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sábado, 1 de junho de 2024

O Lado Horrendo do Terrorismo -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Em 1961 os Media de Angola faziam terrorismo permanente. As estações de rádio estimulavam o ódio contra os terroristas. E quem eram os terroristas? Todos os negros e os brancos “amigos dos pretos”. Os jornais publicavam fotografias de colonos, homens, mulheres e crianças, esquartejados nas fazendas e pequenas vilas do Norte de Angola. Morte aos terroristas! E quem eram os terroristas? Todos os negros. 

Em Luanda os colonos, espumando ódio, apedrejaram o templo da Igreja Metodista, novinho, porque os “protestantes” eram todos terroristas e amigos dos pretos. Foi assim que envenenaram a minha juventude. Foi nessa fornalha de ódio e violência que escolhi o lado dos que mais sofriam, como aprendi com minha Mamã. Continuo ao lado de todos os que sofrem, desde o Iona ao Polo Sul, de Namacunde ao Polo Norte.

A ONU informou o mundo que as tropas israelitas obrigaram mais de 800.000 palestinos a fugir de Rafah, em apenas 17 dias! Imaginem as cidades de Benguela e do Lobito ficarem vazias em duas semanas. Ou a cidade do Huambo e arredores. Ou a cidade do Lubango até à Chibia.

A Organização Mundial de Saúde informou que as tropas de Israel cercaram durante cinco dias o hospital Awda uma moderna instituição de saúde na cidade de Jabalia. Agora está fechado. A cidade tem mais de 100 mil habitantes. Em Julho de 2023, 116 mil palestinos viviam no campo de refugiados das Nações Unidas. Entretanto muitos foram mortos nos bombardeamentos.

No final de Outubro do ano passado Israel bombardeou o campo de refugiados em Jabalia, matando 50 civis a maioria mulheres e crianças. Este campo tem pouco mais de um quilómetro quadrado. Imaginem concentrar toda a população desde Caxito até à Barra d Dande naquele espaço. E depois despejar bombas potentes sobre as pessoas. É o que Israel está a fazer há sete meses. Largar bombas num local exíguo com 116 mil habitantes é matar indiscriminadamente civis indefesos. No campo existem três escolas geridas pela ONU. Desde o início do genocídio serviam de refúgio à população da cidade. Assassinatos à bomba!

Jabalia neste momento não tem qualquer hospital funcionando. Os nazis de Telavive levantaram o cerco ao Hospital Awda mas partiram tudo. Imaginem uma população de 220 mil habitantes sem qualquer cuidado de saúde. Sem água, sem medicamentos, sem comida. Na Faixa de Gaza não há uma guerra. Há um genocídio. Em 1961, as tropas portuguesas também bombardeavam as sanzalas para “matar terroristas”. Terroristas eram todos os negros. Como para os nazis de Telavive todos os palestinos são terroristas. 

quinta-feira, 23 de maio de 2024

A crise aguda e o declínio crónico do Ocidente

Retórica de globalização naufraga e EUA perdem fôlego de impor seu poder. Mas têm uma infraestrutura militar com 700 bases no mundo. E a história ensina que, em busca de sobrevida, impérios decrépitos colocam suas fichas na guerra sem fim

José Luís Fiori* | Outras Palavras | # Publicado em português do Brasil

O texto a seguir integra a edição nº 5 (maio de 2024) do boletim do Observatório do Século XXI — parceiro editorial de Outras Palavras. A publicação, na íntegra, pode ser baixada aqui

Em outubro de 2023, ao voltar de uma viagem relâmpago a Israel para dar apoio ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, o presidente norte-americano Joe Biden afirmou, num discurso feito no Salão Oval da Casa Branca, que “o mundo está vivendo uma virada histórica, porque a ordem mundial do pós-Segunda Guerra perdeu fôlego, e é necessário construir uma nova ordem”.[i]

Quase no mesmo momento, na comemoração do décimo aniversário da “Nova Rota da Seda”, realizada em Pequim nos dias 17 e 18 de outubro de 2023, os presidentes Xi Jinping, da China, e Vladimir Putin, da Rússia, defenderam em conjunto a necessidade de “uma nova ordem mundial que respeite a diversidade das civilizações”.[ii] Um pouco antes, na véspera da 18ª Cúpula do G20, realizada em Nova Delhi, em setembro de 2023, o primeiro-ministro indiano Narendra Modi publicou um artigo em vários jornais do mundo propondo “uma nova ordem mundial pós-pandêmica”.

Por fim, de forma ainda mais categórica, Joseph Borrel, chefe da política externa da União Europeia, declarou em fevereiro de 2024, “que a era do domínio global do Ocidente chegou ao fim”.[iii] Uma manifestação e um reconhecimento categórico dos líderes das cinco principais potências do mundo. No entanto, por trás desse aparente consenso escondem-se grandes divergências conceituais e políticas.

quinta-feira, 7 de março de 2024

Angola | A Maldição do Café – Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Nito Alves fez um discurso estrondosamente aplaudido pelos seus seguidores. Disse que Angola só seria independente de verdade, quando os mestiços e brancos andassem a limpar as ruas e a recolher lixo. Numa reunião magna do Departamento de Reconstrução Nacional usei da palavra e disse que Angola só seria livre e independente quando acabasse a cultura do café nas matas, só possível com a força humana. Na Angola Independente não podemos manter os escravos “bailundos”. Fui xingado desalmadamente. Até bêbado me chamaram.

Por razões existenciais sei o que significa trabalhar nas plantações de café. A canseira começa na preparação da mata. É preciso derrubar árvores gigantescas. Deixar árvores de folha caduca. Abrir as covas para plantar os cafezeiros bebés. E depois capinar, capinar, capinar até o arbusto entrar em plena produção. O perfume da flor branca é inebriante. O vermelho das cerejas dá às plantações verdejantes uma dimensão plástica inigualável. Maravilha das maravilhas. Mas depois vem a colheita. Ripar os ramos, encher os cestos pendurados ao pescoço. Carregá-los às costas até à picada onde está estacionado o camião. Às vezes quilómetros. Maldito café!

As populações locais recusavam trabalhar nas fazendas de café com salário de fuba podre e carapau seco. Oz roceiros importavam escravos do Bailundo e do Andulo. Existia uma mafia de “angariadores” que vendia os “bailundos”. Eram pagos ao ano desta maneira. Metade, 50 escudos, ficava com a família no início do “contrato”. A outra metade era paga no fim. 

Os contratados eram transportados nas carroçarias dos camiões sem as mínimas condições (Monangambé! Monangambé!). Alguns morriam nas viagens. Outros nas tongas. Até a cobra do café e a surukuku os matavam. Meu Pai nunca aceitou negociar cm os “angariadores”. Mas aceitava os escravos fugitivos das outras roças. Contratava os trabalhadores no Bindo. E pagava o salário justo. Aos livres e aos escravos. Estes eram levados a casa quando meu Pai fazia incursões ao Huambo na candonga do peixe seco. O Velho era um subversivo!

O café com elevado valor comercial só se dá em mata. Em Angola temos o Amboim, Ambriz, Cazengo, Robusta e Katurra também chamado café dos morcegos. É muito valioso! Os morcegos comem as cerejas e depois dejectam as sementes pelas matas. Grandes plantadores! Um pau de Katurra é tratado como uma criança. Um dia de capina esgota o trabalhador. E todos os dias de todos os anos são de capinar. Maldito café!

sexta-feira, 1 de março de 2024

A guerra de Israel em Gaza: Hamas diz que sete cativos foram mortos. Mais massacre

Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

- Sete prisioneiros foram mortos como resultado do bombardeio militar israelense em Gaza, de acordo com um porta-voz da Brigada Qassam.

- A OMS afirma que os palestinos estão arriscando suas vidas para encontrar comida, água e outros suprimentos em meio ao implacável ataque israelense.

- Mortes foram relatadas no sul de Gaza depois que um ataque israelense atingiu uma casa que abrigava pessoas deslocadas do norte.

- Ministérios dos Negócios Estrangeiros, grupos de ajuda e organizações de direitos humanos denunciam o “hediondo massacre” de Israel, que matou mais de 100 pessoas que esperavam para receber assistência alimentar de emergência no norte de Gaza.

- Pelo menos 30.228 pessoas foram mortas e 71.377 feridas em ataques israelenses a Gaza desde 7 de outubro. O número revisado de mortos em Israel nos ataques de 7 de outubro é de 1.139.

Palestinos feridos em ataque na Cidade de Gaza recebem tratamento em Jabalia

A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino divulgou imagens de seus médicos em Jabalia atendendo palestinos feridos no ataque de quinta-feira de manhã.

Eles estão entre os pelo menos 760 feridos no ataque, além de pelo menos 115 mortos, de acordo com o último cálculo do Ministério da Saúde de Gaza.

Biden ainda não está disposto a ceder na política de Israel, apesar da condenação global do ataque à Cidade de Gaza

Autoridades dos EUA disseram à NBC News que o presidente americano “continua indisposto a fazer quaisquer mudanças importantes na sua política em relação a Israel, incluindo a imposição de condições à ajuda militar a Israel”.

As autoridades também expressaram dúvidas de que Israel “forneceria um relato completo” do ataque aos palestinos que aguardavam ajuda alimentar na Cidade de Gaza na quinta-feira, com uma autoridade dizendo que “não há dúvida” de que as mortes afetariam negativamente a continuação das negociações para um cessar-fogo. .

No entanto, apesar do conflito contínuo agravar a posição interna de Biden à medida que as eleições presidenciais de 2024 se aproximam, ele não parece estar disposto a mudar substancialmente de rumo e a aumentar fortemente a pressão sobre Israel para parar.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Feridas de ódio e tristeza: Israel está atacando hospitais em Gaza com apoio dos EUA

Kathy Kelly* | The Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Se não conseguirmos encontrar a moralidade necessária para parar de fornecer armas aos contínuos ataques israelitas contra Gaza e os seus locais de cura, poderemos descobrir que criámos um mundo em que ninguém pode contar com a defesa dos direitos humanos básicos.

Muitas décadas atrás, em Chicago, meu trabalho favorito de estudante de meio período era operar a central telefônica “antiga” de um pequeno hospital chamado Forkosh Memorial.

O console de bobinas e plugues incluía um espelho para que os operadores pudessem ficar de olho na entrada do hospital, que nos finais de semana e à noite também era monitorada por um segurança idoso e desarmado chamado Frank. Ele se sentou em uma mesa estilo sala de aula perto da entrada com um livro contábil.

Ao longo de quatro anos, nos fins de semana e à noite, a “segurança” do hospital geralmente consistia apenas em Frank e eu. Felizmente, nada aconteceu. A possibilidade de um ataque, invasão ou invasão nunca nos ocorreu. A noção de um bombardeio aéreo era inimaginável, como algo saído de “Guerra dos Mundos” ou alguma outra fantasia de ficção científica.

Agora, tragicamente, hospitais em Gaza e na Cisjordânia foram atacados, invadidos, bombardeados e destruídos. Notícias de ataques israelenses adicionais são divulgadas diariamente. Na semana passada,  Democracia Agora !  entrevistou o  Dr. Yasser Khan, um oftalmologista e cirurgião ocular canadense que retornou recentemente de uma missão cirúrgica humanitária no Hospital Europeu em Khan Yunis, em Gaza. O Dr. Khan falou de bombardeios que ocorrem a cada poucas horas, resultando em um fluxo constante de vítimas em massa.

A maioria dos pacientes que ele tratou eram crianças de 2 a 17 anos. Ele viu ferimentos horríveis nos olhos, rostos despedaçados, ferimentos por estilhaços, ferimentos abdominais, membros cortados acima do osso e traumas causados ​​por mísseis guiados a laser lançados por drones. Em meio à superlotação e ao caos, os profissionais de saúde atendiam os pacientes sem equipamentos básicos, incluindo anestesia. Os pacientes jaziam no chão em condições não estéreis, vulneráveis ​​a infecções e doenças. A maioria deles também sofria de fome severa.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A situação em Gaza é infernal, além das palavras – Chefe da OMS desmorona

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Num apelo emocionado, o chefe da Organização Mundial da Saúde apelou a uma “verdadeira solução” para o conflito em curso na Faixa de Gaza, descrevendo a situação como “além das palavras”.  

“Se procurarmos uma solução, é sempre possível, só é necessária vontade”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus ao Conselho Executivo da OMS em Genebra, na quinta-feira, durante uma discussão sobre a emergência sanitária em Gaza. 

“E acredito verdadeiramente, devido à minha própria experiência, que a guerra não traz solução, exceto mais guerra, mais ódio, mais agonia, mais destruição.”

O Director-Geral alegadamente viveu a guerra quando era criança e os seus próprios filhos esconderam-se num bunker durante os bombardeamentos na guerra fronteiriça da Etiópia entre 1998 e 2000 com a Eritreia. 

Ele disse: “Então vamos escolher a paz e resolver esta questão politicamente”, acrescentando que “acho que todos vocês têm a solução de dois estados e assim por diante, e espero que esta guerra termine e avance para uma verdadeira solução”.

Desabando, ele disse: “Estou com dificuldade para falar porque a situação está além das palavras”. 

Tedros continuou: “70% dos mortos são crianças e mulheres. Só isso é suficiente para um cessar-fogo.”

Alertou que o risco de epidemias está a aumentar “e as pessoas vão morrer por causa disso também. “

“E as pessoas enfrentam a morte ou o risco de morte por causa da fome, da inanição e da fome. Se somarmos tudo isto, penso que não é fácil perceber o quão infernal é a situação”, frisou.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

BLOG DE GAZA: Noruega: cessar fogo agora | Cidade de Gaza sob ataque

Massacres no Sul | Resistência feroz em Khan Yunis | Árabes, Jovens Rejeitam Biden – DIA 108

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Israel intensificou os seus ataques a Khan Yunis numa tentativa contínua de sitiar a cidade de todas as direcções. 

As Brigadas Al-Qassam relataram que estão a repelir o avanço israelita, apesar dos intensos bombardeamentos e bombardeamentos que mataram e feriram muitas pessoas, incluindo crianças. 

Entretanto, Israel também atacou a região ocidental da cidade de Gaza, além de outras áreas no norte da Faixa.

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 25.295 palestinianos foram mortos e 63.000 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de Outubro. Estimativas palestinianas e internacionais dizem que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e crianças.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Segunda-feira , 22 de janeiro, 22h50 (GMT+2)

FONTES ISRAELITAS (citadas na Al-Jazeera): Cerca de 20 oficiais e soldados foram mortos e feridos quando dois edifícios foram detonados e um terceiro desabou em Khan Yunis.

AXIOS: Autoridades israelenses disseram que Tel Aviv apresentou uma proposta para interromper os combates por dois meses em Gaza para libertar todos os prisioneiros detidos.

KAN: A Israel Broadcasting Corporation informou que uma delegação de segurança israelense chefiada pelo diretor-geral do Ministério da Defesa está chegando a Washington para comprar mais armas dos EUA para a guerra em Gaza.

Segunda-feira , 22 de janeiro, 21h50 (GMT+2)

BRIGADAS DE AL-QASSAM: Matamos e ferimos membros de uma força especial israelense com um projétil TPG em um prédio que eles haviam barricado no sudoeste de Gaza.

QUEM: O Diretor da Organização Mundial da Saúde disse estar preocupado com os relatos de combates contínuos em torno do Hospital Al Amal, em Gaza.

CASA BRANCA: Não apoiamos um cessar-fogo permanente em Gaza.

TEMPOS DE ISRAEL: O Ministério das Relações Exteriores de Israel nega categoricamente que o Ministro das Relações Exteriores tenha oferecido deslocar os residentes de Gaza para uma ilha artificial. O site acrescentou que o ministro das Relações Exteriores propôs construir um porto para Gaza em uma ilha artificial.

BORRELL: A União Europeia chegou a um acordo preliminar para lançar uma operação militar no Mar Vermelho.

sábado, 23 de dezembro de 2023

PELO MUNDO, AL JAZEERA, POR TODOS, PARA TODOS - relatórios/atualizações

Israel continua bombardeio em Gaza enquanto ONU pede mais ajuda humanitária

Mersiha Gadzo ,  Virginia Pietromarchi  e  Usaid Siddiqui | Al jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Delegação da Jihad Islâmica Palestina chegará ao Cairo: Relatório

Palestinos no centro de Gaza fogem pelo 'corredor da morte' após ordem de Israel

Porta-voz Houthis diz que não há necessidade de ajuda do Irã nos ataques no Mar Vermelho: Relatório

Forte bombardeio relatado em Jabalia

Atualizações em 23 de dezembro de 2023

Israel continua o bombardeamento mortal de Gaza, com os últimos ataques relatados no campo de refugiados de Nuseirat e em Khan Younis

O Conselho de Segurança da ONU aprova uma resolução para aumentar a ajuda ao enclave, mas grupos humanitários dizem que qualquer coisa que não seja exigir um cessar-fogo “não é suficiente”.

O chefe da OMS reitera o alerta de que “a fome está iminente em Gaza” à medida que o conflito bloqueia o acesso a alimentos e outros suprimentos essenciais.

Pelo menos 20 mil palestinos foram mortos em ataques israelenses desde 7 de outubro, segundo o Gabinete de Comunicação Social do Governo de Gaza. O número de mortos no ataque do Hamas a Israel é de quase 1.140.

Ministro das Relações Exteriores da Jordânia visitará Catar

Ayman Safadi deve visitar Doha hoje para “intensificar os esforços” para ajudar a acabar com a guerra em Gaza, disse o Ministério das Relações Exteriores da Jordânia em um comunicado publicado no X.

A visita de Safadi incluirá reuniões com o primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse o comunicado.

Exército israelense diz ter atingido infraestrutura do Hezbollah no Líbano

O porta-voz do exército israelense, Daniel Hagari, disse que as forças israelenses atacaram no início desta manhã e durante a noite a infraestrutura militar pertencente ao Hezbollah no Líbano, incluindo um complexo militar.

Um jornalista que trabalha para Al Manar capturou diante das câmeras o momento em que um ataque aéreo atingiu uma estrada no sul do Líbano, na frente do carro. Nenhuma localização precisa foi fornecida.

Israel ordena evacuação para Deir el-Balah, 150.000 pessoas afetadas: diretor da UNRWA

O diretor de assuntos da UNRWA, Thomas White, diz que mais de 150.000 pessoas foram afetadas devido às últimas ordens de evacuação de Israel para que as pessoas no centro de Gaza se mudassem para Deir el-Balah, “para expandir a operação militar em curso”.

Ele escreveu no X que a área “já está sobrecarregada de deslocados, incluindo abrigos da UNRWA”.

Australianos protestam contra ataques israelenses

Dezenas de ativistas participaram de uma carreata que percorreu as ruas de Melbourne, hasteando bandeiras e faixas palestinas.

Condenaram os ataques de Israel contra os palestinianos e apelaram ao apoio aos direitos palestinianos a um Estado livre e independente.

Outra manifestação foi organizada em Melbourne ao meio-dia da véspera de Natal em apoio à Palestina.

Casa Branca acusa Irã de ajudar Houthis nos ataques no Mar Vermelho

Serdan - Reportagem do Djibuti

O porta-voz da segurança nacional da Casa Branca disse que não há motivos para acreditar que o Irão esteja a dissuadir os Houthis de atacar (navios comerciais no Mar Vermelho) e, portanto, Teerão está profundamente envolvido no planeamento destes ataques.

Os Houthis estão a reagir a isto afirmando que, ao longo dos últimos anos, desenvolveram as suas próprias instalações de inteligência que provaram ser bastante eficazes.

No entanto, as autoridades norte-americanas insistem que os Houthis não possuem radares e que dependem da tecnologia fornecida pelo Irão. Caso contrário, estes mísseis lançados pelos Houthis simplesmente cairiam na água.

O Irão negou repetidamente as alegações do seu envolvimento nestes ataques e disse que esta foi uma decisão tomada pelos próprios Houthis.

Delegação da Jihad Islâmica Palestina chegará ao Cairo: Relatório

Uma delegação da Jihad Islâmica Palestina deverá chegar hoje ao Cairo, informou a Autoridade de Radiodifusão Israelense.

No início desta semana, um responsável do grupo disse que a visita foi planeada para discutir formas de parar a guerra em Gaza e um novo acordo para libertar os restantes cativos dentro da Faixa.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, chegou à capital egípcia na quarta-feira para manter conversações com autoridades egípcias.

Autoridades do Hamas disseram repetidamente que não haverá qualquer acordo sem um cessar-fogo permanente, uma condição que Israel descartou. No entanto, relatos dos meios de comunicação social indicaram que poderão estar em curso conversações para outra trégua de curto prazo.

Palestinos no centro de Gaza fogem pelo ‘corredor da morte’ após ordem de Israel

Maram Humaid - Reportagem do centro da Faixa de Gaza

Faixa Central de Gaza – Israel ordenou que os palestinos evacuassem partes do centro de Gaza em sua última diretiva, uma vez que empurra mais da população de 2,3 milhões de habitantes do enclave sitiado para uma área menor, ao mesmo tempo em que amplia seu bombardeio à Faixa de Gaza.

Os militares israelenses ordenaram na sexta-feira que as famílias fugissem para sua “segurança” para abrigos em Deir el-Balah, no sul de Gaza, de Bureij e áreas de Nuseirat no centro de Gaza.

O anúncio irritou os residentes cansados e exaustos da região, muitos dos quais já foram deslocados internamente várias vezes desde 7 de Outubro.

Continuar a ler/ver em Al Jazeera – em inglês, atualizações

terça-feira, 28 de novembro de 2023

HOJE: REFÉNS ISRAELITAS E PRISIONEIROS PALESTINOS FORAM LIBERTADOS

Militares israelitas dizem ter informações de que 12 prisioneiros foram libertados

Os militares de Israel disseram ter recebido a notícia da Cruz Vermelha de que os reféns libertados a caminho de Israel incluem 10 israelitas e dois estrangeiros.

Al Jazeera publicará mais informação sobre esse assunto assim que conseguirmos.

Catar diz que 30 prisioneiros palestinos serão libertados

Majed al-Ansari, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, disse em uma postagem no X que 30 prisioneiros palestinos serão libertados hoje.

Isto é em troca da libertação de 10 prisioneiros israelitas detidos em Gaza, que foram agora entregues à Cruz Vermelha, disse ele.

Entre os que são libertados de Gaza incluem-se um menor e 9 mulheres.

Um deles possui cidadania austríaca, dois são argentinos e um é cidadão filipino.

Prisioneiros palestinos chegam em casa após após prisioneiros israelitas serem libertados

O serviço penitenciário israelense liberta 30 prisioneiros palestinos depois que 10 israelenses e dois estrangeiros foram entregues pelo Hamas em Gaza.

Os chefes das agências de inteligência dos EUA e de Israel chegaram a Doha para conversações com autoridades do Catar; o chefe da espionagem egípcia também está na capital do Catar.

Mais pessoas poderão morrer de doenças em Gaza do que de bombardeamentos se o sistema de saúde não for reparado, diz a OMS.

O mediador Qatar diz que Israel e o Hamas concordam em interromper os combates por mais 48 horas, a partir de terça-feira.

Grupo de direitos humanos afirma que duas crianças palestinas foram mortas pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada.

Mais de 15 mil palestinos foram mortos em Gaza desde 7 de outubro. Em Israel, o número oficial de mortos é de 1.200.

Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil 

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Eu Vi Gaza em Angola -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

As milícias de colonos israelitas foram armadas pelo ministro da Segurança Interna e matam palestinos na Cisjordânia. Destroem ou incendeiam as suas casas. Expulsam-nos das suas terras. Angola 1961. O mesmo quadro horripilante. O governador Hélio Felgas armou os colonos e começaram a matança dos negros numa punição colectiva às acções dos guerreiros da UPA, nas fazendas e pequenas vilas do interior. Eu vi Gaza no Uíge! Rever esses massacres causa-me profundos vómitos. O mesmo racismo, o mesmo ódio em espuma.

A aviação israelita já destruiu meia cidade de Gaza. Reduziu o norte do território a escombros porque Israel tem o direito de se defender. Nos últimos dias, o número de mortos civis saltou paras 15.000 (cadáveres contados) dos quais 5.000 crianças e 8.000 mulheres. Estes números não incluem os corpos soterrados nos escombros. Angola 1961. A aviação portuguesa destruiu as aldeias do Norte, à bomba. Civis que fugiam dos massacres dos colonos eram bombardeados e seus corpos destroçados. Eu vi Gaza no Uíge. Tenho vómitos constantes.

As autoridades coloniais diziam que foram apanhadas de surpresa com o 15 de Março de 1961. Mas tiveram em 1958 a revolta do Bungo, liderada por activistas da UPA. Tiveram a revolta de Catete. A revolta da Baixa de Cassanje. A Revolução do 4 de Fevereiro. Eles sabiam de tudo. Por isso no ano de 1958 começaram a construir a base aérea do Negage. Criaram no Toto um aeródromo com aviões de reconhecimento (Dornier) e aviões de guerra T-6. 

Em 1960 o Toto recebeu uma companhia de “caçadores especiais”. Os soldados vestiam camuflados. Aquela unidade protegia as grandes fazendas do Vale do Loge. Ainda decorriam as primeiras operações na Grande Insurreição de 15 de Março de 1961, sob o comando do meu amigo Margoso, já estava instalado em Luanda (Belas) o Regimento de Caçadores Paraquedistas. Eles sabiam de tudo. O governo nazi de Telavive sabia do 7 de Outubro!

Os aviões bombardeiros PV2 levantavam voo da base do Negage, inaugurada poucos meses antes, e despejavam bombas sobre as aldeias e as multidões que fugiam da guerra em direcção ao Congo (Kinshasa), independente um ano antes. Os bombardeamentos só paravam quando acabavam as bombas. Mas rapidamente os EUA forneciam mais aos colonialistas e fascistas de Lisboa, hoje de novo no poder. O Afilhado Célito vinga seus ancestrais! Fazem-me vomitar. O governo nazi de Telavive faz a mesma coisa. Os mesmos argumentos. As mesmas aldrabices para justificar o genocídio na Palestina. Tenho vómitos permanentes.

Passados os primeiros 40 dias de massacres no Norte de Angola a força aérea portuguesa começou a bombardear com aviões de guerra a jacto. Mais rápidos, mais eficazes, mais mortíferos. Os helicópteros entraram em acção com os seus canhões e metralhadoras. Transportavam pequenas unidades de paraquedistas, tropa da OTAN (ou NATO) .

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Genocídio Menos Intrusivo -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O ministro da Defesa de Israel, coordenador do genocídio na Faixa de Gaza, fez um anúncio retumbante: O Hamas perdeu o controlo do território. E anunciou as perdas. Tropas de Israel entraram na sede do governo e no parlamento do território palestino. Afinal os “terroristas” têm ministros e deputados, tal qual os israelitas. De um lado, fundamentalistas islâmicos. Do outro, ultra extremistas judeus. A diferença está no número de exterminadores, ao serviço de cada lado. Israel tem forças armadas que até ameaçam com a bomba atómica. O outro tem um braço armado constituído por civis. De um lado armas sofisticadas, Do outro, bombas caseiras.

Hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou que o norte da Faixa de Gaza está sem hospitais e outras unidades sanitárias. Tudo fechado ou destruído. O Hospital Al Shifa é um cemitério. Médicos e outros técnicos recusam-se a abandonar as instalações antes da evacuação segura dos 600 doentes entre os quais dezenas de crianças prematuras, que correm perigo de vida já que falta a electricidade para manter ligadas as incubadoras que fazem de mamãs.

A organização Médicos Sem Fronteiras fez uma denúncia terrível. Os nazis de Israel puseram atiradores em frente à porta principal do Hospital Al Shifa. Quem tenta sair é mortalmente alvejado. Hoje foram enterrados 180 corpos numa vala comum. Estavam a apodrecer à porta do edifício. Joe Biden chamou os jornalistas e com um sorriso assassino disse: “Israel tem de usar métodos menos intrusivos!” Fica mais barato.

Um jornalista nunca está reformado nem retirado das notícias. Ao longo da minha vida profissional criei fontes puras de informação que muito me ajudaram a fazer um trabalho profissional sem mácula. Ainda ajudam. O 7 de Outubro em Israel registou acontecimentos tão raros, tão inexplicáveis, tão inverosímeis que recorri às minhas velhas fontes para tentar compreender o que aconteceu, por baixo da poeira que lançaram no ar. As informações que recolhi apontam para um quadro de extrema gravidade meticulosamente preparado pelos nazis de Telavive. E se as minhas fontes já não são o que eram? Esta dúvida levou-me ao silêncio.  

Ontem recebi um texto assinado por Scott Ritter, norte-americano, analista de relações internacionais, antigo oficial dos Fuzileiros Navais dos Estados Unidos e ex-inspetor de armas da Comissão Especial das Nações Unidas. Ele confirmou todos os factos que me foram revelados pelas minhas fontes de total confiança. O título da peça tem um grão de ironia; “O Ataque Militar de Maior Sucesso Deste Século”. Refere-se à operação das Brigadas Al-Qassam no dia 7 de Outubro passado. 

Primeira confirmação do que já sabia pelas minhas fontes. Os guerrilheiros no dia 7 de Outubro atacaram unidades militares, policiais e “colonatos militarizados” que pouco tempo antes da operação tinham recebido um reforço de tropas regulares. Os alvos atacados fazem parte da do sistema de barreiras que transformaram a Faixa de Gaza uma imensa prisão. 

Segunda confirmação. O número de mortos civis na operação das Brigadas Al-Qassam está errado e aas baixas foram causadas por povo amigo! Telavive incluiu no dotal de mortes, mais de 200 guerrilheiros palestinos que participaram nas operações! Os 1.200 mortos civis israelitas afinal são na maioria militares, polícias e milícias armadas.

As atrocidades atribuídas aos guerrilheiros do HAMAS são falsas! Scott Ritter diz que não existiram violações em massa. Não foram decapitadas crianças. Não foram alvejados civis desarmados, pelos combatentes das Brigadas Al-Qassam. Escreve o autor norte-americano: “As informações israelitas sobre estes factos são comprovadamente falsas e enganosas”.

As minhas fontes tinham revelado que dos 1.200 mortos reconhecidos por Israel, metade eram militares e polícias que morreram em combate ou apanhados a dormir nas casernas. Mas também revelaram que das seis centenas de vítimas civis, muitos foram mortos pelas forças armadas de Israel! Scott Ritter confirma. Leiam o que escreve: “Helicópteros Apache israelitas atiraram indiscriminadamente contra civis que tentavam fugir do local onde decorria o Supernova Sukkot Guthering, realizado no deserto, perto do Kibutz Re’im. Os pilotos, incapazes de distinguir entre os civis e os combatentes do HAMAS, dispararam sobre quem fugia”.

O chamado “massacre de Re’ím” foi igualmente fogo amigo. Os tanques israelitas e as tropas especiais dispararam durante dois dias sobre os locais onde se escondiam os guerrilheiros com reféns! Scott Ritter confirma: “Os militares israelitas demoraram dois dias até libertarem Re’im. Face à resistência oferecida pelos guerrilheiros, os canhões dispararam contra habitações e prédios, derrubando-os sobre os seus ocupantes e muitas vezes incendiando-os. Os corpos das pessoas que estavam no interior foram consumidos pelo fogo”.

Scott Ritter divulgou vídeos onde aparecem os helicópteros Apache alvejando viaturas civis. E também a “força aérea” das Brigadas Al-Qassam avançando sobre Israel em parapente! 

Os bebés prematuros recém-nascidos no Hospital Al Shifa morrem porque as incubadoras estão desligadas. Falta de energia eléctrica. A maternidade foi bombardeada. O depósito de água destruído. O médico cirurgião Ahmed Mokhallalati garantiu ante as câmaras da Al Jazeera que não vão abandonar os nossos bebés. E que fazemos nós para salvá-los? Tenho uma sugestão. Vamos cortar a energia ao trio assassino Biden, Blinken e Austin. Aos genocidas Úrsula von der Leyen, Macron, Sunak e Scholtz. 

Pelas nossas crianças de Gaza, pelos nossos bebés, vamos adoptar acções intrusivas para acabar com os mandantes desses crimes contra a Humanidade. É a única forma de sairmos limpos deste genocídio. De fazermos prova de que somos humanos.

* Jornalista

sábado, 4 de novembro de 2023

O número de mortos em Gaza continua a aumentar enquanto os EUA recusam o apelo global ao cessar-fogo

Espera-se que milhares de americanos marchem em Washington, DC neste sábado, exigindo que o governo Biden se junte ao apelo à paz.

Julia Conley* | Common Dreams | # Traduzido em português do Brasil

Em apenas 27 dias, as Forças de Defesa de Israel mataram pelo menos 9.227 palestinos em Gaza até sexta-feira, e o número de mortos deverá continuar a aumentar, mesmo sem os apelos do governo dos EUA e de outros países ocidentais para um cessar-fogo.

Embora continue a afirmar que tem como alvo combatentes do Hamas em Gaza, Israel atacou um comboio de ambulâncias perto do Hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, na sexta-feira, matando pelo menos 13 pessoas e ferindo dezenas de outras.

Israel alegou que “uma célula terrorista do Hamas” estava usando uma das ambulâncias. O Dr. Mohammad Abu Salmiya, chefe do hospital, disse ao The New York Times que o comboio estava se preparando para levar pessoas feridas pelos repetidos ataques aéreos de Israel ao Egito para tratamento.

Tal como o resto do sistema de saúde de Gaza, o Hospital al-Shifa está a ficar sem abastecimentos e medicamentos após o bloqueio total do enclave por Israel no mês passado, cortando o acesso a combustível, electricidade, alimentos e água – colocando os civis em risco de infecções e doenças. bem como os bombardeamentos e ataques terrestres de Israel.

Ashraf al-Qudra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse à Al Jazeera que o ataque foi "um massacre contra mais vítimas, civis e feridos" e apelou à comunidade internacional para "parar os massacres que são cometidos contra o nosso povo e nossos paramédicos, nossos feridos e nossas vítimas."

Tedros Adhanom Ghebreyesus , diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, exigiu um cessar-fogo imediato e disse estar “totalmente chocado” com o ataque às ambulâncias.

Embora organizações internacionais de direitos humanos, como a Amnistia Internacional e a Oxfam , grupos liderados por judeus, incluindo IfNotNow e Jewish Voice for Peace (JVP), o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres , e grupos humanitários baseados nos EUA, como o Carter Center , tenham aderido ao apelo Para um cessar-fogo, a administração Biden até agora apelou apenas a uma “pausa humanitária” nos combates.

A administração solicitou 14,3 mil milhões de dólares em ajuda para Israel e já se comprometeu a enviar armas para as FDI usarem em Gaza.

Liderados em grande parte pelo IfNotNow e pelo JVP, milhares de americanos arriscaram-se a ser presos nos últimos dias ao reunirem-se em locais públicos, incluindo a Grand Central Station de Nova Iorque e a 30th Street Station de Filadélfia , para exigir um cessar-fogo.

Na sexta-feira, defensores se reuniram nos escritórios dos senadores Elizabeth Warren (D-Mass.), Jeff Merkley (D-Ore.), Brian Schatz (D-Havaí) e outros, carregando cartazes que diziam: "Pare de armar Israel" e "Cessar-fogo agora".

No sábado, espera-se que milhares de pessoas marchem em Washington, DC exigindo o mesmo.

Vários senadores pediram a "cessação das hostilidades" na quinta-feira, enquanto o senador Dick Durbin (D-Ill.) Se tornou o primeiro senador a pedir um cessar-fogo.

Na quinta-feira, a CNN informou que alguns conselheiros próximos de Biden acreditam que “rejeitar a pressão sobre o governo dos EUA para pedir publicamente um cessar-fogo” pode tornar-se “insustentável” numa questão de “semanas, não meses”.

"'Semanas' significa que milhares de crianças palestinas que estão vivas agora estarão mortas", disse o analista político Omar Baddar, instando os americanos que apoiam um cessar-fogo – dois terços da população , de acordo com uma pesquisa – a aumentarem a pressão. .

"Isso precisa parar AGORA!" disse Baddar. “Você precisa ligar para seus membros do Congresso e para a Casa Branca AGORA!”

* Julia Conley é redatora da Common Dreams

Ler mais em Common Dreams:

A guerra Israel-Gaza é o mês mais mortal para jornalistas que cobrem conflitos em mais de três décadas

Os contribuintes americanos realmente querem financiar o genocídio do povo palestino por Israel?

'A hora é agora': manifestantes inter-religiosos lotam a estação ferroviária de Filadélfia exigindo cessar-fogo

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Cheira a Queda do Império -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

O império português caiu de podre. Eu vi os primeiros sinais do desabamento. O governador e a PIDE expulsaram o juiz Albertino Almeida por ser juiz. Um sinal de que o sistema de Justiça em Angola estava a ficar fora de controlo do regime. A comissão de censura deixou passar uma reportagem assinada por Jaime Saint Maurice, publicada na revista “Notícia” sobre a morte de crianças institucionalizadas. Morreram porque lhes lavaram a cabeça com um insecticida potente, para lhes matarem os piolhos. Eram crianças negras. Taxistas incendiaram casas e mataram os seus moradores no Cazenga. Foram presos e levados a Tribunal. Os dirigentes das actividades económicas cortaram com a “metrópole”.

Os chefes locais do regime colonialista começaram a aldrabar os patrões em Lisboa. A PIDE prendeu jovens estudantes universitários e deportou-os para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde. Os seus advogados e familiares reclamaram para o ministro do ultramar. Este achou tão abusivas as prisões e deportações que pediu explicações ao Governo-Geral de Angola. O governador e o chefe da PIDE responderam que era “um grupo de pretos e mulatos pé descalço”. Já se aldrabavam uns aos outros. O império estava a ruir.

O sinal mais evidente aconteceu nas páginas da revista “Notícia”. O jornalista João Fernandes entrevistou o comandante-em-chefe da Região Militar de Angola, General Costa Gomes. Um caderno completo! O chefe máximo das forças armadas portuguesas disse isto: “É impossível ganhar militarmente uma guerra de guerrilhas”. O entrevistador perguntou: Então como se vai resolver a guerra em Angola? Costa Gomes respondeu: A História Universal ensina-nos que uma guerra de guerrilhas só tem solução política”. Lisboa recusava “negociar com terroristas os destinos da pátria”. O general foi recambiado para a “metrópole”.

O estado terrorista mais perigoso do mundo ainda auxiliou Lisboa a manter o império de pé. O aparecimento da Revolta do Leste foi o primeiro sinal desesperado para destruir o MPLA, vanguarda da luta armada de libertação nacional. A UNITA foi reactivada para ocupar o espaço que fosse deixado pela guerrilha. Savimbi não tinha capacidade militar. Era um logro. Nada resultou. O Movimento das Forças Armadas (MFA), liderado por Otelo Saraiva de Carvalho, deu o sopro final no regime colonialista e fascista. O império ruía.

A velha guarda do regime ainda tentou uma solução em desespero. O presidente António de Spínola, apoiado pelo estado terrorista mais perigoso do mundo e em conluio com Mobutu, lançou a proposta da “Federação de Estados”. Jonas Savimbi recebeu ordens para apoiar. E ele nem hesitou. Em cima do 25 de Abril de 1974 surgiu a Revolta Activa para acabar de vez com o MPLA. Fracassou. Em Cabo Verde surgiram movimentos de apoio ao federalismo. O PAIGC estava demasiado forte e a aventura morreu. 

Em Angola, o império ruía e os colonialistas formaram esquadrões da morte contra civis indefesos. Os Media exigiam que o governo de Lisboa ignorasse os “movimentos terroristas” e dialogasse com os partidos que nasciam todos os dias como cogumelos. Foram surpreendidos pelo Movimento Democrático de Angola (MDA), integrado por figuras progressistas angolanas e portuguesas, a favor da “independência total e completa”. Só perceberam que estavam perdidos quando as estruturas do Poder Popular assumiram a defesa das populações dos musseques de Luanda. Não ouviam as palavras, ouviram os tiros e os rebentamentos das granadas. No dia 11 de Novembro de 1975 o império colonial português acabou.

quinta-feira, 19 de outubro de 2023

Repórteres não estão a acreditar na história do bombardeio em hospitais de Israel

Uma enorme explosão em Gaza destruiu o Hospital Árabe Al-Ahli, matando centenas de pessoas . O número exato de mortos ainda é desconhecido.

Caitlin Johnstone* | CaitlinJohnstone.com | Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Os detalhes sobre quem é o responsável pela explosão estão sendo calorosamente debatidos por todas as partes, e esta ainda é uma história em desenvolvimento com muitos detalhes ainda a serem revelados. Mas o que gostaria de documentar rapidamente à medida que as coisas se desenrolam é o número altamente incomum de repórteres dos meios de comunicação de massa que tenho visto e que não hesitaram em apontar Israel como o provável culpado.

Depois de observar que Israel está atribuindo a explosão a um lançamento fracassado de foguete da Jihad Islâmica Palestina (PIJ), o correspondente estrangeiro da MSNBC, Raf Sanchez, rapidamente apontou que os foguetes PIJ não tendem a causar esse tipo de dano, mas os mísseis israelenses sim. Ele também observou que Israel tem um extenso histórico de mentiras sobre esse tipo de coisa.

“Os militares israelitas neste momento não estão a fornecer qualquer prova que sustente as suas afirmações de que se tratava de um foguete da Jihad Islâmica Palestiniana; eles estão citando informações que ainda não tornaram públicas”, disse Sanchez . “Deveríamos também dizer que este tipo de número de mortos não é o que normalmente se associa aos foguetes palestinos. Estes foguetes são perigosos, são mortais, não tendem a matar centenas de pessoas num único ataque, da mesma forma que os altos explosivos israelitas - especialmente estas bombas destruidoras de bunkers que são usadas para atingir os túneis do Hamas sob a Cidade de Gaza - têm o efeito potencial para matar centenas de pessoas.”

“E deveríamos dizer, finalmente, que houve casos no passado em que os militares israelitas disseram coisas imediatamente após um incidente que se revelaram não ser verdade a longo prazo”, acrescentou Sanchez. “E o único exemplo que vou dar é que quando a jornalista da Al Jazeera, Shireen Abu Akleh, foi morta na Cisjordânia ocupada, os militares israelitas inicialmente disseram que ela foi morta por homens armados palestinianos, e foram apenas meses e meses mais tarde, admitiram que provavelmente foi um soldado israelense quem disparou o tiro fatal.”

"O Reino Unido está convosco"; Ajudar Gaza? Será "maratona" – ao minuto (resumo)

Depois da visita a Israel do presidente norte-americano, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico reúne-se, hoje, com o presidente e com o seu homólogo israelita.

Rishi Sunak já estará em Telavive onde vai sentar-se à mesa com Benjamin Netanyahu e Isaac Herzog, não se sabendo ao certo o que poderá sair deste encontro.

Já em relação ao presidente dos EUA, a sua visita já estará a ter efeitos. O Egito anunciou hoje o acordo para uma "passagem duradoura" de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza através do ponto de Rafah, numa altura em que centenas de camiões com ajuda estão parados às portas do enclave. Esta ajuda chega após um acordo entre o presidente egípcio Abdel Fattah al-Sissi e Joe Biden. 

DESTAQUES QUE PODE LER EM Notícias ao Minuto

"O Reino Unido e eu estamos do vosso lado", afirma Sunak | há 28 minutos


600 crianças estarão debaixo dos escombros em Gaza | há 37 minutos


Rússia vai enviar 27 toneladas de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza | há 44 minutos


Primeiro-ministro britânico já chegou a Israel | há 28 minutos


Egito anuncia "passagem duradoura" de ajuda para Gaza através de Rafah | há 51 minutos


Manifestantes no Líbano protestam contra explosão de hospital em Gaza | há 51 minutos

AINDA MAIS RECENTES EM Notícias ao Minuto

Cerca de 60 polícias feridos em manifestação pró-palestiniana em Berlim - imagem acima

Cerca de sessenta polícias ficaram feridos durante uma nova manifestação pró-palestiniana, na noite de quarta-feira, em Berlim. Os membros das forças da ordem "foram feridos por pedras, líquidos inflamáveis e actos de rebelião", declarou a polícia de Berlim na rede social X .

No total, "65 polícias ficaram feridos", enquanto "174 pessoas foram detidas, 65 das quais estão sob investigação criminal" na sequência da manifestação. De acordo com a polícia, foram também feridas pessoas que "não estavam envolvidas" e outras que estavam a "resistir" à polícia.

Aumenta o número de reféns em Gaza, segundo dados de Israel

Notícias ao Minuto

As forças militares israelitas afirmaram, esta quinta-feira, que 203 pessoas estão reféns em Gaza.

O número é superior ao que foi anunciada no último comunicado, registando-se agora mais quatro pessoas nas mãos do Hamas, indica a Sky News.

Conseguir fazer chegar ajuda a Gaza será "uma maratona", diz OMS

Andrea Pinto

A Organização Mundial de Saúde considera que o acordo para a entrada em Gaza de 20 camiões com ajuda humanitária "é um começo".

O representante regional desta organização, Richard Brennan, afirmou que conseguir fazer chegar ajuda a Gaza será "uma maratona", uma vez que se tratará de uma "operação complexa". Contudo, acredita que o acordo feito entre o Egito e os EUA é "um começo" importante para que Gaza comece a receber apoio.

"O Reino Unido e eu estamos do vosso lado", afirma Sunak

Andrea Pinto

O primeiro-ministro britânico, que se encontra em Telavive, Israel, em declarações aos jornalistas fez saber qual a sua posição em relação ao conflito israelo-palestiniano, afirmando que está do lado de Israel.

"Acima de tudo, estou aqui para expressar a minha solidariedade para com as pessoas de Israel", disse Rishi Sunak ainda no Aeroporto Internacional de Ben Gurion.

"Vocês sofreram um ato de terrorismo indescritível e horrível e quero que saibam que o Reino Unido e eu estamos convosco", completou, fazendo saber que está do lado de Israel "contra o mal que é o terrorismo"

600 crianças estarão debaixo dos escombros em Gaza

Andrea Pinto

Segundo o ministro da Saúde de Gaza, dos 3.478 palestinianos mortos e dos 12.065 feridos dos ataques israelitas, 70% eram crianças, mulheres e idosos.

Segundo a mesma fonte, do total de 1.300 pessoas que continuam subterradas nos escombros dos edifícios que foram atingidos pelos bombardeamentos de Israel, 600 são crianças.

"O ministério acredita que há sobreviventes nos escombros, mas o processo para os alcançar é severamente dificultado pelos constantes ataques aéreos e pela fraca capacidade [das equipas de resgate e salvamento]", disse.

Imagem: © Getty Images/Ahmad Hasaballah

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sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Abusos Diplomáticos e Má Consciência -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Jonathan Conricus, porta-voz do exército de Israel, chamou a criadagem dos Media e anunciou: “Os palestinos têm 24 horas para sair do Norte de Gaza. É uma medida humanitária!”. Carregadoras e carregadores de câmaras, gravadores ou microfones não fizeram perguntas. Se fossem gente perguntavam-lhe se 34 unidades de saúde destruídas pela aviação israelita em Gaza faziam parte desse programa humanitário. Dezenas de escolas destruídas. Instalações da ONU destruídas. Milhares de civis assassinados. Milhares de civis feridos. As autoridades de saúde (OMS) registam 600 crianças palestinas mortas nos bombardeamentos. Os sionistas têm razões humanitárias que a própria razão desconhece.

O ministro da Defesa de Israel, ao lado do general assassino Lloyd Austin, disse que todas as mortes e destruições humanitárias na Palestina servem para defender a liberdade. As nazis Roberta Metsola  e Úrsula von der Leyen estão em Telavive para prestar apoio e solidariedade ao programa humanitário de Israel recheado de bombardeamentos, destruição de prédios e bairros inteiros na cidade de Gaza. Milhares de mortos e feridos. 

As duas nazis representam os países da União Europeia. Todos os governos, todos os povos estão com os sionistas assassinos. Todos apoiam o extermínio de palestinos. Menos os que se manifestam a favor da Palestina. Mas o boneco articulado Macron já proibiu “manifs” de apoio à Palestina em França. Democracia de uma banda só.

O general assassino Lloyd Austin anunciou em Telavive que a matança em Gaza está a ser executada por Israel e os EUA. Para que não restem dúvidas. Disse que viu as provas dos hediondos massacres do Hamas. Fotografias e vídeos. Tenho pena deste monte de carne pútrida. O secretário de Estado dos EUA, Colin Powell, apresentou na ONU “provas irrefutáveis e inegáveis” de que o Iraque de Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. Tudo mentira. Isto é terrível. Para o estado terrorista mais perigoso do mundo os negros só servem para fazer o trabalho sujo dos brancos.

O Iraque e o Irão estiveram em guerra durante dez anos. O ocidente alargado tomou partido por Saddam Hussein. Socialismo contra o regime confessional dos aiatolas. Sunitas contra xiitas. Alemanha e EUA forneceram a Bagdade “temíveis armas químicas e biológicas”. No final da primeira Guerra do Golfo todo esse material bélico foi destruído. Washington e as outras capitais da OTAN (ou NATO) sabiam disto. Colin Powell foi obrigado a mentir. Durão Barroso, então primeiro-ministro de Portugal, também disse aos jornalistas que viu as provas da existência dessas armas no Iraque. Assim um aspirante a carteirista chegou à chefia da União Europeia e depois banqueiro.

A OTAN (ou NATO) reuniu em Bruxelas os ministros da Defesa. No final a ministra portuguesa, uma flausina desmiolada, disse aos jornalistas que viu fotos e um vídeo com os “crimes horríveis do Hamas” em Israel. Parece que lhe pagaram uma pintura ao cabelo para dizer isto. E se viu montagens? Se foi aldrabada pelos sionistas? Nem pensam nestas coisas básicas tal é o ódio à liberdade e aos povos que não se vergam ao estado terrorista mais perigoso do mundo.

domingo, 24 de setembro de 2023

Depois da OTAN, a tempestade Daniel veio para a Líbia

Mustafa al-Trabelsi, que foi morto pelas enchentes, deixou um poema que está sendo lido por refugiados de sua cidade e por líbios em todo o país, escreve Vijay Prashad.

Vijay Prashad* | Tricontinental:Instituto de Pesquisa Social | em Consortium News | # Traduzido em português do Brasil

Três dias antes do colapso das barragens de Abu Mansur e Al Bilad em Wadi Derna, na Líbia, na noite de 10 de setembro, o poeta Mustafa al-Trabelsi participou de uma discussão na Casa de Cultura de Derna sobre a negligência da infraestrutura básica em seu país. cidade. 

Na reunião, al-Trabelsi alertou sobre o mau estado das barragens. Como escreveu no Facebook nesse mesmo dia, ao longo da última década a sua amada cidade foi “exposta a chicotadas e bombardeamentos, e depois foi cercada por um muro que não tinha porta, deixando-a envolta em medo e depressão”. 

Depois, a tempestade Daniel surgiu na costa do Mediterrâneo, arrastou-se para a Líbia e rompeu as barragens. Imagens de câmeras CCTV no bairro de Maghar, na cidade, mostraram o rápido avanço das enchentes, poderosas o suficiente para destruir edifícios e esmagar vidas. 

Cerca de 70 por cento das infra-estruturas e 95 por cento das instituições educativas foram danificadas nas zonas afectadas pelas cheias. Até quarta-feira, cerca de 4.000 a 11.000 pessoas morreram na enchente – entre elas o poeta Mustafa al-Trabelsi, cujos avisos ao longo dos anos foram ignorados – e outras 10.000 estão desaparecidas.

Hisham Chkiouat, ministro da Aviação do Governo de Estabilidade Nacional da Líbia (com sede em Sirte), visitou Derna após a inundação e disse à BBC: “Fiquei chocado com o que vi. É como um tsunami. Um enorme bairro foi destruído. Há um grande número de vítimas, que aumenta a cada hora.” 

O Mar Mediterrâneo consumiu esta antiga cidade com raízes no período helenístico (326 aC a 30 aC). Hussein Swaydan, chefe da Autoridade de Estradas e Pontes de Derna, disse que a área total com “danos graves” ascende a 3 milhões de metros quadrados. “A situação nesta cidade”, disse ele, “é mais do que catastrófica”. 

A Dra. Margaret Harris, da Organização Mundial da Saúde (OMS), disse que a enchente foi de “proporções épicas”. “Não há memória de uma tempestade como esta na região”, disse ela. “Então é um grande choque.”

Os gritos de angústia em toda a Líbia transformaram-se em raiva pela devastação, que agora se transformam em exigências de investigação. 

Mas quem conduzirá esta investigação: o Governo de Unidade Nacional com sede em Trípoli, liderado pelo Primeiro-Ministro Abdul Hamid Dbeibeh e oficialmente reconhecido pelas Nações Unidas (ONU), ou o Governo de Estabilidade Nacional, liderado pelo Primeiro-Ministro Osama Hamada em Sirte? 

Estes dois governos rivais – que estão em guerra entre si há muitos anos – paralisaram a política do país, cujas instituições estatais foram fatalmente danificadas pelo bombardeamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) em 2011.

sábado, 9 de setembro de 2023

Quase toda a população da Europa respira ar poluído

Com a UE pretende definir novas regras de qualidade do ar, dados de satélite mostram que 98% dos habitantes da Europa vivem em áreas onde concentração de partículas finas supera limite da OMS.

Praticamente todos os habitantes da Europa vivem em cidades poluídas, onde os níveis médios anuais de partículas finas são superiores ao limite recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS ) . Na prática, isso significa que quase toda a população no continente respira um ar nocivo que pode até mesmo ser fatal.

A poluição do ar aumenta o risco de doenças respiratórias e cardíacas e reduz a expectativa de vida. "Com os atuais níveis de poluição atmosférica, muitas pessoas estão ficando doentes. Sabemos que diminuir esses níveis reduz esses números", disse o diretor do Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), Mark Nieuwenhuijsen.

A DW se uniu à Rede de Jornalismo de Dados Europeia para analisar dados de satélite do Serviço de Monitoramento da Atmosfera (CAMS) do Copernicus , o programa de observação da Terra da União Europeia.

Conforme esses dados, em 2022, quase toda a população na Europa — 98% — vivia em áreas onde a concentração de partículas finas (normalmente abreviadas como PM 2,5) ultrapassava o limite previsto pela OMS.

A situação é especialmente grave em partes da Europa Oriental, no Vale do Pó (Itália) e em grandes áreas metropolitanas, como Atenas, Barcelona e Paris.

Os níveis elevados de poluição atmosférica em algumas cidades europeias já foram relatados anteriormente, mas esta análise de dados oferece pela primeira vez uma comparação da poluição atmosférica em diferentes regiões europeias. É também possível ver onde a qualidade do ar melhorou e onde piorou.

Os dados também foram usados ​​para identificar dois locais com situações contrastantes. Um deles é o norte de Itália, onde os níveis de poluição são constantemente elevados. O outro é o sul da Polônia, onde eles são elevados, mas estão em queda. Neles também é possível ver se estratégias de mitigação estão ajudando ou não.

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