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quinta-feira, maio 01, 2008

a história das coisas

várias verdades inconvenientes. embora seja de origem norteamericana, aplica-se a nós como uma luva. são 21 minutos didácticos de reflexão sobre o nosso sistema actual de consumo, que acaba por condicionar toda a organização social. e as relações internacionas também. poderão dizer que não é bem assim, que as ideias vinculadas não estão totalmente certas, mas parece-me bastante aproximado. desapaixonado, pragmático e não panfletário. bom para reflectir neste 1º de maio, que se quer dos trabalhadores. e das pessoas por detrás desses trabalhadores. algures na história houve uma preversão do sentido do trabalho. quando é que deixámos de trabalhar para a comunidade e passámos a trabalhar para alguns indivíduos? quando é que os pratos da balança se desequilibraram? este documentário devia ser mostrado nas escolas aos nossos adolescentes, seguido de conversa alargada, debate. mas quem controla hoje em dia a escola e as ideias que devem ou não devem ser vinculadas? interessa mesmo fazer das gerações futuras seres conscientes, informados, participantes, ou interessa esconder parte da verdade, parte do sistema? o velho das botas, que caiu da cadeira há uns anos atrás, é que dizia qualquer coisa do género: quanto mais culto um povo, mais difícil de governar.




agradeço à idadedapedra por me ter conduzido até ao vídeo.

segunda-feira, março 31, 2008

gente vulgar

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VII


genoveva esforça-se para ser uma mulher moderna. atenta ao evoluir da sociedade, tem uma carreira sólida na área das novas tecnologias. para a sua casa escolheu um ambiente com pinceladas minimalistas e orientais. frequentemente perfuma-a com cones de incenso que compra em caixas multifragrância compostas por pequenas saquetas individuais em plástico transparente. aprecia a comodidade da vida actual. gosta dos novos pacotes de bolachas tão práticos, divididos em pequenas embalagens plásticas de 5 ou 6 e que permitem que as restantes se mantenham frescas e estaladiças. nas suas máquinas de lavar, só usa detergente em pastilhas, embaladas individualmente em saquetas de plástico, tão fáceis de utilizar. bebe frequentemente chá, embalado em pequenos sacos, dentro de pequenos envelopes de papel. preocupada com a estética da sua figura, todos os dias substitui uma das refeições por uma barra de cereais que retira cuidadosamente da embalagem de plástico colorido e com design atraente e periodicamente renovado. de formação humanista, indigna-se com o estado do mundo, as guerras e os problemas ambientais.

segunda-feira, julho 16, 2007

o lado negro do google

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não se trata dum google gótico ou rendido às práticas satânicas, são efeitos da blogosfera. um post publicado algures num blog em janeiro deste ano chamava a atenção para o facto de que um ecran de fundo negro poupa energia em relação a um de fundo branco. além disso, fazia as contas em relação à poupança que se faria se o google funcionasse com fundo negro. pegando na deixa, a heap media, uma empresa australiana, propôs à google o desenvolvimento desse motor de busca. foi assim que surgiu o blackle, que usa o mesmo motor que o google, mas com um layout escuro. mesmo que a poupança pareça irrisória em cada utilização, multiplicando pelos milhões de utilizações diárias, o resultado expressa-se em muitos megawatts. experimentem aqui. é verdade que ainda há algumas funcionalidades que não estão disponíveis, como a pesquisa em língua portuguesa, mas a ideia parece-me bastante interessante, até porque eu próprio já a tinha posto em prática utilizando um layout escuro para este und3rblog. imaginem o desperdício que seria se os milhões de leitores deste blog se deparassem com um ecran de fundo branco em vez deste belo tom antracite.

quarta-feira, julho 11, 2007

constatação #20

o bicho-homem, em relação ao planeta terra, terá que evoluir duma relação de parasitismo para uma relação de simbiose.

domingo, julho 08, 2007

equally destructive

montado e exposto no youtube por um anónimo, como o seu contributo pessoal para o triplo sete. mais eficaz do que muitos discursos e certamente do que a emissão da rtp. o som é de uma banda holandesa, after forever.

festa na aldeia

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ontem houve festa na aldeia. duas festas, para ser mais preciso. quero desde já deixar bem expresso o meu desagrado por termos sido vítimas de um logro. disseram por aí que o dia 07/07/07 ia ser o dia em que lisboa seria o centro da aldeia, com a festa das 7 maravilhas, mas depois os americanos e os ingleses, cheios de inveja, inventaram à pressa uma festa nos seus bairros, só para estragar a festa de lisboa. ainda por cima disfarçaram a coisa convidando outros bairros, de maneira a que lisboa passasse perfeitamente despercebida. duas festas globais. uma dedicada ao património cultural edificado, que nos foi deixado pelas gerações passadas, outra dedicada ao património natural, muito mais antigo, e muito mais necessário para as gerações futuras. não é de estranhar, pois, que uma tenha sido uma festa televisiva clássica, enquanto que a outra foi principalmente um net-event, que a rtp tentou, mal e porcamente, acompanhar. falou-se muito, blá blá blá, ficamos a saber quais as estrelas do nosso bairro que fecham a água quando têm shampoo nos olhos, quem é que separa as garrafas de cerveja das latas de cerveja. de repente toda a gente tinha uma dica para dar.

a festa das maravilhas, foi um bocado para o pirosa, com aquela gente quase toda a cantar em playback. alguém devia avisar o josé carreras que não tem jeito nenhum para a coisa. houve uns efeitos giros, tipo cerimónia dos jogos olímpicos, o fogo de artifício que se impunha e o anúncio das maravilhas, as do bairro e as da aldeia. as do bairro até foram bem distribuídas (é para estas coisas que serve a ironia). 6 para a região de lisboa e uma para o berço da nacionalidade. 3 mosteiros, 2 castelos, 1 palácio e 1 anexo que ninguém sabe bem para o que serve ou serviu. já as da aldeia, ficaram bem espalhadas. concordo perfeitamente com o taj mahal e com petra, com a muralha que se vê do espaço e com machu-pichu, até com o coliseu e a outra pirâmide do méxico, mas o crucifixo do rio de janeiro... é que não tem nada a ver! então e as estátuas da ilha da páscoa? então e o alhambra?

a festa do planeta foi um bocado confusa. muito sinceramente, não vi consciência ecológica nenhuma. até a minha filha de 13 anos reparou que os gajos estavam a gastar bué da energia. já se calculou o impacto negativo que este live earth teve no efeito de estufa? as emissões de co2 devem ter sido qualquer coisa! foram 24 horas de luta (lá está ela outra vez, a ironia). para ser uma coisa a sério, deveriam ter feito como nos encontros da rainbow family of the living light. enormes concertos acústicos à luz de fogueiras. passei o tempo a tentar perceber até que ponto os figurões, os do bairro e os da aldeia, estavam ali por acreditarem verdadeiramente e estarem dispostos a participar numa mudança de atitudes e de hábitos, ou apenas a promoverem o figurino que os embrulha. ao menos nesta parte, a festa das maravilhas foi mais autêntica. era figurino e ponto, sem complexos nem falsas consciências. e depois, o al gore não é o bob geldof, o planeta agonizante não é tão apelativo como as crianças pretinhas agonizantes e com moscas nos olhos, e a coisa não tem piada sem o bono, que é o gajo mais porreiro da aldeia.

foto: full moon party at the rainbow gathering of the tribes, croatia, 2004, pilhada daqui

segunda-feira, junho 18, 2007

quinta-feira, maio 03, 2007

boas notícias

um glaciologista norte-americano alertou que o degelo no ártico pode acontecer já em 2020, 30 anos antes das piores previsões do painel intergovernamental para as alterações climáticas. isto dá-me alguma esperança, a mim que sempre quis ir ao pólo norte, mas não me estava a imaginar a andar dias e dias sobre o gelo. sei de fonte segura que as agências de viagens e os operadores de cruzeiros, preparam já para o verão de 2021 cruzeiros em paquetes e veleiros de luxo, com partida da costa norte da gronelândia e terminus na sibéria, com passagem pelo pólo norte. a mesma fonte revelou-me que uma equipa internacional de criativos está já ocupada com a concepção do ritual a ser seguido a bordo aquando da passagem, à semelhança do que acontece quando se cruza o equador. o dito ritual incluirá obrigatoriamente movimentos rotatórios descoordenados, de todos os passageiros e tripulação, simbolizando o que acontece às agulhas magnéticas das bússulas, além do habitual champanhe bem geladinho. vai ser uma festa!

sexta-feira, março 23, 2007

save the water

foto: epa/mast irham, retirada do portal sapo
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no futuro, as guerras serão por causa dela. ontem foi mais um dia mundial da água.

domingo, fevereiro 04, 2007

quarta-feira, dezembro 20, 2006

por causa de um pôr-do-sol

Foto@EPA/Nabil Mounzer, retirada daqui

a foto do dia hoje no portal sapo é este pôr-do-sol. imagem relaxante, sem dúvida, convidando à evasão da mente, nem se percebe bem porque será a foto do dia. mas depois na legenda pode-se ler: "as alterações de clima neste inverno proporcionam um atípico pôr-do-sol em ramlet al beida, na praia de beirute, no líbano". na posse desta informação, a imagem altera-se aos nossos olhos e as cores adquirem tonalidades ameaçadoras. ou não. as alterações climáticas, negadas pelas altas autoridades da economia mundial, parecem hoje ser um dado inquestionável nos meios científicos. traçam-se cenários catastróficos para o futuro. mas não há consensos. há bem pouco tempo, uma autoridade científica na matéria de que não me lembro o nome (pois!), dizia que o aquecimento global apenas está a retardar a evolução natural para uma nova era glaciar. lembro-me também que segundo previsões da década de 70 do século passado, neste momento eu deveria estar a viver num deserto, que, à falta de melhor nome, se deveria continuar a chamar sahara, pois seria resultado da extenção deste. as árvores à volta da minha casa continuam bem verdes. o planeta terra é um sistema complexo com enormes mecanismos de compensação ainda desconhecidos para a humanidade, um planeta vivo, com homeostasia própria, sempre foi um sistema dinâmico em constante mutação. a vida, também já provou conseguir adaptar-se às condições mais extremas, a todos os habitats possíveis. às vezes, ocorre-me que provavelmente ninguém sabe verdadeiramente do que é que está a falar...