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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Esperanças e armadilhas – Por que Assad foi derrubado e o que vem a seguir?

Jamal Kanj* | Palestine Chronicle, opinião | # Traduzido em português do Brasil

Apesar de sua retórica contra Israel, Assad era previsível e bem contido por Israel do que a mudança poderia trazer.

O rápido colapso do regime de Bashar al-Assad pegou tanto a intelligentsia quanto os analistas de surpresa. Foi uma repetição da queda rápida e inesperada do governo afegão durante a retirada militar dos EUA do Afeganistão.

Ambos os eventos compartilham semelhanças notáveis: no Afeganistão, o governo se desintegrou quando seu principal patrocinador – os Estados Unidos – decidiu se retirar. Similarmente, na Síria, o regime de Assad ruiu quando seus aliados o abandonaram.

No entanto, ao contrário das afirmações narcisistas de Netanyahu de que seus ataques ao Irã e à Resistência no Líbano foram um grande impulsionador da queda de Assad, a queda de Assad foi em grande parte devido à sua falha em confrontar a beligerância israelense na Síria e seu abandono da Resistência em Gaza e no Líbano. Desde 8 de outubro, Assad tem se comportado mais como outros ditadores árabes impotentes como meros observadores do genocídio em Gaza e da guerra no Líbano.

Na verdade, quando a Resistência Libanesa escolheu apoiar Gaza sitiada, ocupando o exército israelense na frente libanesa, Assad deixou claro que não participaria da batalha da Frente de Resistência Unida. Mesmo após a perda de líderes na Resistência Libanesa, e antes, quando Israel atacou a missão diplomática iraniana em Damasco, ele se recusou a retaliar contra os ataques israelenses.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Casa dos Brancos e Terrorismo -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Senhor João Lourenço! O grupo dos países de “economias emergentes” chama-se BRICS. O “S” é de África do Sul. Já agora o “B” é de Brasil, o “R” é de Rússia, o “I” é de Índia o “C” é de China. A visita do Chefe de Estado angolano a Pretória mostrou que no Palácio da Cidade Alta ninguém sabe disto. Ou então o discurso oficial do Presidente da República foi escrito pelo Manuel Homem e ele ainda não chegou a essa parte, nas lições particulares que frequenta para ser ministro de sucesso e candidato à bicefalia intestinal, no regime imposto pela Casa dos Brancos.  Estamos conversados.

A Justiça Angolana continua a ser castigada brutalmente. Os seus operadores desqualificados e abandalhados. Percebe-se porquê. O poder em Angola é unipessoal e está nas mãos de João Lourenço. Não há deputados, não há magistratura judicial, não há agentes económicos. Todos são ajudantes do Presidente da República e do Titular do Poder Executivo. O adiamento do julgamento dos Generais Kopelipa e Dino revelou algo inquietante. Os dois iam ser julgados sem que os seus advogados tivessem antes acesso ao processo! Isto foi denunciado por um dos advogados.

A verdade é que a Veneranda Conselheira que ia presidir à audiência reconheceu que a Defesa precisa de tempo para estudar as 2000 páginas do processo. A Internacional Fascista na sua versão “República de Juízes” inventou este truque: Processos gigantescos com vários volumes e milhares de páginas. Assim ninguém consegue deslindar seja o que for e as sentenças são lavradas à vontade do freguês. Neste caso, leia-se João Lourenço, grande cliente de sentenças compradas a dez por cento dos confiscos e sabe-se lá que mais por baixo da mesa.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

A Rússia escapou de uma bala ao escolher não se aliar ao derrotado Eixo da Resistência

Andrew Korybko * | Substack | opinião | # Traduzido em português do Brasil

Putin fez a escolha certa, que sempre foi motivada por seu cálculo racional do que era do interesse objetivo da Rússia como um estado, não devido à "influência sionista", como alguns na Comunidade Alt-Media agora ridiculamente alegam para difamá-lo depois de ficarem bravos porque ele não moveu um dedo para salvar a Resistência.

O Eixo da Resistência liderado pelo Irã foi derrotado por Israel. O ataque terrorista do Hamas em 7 de outubro de 2023 levou à punição coletiva de Israel aos palestinos em Gaza, o que deu início a uma série de conflitos que se expandiram para o Líbano e a Síria. Israel também bombardeou o Iêmen e o Irã. As lideranças do Hamas e do Hezbollah foram destruídas, levando a um cessar-fogo no Líbano, enquanto o governo de Assad foi derrubado por um ataque terrorista apoiado pela Turquia que cortou a logística militar do Irã para o Hezbollah.

Esses resultados já eram surpreendentes o suficiente para aqueles que acreditavam na afirmação do falecido Nasrallah de que “ Israel é mais fraco que uma teia de aranha ”, mas muitos ficaram chocados que eles ocorreram sem que a Rússia levantasse um dedo para salvar a Resistência, com quem eles pensavam que havia se aliado contra Israel há muito tempo. Essa segunda falsa noção mencionada ficará na infâmia como uma das operações psicológicas mais bem-sucedidas já conduzidas contra a Alt-Media Community (AMC) e, ironicamente, por seus próprios principais influenciadores.

Foi explicado no início de outubro “ Por que falsas percepções sobre a política russa em relação a Israel continuam a proliferar ”, que os leitores devem revisar para mais detalhes, mas que pode ser resumido como os principais influenciadores da AMC dizendo ao seu público o que eles achavam que queriam ouvir por razões de interesse próprio. Isso inclui gerar influência, promover sua ideologia e/ou solicitar doações de membros bem-intencionados, mas ingênuos, de seu público, dependendo da personalidade envolvida.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Qual é o próximo passo de Erdogan na Síria?

A mídia ocidental não poderá mais ignorar o fato de que o Ocidente financia os terroristas mais horríveis e repugnantes do mundo.

Martin Jay* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Em 2016, Steven Bannon me entrevistou sobre o Oriente Médio para seu popular programa de rádio. O tipo de pergunta que ele me fez mostrou claramente que ele realmente sabia muito pouco sobre a região. Mas Bannon é inteligente. Ele fez perguntas inteligentes. Uma delas foi quem é o encrenqueiro da região? Respondi que possivelmente poderia ser o líder da Turquia, Recep Erdogan, que tinha acabado de sobreviver a um golpe de estado arquitetado pelo líder mais poderoso da região, Mohamed bin Zayed Al Nahyan, que é frequentemente chamado de MBZ. Argumentei que Erdogan tinha ambições geopolíticas enormes, o dinheiro, os recursos militares e a verdadeira coragem para realmente tornar a Turquia uma potência regional, competindo com a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos. Eu disse que Erdogan tinha muito a provar e estava ansioso para fazer uma onda e que ele poderia conseguir se conseguisse manter a cabeça fria.

Para minha grande surpresa, notei algumas semanas depois que Bannon deu uma entrevista a um jornal saudita e repetiu tudo o que eu havia dito a ele  na íntegra . Ele até copiou minhas expressões!

Mas, deixando a leviandade de lado, há alguns pontos sérios sobre o papel de Erdogan e o que ele deve estar pensando agora sobre o posicionamento da Turquia na região.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2024

Blinken pressiona para que adolescentes ucranianos morram pela hegemonia dos EUA

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au |  # Traduzido em português do Brasil

O Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, repetiu a nova posição do governo dos EUA de que a Ucrânia precisa começar a enviar jovens de 18 a 25 anos para lutar na guerra com a Rússia, dizendo à Reuters na segunda-feira que "colocar pessoas mais jovens na luta, nós achamos, muitos de nós achamos, é necessário". Isso ocorre mesmo quando as pesquisas começaram a mostrar que os ucranianos são a favor de fazer um acordo com a Rússia para acabar com essa guerra o mais rápido possível.

Esta é uma daquelas coisas que parece mais maligna quanto mais você olha para ela. Eles estão pressionando para que adolescentes sejam jogados no fogo de uma guerra invencível como se não fosse nada — como uma corporação dizendo que precisa contratar mais funcionários para acomodar seus negócios em crescimento. E por quê? Para amarrar a Rússia para que a Síria possa ser transformada em uma cratera fumegante e permitir que a máquina de guerra dos EUA concentre sua mira no Irã e na China, com o objetivo final de dominação planetária total. Tudo porque alguns monstros do pântano decidiram após a queda da União Soviética que os EUA devem manter a hegemonia global unipolar, não importa o custo.

A Ucrânia mal tem alguém no país com idades entre 18 e 25 anos por vários motivos (muitos dos quais são anteriores a esta guerra), mas os gerentes do império centralizado nos EUA estão pressionando para arrancar os poucos que têm e jogá-los nas minas terrestres e fogo de artilharia apenas para manter esta guerra invencível por mais alguns meses. Quer tenham sucesso ou não, o fato de terem tentado é tão profundamente psicopático que é realmente difícil de entender.

domingo, 1 de dezembro de 2024

Eles mentiram sobre Gaza e estão mentindo sobre a Síria

Caitlin Johnstone* | Caitlin Johnstone.com.au |  # Traduzido em português do Brasil

Filiados da Al-Qaeda com histórico de recebimento de financiamento ocidental foram reativados na Síria junto com combatentes apoiados pela Turquia para recapturar quantidades significativas de território no país devastado pela guerra.

É difícil dizer exatamente o que está acontecendo no momento, mas direi que é muito conveniente como a Rússia, estando presa na Ucrânia e o Hezbollah sendo decapitado por Israel, deixa a Síria mais uma vez exposta às agendas de longa data de mudança de regime do mesmo império ocidental que tem apoiado ambos os conflitos por procuração.

A Síria é mais complicada e difícil de entender do que Gaza, mas se você olhar para ela, encontrará montanhas de evidências de que por muitos anos os EUA e seus aliados e parceiros têm fomentado ativamente a violência, o caos e a destruição naquela nação para efetuar uma mudança de regime. Qualquer um que negue isso é ignorante ou desonesto, assim como qualquer um que o chame de propagandista russo ou amante de Assad por declarar esse fato bem evidenciado.

Há muitas pessoas que enxergam através das mentiras imperiais sobre Gaza, mas ainda acreditam nas mentiras imperiais sobre a Síria, em grande parte porque as mentiras sobre Gaza são muito mais fáceis de enxergar. Imensas quantidades de propaganda e operações de informação foram usadas para enquadrar a violência que temos visto na Síria desde 2011 como uma rebelião completamente orgânica contra um ditador tirânico que só quer assassinar civis porque ele é mau. Mas se você trouxer a mesma curiosidade sincera e investigação rigorosa para essa questão que você trouxe para a situação dos palestinos, você descobrirá os mesmos tipos de mentiras e distorções que você viu a classe política/mídia ocidental promover sobre Gaza sendo distorcida sobre a Síria também — frequentemente pelas mesmas pessoas.

sábado, 30 de novembro de 2024

Chefe do exército israelense visitou a Grã-Bretanha esta semana, confirma Reino Unido

Exclusivo: Dias após o Tribunal Penal Internacional emitir mandados de prisão para líderes israelenses, seu principal general voou para Londres.

JOHN McEVOY* e MARK CURTIS* | Declassified | # Traduzido em português do Brasil

O principal soldado de Israel, o tenente-general Herzi Halevi, visitou a Grã-Bretanha no início desta semana, confirmou o governo do Reino Unido ao Declassified .

A visita ocorreu três dias após o Tribunal Penal Internacional (TPI) ter emitido mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e o ex-ministro da defesa Yoav Gallant por “crimes contra a humanidade e crimes de guerra”.

Isso inclui “o crime de guerra de fome como método de guerra; e os crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”, bem como “dirigir intencionalmente um ataque contra a população civil”.

Halevi foi inicialmente relatado como tendo sido incluído nos pedidos de prisão do TPI pelo crime de ter “deliberadamente deixado palestinos famintos em Gaza”. Ele também foi forçado a se desculpar em abril, depois que o exército israelense matou sete trabalhadores humanitários internacionais, incluindo três britânicos em Gaza.

Um porta-voz do Ministério da Defesa disse ao Declassified: “Como parte do esforço conjunto do Reino Unido, juntamente com aliados e parceiros, para alcançar uma resolução pacífica para os conflitos em andamento no Líbano e em Gaza, o Chefe do Estado-Maior da Defesa recebeu seus colegas de Israel e outros parceiros europeus”.

O porta-voz acrescentou: “As discussões incluíram os apelos do Reino Unido por um cessar-fogo imediato no Líbano e em Gaza e a necessidade de todas as partes cumprirem o direito internacional humanitário, ao mesmo tempo em que reconhecem o direito de Israel à segurança”.

Um acordo de cessar-fogo para encerrar os conflitos entre Israel e o Hezbollah no Líbano foi anunciado na terça-feira.

Crise de Aleppo: O que realmente está acontecendo na Síria?

Ilya Tsukanov | Sputnik Globe | # Traduzido em português do Brasil

O conflito na Síria voltou às primeiras páginas após anos de esquecimento da mídia devido a uma ofensiva jihadista relâmpago na cidade estratégica de Aleppo. Aqui está o que sabemos agora.

Militantes do grupo terrorista Tahrir al-Sham*, ligado à Al-Qaeda*, e do chamado "Exército Nacional Sírio" iniciaram uma ofensiva em direção a Aleppo em 27 de novembro.

Os jihadistas conseguiram reunir forças para a operação em Idlib, uma província da Síria controlada por terroristas desde 2015 e para onde dezenas de milhares de militantes fugiram entre 2016 e 2018 em meio às operações do exército sírio para libertar grandes cidades no oeste e no sul.

Militantes avançaram por dezenas de vilas e cidades a oeste de Aleppo nas primeiras horas da ofensiva, capturando vários assentamentos estratégicos e, segundo relatos, cortando a importante rodovia M5 que liga Aleppo a Damasco.

O tardio pacote de cessar-fogo imperial do Líbano: um acordo projetado para fracassar?

O gabinete israelense aprovou um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA com o Líbano. (Design: Palestine Chronicle)

Jeremy Salt* | Palestine Chronicle | opinião | # Traduzido em português do Brasil

O cessar-fogo no Líbano dá a Israel um alívio temporário, mas Netanyahu nunca o quis de fato, membros importantes do governo são contra e uma parcela significativa da opinião pública é ativamente hostil ou duvidosa.

Só podemos imaginar o que Hassan Nasrallah teria dito sobre esse cessar-fogo. O que ele disse foi que não haveria cessar-fogo no Líbano sem um em Gaza, mas um agora foi assinado para acabar, pelo menos temporariamente, com o sofrimento do povo libanês e livrar Israel do gancho em que se empalou.

Israel lançou 20 ataques com mísseis contra Beirute em dois minutos, pouco antes do cessar-fogo ser estabelecido, determinado a mostrar ao mundo quem ainda manda quando os fatos mostram que se alguém queria um cessar-fogo, era Israel.

No sul do Líbano, a ofensiva terrestre de Israel contra o Hezbollah mal saiu do chão. Como em 2006, as unidades israelenses não conseguiram se mover mais do que alguns quilômetros além da linha de armistício de 1949 (a "fronteira"). Bombardearam vilas libanesas, mas não conseguiram tomar e manter nenhuma delas. As fotos de meia dúzia de soldados cruzando uma ponte estreita sobre o Rio Litani eram apenas para fins de propaganda.

Nas semanas após Israel lançar seu ataque terrestre no início de outubro, o Hezbollah matou mais de 100 soldados israelenses no sul do Líbano e destruiu dezenas de tanques Merkava, ao mesmo tempo em que bombardeava bases militares e locais de inteligência israelenses.

Eles usaram drones para mapear todos os locais sensíveis em Israel, incluindo a base naval de Haifa e o complexo de Kirya em Tel Aviv, até as salas específicas ocupadas por generais e políticos.

sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Vozes dos Seus Donos -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Hoje, dia 28 de Novembro de2024, mais de 130.000 crianças em Gaza não têm comida nem medicamentos. O seu destino é a morte. Nos dias 26 e 27 de Novembro os nazis de Telavive executaram à bomba 50 crianças cujos corpos destroçados foram recuperados. Há pelo menos 12 corpos de crianças aprisionados nos escombros dos prédios de habitação que foram bombardeados e destruídos nos últimos dois dias.

Philippe Lazzarini, comissário-geral da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) declarou que morreram mais crianças na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023 do que em todas as guerras que eclodiram em todo o mundo nos últimos anos. Mais de 15.000 crianças foram mortas pelos nazis de Telavive na Faixa de Gaza, desde o início do genocídio na Palestina. 

A directora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, denunciou a mortandade na Faixa de Gaza nestes termos: “Milhares de pessoas ficaram feridas e milhares estão à beira da fome, a maioria é de mulheres e crianças”. A ONU Mulheres disse ao mundo: “Uma criança é ferida ou morre de dez em dez minutos na Faixa de Gaza. Mais de dez mil mulheres foram mortas em Gaza desde o início da guerra. Destas, seis mil deixaram 19 mil crianças órfãs”. Os médicos que ainda não foram mortos na Faixa de Gaza alertam para outra tragédia: Milhares de crianças foram amputadas de uma ou das duas pernas devido aos bombardeamentos de Israel”.

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Netanyahu sonha com um Israel maior, mas seu próprio mundo encolheu

O mandado de prisão do TPI pode encorajar os tribunais nacionais a usar a jurisdição universal para processar crimes de guerra israelenses.

Moncef Khane* | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Em 21 de novembro, a Câmara de Pré-Julgamento do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou que havia emitido mandados de prisão para o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, seu ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o comandante militar do Hamas Mohammed Diab Ibrahim al-Masri, também conhecido como Deif, que Israel diz ter sido morto em combate.

Levou seis meses para a Câmara Pré-Julgamento tomar uma decisão sobre o pedido de mandados de prisão do Promotor Karim Khan, e levou nada menos que oito meses após 7 de outubro de 2023 para protocolar as petições para esses mandados. Antes disso, levou quase sete anos para a antecessora de Khan, Fatou Bensouda, iniciar uma investigação sobre supostos crimes de guerra israelenses na Palestina desde 2014. Dado o grau e a escala dos crimes de guerra em Gaza antes e depois de 7 de outubro de 2023, a lentidão do TPI é difícil de entender ou aceitar.

A Câmara Pré-Julgamento indicou que tinha “motivos razoáveis ​​para acreditar que o Sr. Netanyahu e o Sr. Gallant têm responsabilidade criminal pelo crime de guerra de fome como método de guerra”.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

Uma Nação em Negação: Reformular Velhas Fantasias Não Salvará Israel

Ramzy Baroud* | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Como essa multidão é motivada por ideologias religiosas extremistas, eles são incapazes de aceitar qualquer forma de pensamento racional, mesmo aquele que emana de figuras sionistas respeitadas dentro de Israel.

A frase paradoxal "fugindo para a frente" é uma das descrições mais adequadas para ilustrar o estado atual dos assuntos israelenses.

Parece que tudo o que Israel fez no último ano ou mais é uma mera tentativa de negar, distrair ou escapar de cenários futuros iminentes — todos eles sombrios.

De fato, o ano passado provou repetidamente que a supremacia militar de Israel não é mais capaz de vencer guerras ou decidir resultados políticos.

Além disso, o genocídio em Gaza e o rápido roubo de terras palestinas na Cisjordânia expuseram, como nunca antes, a face feia do colonialismo de assentamento sionista. Somente aqueles que são totalmente doutrinados ou não estão prestando atenção ainda argumentam que Israel representa qualquer tipo de ideal moral ou é uma “luz para as nações”.

Cessar-fogo no Líbano já em vigor. Beirute celebra mas ameaça mantém-se

Durante os próximos dois meses, e se todos cumprirem a sua parte, conflito entre Israel e Hezbollah viverá momentos mais tranquilos.

Já está em vigor o cessar-fogo no Líbano. Desde as 4 horas desta quarta-feira (menos duas horas em Lisboa) e durante os próximos 60 dias vigorará a paz entre Israel e o movimento xiita libanês Hezbollah.

A notícia foi inicialmente avançada por Benjamin Netanyahu, após uma reunião com o Gabinete de Segurança de Israel, dando conta que o objetivo desta pausa seria o foco na frente iraniana, para refrescar a força militar e o equipamento e para isolar o Hamas.

A proposta - que exige que o Hezbollah ponha termo à presença armada no sul do Líbano, enquanto as tropas israelitas devem regressar ao outro lado da fronteira - foi mais tarde apresentada em Conselho de Ministros de Israel e aprovada, mas sob a ameaça de que Israel manterá a "liberdade de ação" se o Hezbollah violar o compromisso.

segunda-feira, 25 de novembro de 2024

As Caravelas do Senhor Vasco -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A vice-presidente das Filipinas foi presa porque queria matar o presidente. Atenção, muita atenção. No congresso extraordinário do MPLA agora em Dezembro incluam como ponto extra, a extinção do cargo de Vice-Presidente da República. Temos de proteger o nosso deus na terra de todos os perigos reais, irreais e imaginários.

A intrigalhada e desinformação triunfaram sobre o Jornalismo mas a culpa não é dos falsificadores, desinformadores e intriguistas. É exclusivamente dos jornalistas angolanos. Puseram a circular que Joe Biden só vai pôr os pés em Luanda porque João Lourenço mandou libertar dois israelitas burlões, julgados, condenados e a cumprir pena na prisão do Cavaco em Benguela. Não acredito. O filho de enfermeiro só manda prender. Libertar não é com ele.

Aproveito para informar que judeu é o seguidor de uma religião, o judaísmo. Não é uma nacionalidade. Os nacionais da Israel são israelitas. E há por lá seguidores de todas as religiões. Nenhum merece o governo de nazis, dirigido por Benjamim Netanyhau, declarado autor de crimes contra a Humanidade pelo Tribunal Penal Internacional, que emitiu o competente mandado de captura. Em gesto solidário, o Presidente João Lourenço devia convidá-lo para uma visita de Estado. Os amigos são para as ocasiões.

Joe Biden é farinha do mesmo saco. Os milhares de mortos, sobretudo mulheres e crianças, na Palestina, Líbano e Síria são de sua autoria. Ele é o verdadeiro assassino. O genocida. O criminoso de guerra. Benjamim Netanyhau é apenas o carrasco que cumpre as sentenças emitidas pela Casa dos Brancos.

domingo, 24 de novembro de 2024

TRIBUNAL DE POSTO E PALMATÓRIA -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

A sociedade colonial era suportada pelo latrocínio, a desumanização e a injustiça. Nos velhos tempos coloniais Angola era um imenso campo de concentração para os angolanos negros, que não tinham qualquer direito, nem à vida. A justiça era no posto administrativo. Os juízes eram chefes de posto, administradores e intendentes. Além de condenação à prisão arbitrária esses tribunais podiam sentenciar as vítimas com palmatoadas, chibatadas nos dorsos nus, trabalhos forçados e à morte. Uma criança que vê desaparecer seus companheiros de brincadeiras porque foram levados para trabalharem na granja do chefe de posto ou nas estradas esburacadas, fica revoltada. Odeia o sistrema. Repudia as injustiças.

Cresci neste ambiente e em mim cresceu o ódio às injustiças que dura até hoje. Foi a injustiça que me levou a lutar contra o colonialismo, sob a bandeira do MPLA. Dei o meu contributo ao nascimento de Angola Independente. Ajudei como pude Diógenes Boavida e Agostinho Neto a lançarem os alicerces da Justiça. Eles apostaram na construção de um Estado de Direito no regime de Democracia Popular. A criação da primeira Faculdade de Direito na Universidade Agostinho Neto foi um marco no edifício do Poder Judicial. Garcia Bires e Fernando Oliveira foram os construtores. Do zero chegámos longe. Muito longe. Mas em 2017 retrocedemos. E o retrocesso continua, imparável.

Hoje temos em Angola tribunais ao estilo do chefe de posto e sentenças muito parecidas, ainda que a chibata e a palmatória sejam mais sofisticadas. Os ocupantes do Poder matam sem dó nem piedade a Honra, o Bom Nome, a Consideração Social de quem não se submete. Como têm à disposição os Media do sector empresarial do Estado, verdadeiramente os que contam, a palmatória é a TPA e a RNA, a chibata o Jornal de Angola. Os trabalhos forçados foram substituídos por exílios forçados. As prisões arbitrárias avançam imparáveis sem que a sociedade solte um grito de revolta.

Noite de sexta-feira. A TPA incluiu na sua tortura das 20 horas uma sentença do chefe de posto e uma condenação de sipaio. Infringiu uma pena de chibatadas e palmatoadas. Isabel dos Santos foi a sentenciada. Mas a sentença veio da embaixada britânica em Luanda. O juiz foi o ministro das relações exteriores do Reino Unido. O chefe Miala e a sua criadagem apenas cumpriram ordens dos patrões em Londres.

Revendo a 'Guerra' – Líderes árabes traem Gaza, segundo Bob Woodward

Robert Inlakesh* | Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

Embora o livro ofereça alguns insights que podem ser valiosos para uma análise mais ampla do genocídio em andamento em Gaza, ele é claramente tendencioso em muitos aspectos.

O best-seller internacional "Guerra", do veterano jornalista Bob Woodward, pinta um quadro condenatório dos regimes árabes e indica seu desejo de ver o grupo palestino Hamas derrotado; no entanto, o conteúdo do livro como um todo lança algumas dúvidas sobre a veracidade das alegações feitas e citações atribuídas aos líderes.

O livro, War, fornece o que poderia ser uma visão importante sobre o funcionamento do gabinete do presidente dos EUA, Joe Biden, especificamente no que se refere a Gaza. Embora forneça citações de altos funcionários de todos os governos alinhados ao Ocidente do mundo árabe, o contexto em que foram escritas e para pintar qual imagem levanta algumas questões sobre a narrativa apresentada.

A leitura de 77 capítulos leva você por uma jornada na administração Biden e imediatamente assume uma abordagem muito crítica a Donald Trump. Ela passa pelo ataque de 6 de janeiro ao Capitólio dos EUA, bem como pela guerra na Ucrânia e uma variedade de outras questões antes de chegar à ofensiva liderada pelo Hamas em 7 de outubro contra Israel.

Israel mata 20 no centro de Beirute; Centenas fogem de Shujayea, na Cidade de Gaza

Mersiha Gadzo ,  Alma Milisic  e  Urooba Jamal | Al jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Forças israelenses emitem novas ordens de evacuação para Shujayea, na Cidade de Gaza, levando centenas de palestinos a fugir após um dia em que 38 pessoas foram mortas no enclave.

O número de mortos no ataque de Israel ao centro de Beirute subiu para 20, enquanto os socorristas continuavam a vasculhar os escombros em busca de sobreviventes. Pelo menos 66 outros ficaram feridos.

Milhares de israelenses foram às ruas de Tel Aviv, pedindo um acordo de trégua depois que o Hamas disse que uma mulher prisioneira foi morta no bombardeio implacável de Israel no norte de Gaza.

O genocídio de Israel em Gaza matou pelo menos 44.211 palestinos e feriu 104.567 desde 7 de outubro de 2023. Estima-se que 1.139 pessoas foram mortas em Israel durante os ataques liderados pelo Hamas naquele dia, com mais de 200 feitas reféns.

sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Indesculpável 11 de Setembro em Gaza -- Artur Queiroz

Artur Queiroz*, Luanda

Todo o tempo é feito de mudança. Mudam-se os tempos e mudam as vontades. Naquele tempo fui muito criticado por me recusar a participar no “movimento de rectificação”. Como dizia o pai da minha amiga Paula Furtado, ilustríssima magistrada e jurista, as cambotas dos motores é que são rectificados! Fiquei como sempre e cumpri o juramento que fiz aos 18 anos quando Gilberto Saraiva de Carvalho me mobilizou para o MPLA. Nessa altura fiquei a saber que quem saía era traidor ou desertor. 

Nunca saí. Mesmo quando nasceu o MPLA-Partido do trabalho, marxista-leninista. Sendo um libertário convicto, não aceitei a nova orientação porque estava a excluir muita gente que sendo nacionalista e revolucionária, não era marxista nem leninista. Excluir camaradas, nunca! Não saí do MPLA. A direcção do movimento é que saiu de mim. Fiquei à espera de melhores dias. 

Em 1991 o MPLA voltou às origens. Portas abertas a todos os que não éramos marxistas-leninistas. Dirigentes do partido deram-me missões que cumpri. Como sempre. Apesar de ser visceralmente anticapitalista. 

Quando do Palácio da Cidade Alta sopram ventos de um neoliberalismo acéfalo, assassino, esperava que a direcção do MPLA travasse a escalada reacionária. Quando em 2017 o Presidente João Lourenço e a sua equipa começaram a revelar tiques inquietantes de extrema-direita, esperava que pelo menos uma parte da direcção tomasse posição. Silêncio cúmplice ou cobardia, escolham.

A “administração” João Lourenço está notoriamente alinhada com a Internacional Fascista. Já não é apenas conversa. São factos. Primeiro e mais grave é o desprezo desumano para com as camadas mais pobres da sociedade angolana. Os fascistas odeiam os pobres e cospem nos que vivem na pobreza extrema. Começam a surgir homens e mulheres “providenciais” cada um mais fascista do que o outro É uma disputa entre a criadagem do poder para ver quem agrada mais ao chefe Miala, o presidente-sombra e verdadeiramente quem manda em Angola. Sobretudo nos Media públicos.

terça-feira, 19 de novembro de 2024

Da guerra às taxas sobre os super-ricos. O que disse Montenegro no G20

Um dos anúncios do primeiro-ministro português foi a realização de uma cimeira luso-brasileira, em fevereiro do próximo ano, no Brasil.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, participa esta terça-feira no último dia da cimeira do G20, que se realiza no Rio de Janeiro, no Brasil.

No primeiro dia, as discussões dos chefes de Estado e de Governo estiveram centradas na inclusão social e na reforma das instituições de governação global. Hoje, o grupo vai debater temas como o desenvolvimento sustentável e a transição energética.

O arranque da cimeira do G20 do Rio de Janeiro ficou marcada pelo lançamento da Aliança contra a Fome e Pobreza, pelo presidente Lula da Silva. Portugal aderiu à mesma como fundador e anunciou um "contributo inicial" de cerca de 300 mil dólares, qualquer coisa como 284 mil euros anuais até 2030, o que corresponde a 10% das despesas administrativas de funcionamento da iniciativa.

Para Luís Montenegro, o lançamento desta Aliança, "representa um sinal de inconformismo e da vitalidade do multilateralismo, bem como do valor do diálogo e da cooperação internacional para enfrentar desafios comuns e de natureza global".

"Contem connosco para contribuir para um mundo mais solidário, justo e próspero, que não 'deixa ninguém para trás'", acrescentou sobre o tema.

Além desse anúncio, Luís Montenegro aproveitou anda para divulgar a realização de uma cimeira luso-brasileira em fevereiro do próximo ano, no Brasil, e uma nova visita a este país, em data a acertar.

Para o Chefe de Governo português esta cimeira é mais um exemplo que a interação entre Portugal e Brasil "está mais viva que nunca" e que, para além das ligações culturais, históricas e das parcerias económicas, a ligação entre os dois países tem uma dimensão humana "verdadeiramente notável".

domingo, 17 de novembro de 2024

Pelo menos 72 mortos em ataque israelense no norte de Gaza, Beirute é atingida novamente

Mersiha Gadzo  e  Alma Milisic | Al Jazeera | # Traduzido em português do Brasil

Um ataque israelense a uma torre residencial em Beit Lahiya, norte de Gaza, matou pelo menos 72 pessoas, diz o Escritório de Mídia do Governo de Gaza. A defesa civil diz que suas equipes não conseguem chegar à área, e que dezenas de outras pessoas estão feridas e presas sob os escombros.

As forças israelenses continuam a bombardear Dahiyeh, em Beirute, enquanto as autoridades libanesas relatam 145 ataques israelenses em todo o país no último dia.

O Hezbollah do Líbano continua trocando tiros com os militares israelenses, lançando dezenas de mísseis e drones contra bases militares israelenses e atingindo uma sinagoga na cidade de Haifa.

O genocídio de Israel em Gaza matou pelo menos 43.846 palestinos e feriu 103.740 desde 7 de outubro de 2023. Estima-se que 1.139 pessoas foram mortas em Israel durante os ataques liderados pelo Hamas naquele dia, e mais de 200 foram feitas prisioneiras.

No Líbano, pelo menos 3.452 pessoas foram mortas e 14.664 ficaram feridas em ataques israelenses desde o início da guerra em Gaza.

Ler/Ver na página original de AlJazeera

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