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segunda-feira, maio 19, 2008

dilema

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gosto tanto dos 3 primeiros filmes que estou com um medo terrível de ir ver este. o imaginário de indiana jones apanhou-me naquela fase de crescimento em que temos ídolos a sério, personagens que queremos ser quando formos adultos e cujas características acabamos por incorporar na nossa personalidade à custa do esforço de imitação. o humor, a nobreza de carácter, a coragem e uns pós de trapalhice. o medo de ver este, começa logo pelo título, que me soa a pastiche, a triste cópia de si mesmo. e se eu não gostar de um filme do indiana jones, como vou conseguir viver com isso? é que não ir ver está absolutamente fora de questão, conseguia lá eu resistir a esse apelo juvenil...

quarta-feira, abril 02, 2008

objecto único

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imperdível.


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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

transmission

uma das particularidades de control é que nada é feito em playback. cada nota que se ouve é efectivamente tocada e cantada pelos actores. o esforço de composição de sam riley como ian curtis é notável em todos os pormenores. joe anderson (peter hook, baixo), james pearson (bernard sumner, guitarra) e harry treadaway (stephen morris, bateria) também encarnam na perfeição os restantes membros da banda, vejam-se os vídeos abaixo. no primeiro, os verdadeiros joy division em 1979, no segundo a banda de actores num excerto do filme.




atmosphere

pois bem, já vi o control do anton corbijn, o biopic sobre ian curtis. a espera foi longa (3 meses, convenhamos, é uma eternidade hoje em dia, principalmente tendo em conta que entretanto estrearam simultâneamente em faro e em lisboa umas quantas dezenas de produções a metro, só porque são de origem norteamericana) e as expectativas foram aumentando à medida que muitos dos blogs que leio se iam desfazendo em elogios desmedidos em relação ao filme. todos os adjectivos que li se confirmaram. soberbo, simplesmente arrebatador. pelo filme, por curtis e pelo seu percurso trágico. pelo preto e branco, que de outra forma não faria sentido ser filmado.

se muitos descobrem agora ian curtis e os joy division, para mim foi uma forma de regressar ao passado e reviver tempos idos em que o negro e os sobretudos até meio da perna eram obrigatórios na indumentária. o fenómeno curtis/joy division apanhou-me no final da adolescência, lisboa, universidade. os primeiros acordes de atmosphere serviam de genérico ao programa que faziamos na primeira grelha da rádio universidade tejo e que dava pelo pomposo nome de os poetas do impossível. passei hoje (ontem) o dia a ouvir unknown pleasures, closer e substance. em cd, porque o vinil das primeiras edições portuguesas já não se aguenta na agulha e a edição em duplo single de love will tear us apart, que conservo religiosamente, serve mais de bibelot que de outra coisa. repesquei também da estante a edição bilingue da lírica de curtis para os joy division que a assírio & alvim incluiu na sua colecção rei lagarto, no longínquo ano de 1983, no auge da formação do mito. na mitologia própria dos 20 anos, curtis foi um dos meus ícones. nenhuma idade é tão propícia à atracção do abismo, e curtis foi realmente um óptimo emissário desse estado de espírito indizível. versos como heart and soul, one will burn, ou here are the young men, a weight on their shoulders, ou people like you find it easy, fazem realmente sentido quando se descobriu recentemente a existência, a fragilidade da existência, quando todas as dúvidas se acumulam, quando não há passado nem futuro.

sexta-feira, fevereiro 01, 2008

yesssssssss!

Control
Reino Unido - 2007

140 min - Drama/12 anos

Samantha Morton (Actor / Actriz)
Sam Riley (Actor / Actriz)
Craig Parkinson (Actor / Actriz)
Matt Greenhalgh (Argumento)
Anton Corbijn (Realização)
Deborah Curtis (Texto)
http://www.controlthemovie.com/
Ver o trailer

A história do carismático vocalista dos Joy Divison Ian Curtis até ao momento trágico do seu suicídio. Com desempenhos de Samantha Morton e Alexandra Maria Lara, o filme conta ainda com um desempenho notável de Sam Riley no papel de Ian Curtis. Com banda sonora dos New Order e músicas originais dos anos 70 dos Joy Division, CONTROL documenta as relações de Ian Curtis com a sua mulher e com a sua amante, a sua batalha contra a epilepsia e o caminho para a fama dos Joy Division.

Abrantes - Cine-Teatro São Pedro (Abrantes) - 241366321
Largo de São Pedro
4ª: 21h30

Amarante - Cinema Teixeira de Pascoaes -
6ª: 21h30

Faro - Algarcine - Cinatrium - 289801350
Rua de Santo António
4ª: 21h30

Faro - SBC Cinemas - Fórum Algarve - 289-887212
Estrada Nacional 125, Fórum Algarve, Lj 1.22
16h50 / 22h10; 6ª-Sab: 24h40

Funchal - Castello Lopes MadeiraShopping - 707220220
Caminho de Santa Quitéria nº45, Santo António
21h35; 6ª-Sab, 2ª: 24h20

Olhão - Cinalgarve - 289703332
Avenida da Républica - 180
3ª: 21h30

Póvoa de Varzim - Auditório Municipal da Póvoa de Varzim - 252619230
5ª: 21h45

Vila Real - Teatro de Vila Real - 259320000
Alameda de Grasse
22h00

Viseu - IPJ - Delegação Regional de Viseu - 232-483410
Portal ao Fontelo - Carreira dos Carvalhos
3ª: 21h45

domingo, janeiro 06, 2008

aleluia, fui ao cinema ver um bom filme


não somos americanos, mas são nossos também todos estes personagens que povoam a história da formação do país que melhor soube exportar a sua cultura, a sua história, os seus mitos. este é um filme sofisticadamente crú, filmado com a magia dos grandes espaços. a fotografia deslumbra, a música de nick cave e warren ellis empresta outra dimensão ao todo, as interpretações são irrepreensíveis. um vazio moral a percorrer todo o enredo, apenas o medo, o instinto, o jogo da sobrevivência. homens que vivem jogos impiedosos, de cujas regras fazem parte a crueldade e o sangue frio. nenhuma identificação à partida, e no entanto, são homens feitos da mesma matéria que nós próprios. encerramos em nós também tudo aquilo? pseudofilosofias à parte, é de bom cinema que se trata. um objecto estético cuidado e de muito agradável consumo.

quinta-feira, dezembro 06, 2007

out of control

já há muito tempo que não tinha esta sensação de morar na província. como é possível que control, o filme de anton corbijn sobre ian curtis, figura máxima dos joy division, se mantenha em exibição, semana após semana, apenas em lisboa e no porto? um filme aclamado, premiado, sobre um dos maiores ícones da minha geração. estranhas (para não usar outros epítetos) são as lógicas da distribuição cinematográfica neste país.

quinta-feira, setembro 06, 2007

rat-a-tu-ie

o quê? ainda não viram? um filme com diversos níveis de leitura conforme as idades. animação surpreendentemente perfeita. e mais não digo, para não me armar em crítico de cinema. apenas um conselho: se não viram, vejam.

segunda-feira, abril 23, 2007

alice

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um filme belíssimo, que não tinha ainda tido a oportunidade de ver. a r.t.p. exibiu-o ontem, em horário tardio, como é costume. talvez o melhor filme português que alguma vez vi, pontuado com uma série de planos inesquecíveis. um filme sobre a dor da perda, sobre o desespero e a dor lancinante que o desaparecimento da filha provoca nos pais. nuno lopes fulgurante na interpretação do pai, uma figura vergada pela vida, nas fronteiras da loucura, sobre ele recai todo o peso do filme. beatriz batarda, a mãe, esquecida de si mesma. o silêncio e a ausência insuportáveis nos olhares, o desespero da procura incessante de um rasto da filha entre as imagens filmadas por inúmeras câmaras colocadas pelas ruas da cidade. lisboa filmada como nunca antes fora, com um véu de neblina permanente, mérito da fotografia de carlos lopes. a música de bernardo sassetti acentuando a solidão. alice é também um filme sobre a indiferença e a solidão das grandes cidades, figuras perdidas num mar de olhares e passos alheados do que as rodeia. o quotidiano frio. visualmente, o filme é arrebatador, cada plano estudado ao ínfimo pormenor, uma montagem mais que eficaz, tudo no sítio certo. um prazer.

quarta-feira, abril 11, 2007

beautifull things

embrenhados na azáfama do passar dos dias, passamos pelas coisas, pelos momentos, e não os vemos. escapam-se-nos pelo canto dos olhos. o que fazemos com o nosso tempo? sacos de plástico esvoaçando ao vento, os tons das folhas das árvores, os contornos que as ondas imprimem na areia das praias, as formas das núvens, as cores com que os carros e as roupas das pessoas pintam as nossas paisagens urbanas, as paletes cromáticas das flores dos jardins, quantas vemos reparamos nelas? cansados, queixamo-nos da falta de beleza nas nossas vidas, sem pararmos para olhar e ver.

sexta-feira, abril 06, 2007

i only want to say

tinha 12 anos quando vi isto pela primeira vez. a partir daí e durante a minha adolescência, cristo era o do filme de norman jewison e ponto final. e num certo sentido continua a ser assim. este sempre foi para mim o ponto alto, o climax, a sequência preferida, em que o conflito interior explode e homem e deus se confrontam.

segunda-feira, janeiro 22, 2007

bab3l


apetece-me falar de babel. consegui finalmente vê-lo no fim de semana e ainda estou impregnado dele. há filmes assim, que nos impregnam e vão deixando um rasto de momentos que nos remetem para ele, nos dias seguintes. bebi o filme da primeira à última imagem. não porque tivesse ficado maravilhado, mas porque tudo fazia sentido. as histórias intercruzadas, os abusos de poder de todas as polícias (exceptuando a japonesa, honra lhe seja feita), a paranoia do terrorismo, a revolta da filha surda, o altruismo do guia marroquino, a falta de humanidade dos companheiros de excursão, todos os pormenores, reais e muitas vezes absurdos, como na vida fora do ecran. diverti-me com algumas sequências da montagem, o colorido da multiplicidade de culturas, os planos bem pensados e eficazes, deixei-me levar pela música.
não fui atrás do filme premiado, não me preocupei com posturas intelectuais e análises filosóficas, não era a isso que eu ia.

sexta-feira, janeiro 05, 2007

ainda as imag3ns

notícia na antena 3. vai estrear o novo filme de mel gibson, apocalypto, baseado nos últimos tempos da civilização azteca. o filme, que já se sabe tem cenas particularmente violentas, foi classificado para maiores de 17 nos e.u.a. e para maiores de 18 na alemanha. a surpresa vem de itália, onde foi classificado "para todos". confrontada com os protestos de associações de inspiração cristã, a comissão de classificação defendeu-se dizendo que, depois da exibição em "prime-time" das imagens de saddam hussein a caminho da morte, seria uma hipocrisia classificar este filme para adultos.

domingo, dezembro 10, 2006

visto: flush3d away


noblesse oblige para quem tem crianças, os filmes de animação proporcionam-nos por vezes agradáv3is surpr3sas. é o caso deste "por água abaixo". além de divertido é formativo, tem um ritmo alucinante, pisca o olho a outros filmes. levanta questões pertinentes, a gaiola dourada feita de solidão (dele) vs uma vida mais difícil mas com o calor da família (dela). tem ainda um vilão implacável e uma miríade de vermes de esgoto que fornecem o fundo musical. para não falar da fantástica reprodução subterrânea de londres. inventivo, imaginativo, delicioso.