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quarta-feira, junho 11, 2008

estes jornalistas são uns cromos do pior

longe vai o tempo em que o jornalismo era uma profissão respeitável, em que a informação era pertinente e reflexiva, em que se noticiavam factos. actualmente o jornalismo vende-se aos lobbies e à pressão das tiragens, grande parte do espaço é ocupado com não-notícias, com especulações, com disparates. os jornalistas do semanário sol, num rasgo de génio que certamente dará lugar a um pulitzer, acabam de promover a cerveja a bem de primeira necessidade. o sol online acha que um dos aspectos preocupantes da paralisação dos camionistas é a previsível falta de cerveja, nos locais de venda, para comemorar as vitórias da selecção. isto no corpo do artigo, porque lendo só o título fica-se com a sensação que essa falta já é efectiva. jornalismo do mais alto gabarito, sem sombra de dúvida.

sábado, junho 07, 2008

futebol

a bola já rola nos relvados da suiça. finalmente. prometi a mim mesmo que não escreveria sobre o europeu, no und3rblog, enquanto ele não começasse. [por-tu-gal!, por-tu-gal!] a overdose nos media tem sido ridícula. até parece que o governo pagou a todos os orgãos de comunicação social para só falarem de futebol e da selecção. estou a imaginar uma carta, com a chancela do gabinete do primeiro ministro, a pedir (ou ordenar) que esqueçam a crise alimentar mundial, os preços dos combustíveis, as gaffes dos ministros, os problemas laborais e outros que tais. o mundo ficou reduzido a uma bola cheia de ar que circula de pé em pé até entrar (ou não) numa baliza. [por-tu-gal!, por-tu-gal!] desde o início da semana, foi notório o crescer do orgulho deste povo no país de que normalmente apenas sabe dizer mal. as bandeiras começaram a ser expostas, primeiro nas janelas, timidamente, depois nos automóveis, em catadupa. na quinta-feira já podiam ser vistos a circular com uma desfraldada de cada lado. a caminho de casa com a minha filha, proferi uma frase qualquer de crítica, a que ela me respondeu que aquilo é que eram portugueses a sério. [por-tu-gal! por-tu-gal!] portugueses a sério são aqueles que diariamente dão o seu melhor para que este país vá para a frente, com o seu trabalho, com o seu empenho, com o seu exemplo, respondi-lhe eu. [por-tu-gal! por-tu-gal!] não sei porquê, é um dos mistérios da existência, futebol+cerveja é uma das combinações mais perfeitas que existem. também na quinta-feira, abasteci o frigorífico cá de casa, a contar com os jogos de hoje. agora, com licença, que vou beber uma e ver como estão as equipas da suiça e da república checa, pois disso depende a felicidade deste país na próxima semana. por-tu-gal! por-tu-gal! por-tu-gal!

terça-feira, março 11, 2008

vai na volta ainda descobrem que a hilária é prima do menezes

já era suficientemente mau que a campanha de hillary clinton tivesse lançado este vídeo, com uma mensagem tipo bush. o que não se esperava era que as imagens da cândida criança que dorme tranquilamente tivessem sido filmadas há nove anos atrás para uma campanha publicitária de uma empresa ferroviária e que a jovem casey knowles, hoje com 17 anos, viesse declarar publicamente coisas do tipo "o anúncio o que vende é medo, recorre a algo fácil, barato. realmente prefiro a mensagem de obama, de olhar com ilusão para um futuro brilhante" ou "é realmente irónico que a minha imagem seja utilizada para defender a causa de hillary, quando eu não a defendo".

quarta-feira, março 05, 2008

hoje, só hoje


o público recorda-nos hoje o que este país e os seus habitantes mudaram nos 18 anos de existência do jornal, num caderno p2 de colecção. hoje, voltou a valer a pena ler o jornal que durante tantos anos me serviu de referência. o pior é que amanhã já não.

sábado, janeiro 26, 2008

trivia

leio poucos jornais. leio principalmente o público à sexta-feira, porque vem de oferta com o ípsilon.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

não sei se é verdade, mas gosto da ideia

o cérebro humano está mais activo quando se dorme do que quando se vê televisão. li isto algures, sem qualquer base científica, e achei que sim.

sexta-feira, janeiro 04, 2008

afinal ainda há esperança para 2008

o quinto canal de televisão generalista, para fazer concorrência à sic(k), à tvI (de idiota) e à rtp, é só para o primeiro semestre de 2009.

volta 2007, estás perdoado

eles matam-se no quénia, matam-se no paquistão, continuam a matar-se no iraque, na palestina, aqui e ali, anula-se o lisboa-dakar. a cereja no topo é a perspectiva de um novo canal de televisão generalista a fazer concorrência à sic(k), tvI (de irritante) e rtp. assim, de chofre, para nos retirar imediatamente a ilusão de que algo mudou para melhor.

domingo, novembro 04, 2007

a escola, a família, o ranking e o resto da sociedade

não deixa de ser interessante esta discussão que anda na blogosfera sobre o ranking das escolas. confesso que, ao contrário da maioria dos bloguers, não consultei a tabela e não imagino em que posição se encontra a "minha" escola. e parece-me que isso é de todo irrelevante. não foi a escola que me despertou para o saber. ou estava nos meus genes, ou foi o contexto familiar que teve esse mérito. dos professores que tive, ficaram 3 ou 4 figuras de referência ao longo de 12 anos de percurso, porque da faculdade não ficou nenhuma. 3 ou 4 professores, entre as várias dezenas que tive, que me estimularam o pensamento autónomo e contribuiram para que gostasse de aprender. não me parece que tivesse sido diferente num outro contexto.

no debate escola pública vs escola privada, não tomo posição. de um e outro lado há boas e más escolas, há bons e maus professores. com clientela seleccionada é mais fácil trabalhar e obter bons resultados, isto parece-me óbvio. e parece-me óbvio também que toda esta suruba tem como único fim abrir caminho para a privatização em massa das escolas. mais uma vez se cai no erro de que gestões privadas são melhores, por definição, do que gestões públicas.

mas voltemos ao contexto. sempre tive colegas de todos os estratos sociais e não creio que crescer numa redoma de ambiente social seleccionado contribua em alguma coisa para o sucesso do indivíduo. conviver com a pluralidade, sim. ter a noção da diversidade de ambientes familiares, tomar consciência das assimetrias sociais. não acredito em castas nem em elites, seja qual for o parâmetro em consideração.

sendo filho de professores e casado com uma, conheço demasiado bem o meio para me permitir avaliações generalistas da classe profissional. provavelmente, em vez de estarmos a discutir a escola, deveriamos antes estar a discutir a família e as condições que são proporcianadas pela sociedade para que exerçam as suas funções educativas. a escola não se pode substituir à família e não pode nem deve ser-lhe exigida a responsabilidade de, além da formação académica, formar também cívica e pessoalmente os indivíduos em crescimento. vejo uma nova geração crescer sem perceber que não pode haver liberdade sem responsabilidade, e isso deve-se principalmente à família e às políticas educacionais que não deixam a escola dar-se ao respeito, veja-se o novo estatuto do aluno. enquanto a retenção de um aluno (que não é mais que um eufemismo para o clássico chumbo) exigir um processo burocrático com produção de muitas páginas de documentos e a aceitação tácita por parte dos encarregados de educação, será muito difícil a escola exercer efectivamente as funções que lhe são exigidas. denegrir publicamente a imagem da classe docente, como este ministério tem feito, também não contribui em nada para que o sistema funcione com qualidade.

é na família que se devia centrar esta discussão, e, de forma mais alargada, nos valores sociais. não se pode exigir que a escola seja um reduto de boas práticas, quando todo o resto da sociedade valoriza mais a forma do que o conteúdo individual. o apelo ao sucesso fácil e a projecção social de personalidades ocas, que os media levam a cabo, são maus exemplos para jovens em fase de crescimento. cabe à família desmistificar estes fenómenos e dar sólida formação de valores, mas para isso é preciso tempo, e as exigências sociais, centradas na produtividade ilimitada e na ilusão do bem estar eterno e da vaidade social, não deixam esse tempo disponível. para quando um ranking de famílias?

domingo, outubro 28, 2007

descubra a diferença

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as imagens que se reproduzem acima têm uma diferença. além das óbvias diferenças de ampliação e de gama de cores, a imagem do direita foi manipulada por uma revista francesa de grande circulação. a fotografia da esquerda foi a que foi captada pela objectiva do fotógrafo, a da direita a que foi publicada e vista por muitos milhares de cidadãos franceses. a diferença é subtil. se observarem bem, na foto da direita falta o pneu de banha logo acima do cós dos calções de sarko. modificando uns pixels, prolonga-se o negro do encosto lombar e redesenha-se a silhueta de sua excelência o presidente da república francesa. a necessidade de vender políticos aplicando as leis de formatação social da publicidade e da manipulação de massas está para ficar. redesenham-se silhuetas da mesma maneira que se acentuam texturas e nuances cromáticas labiais em anúncios onde se quer evidenciar os sinais biológicos do desejo feminino. a grande diferença está nos contornos morais da(s) questão(ões). se manipular para aumentar as vendas de um produto com vista ao aumento dos lucros é relativamente aceitável, e o funcionamento do mercado torna inquestionável, vender políticos já apresenta contornos morais mais que duvidosos. a exploração, por parte dos acessores de imagem, de factores de adesão subliminares, não é novidadade no mundo da política. A fotografia oficial do candidato há muito que é retocada, estudada ao pormenor, e as possibilidades de manipulação da imagem oferecidas pelas aplicações informáticas são ferramenta utilizada frequentemente na optimização do produto final. mas perante isto, torce-se o nariz, não se concorda muito, mas passa-se à frente. a passagem dessa manipulação para a imprensa é que já é mais preocupante. um sinal dos tempos, sem dúvida. tempos em que a actividade política serve interesses dissimulados, para não dizer obscuros, e em que o cidadão, o eleitor, é encarado como matéria moldável. até que ponto é que somos livres?

terça-feira, outubro 09, 2007

o triunfo dos porcos

José Rodrigues dos Santos foi suspenso de funções e será alvo de um processo disciplinar para o seu despedimento. Em causa estão as declarações do pivot numa entrevista ao 'Público' e um artigo publicado no 'Diário de Notícias' sobre o tempo em que foi director de informação da RTP e as interferências governamentais no canal do Estado.

rodrigues dos santos disse apenas o que todos já sabíamos. a administração da r.t.p. confirma, ao tomar esta posição. quem fôr muito tapadinho que acredite nessa história da carochinha da vitimização e da necessidade de protagonismo. e eu pergunto: não estão fartos desta gente cinzenta a tomar-nos por parvos e a tapar o sol com a peneira?

sábado, outubro 06, 2007

how to get sick

a sic fez 15 anos. para comemorar, uma parada que vejo por breves momentos. foram demais. o leão branco do circo cardinalli não era o único bicho raro a desfilar. as "estrelas" da estação são muito mais raras do que o leão. duvido que haja muitos profissionais de televisão assim tão imbecis. as televisões não são como as pessoas, que vão ficando mais inteligentes à medida que crescem. pelo menos algumas. recordo-me da lufada de ar fresco que foi a sic quando apareceu. actualmente não é nada, a não ser uma parada de imbecilidades. a tvi, pelo menos, é assumidamente pimba. a sic nem isso.

domingo, julho 29, 2007

contributos para uma silly season de qualidade

brothers & sisters, sextas à noite depois das notícias, na r.t.p. 2


domingo, julho 08, 2007

internet killed the t.v. stars

deixemo-nos de tretas, o live earth foi um acontecimento para ser seguido na net e ponto final. na net, podiamos saltar de palco para palco, ver o que nos interessava e sermos poupados ao desfile de estrelas, estrelinhas e serpentinas com que a rtp nos agraciou. é verdade que eles não controlavam os tempos de emissão em directo, mas a maratona televisiva foi uma merda. assim, sem tirar nem pôr uma letra. a maior parte dos convidados foi desinteressante, não disse uma frase que se aproveitasse, os apresentadores foram desinteressantes, com excepção da silvia alberto, que por uma ou duas vezes tinha tido razões mais que suficientes para fulminar o malato em directo. ninguém lhe levaria a mal. na net é que se esteve bem, como, aliás, já se vem tornando hábito.

festa na aldeia

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ontem houve festa na aldeia. duas festas, para ser mais preciso. quero desde já deixar bem expresso o meu desagrado por termos sido vítimas de um logro. disseram por aí que o dia 07/07/07 ia ser o dia em que lisboa seria o centro da aldeia, com a festa das 7 maravilhas, mas depois os americanos e os ingleses, cheios de inveja, inventaram à pressa uma festa nos seus bairros, só para estragar a festa de lisboa. ainda por cima disfarçaram a coisa convidando outros bairros, de maneira a que lisboa passasse perfeitamente despercebida. duas festas globais. uma dedicada ao património cultural edificado, que nos foi deixado pelas gerações passadas, outra dedicada ao património natural, muito mais antigo, e muito mais necessário para as gerações futuras. não é de estranhar, pois, que uma tenha sido uma festa televisiva clássica, enquanto que a outra foi principalmente um net-event, que a rtp tentou, mal e porcamente, acompanhar. falou-se muito, blá blá blá, ficamos a saber quais as estrelas do nosso bairro que fecham a água quando têm shampoo nos olhos, quem é que separa as garrafas de cerveja das latas de cerveja. de repente toda a gente tinha uma dica para dar.

a festa das maravilhas, foi um bocado para o pirosa, com aquela gente quase toda a cantar em playback. alguém devia avisar o josé carreras que não tem jeito nenhum para a coisa. houve uns efeitos giros, tipo cerimónia dos jogos olímpicos, o fogo de artifício que se impunha e o anúncio das maravilhas, as do bairro e as da aldeia. as do bairro até foram bem distribuídas (é para estas coisas que serve a ironia). 6 para a região de lisboa e uma para o berço da nacionalidade. 3 mosteiros, 2 castelos, 1 palácio e 1 anexo que ninguém sabe bem para o que serve ou serviu. já as da aldeia, ficaram bem espalhadas. concordo perfeitamente com o taj mahal e com petra, com a muralha que se vê do espaço e com machu-pichu, até com o coliseu e a outra pirâmide do méxico, mas o crucifixo do rio de janeiro... é que não tem nada a ver! então e as estátuas da ilha da páscoa? então e o alhambra?

a festa do planeta foi um bocado confusa. muito sinceramente, não vi consciência ecológica nenhuma. até a minha filha de 13 anos reparou que os gajos estavam a gastar bué da energia. já se calculou o impacto negativo que este live earth teve no efeito de estufa? as emissões de co2 devem ter sido qualquer coisa! foram 24 horas de luta (lá está ela outra vez, a ironia). para ser uma coisa a sério, deveriam ter feito como nos encontros da rainbow family of the living light. enormes concertos acústicos à luz de fogueiras. passei o tempo a tentar perceber até que ponto os figurões, os do bairro e os da aldeia, estavam ali por acreditarem verdadeiramente e estarem dispostos a participar numa mudança de atitudes e de hábitos, ou apenas a promoverem o figurino que os embrulha. ao menos nesta parte, a festa das maravilhas foi mais autêntica. era figurino e ponto, sem complexos nem falsas consciências. e depois, o al gore não é o bob geldof, o planeta agonizante não é tão apelativo como as crianças pretinhas agonizantes e com moscas nos olhos, e a coisa não tem piada sem o bono, que é o gajo mais porreiro da aldeia.

foto: full moon party at the rainbow gathering of the tribes, croatia, 2004, pilhada daqui

sexta-feira, junho 01, 2007

tiro certeiro

farto de aturar o markl nas manhãs da 3, voltei a ouvir com mais frequência a t.s.f., a única chatice é ter que aguentar com os blocos publicitários. em termos de humor, os "cromos t.s.f." são mil vezes superiores ao markl, e ainda se ouvem algumas crónicas de qualidade, como a da joana amaral dias. a crónica de hoje, sobre a greve geral, teve um final de mestre, qualquer coisa do género: se, como afirmou alguém do governo, esta greve pouco teve de geral, é bom dizer-se que este governo pouco tem de democrático e absolutamente nada tem de socialista.

quinta-feira, maio 24, 2007

por favor avisem a skynews

mais de 800 crianças e jovens desapareceram no reino unido desde o dia 3 de maio, quando foi reportado o desaparecimento de madeleine mccann. este número foi divulgado pelos responsáveis da linha de apoio national missing person's helpline, que vieram a público chamar a atenção para a diferença de tratamento, em termos de cobertura mediática, atenção popular e importância dada por "notáveis", entre esses casos e o da menina que a polícia portuguesa crê ter sido raptada do apartamento de férias dos pais no the ocean club da algarvia praia da luz.
notícia no d.n.

tinha decidido não me referir ao caso madeleine, mas depois da campanha difamatória que alguns orgãos da comunicação social inglesa fizeram em relação à actuação da polícia portuguesa, não resisto.

quinta-feira, abril 26, 2007

parabéns antena 3

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a rádio que melhor serviço público faz neste país, faz hoje 13 anos. parabéns antena 3. pelos 13 anos de existência, pelo papel fundamental que tem tido no apoio à actual música portuguesa de expressão urbana e por ainda apostarem em programas de autor nesta era das malfadadas playlists. como registo, aqui ficam 13 dos mais interessantes projectos portugueses que conheci através da antena 3, muitos deles ainda em maquetes, quando eram (alguns ainda são) desconhecidos do grande público. por ordem alfabética.

domingo, abril 22, 2007

serviço público

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isto sim, é serviço público. a rtp disponibiliza online todos os episódios do excelente "portugal, um retrato social" de antónio barreto. para ver e rever aqui.

segunda-feira, março 26, 2007

coisas q'a gente quase não acredita #2

41% dos espectadores da r.t.p. estão a precisar de alguém que lhes diga o que hão-de pensar, como agir e como se comportar. o que podem ler e o que podem ver. e alguém que os torture e lhes limpe o sebo quando pisarem o risco. este país não tem vergonha na cara. não deixa de ser estranho que a r.t.p. não assuma a palhaçada até às últimas consequências e não divulgue no site do programa os resultados finais, mas sim os resultados de uma eurosondagem que dá a vitória ao gajo que batia na mãe.