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sexta-feira, janeiro 18, 2008

pics in space

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a sonda messenger enviou esta e outras fotografias para o planeta-mãe no passado dia 14. anda a messenger lá para os lados de mercúrio. se não me dissessem nada, eu diria que isto era a lua, o que me leva a afirmar que o espaço é um lugar muito monótono. mesmo assim, fico sempre fascinado com estas coisas.

foto pilhada do site da nasa

domingo, junho 03, 2007

the deep book

a natureza não pára de nos surpreender. estas imagens são retiradas do livro "the deep: the extraordinary creatures of the abyss", compilado por claire nouvian, uma jornalista, produtora e realizadora que se deixou encantar pela beleza dos seres das profundezas oceânicas. há quem diga que é o livro de fotografias sobre os oceanos mais belo de sempre. a julgar por esta pequena amostra das mais de 200 fotografias, acredito que sim. o site oficial do livro também é de um bom gosto irrepreensível. agradeço à idadedapedra pela dica.
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(clique nas imagens para as ver em tamanho grande)
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sexta-feira, março 30, 2007

lesão frontal ventromediana


tinha eu acabado de escrever, em comentário noutro blog, que não valia a pena fazer muito barulho à volta da vitória do "inominável" no último reality-show da r.t.p., era deixar morrer o assunto, e deparo-me com este cartaz, que deve corresponder ao execrável outdoor a que já tinha ouvido vagas referências, e pensei: os gajos estão mesmo a por as garras de fora. não pensei que o movimento pendular da história fosse tão rápido e que a memória fosse tão curta. talvez a extrema-direita portuguesa esteja mesmo com apetites de poder e a perder a vergonha e a reinvidicar exposição pública. em nome das regras democráticas e do princípio da liberdade de expressão, isto deverá ser tolerado, mas a principal fraqueza da democracia em sentido lato é que dá espaço para que os seus inimigos cresçam no seu seio, os exemplos a nível mundial são inúmeros. um problema insolúvel, pois a negação da liberdade de expressão fere de morte, à partida, a própria democracia. resta a confiança num povo esclarecido,que já se provou que não somos, numa cultura de vivência democrática interventiva e activa que já se provou que não temos também. fico preocupado.

fico preocupado quando se veiculam estas mensagens que vão contra o mais básico dos bons-sensos. imagino a humilhação que qualquer imigrante (que trabalha neste país e que contribui mais para a economia nacional do que estes betinhos engravatados, como o da foto), sente ao se deparar com isto em tamanho gigante. fico preocupado também com o texto que acompanha o cartaz no site do partido. quem quiser dar-se ao trabalho, vá lá e veja com os seus próprios olhos defender-se que só é português quem tiver pai e mãe portuguesa, que se acabem as políticas do reagrupamento familiar, que estudantes estrangeiros devem voltar ao seu país de origem mal terminem os estudos e que se termine com a livre circulação de pessoas e bens dentro da europa.

lembro-me, a propósito, do recente artigo de antónio damásio na "nature" em que se comprova que os doentes cujo córtex frontal ventromediano (zona do cérebro situada acima dos olhos) está lesado têm geralmente menores reacções emocionais de dimensão social (compaixão, vergonha, culpabilidade, empatia) sem que a sua inteligência e a sua lógica sejam afectadas. damásio vai mais longe ao afirmar que os déspotas têm lesões no seu sistema emocional. isso já eu sabia, mas dito por damásio tem outro peso. resta-me concluir, e com desprezo, que o beto tem as supramencionadas lesões.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

por causa de um pôr-do-sol

Foto@EPA/Nabil Mounzer, retirada daqui

a foto do dia hoje no portal sapo é este pôr-do-sol. imagem relaxante, sem dúvida, convidando à evasão da mente, nem se percebe bem porque será a foto do dia. mas depois na legenda pode-se ler: "as alterações de clima neste inverno proporcionam um atípico pôr-do-sol em ramlet al beida, na praia de beirute, no líbano". na posse desta informação, a imagem altera-se aos nossos olhos e as cores adquirem tonalidades ameaçadoras. ou não. as alterações climáticas, negadas pelas altas autoridades da economia mundial, parecem hoje ser um dado inquestionável nos meios científicos. traçam-se cenários catastróficos para o futuro. mas não há consensos. há bem pouco tempo, uma autoridade científica na matéria de que não me lembro o nome (pois!), dizia que o aquecimento global apenas está a retardar a evolução natural para uma nova era glaciar. lembro-me também que segundo previsões da década de 70 do século passado, neste momento eu deveria estar a viver num deserto, que, à falta de melhor nome, se deveria continuar a chamar sahara, pois seria resultado da extenção deste. as árvores à volta da minha casa continuam bem verdes. o planeta terra é um sistema complexo com enormes mecanismos de compensação ainda desconhecidos para a humanidade, um planeta vivo, com homeostasia própria, sempre foi um sistema dinâmico em constante mutação. a vida, também já provou conseguir adaptar-se às condições mais extremas, a todos os habitats possíveis. às vezes, ocorre-me que provavelmente ninguém sabe verdadeiramente do que é que está a falar...

segunda-feira, dezembro 11, 2006

ano polar int3rnacional

(foto retirada daqui)

acabo de ouvir na antena 3, a propósito do ano polar internacional que se anuncia para 2007-08, parte de uma entrevista com um biólogo marinho português, de que não retive o nome, que trabalha nesta área. faz comissões de vários meses na antártida, observando o impacto que as alterações térmicas da água têm em toda a cadeia alimentar, por fazerem variar a quantidade e a qualidade dos microorganismos que estão na sua base. tive pena de não ouvir a entrevista toda, mas deu para uma ou duas reflexões. anda a gente a queixar-se deste país, com a imprensa sempre a salientar os aspectos mais negativos, enquanto há gente que se "limita" a arregaçar as mangas e a lutar pelo que quer e gosta. trabalha este jovem investigador com alguns dos investigadores de topo na área a nível internacional, porque tem provado, com o seu trabalho, a sua excelência. apenas se queixou um pouco por estar a trabalhar a título individual e não haver enquadramento a nível de protocolos, e aí apontou, e bem, o dedo ao governo. de resto, uma paixão pelo seu trabalho, a simplicidade e a naturalidade daqueles que procuram verdadeiramente o saber e não se movem apenas em função da promoção pessoal. e depois, passar 6 meses, numa ilha de 3 por 1 quilómetros, no meio de focas, pinguins e albatrozes, causou-me uma certa inveja...