Nas últimas três semanas de outubro, mais de trinta jornalistas perderam a vida enquanto trabalhavam em reportagens na Faixa de Gaza. O conflito, que já causou dezenas de milhares de vítimas, não exclui os profissionais da imprensa.
Sergio Ferrari | Monitor do Oriente | # Publicado em português do Brasil
Para a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ), uma organização com sede em Bruxelas, Bélgica, que reúne mais de 600.000 jornalistas de 140 países, é essencial que os protagonistas desse novo conflito respeitem o direito à informação.
“Respeite a segurança dos jornalistas em Gaza”.
Durante sua recente visita à Suíça, o jornalista francês Anthony Bellanger, atual Secretário Geral da FIJ, ratificou de Berna, Lausanne e Genebra o apelo que a FIJ fez em 13 de outubro à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), que também lida com grandes questões ligadas à informação. “Os trabalhadores da mídia em áreas de conflito armado devem ser tratados e protegidos como civis e devem ter permissão para realizar seu trabalho sem interferência”, disse Bellanger.
Ele antecipou que sua organização
está solicitando à UNESCO um apoio solidário excepcional para permitir que os
jornalistas palestinos comprem coletes à prova de balas, capacetes e
equipamentos de primeiros socorros. A solicitação também inclui os meios para estabelecer
uma casa de imprensa
Há apenas alguns dias, a IFJ pediu aos protagonistas do conflito que “façam todo o possível para proteger os jornalistas e profissionais da mídia”. Ela os lembrou de que “há um intenso interesse (e preocupação) em todo o mundo sobre esse conflito, mas que as pessoas só entenderão o que realmente está acontecendo se os jornalistas tiverem permissão para fazer seu trabalho”.