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quinta-feira, maio 01, 2008

a história das coisas

várias verdades inconvenientes. embora seja de origem norteamericana, aplica-se a nós como uma luva. são 21 minutos didácticos de reflexão sobre o nosso sistema actual de consumo, que acaba por condicionar toda a organização social. e as relações internacionas também. poderão dizer que não é bem assim, que as ideias vinculadas não estão totalmente certas, mas parece-me bastante aproximado. desapaixonado, pragmático e não panfletário. bom para reflectir neste 1º de maio, que se quer dos trabalhadores. e das pessoas por detrás desses trabalhadores. algures na história houve uma preversão do sentido do trabalho. quando é que deixámos de trabalhar para a comunidade e passámos a trabalhar para alguns indivíduos? quando é que os pratos da balança se desequilibraram? este documentário devia ser mostrado nas escolas aos nossos adolescentes, seguido de conversa alargada, debate. mas quem controla hoje em dia a escola e as ideias que devem ou não devem ser vinculadas? interessa mesmo fazer das gerações futuras seres conscientes, informados, participantes, ou interessa esconder parte da verdade, parte do sistema? o velho das botas, que caiu da cadeira há uns anos atrás, é que dizia qualquer coisa do género: quanto mais culto um povo, mais difícil de governar.




agradeço à idadedapedra por me ter conduzido até ao vídeo.

quinta-feira, dezembro 20, 2007

quarta-feira, dezembro 12, 2007

somos uma espécie admirável

sempre vivi este dilema entre o encanto e o desencanto com o bicho-homem, a sua essência, o seu ser biológico, capaz do melhor e do pior. acabámos por criar complexas redes de organização em grupo, tribos que se entrelaçam com outras tribos, que partilham o habitat embora não partilhem muitos dos comportamentos. uma verdadeira inovação biológica. tão complexa é a nossa organização em grupos, e tão interdependente, que os grandes agrupamentos humanos contêm verdadeiras tensões em relação ao rumo do todo e ao (des)equilíbrio de forças entre tendências opostas ou transversais. o sistema, no fundo, somos nós todos, ninguém o controla, ninguém o define. segue o percurso resultante da soma de todos os vectores individuais. pode parecer estranho, mas isto vem a propósito do natal. ou melhor será dizer: isto vem também a propósito do natal. o mesmo encanto e o mesmo desencanto que referi acima. talvez poucos pensem nisso, mas esta é uma época de verdade, com inspiração nos sentimentos mais nobres e mais elevados de que somos capazes enquanto espécie. jesus, o homem que realmente existiu, que nasceu mais coisa menos coisa há pouco mais de dois mil anos, era um homem bom, justo, verdadeiro, conhecedor da nossa essência. sabia que para continuarmos a viver em grupo temos que domar o predador que há em nós. e nós somos uma espécie auto-predatória, uma das únicas de que há registo. jesus, dizia eu, passou à história como símbolo dos sentimentos mais puros e mais nobres de que somos capazes. e das acções também. é isto que deviamos estar a celebrar agora. o nosso lado mais luminoso, a inspiração que faz com que persigamos ideais de justeza, de solidariedade, de futuro partilhado. hoje não me vou queixar de todos os absurdos da realidade e não vou dizer o que está mal nesta maneira que engendrámos para festejar o natal. nem vou protestar contra os contornos quase pornográficos do apelo ao consumo desenfreado. quero continuar a sentir a magia infantil que olha para as luzes espalhadas pelas ruas das cidades com fascínio absoluto. somos, realmente, uma espécie admirável.

sábado, dezembro 01, 2007

kual krise?

isto é um resmungo. acabado de chegar do supermercado e de ver o meu povo comemorando o dia da restauração da independência e o mundial de luta contra a s.i.d.a., em família, compulsivamente consumindo, com aquele brilho alienado estampado nas pupilas. crise, qual quê? só se for de valores.

sexta-feira, agosto 03, 2007

compro, logo existo

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actualização descartável do velho aforismo de descartes. pensar e deitar fora, porque o pensamento já não confere status. cogito um pouco mais naquilo que vou comprar. ergo o cartão de crédito. sumo-me da vida pensante. consumo, consumo, consumo.

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barbara kruger, i shop therefore i am, fotolitografia em saco de papel, 1990, the museum of modern art, new york

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segunda-feira, junho 25, 2007

cidadão strikes back

numa sociedade cada vez mais agressiva economicamente, as técnicas de marketing directo têm evoluído duma forma quase absurda, constituindo actualmente autênticas invasões de privacidade. às horas mais impróprias, as empresas sentem-se no direito de telefornar-nos para casa e tentarem impingir-nos os seus produtos. as campeãs, pelo menos por estas paragens, parecem ser a portugal telecom e a tv cabo, se bem que os cartões de crédito se tenham vindo a esforçar arduamente para atingir o lugar cimeiro da tabela. igualmente, as caixas de correio são alvo sistemático de ataque, toneladas e toneladas de papel, algum da melhor qualidade, que vão directamente para reciclar, pelo menos cá em casa. às vezes tenho a impressão de que olham para mim, apenas como se fosse um conta bancária, obrigada a esvaziar-se para sustentar todo um mundo desumanamente absurdo. digo sempre que não estou interessado, com maior ou menor delicadeza conforme a disposição. como cidadãos actuantes e fazendo parte integrante da sociedade temos uma palavra a dizer e, porque não, trocarmos as voltas à lógica do sistema. duas dicas recebidas por e-mail podem ter alguma eficácia. para marketing telefónico, dizer apenas "um momento por favor" e irmos à nossa vida, deixando o telefone fora do descanso. deixarmos a empresa que nos telefonou gastar o máximo possível. para marketing via correio, particularmente para aquelas empresas que nos enviam um envelope rsf, é devolver o envelope, mas sem subscrever o serviço que nos tentam impingir. a empresa paga os portes, sem nenhum benefício. podemos dar largas à nossa imaginação e enviar nesses envelopes o folheto da pizzaria, publicidade recebida de outras empresas, tampas de iogurtes, lixo variado.

sexta-feira, junho 01, 2007

dia mundial da criança

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neste dia mundial da criança, muitas criancinhas vão ter mais um presentinho para juntar à pilha dos brinquedos esquecidos a um canto e vão fazer as suas birrinhas manipulatórias. encurralados entre as exigências dos seus meninos e a guerra comercial que transformou este dia em mais um dia para se oferecer uma coisa a alguém, os papás, com um brilhozinho tolo nos olhos, vão ficar a olhar para os seus meninos e a pensar que eles são a coisinha mais querida, mais linda, mais fofa e incrível que alguma vez viram. dos outros, dos meninos que cedo provam as agruras da vida e aprendem que ela nem é fácil nem justa, muito poucos se vão lembrar.

quinta-feira, maio 03, 2007

boas notícias

um glaciologista norte-americano alertou que o degelo no ártico pode acontecer já em 2020, 30 anos antes das piores previsões do painel intergovernamental para as alterações climáticas. isto dá-me alguma esperança, a mim que sempre quis ir ao pólo norte, mas não me estava a imaginar a andar dias e dias sobre o gelo. sei de fonte segura que as agências de viagens e os operadores de cruzeiros, preparam já para o verão de 2021 cruzeiros em paquetes e veleiros de luxo, com partida da costa norte da gronelândia e terminus na sibéria, com passagem pelo pólo norte. a mesma fonte revelou-me que uma equipa internacional de criativos está já ocupada com a concepção do ritual a ser seguido a bordo aquando da passagem, à semelhança do que acontece quando se cruza o equador. o dito ritual incluirá obrigatoriamente movimentos rotatórios descoordenados, de todos os passageiros e tripulação, simbolizando o que acontece às agulhas magnéticas das bússulas, além do habitual champanhe bem geladinho. vai ser uma festa!

terça-feira, dezembro 19, 2006

f3br3 de consumo

era o que eu suspeitava. está tudo louco a comprar, comprar, comprar. para consumidores compulsivos, o pimenta negra publicou ontem um inquérito que começa por fazer sorrir, mas o sorriso vai depois amarelecendo. e escusamos de falar mais de consumismo nos próximos tempos. está tudo dito.

domingo, dezembro 10, 2006

paralisia

este ano ainda não consegui fazer nenhuma compra de natal. estou como que paralisado nas margens, a olhar para a corrente. há quase que uma recusa. nos últimos anos tem sido progressivamente assim, cada vez mais o que me salta à vista é o consumismo acéfalo, a quadra em si esvaziada dos seus valores originais, o pai natal a esmagar o menino jesus...