se não serve os interesses dos que querem uma mudança drástica de rumo, que traga para o clube todo o contrário do que hoje temos. No fundo, a única solução passa por dar ao Benfica uma linha estratégica que faça exactamente o oposto desta. Queremos um Benfica não só competente mas recheado de fervor benfiquista.

A alternativa que se perfila é mais do mesmo. As mesmas pessoas, as mesmas ideias, a mesma sede de vingança - contra Vieira e contra Pinto da Costa, o que é suficiente para compreendermos que os motivos não são os mais adequados e não servem o clube. A vingança pode ser um bom catalisador mas apenas se dentro dela houver alma; não é, parece-me, o caso dos que hoje se reúnem para destronar o actual líder.

Chegou-me às mãos há uns tempos uma foto muito curiosa: num restaurante de Lisboa, almoçavam, galhofeiros, o Senhor Veiga, o Senhor Varandas, o Senhor Tavares e o Senhor... Bagão Félix. Ora, pondo de parte a hipótese de este ter sido um almoço de velhos companheiros de futeboladas da Cidade Universitária, estamos perante uma alternativa que não só traz à memória aquele estranho movimento Benfica Vencer Vencer de há três anos atrás como denota um certo espírito tacanho e arrivista - Veiga não pode, porque Vieira não o deixa, candidatar-se, logo tenta-se uma aproximação a uma figura do Benfica que o possa fazer - Bagão Félix e a sua ideia de reforma dourada junto às flores. 

Naturalmente, Bagão almoçou bem, os outros três acompanharam-no, mas também naturalmente Bagão teve dúvidas. Quase certezas: não quer ir para o ambiente bucólico dos seus últimos dias deixando no país a mancha de ter perdido com o senhor Vieira - isto disse Bagão no tal almoço, não é ficção científica. A verdade é que o Senhor não tem perfil para Presidente do Benfica, nunca teve, e com esta resposta demonstra isso mesmo: medo não pode fazer de uma pessoa que quer ajudar o clube. E aqui, sobre Félix, estamos tratados. Boa reforma. Do seu benfiquismo não duvido, mas não é a figura de que precisamos para uma nova mentalidade vencedora.

Antes disso, porém, e imaginando que o almoço tinha servido para convidar outra figura, menos medrosa, do Benfica, há arestas por limar ou que nunca serão limadas. Logo à partida, Veiga e o seu passado. Tenho recebido - como já recebo há uns anos largos, o que não pode ser bom sinal - mensagens de vários benfiquistas em justificações sobre o negro histórico de José Veiga. Dizem-me, juram-me, põem-se de joelhos em explicações: que é um benfiquista acima de qualquer suspeita, que o facto de ter sido Presidente da Casa do Porto no Luxemburgo se deve a uma natural convivência entre emigrantes, que as suas intenções são as melhores, que é muito competente no cargo. Meus caros, por partes: que Veiga é um Vieira (porque de motivações parecidas) competente, não tenho a menor dúvida. Que com Veiga, o Benfica ganharia muito mais, também não. 

Mas a que preço? Eu não quero um gajo que use dos mesmos modos que os lá de cima e que tanto nos fartamos de criticar. E é aqui que Vieira e Veiga se juntam e diferenciam: Vieira tenta corromper (ou, vá, tenta armar o cenário que o beneficie), mas não sabe como; Veiga tenta corromper e sabe como. E, pelo menos para mim, não quero vitórias de bastidores. Quero vitórias em campo, com gente forte nos bastidores que impeçam que outros as tenham por ínvios caminhos. Veiga seria capaz de vencer sem usar de actos escabrosos? Estou disposto a aceitar, só pelo bem da discussão, embora não esteja totalmente convencido. Mas depois enfrentamos toda uma muralha: o passado de José Veiga. O argumento de que aquilo se deveu à galhofeira e à saudável confraternização entre emigrantes é risível, quase patético, muito desadequado, quase mentira, apenas e só mentira. 

Desconheço se Veiga é benfiquista, portista ou luxemburguês. Não me interessa. Se critico esta Direcção por ter nos seus quadros sportinguistas, boavisteiros e portistas não quero seguramente para o futuro uma alternativa que comece logo com este ponto de partida: um líder (mesmo que não a Presidente, porque não pode) que tenha sido Presidente de uma Casa do Porto no estrangeiro e que, à conta disso, tenha recebido um dragão de ouro. Podem dar as voltas que quiserem, enfeitar José Veiga de cachecóis, bandeiras e camisolas do Benfica, apagar-lhe o passado, imaginar novas ficções - não quero. Podem vendê-lo como alguém não-vendido - não quero. Podem encontrar motivos que suportem a justificação de um apoio a um gajo que privou de perto com Pinto da Costa - não quero.

Até porque é exactamente pelos mesmos motivos que não quero Vieira no Benfica - como Veiga, andou a beber dos ensinamentos do corrupto-mor anos a fio. Tivesse este saído mais cedo e Vieira ter-se-ia atirado a eleições mais a Norte - isto só por si chega bem para entender quem o não pode ver à frente, mas estou disposto a aceitar que o benfiquismo, de tão frágil que anda, já quase aceite tudo. Eu, por outro lado, não aceito. 

E com isto digo já ao que vou: votar em Vieira, NUNCA - um gajo que andou de mãos dadas com o pintinho, que era presença recorrente no camarote presidencial do pintinho, que festejou golos do Porto contra o Benfica (curiosamente, quando nas bancadas estava o ladrão Vale e Azevedo, todo vestido de vermelho - a ironia disto tudo!), que antecipou eleições para não ter oposição, que mudou os estatutos de forma ridícula, que apoia os gajos que ontem veio criticar (permitem-me mais um BAHAHAHAHAHHAHAHAHAHAHAHAHAHHAHAHA? é que, de facto, é mesmo gozar com os benfiquistas, desculpem lá qualquer coisinha), que é mentiroso, sacana, traiçoeiro, falso, populista, demagogo, interesseiro, este gajo NUNCA servirá para o Benfica. E, que já agora, trouxe Veiga para o clube - alguns já se esqueceram. É assim a memória selectiva.

Agora também não me peçam que seja binário - já chegam os que, de tão básicos, acham que um gajo por não gostar do Vieira vai gostar de outro gajo qualquer só porque é contra o primeiro - isso, sim, meus caros, é ódio. Eu não tenho ódio ao Vieira, tenho amor ao Benfica, e é por isso que, NA MINHA PERSPECTIVA, se acho que o grande líder está a fazer mal ao nosso clube, defendo a sua saída. Porque é isso que me move: o bem do Benfica. E é pelos mesmos motivos que não embarco em alternativas enviesadas logo à partida. Pintem a manta como pintarem - com Veiga, esqueçam. Arranjem outro.

E o mais triste para nós - adeptos e sócios, e fundamentalmente para o clube - é que estaremos perante isto: ou Vieira ou Veiga. Ou Veiga ou Vieira. Não chega já de V´s?

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Subscrevo...

... menos a parte relacionada com o Veiga. Não é possível aceitar um Veiga depois de um Vieira. Acho até ridículo. A não ser que queiramos passar de um sócio do Porto para um Dragão de Ouro. A chafurdice é a mesma. No resto, sim, Tavares diz tudo o que é certo. E mais uma vez se comprova a dignidade de espírito do dirigente Gomes da Silva que, entre trabalhar em part-time no Benfica, vai para a televisão receber balúrdios para divulgar assuntos internos do clube. E ainda há quem consiga achar nisto uma "situação perfeitamente normal". E ainda há quem apoie esta gente. E ainda há quem critique os que acham tudo isto de uma promiscuidade e desrespeito pelo clube que dói fundo na alma. Ainda há muita coisa e muita falta de vergonha na cara. Tavares, esquece o Veiga e tens aqui um amigo para a vida. Caso contrário, esquece. Vai pregar para outra freguesia, que nós queremos e merecemos e precisamos e TEREMOS um BENFIQUISTA como Presidente. E nada além disso.


«Nota aberta a Rui Gomes da Silva,

Evitando entrar na discussão do péssimo e lamentável princípio de ver um dirigente do Benfica num programa de debate televisivo, queria deixar-lhe três notas:

1) As suas intervenções provam as deficiências da estrutura profissional do futebol. As suas intervenções são sistematicamente fracas e sem qualquer tipo de conteúdo. São vazias de conhecimento. O senhor não têm a mínima ideia do que é o Benfica, nem tão pouco o que é necessário para gerir uma equipa profissional de futebol que possa atingir a desejada hegemonia desportiva. Está convencido que é através de ataques públicos à arbitragem que vão impedir que o Benfica continue a ser prejudicado. Mas afinal quem deu o apoio incondicional a Vitor Pereira? Que trabalho está a ser feito no interface com outros clubes que possa impedir que por exemplo Sérgio Conceição, Pedro Emanuel, Nuno Espírito Santo e Fernando Couto, sejam treinadores na primeira Liga? Como explicar o caso Manuel Sérgio? Como explicar o escandaloso abandono da equipa de futebol e do seu treinador em Vila do Conde? Em alternativa a colocar nos media o Director de Comunicação e o treinador a defenderem o indefensável, não teria sido melhor actuar na prevenção e verdadeiramente actuar numa plataforma de unidade? Quem encomendou as críticas públicas ao treinador Jorge Jesus que sistematicamente colocavam em causa a sua continuidade? Será que é o único culpado? António Carraça afirmou que é melhor ficar em segundo do que em primeiro com batota. Eu diria que é melhor ficar em primeiro e impedir que os outros façam batota. É isto que eu espero de uma retaguarda profissional. Com esta estratégia de propaganda o Benfica vai continuar a perder. O Benfica não ataca a verdadeira razão, ie a liderança ou a falta dela. O que me assusta nas suas intervenções é a incapacidade de reconhecer o verdadeiro problema. O seu ciclo terminou...o vosso ciclo terminou.

2) Afirma conhecer o Senhor José Veiga. Conhece mal. José Veiga não está a por detrás de nenhum movimento de oposição. José Veiga tem ideias claras em relação ao futebol do Benfica e está disponível para um dia voltar. Não está obcecado pelo poder. O senhor é que está obcecado em atacar uma pessoa que serviu o Benfica com jogo rasteiro. Já que fez uma referência a José Veiga podia ter referido que em 2009 não descansou enquanto não conversou com ele sobre a necessidade de trabalhar uma alternativa a LFV. O senhor mudou de casaca por amor ao poder. Vê o Benfica perder e continua agarrado ao poder. Não fale do que não sabe nem fale pelos outros. Aqui não há testas de ferro. Há pessoas que sentem e conhecem o Benfica. Os senhores querem destruir o espírito democrático que sempre imperou no nosso clube. Tenho que reconhecer que estiveram perto. Fico satisfeito por verificar que jovens benfiquistas não se conformam. Regateiam e desmontam teses como a do milagre financeiro. Eles sim representam o verdadeiro espírito benfiquista. Não se conformam com a destruição dos valores do Benfica nem com um clube perdedor. O senhor em vez de substimar devia respeitar e refletir.

3) Permita-me que eu lhe dê uma lição de estratégia. O problema do Benfica para além da liderança prende-se com uma estratégia errada. Enquanto o nosso principal rival tem uma estratégia de produto, ou seja, focada no futebol o Benfica pela mão do Sportinguista Soares de Oliveira tem uma estratégia de marca. Os senhores estão convencidos que a marca resolve tudo. Como dizia bem Manuel Sérgio, como é possível construir uma marca sem ganhar? Enquanto outros estão focados na equipa de futebol nós anunciamos protocolos com agências funerárias. Talvez este seja o vosso enterro.

Saudações Benfiquistas
Fernando Tavares»

[a carta de Fernando Tavares foi retirada do Eterno Benfica]