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quinta-feira, 28 de abril de 2016

SNOOKER

Há pessoas que papam tudo quanto seja desporto televisivo. Faço precisamente o contrário: se é desporto, mudo de canal. Com todos incluindo futebol, excepto...  snooker! Sempre gostei de jogar e de ver, desde que aprendi o básico lá nos idos tempos de liceu.

Para quem não sabe, neste momento está a decorrer o campeonato do mundo de snooker, que o Eurosport tem transmitido mais ou menos em directo - por vezes só dá um resumo, outras repetem jogos que já deram. Enfim, o costume em televisão!

O que este campeonato do mundo tem de inusitado é o facto dos jogadores favoritos terem sido eliminados logo nas primeiras rondas: começou com Bingham, o campeão do ano passado, continuou com Murphy (vice-campeão), Neil Robertson, Judd Trump e Ronnie O'Sullivan - o grande craque, que todos consideravam vencedor à partida... Quem restou para disputar as meias finais? Mark Selby, o único dos favoritos ainda em prova, o escocês McManus (que chegou lá com um grande bambúrrio), o asiático Marco Fu e o chinês Ding Junhui. Não é assim muito linear que Selby venha a confirmar a preferência do público - natural, sendo ele inglês e decorrendo o campeonato em Sheffield.

Bom, mas os comentários da emissão televisiva estão a cargo de Miguel Sancho e Nuno Miguel Santos - tive de verificar os nomes na net, pois quando os referem confundem-se, dada a similitude e a má dicção de ambos - que no início de cada jogo fornecem algumas informações interessantes sobre os jogadores, como nacionalidade, idade, posição no ranking, etc.e tal. O pior é que depois começa a faltar-lhes tema de conversa e começam a inventar: nem estou a referir as jogadas que eles preconizam e depois o jogador prefere executar de outra forma - acontece de vez em quando, mas não é preciso ser um crânio para adivinhar qual a bola que tem o ângulo mais favorável para ser embolsada. Isso, até eu! Mas desde histórias muito imaginativas sobre a "maldição" de não existir memória do mesmo campeão dois anos seguidos (está tudo na net, então para quê inventar?), até epítetos imoderados sobre os jogadores - "máquina de embolsar bolas" ou "estrela do Oriente" - vale tudo. Até a dar notícia das opiniões facebookianas de  alguns adeptos. Tenham dó! (ou, não tendo, arriscam-se a ficar mudos no meu televisor...)

Boa notícia é que Lisboa vai passar a ter um Open, que fará parte do calendário oficial. E que as emissões televisivas da modalidade estão garantidas para a próxima década.

Boas tacadas!

Imagem de Mark Selby, da net.

quarta-feira, 6 de abril de 2016

COMBOIADAS

Tal como (quase) todos saberão, até através do "cartaz" que mora aqui bem como noutros blogues, no dia 10 de abril vai realizar-se o terceiro encontro entre bloguistas de Lisboa, Porto, Leiria, Braga e outras cidades, vilas ou aldeias. Mas não se pense que a reunião é para discutir filosofia, a economia nacional ou o sexo dos anjos. Não, é mesmo para um almoço expectavelmente bem servido e bem regado, como manda a boa tradição portuguesa (e blogueira, já agora). O evento terá lugar no restaurante buffet Monte Aventino, perto do estádio das Antas.

Bom, até aqui nada de novo. Mas hoje lembrei-me que se calhar era bom comprar os bilhetes de comboio com alguns dias de antecedência. Já tinha bisbilhotado o site da CP e percebido que o único comboio que parte de Lisboa para chegar lá a tempo e horas é o das 7 da manhã. Não me chateia por aí além, até porque a essa hora matinal o mais certo é ir a chonar o tempo todo. Mas também levo um livrinho, just in case.

O que mais me espantou foi a péssima qualidade do site da CP - quando era tão fácil arranjar alguém que o mantivesse atualizado, que o que não faltam por aí são jovens informáticos desempregados. Então aquele modesto horário de papel que antigamente forneciam aos utentes foi substituído por uma coisa ultra-inteligente, que nos obriga a pôr o dia em que queremos viajar, para só depois nos informar dos possíveis horários, que temos de colocar no primeiro quadro. Suponho que os horários estarão mais ou menos certos, mas já os preços não têm nada a ver. E depois de estar com os olhos em bico, nem sequer havia bilhetes para venda online, para aquele comboio - só às 11h e 45m, dizia-me o maridão. Mas a essa hora, que me interessava? E bilhetes esgotados às 7 da matina?!? Duvidei!

Peguei no telefone e liguei para Santa Apolónia. Quer dizer, era essa a intenção, mas uma gravação informou-me que o número não estava atribuído. Peguei em mim e fui lá pessoalmente, embora não me desse jeito nenhum, que tinha dentista marcado. Vá que a funcionária era simpática, obviamente não tem culpa nenhuma do mau funcionamento da página. Já nos descontos devidos, que afirmavam ser para todos os Alfas Pendulares, afinal para a volta a Lisboa nem por isso, que domingo à tardinha é quando toda a gente volta, não há cá descontos para malucos. Tenham dó! Para fazerem uma burrada destas mais valia estarem quietos...


Imagem da Deposit Photos.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

HISTÓRIA, MEMÓRIA E FUTURO

Esta história é muito triste: mesmo puxando pela memória, normalmente votei sempre em candidatos presidenciais perdedores. Desta vez também não foi exceção. Aliás, a única foi Jorge Sampaio, em duas eleições, já que cumpriu dois mandatos.

Mas pronto, estas são as regras da democracia, nem sempre os candidatos eleitos são do nosso inteiro agrado: "o  povo é quem mais ordena", já cantava Zeca Afonso.

Diga-se em abono da verdade, que não tenho nada de especial contra o tio Marcelo, só me desagrada a sua mitomania e, por vezes, o pendor que tem de distorcer a realidade consoante as suas conveniências (políticas e religiosas). Mas reconheço que é um homem inteligente, culto, educado, simpático e afável. Que é muito mais do que podemos dizer do atual presidente, que à falta destas características alia ainda um espírito mesquinho e vingativo...

Portanto, meus caros, apesar do futuro estar longe de nos parecer radioso (com a crise mundial, europeia e a que sempre ronda por cá!), suponho que todos ganhamos com a troca: Marcelo Rebelo de Sousa a substituir Aníbal Cavaco Silva já é uma (grande) vantagem futura. Desejo-lhe, assim, todas as felicidades no exercício das suas novas funções de presidente da República de todos os portugueses e que sempre se norteie pelo bem de Portugal!


§ - obviamente, as figuras televisivas terão a vantagem de já serem conhecidas do grande público, quando concorrem em eleições; no entanto, não é linear que outros comentadores políticos venham a alcançar igual façanha; ou alguém está a ver o povo a votar em massa em Marques Mendes,  António Vitorino ou Francisco Louçã?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O PÁTIO DAS CANTIGAS

Afirmar que este é um remake do "Pátio das Cantigas" acaba por ser um grande exagero: tirando os nomes das personagens, tratar-se de um filme de comédia e de decorrer numa Lisboa em plenas festas populares, as parecenças não são nenhumas. Nem podiam ser, já que um remake de um filme de 1942 não poderia ter qualquer pretensão: para fazer igual, perdia na comparação; para fazer diferente e atual, pois acaba por ser um novo filme. Como é o caso.

Portanto, tenho para mim que lhe deram o mesmo nome para cativar um público saudoso desses filmes antigos, que obtiveram grande sucesso junto a várias gerações. Ora isto tem vantagens e desvantagens. A primeira das quais é a inevitável comparação. Um dos críticos do "Expresso", Jorge Leitão Ramos, que lhe dá uma redonda bolinha em vez das mais ou menos estrelas (de 1 a 5) de classificação, chega à preconceituosa conclusão que tal tentativa estaria sempre condenada ao fracasso - porque a outra era uma geração de atores de talento inigualável e de comediógrafos (como lhes chama, certamente para designar argumentistas de comédia) "que já não há". É verdade: já morreram todos, 70 e tal anos volvidos, o que não é muito de espantar...

Partindo do princípio que até concordava com as superiores capacidades dos antigos atores e argumentistas sobre os atuais, o que é que JLR sugere? Que se deixe de fazer comédias, já que não se consegue que sejam tão boas? Acontece que até nem concordo: endeusar filmes que gostamos, porque nos habituámos a vê-los desde pequeninos, não significa que sejam realmente tão fabulosos quanto os julgamos. E se o talento de alguns dos atores dessa época é inegável, o dos atuais não lhes fica muito atrás - se bem que com menos experiência, já que se realizam poucas comédias em Portugal (e entende-se porquê, quando lemos o artigo de JLR). Quanto aos grandes comediógrafos de antigamente, pois, na minha modesta opinião não eram assim tão excecionais, além de que o humor também tem a sua época, que se torna cada vez mais exigente com o passar do tempo...

Dito isto, o filme vê-se bem e é engraçado, mas está longe de ser uma obra-prima. A representação de Miguel Guilherme, que se cola um bocado à de António Silva pode suscitar alguma controvérsia - há quem adore e também quem deteste! - mas mesmo alguns dos atores que conhecia pior surpreenderam-me pela positiva, nomeadamente César Mourão ou Dânia Neto. O argumento tem algumas "trapalhadas", aquele final apressado à Bollywood desagradou-me profundamente, mas no geral foi uma sessão de cinema divertida. Com uma sala cheia de gente e, note-se, aplausos no final, o que é bastante inusitado. E deve ser isto que desgosta os críticos da sétima arte: que as pessoas vão ao cinema com o simples intuito de se divertirem! (e o demonstrem tão claramente, digo eu!)

Imagem da net.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

NO RESCALDO DA GALA...

... muito ficou por dizer sobre os Oscar 2013, mas vou abreviar: em primeiro lugar, no que toca a "palpitações" para os vencedores da noite, quem se aproximou mais do resultado final foi a Catarina - 12/13 em 15 apostas - seguida pelo Pedro Coimbra (10/11 nas mesmas 15), a Ematejoca (8), o Carlos Barbosa de Oliveira (3/4), a São (aquela fezada em Waltz) e o W (4, mas referindo genericamente os prováveis vencedores). Mais uma vez, agradeço a todos a participação! 

Por anunciar ficou também o Oscar para melhor filme de animação de curta-metragem, atribuído a "O Rapaz do Papel" ("Paperman", no título original), não por esquecimento, mas para não esticar mais o "lençol" e evitar confundir as estrelas da noite com prémios mais "apagados" (se em Hollywood houver tal coisa, claro!). Por sinal já o tinha visto há duas semanas no blogue da Tons de Azul, mas fica, para quem apreciar desenhos animados: 


De igual modo, acrescento ainda que os vestidos que desfilaram na passadeira vermelha e no palco não me fascinaram por aí além: excesso de brilho em metalizados dourados ou prateados nuns, excesso de "cai-cais"  e ombros à mostra noutros, excesso de caudas ou de roda nas saias naqueloutros. Em alguns casos, sem favorecer a figura das atrizes, mesmo as jovens e elegantes por natureza (e para lá dos azares de tropeços).  Ou seja, a maioria dava a sensação de estar desconfortável dentro do próprio vestido...

E mesmo escolhendo a nata da nata que sobressaiu (acreditem que apareceram lá muitos piores) em quem votariam para mais elegante?

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Colagens de fotos da net.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

BEIJOS, BEIJINHOS E BEIJOCAS

Suponho que todos nós temos palavras ou expressões com que simpatizamos mais e outras com as quais embirramos solenemente. Neste último caso, há uma que me arrepia até mais não: "beijos no coração". Com mais ou menos variantes de beijinhos ou beijocas, pronomes possessivos ou adjetivos pelo meio, soa-me sempre a algo repugnante, embora a intuição indique que na origem se pretendia uma "imagem" romântica!

Julgava tratar-se de uma expressão mais usada no outro lado do oceano, já que a primeira vez que a vi escrita foi pela mão de uma bloguista brasileira. OK, se calhar surgiu de algum poeta, escritor ou cantor do Brasil e colou por aquelas bandas. Quem sou eu para criticar? Mas se a expressão escrita já me punha os cabelos em pé, os nervos em franja e uma inusitada pele de galinha, imagine-se ressoando no ar...

Uma noite destas estava a ouvir um programa de rádio, que nunca tinha ouvido anteriormente. Não a rádio, evidentemente, mas aquele programa específico. Inenarrável, é a palavra mais exata para o definir. Suponho que se trata de uma estação amadora, a qual não vou identificar, nem os respetivos locutores. E porque é que estava a ouvir? Porque um amigo ia lá para uma entrevista sobre o seu livro recentemente publicado, embora tudo indicasse que o referido programa (de duas horas) fosse mais vocacionado à poesia - o que não é o caso do livro dele, embora também a escreva.

Aprazado para as nove da noite, os minutos iniciais foram de música portuguesa, desconhecida para mim, num género que classificaria de pimba-romântico. Depois lá vieram os locutores, pedindo desculpa pelo  atraso, entre risinhos acrescentaram que às vezes todos se atrasam a "apanhar" o autocarro. Falaram da passagem de ano, puseram mais música, ele leu um poema, ela elogiou os prosistas e poetistas (sic) da nossa praça e começaram a receber telefonemas dos ouvintes. Mais conversa de chacha sobre a passagem de ano de cada um (os ouvintes, está bom de ver, eram todos habituais!), as gripes, constipações e laringites que os atingiram na época natalícia e depois declamavam um poema próprio. Nas despedidas, a locutora não se esquecia dos "beijinhos no coração". ARGH! O que uma pessoa atura, para ouvir falar sobre um livro que já leu parcialmente... 

A entrevista propriamente dita só começou na segunda hora - que não ouvi de fio a pavio dadas algumas interrupções imprevistas - mas o meu amigo saiu-se muito bem! Começou por recitar uma poesia da sua lavra que dedicou à mulher (sempre simpático e amoroso), forneceu informações precisas sobre as livrarias onde  o livro podia ser adquirido, deu um "cheirinho" do enredo e relembrou os locais dos seus tempos de estudante que emprestaram o ambiente à estória. Muito bom! 

Ah e tal que sou a única a desgostar da expressão?!? Não me parece, até porque o cartoonista brasileiro Balão desenhou esta imagem, em tudo semelhante à que visualizo...

Disgusting, não é?

Imagens da net.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

MOMENTOS ZEN...

... arrebatam a vontade de entrar em polémicas inúteis!

Ah e tal, que é uma infâmia que agora não se possam fazer compras com cartão multibanco numa cadeia de hipermercados, se de valor inferior a 20 euros? Não é novidade nenhuma, que há muito pequeno comerciante que nem sequer tem serviço multibanco como forma de pagamento. A não ser que se lamentem os coitadinhos dos bancos, que vão ficar mais "pobres", onde é que reside o problema?

Aquela escritora de meia tigela escreve crónicas disparatadas a atacar as "gordinhas", já que ela se considera o suprassumo da elegância, beleza e inteligência? Epá, surpresa seria se ela escrevesse qualquer coisa de interessante, para quem tem mais de dois dedos de testa...

Agosto está a chegar ao fim e a silly season costuma desaparecer com o final do mês. Tenhamos esperança que a "tradição" se mantenha... e sorrir:



quinta-feira, 21 de junho de 2012

CONVERSAS ENTUSIASMANTES...

Há tempos, uma amiga postou no FB a fotografia de um canito e comentou alegremente: "também quero um!" Erro trágico! O post foi um sucesso, com todos os "amigos dos bichos de estimação" a aplaudirem a ideia e a darem dicas, contando entusiasticamente as suas próprias experiências pessoais. Acontece que era um mero desejo (irrealizável de momento), pois ela exerce a sua profissão no estrangeiro, viaja muito, mesmo quando está em Portugal divide o seu tempo entre Lisboa e Porto. Ou seja, por muito que gostasse da ideia - e, mais que provavelmente, de uma maior estabilidade de "poiso" - qualquer cão ou gato que adotasse estaria quase permanentemente a cargo de outras pessoas. Que, a bem dizer, também não estavam muito prái viradas... (pelo menos as que comentaram, algumas até alegando "alergias" desconhecidas até à data!)

Contudo, os tais "amigos dos animais" não deslargam tão facilmente, de vez em quando lá vem a pergunta, mesmo num post sobre o estado do tempo, a viagem que vai fazer ou já fez ou um cartoon humorístico qualquer: "Então, já adotaste o cão?" 

Ontem, por ocasião de uma homenagem póstuma a um escritor e jornalista - que por acaso foi bastante chatinha, com o principal orador a papaguear lá um longo discurso em estilo filosófico professoral, onde só se safaram as citações do homenageado, embora isso agora não interesse nada para o caso - encontrei-a e a outras amigas comuns: abraços e beijinhos à entrada, olhares entediados no durante e alguma tagarelice no final. 

Aí, estávamos todas na converseta, lá se aproxima uma outra conhecida delas com a inevitável pergunta: "Então, já adotaste o cão?" Ela sorriu, disse que não, mas a fulana ligou o turbo e desatou a relatar as suas maravilhosas alegrias com o seu cão de três meses. E como o educava. E os trocadilhos a que o nome do cachorro se prestava. A debandada do pequeno grupo foi geral  (e circunstancial), ficámos ali as duas a ouvi-la, a ver fotografias do bicho no telemóvel  (e dela, do cão e do cão e ela!), quando se entusiasmou a descrever os hábitos higiénicos e os cocós do dito nos últimos dias... 

Sou uma insensível, tá visto, porque me pirei logo de seguida!

Imagem recebida via mail.
(Obrigada, Gatinha!)

quinta-feira, 10 de maio de 2012

OS SNOBS DO COSTUME...


Imagem de Ian Britton
(alvorecer, em Praga)

Por muito que se pretenda disfarçar, a blogosfera não deixa de refletir a personalidade dos seus escrevinhadores que, tal como no mundo real, não se cinge ao preto no branco: há malta com feitio para tudo, incluindo o de atazanar a vida dos outros!

Se, à primeira vista, não simpatizamos com os temas ou opiniões aflorados num blogue, não voltamos lá, certo? Hummm... acaba por não ser exatamente assim, até porque a tendência é a de visitar quem nos comenta ou os amigos que fomos fazendo por aqui. Uma discordância ou outra acontece inevitavelmente, por vezes até "discussões" mais renhidas, porque não pensamos todos da mesma maneira, nem temos os mesmos gostos. Felizmente...

Portanto, confesso ter um certo horror a gente "iluminada", arrogante ou moralista, cujo intuito blogosferante parece ser o de influenciar ou de subordinar todos os outros às suas pouco humildes opiniões. OK, cada um faz o que bem entender no seu canto, nada contra! Mas "policiar" os alheios, porque não estão conformes com o que consideram correto, pela forma ou conteúdo, arvorando-se de maior cultura ou "experiência de vida" (leia-se, idade)? Epá, não há pachorra!

Já há vários anos que deixei de ter aqui a hora dos comentários, à conta de uma sujeita que me enxofrou, por ter feito um tardio, num post alheio igualmente tardio. Pergunto eu: apita alguma buzina no ouvido do bloguista, quando entra um comentário na caixa, que o acorde sobressaltado e o faça sair da cama num pinote, para responder? A duração e o horário do merecido descanso está longe de ser igual para todos...

Também é um facto que me estou nas tintas para pipocas e afins, mas se estão felizes e contentes, o que é que tenho a  criticar? Pior, muito pior até, parecem-me os tais críticos "iluminados" (será inveja?)! Certa vez, uma delas escreveu uma barbaridade deste calibre (mais coisa, menos coisa): "Há uma gentinha que coloca fotografias maravilhosas de um pôr-do-sol paradisíaco, de um local onde nunca porá os pés, para depois debitar para lá uns poemas manhosos ou umas lamechices." E então, o que é que a fulana tinha  a ver com isso? 

Last but not least, nunca visitei Praga, nem tenciono visitar em breve, mas gostei da fotografia. Cruxifiquem-me!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A METER ÁGUA...

Que a água é um bem essencial à sobrevivência do Homem, não restam dúvidas! Que tem chovido pouco ou quase nada em Portugal neste inverno, também não. E que a falta de chuva prejudica a agricultura, idem idem aspas aspas. Já me custa mais engolir que a atual ministra da agricultura - ambiente, mar e mais não importa o quê - se limite a ter fé (no S. Pedro?!) que vai chover: certamente poderia implementar algumas ações que atenuassem os prováveis prejuízos - não só dos agricultores, mas como de todos nós, que na escassez de determinados produtos igualmente essenciais, depois os pagamos a peso de ouro. E ouro, já se sabe, não abunda por cá...

Contudo, não foi esta a razão da água ter sido motivo de discussão na Assembleia da República. Em causa, para os deputados, estava o fornecimento das águas que eles bebem em reuniões, plenários, comissões, etc. e tal. Engarrafada e mineral, que aquilo é tudo gente chique. Mas como há por lá uns "perigosos" ambientalistas, preocupados com o desperdício desnecessário de tanto vasilhame por ano, foi efetuada uma proposta no sentido de passarem todos a beber água da torneira. Não caiu o Carmo e a Trindade, porque estes já deviam estar ocupados com as manifestações de fé de Assunção Cristas... adiante!

Como não podia deixar de ser, neste assunto tão relevante para o país, o caso foi estudado pelo conselho de administração da AR, que chegou a esta brilhante conclusão: a água da torneira sai mais cara que a engarrafada! Como é que é?!?

Então, grosso modo, as contas foram feitas levando em conta os jarros de água que se tinham de comprar, os maiores custos com os ordenados das funcionárias que os tinham de transportar e lavar e mais não sei o quê. António Couto dos Santos, presidente do dito conselho (será aquele antigo ministro da educação?), defendeu que os custos eram dez vezes maiores. Se não fosse tão ridículo, por esta altura estávamos todos a rir até às lágrimas, a imaginar as garrafinhas e os copos a voar até às mesas de trabalho... sem intervenção de uma única auxiliar de manutenção e limpeza (contínua, não sei porquê, hoje em dia é uma terminologia mal vista, como se não fosse um trabalho tão digno como os outros)!

Rir é bom, mas tomarem-nos por parvos chateia...

Imagem da net, suponho que promocional do dia mundial da água, a 22 de março.

domingo, 14 de agosto de 2011

METRO E MEIO

Perdi a conta aos anos que passaram desde a última vez que saí num Sábado à noite, para ir beber um copo, ouvir música e conversar. A dois, tal como nos tempos de namoro! Desta vez proporcionou-se, com a família e amigos de férias ou de fim de semana prolongado, entre o ir e o voltar. O bar que escolhemos foi um daqueles que recordávamos pelo seu ambiente acolhedor, longe do bulício das zonas mais movimentadas das noites lisboetas - o "Metro e meio"! 
O piano permaneceu mudo, o que foi pena, mas já se sabe que nesta altura do ano a debandada de Lisboa é geral e os pianistas também têm direito à vida. Ou a férias. Ou a contratos sazonais mais rentáveis. Ou tudo isso em conjunto. O bar estava calmo e sossegado, com meia dúzia de mesas ocupadas, a conversa fluiu como sempre. No final, pagámos a conta no balcão em U, onde havia uma televisão que estava a exibir os últimos minutos do jogo de sub-20 entre Portugal e a Argentina, empatados a zero. Não ligo muito a bola, mas o maridão ficou logo atento...
No regresso a casa, como leitor habitual de jornais desportivos, explicou-me que a equipa estava a disputar os quartos de final do campeonato do mundo, que têm escrito "cobras e lagartos" sobre ela, nomeadamente que os jogadores são "coxos" e que o treinador "não presta para nada". Em resumo. E é isto que nem eu nem ele entendemos: porque é que em vez de apoiar a equipa portuguesa, que afinal de contas é uma rapaziada com cerca de 19 anos ou coisa, que certamente cometerá os seus erros, a malta prefere logo dizer mal e criticar? Mentalidade mesquinha, é o que é!
Os rapazes ("coxinhos", coitadinhos!) lá conseguiram passar às meias-finais, já na fase das grandes penalidades. Garantido é que os "críticos" vão embandeirar todos em arco, como se tivessem comido muito queijo...
O "programinha" a dois, está claro, será para repetir numa próxima oportunidade, assegurando que nessa haja música ao vivo!
 
Imagem da net.

quinta-feira, 3 de março de 2011

COOL!

Adoro quando a malta usa inglesices, espanholices, francesices, whatever! Na informática é um must, já se sabe, mas na linguagem corrente é cool. Very cool! Se antigamente só as damas mais coquettes empregavam essas palavras, agora a coisa proletarizou-se: não há gajo de qualquer bairro social  nacional que não saiba proferir uma boa meia dúzia de palavrões em estrangeiro. Convenhamos que é outra loiça!
Alguns saberão (outros não) que não ando de metro há muitos anos - salvo raras excepções nos últimos meses. Primeiro porque andava sempre a abarrotar, depois porque não o tinha à porta (que é como quem diz, minimamente perto), por fim porque não precisava. Entretanto o metro lisboeta modernizou-se, já não é sombra do que era noutros tempos e pelas poucas experiências recentes nem se tem de ir com o nariz colado ao sovaco do matulão que não toma banho há 15 dias, nem de levar pisadelas no dedão grande do pé com o salto agulha da dondoca que quer sair na estação seguinte. As linhas também deixaram de ser em Y, começando em Sete Rios ou Entrecampos, unindo-se no Marquês de Pombal (Rotunda) e seguindo até aos Anjos. Ou Alvalade. E multiplicaram-se, chegando a quase todo o lado. Resumindo: só vantagens! (e aqui o elogio é very serious)
Assim, aliando o útil ao agradável, arranjei um mapa todo GT, para ver se me oriento no passeio que pretendo dar por lá. Undergound, of course! E já todo traduzido em inglês, que imagino a inveja das minhas amigas quando lhes disser que fui até Stolen Sir ou a Red Hair Caple. Mas deparo com algumas dificuldades. Então Sete Rios já não existe? Nem Palhavã? Epá, essas até eu traduzia: Seven Rivers  dava um ar bucólico ao passeio; Straw Vã... já não tenho tanta certeza! Mas Garden Zoo é fracote - parece assim uma cena cheia de bichezas, sei lá!
Anyway, vou divertir-me super-hiper-à-brava, depois conto o trajecto todinho e levo a máquina fotográfica para fazer tipo uma reportagem. Cool, né?

ps - qualquer semelhança com algum marmanjão a tentar caricaturar assim blogues de gajas no feminino (e não só!), não é mera coincidência! LOL!

Imagem do Facebook, tá claro!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

A MÁ-LÍNGUA CHEGA ÀS RUAS?!

Um grupo de "amigos e admiradores" de Carlos Castro vai propor à CML que seja dado o seu nome a uma rua de Lisboa, segundo o semanário "Sol". Ahn, como é que é?! Então ainda recentemente a CMP rejeitou a inclusão de José Saramago na toponímia do Porto - muito controverso e discutível, porque afinal de contas foi o único português laureado com o Nobel da Literatura - e na capital querem impingir-nos Carlos Castro?
Nem contesto que os amigos tenham ficado chocados com o seu homicídio - isso é óbvio e evidente! Mas, quer dizer, deviam ter o mínimo discernimento para perceber que não fez nada de tão memorável em vida que o destacasse dos demais cidadãos. Nem jornalista era, nas suas crónicas em revistas cor de rosa exagerava nas insinuações de "se eu dissesse o que eu sei" ou do "cala-te boca", muitas vezes sem sequer ter a frontalidade de indicar o nome das personagens alvo desses boatos, má-língua ou ódios de estimação. Circulava em meios da moda, televisivos e alguns culturais, entre amigalhaços daquele jet-setzinho tuga que se farta de papar croquetes em múltiplos eventos, onde a sua presença era bem vista, pois era sinal que na sua coluna iria traçar rasgados elogios ao acontecimento. Feiras de vaidades, onde as trocas de "favores" são uma constante. Nem consta que tivesse mais admiradores, para além desses. Claro que nem por isso, e  muito menos por ser assumidamente gay, merecia ser assassinado - ninguém merece!  
Agora nome de rua... tenham dó!!!

domingo, 6 de fevereiro de 2011

O ELO MAIS FRACO?

Odeio injustiças! A Operação Triunfo 2010 foi pródiga em evidenciar uma quantidade delas, no pequeno ecrã. Não sei se o concurso tinha limite de idade, mas sendo o prémio final uma bolsa de estudos na Berklee Collegue of Music de Boston, é de supor que visava concorrentes ainda jovens.
Dos 15 finalistas apurados inicialmente dois já ultrapassavam a barreira dos trinta anos, enquanto a maioria estava por volta dos 18/20. Mas se os aceitaram, eram concorrentes como os outros, certo?! Errado! Júri e professores conluiaram-se nas suas preferências por (alguns) putos mais novos, chegando ao cúmulo de os safar da nomeação para saída "por se tratar(em) do elo mais fraco". Mais fraco(s) na prestação musical, note-se! Ou que alguns já tinham aproveitado uma vasta aprendizagem (na escola), deviam dar "espaço" aos outros...
Assim, Jorge Roque, com a "provecta" idade de 32 anos, andou quase sempre na berlinda das nomeações. Desde a boina que usou na primeira gala - ui, ui, haveria tanto a dizer dos "modelitos" que Sílvia Alberto trajou... - passando pelo "és capaz de fazer melhor!", até aos restantes destemperos enunciados, tudo serviu! Nem o facto de ter presença em palco, uma grande versatilidade para cantar géneros musicais tão diferentes como jazz, rock ou fado (que muitos dos outros candidatos claramente não possuíam) ou até a rara capacidade de atingir um timbre de voz semelhante ao dos cantores originais (muitas vezes, para melhor!), o beneficiou junto do júri ou professores. Felizmente, o público não foi em cantigas e percebeu que quem canta assim Frank Sinatra não é gago:


Jorge Roque ganhou e foi o justo vencedor! E se bem que todos os candidatos fossem talentosos (uns mais que outros, obviamente!), não se entende o que um júri desta laia estava lá a fazer: falava muito, dizia pouco e acabava sempre nas "embirrações" ou preconceitos do costume...
Isto para dizer o quê, uma vez que o concurso já terminou há duas semanas? Que o que se espera de QUALQUER júri (e de professores também) é que seja isento, imparcial e justo! É pedir muito?

Fotografia da net.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

CASAMENTEIRA...

Fotografia de Ian Britton

Lembram-se da Magui (aka, Margarida Menezes), aquela rapariga que fundou o Clube das Virgens? Que a princípio não angariou nenhuma sócia, mas assim que se tornou mais mediática as candidatas subiram em flecha, contando actualmente com cerca de 40? Então, como a fama tem destas coisas, a Magui já foi convidada para posar em roupa interior e a escrever crónicas para o Correio da Manhã (em jeito de diário) e até escreveu um livro - intitulado "Sim, sou virgem, e então?" - para além de ter participado em programas televisivos de grande audiência, como este: (entre outras propostas mais estranhas... digamos assim!)


Óbvio que não tenho nada contra (ou a favor) das opções da Magui ou da criação do seu Clube, mas como eterna desconfiada de quem embandeira em arco certas características do foro íntimo, paira no ar alguma incredulidade, em vez de sinos de Igrejas ou da fragância das flores do bouquet nupcial: afinal esta encantadora criatura pretende encontrar o seu "príncipe encantado" ou trata-se apenas de uma campanha de marketing de si própria? E caso encontre o dito príncipe, demite-se?  Isto, evidentemente, se o CM não estiver interessado nas crónicas das suas experiências seguintes...  
Dito isto e após buscas exaustivas, para as más-línguas não começarem por aí a afiançar que nem sequer me empenhei como casamenteira, talvez tenha descoberto o perfil  ideal para ela: OK, não parece ter um metro e oitenta, ostenta mais pneu que músculos, já ultrapassou os 30 anos e certamente não vem montado num cavalo branco - mas também, nos tempos que correm, onde é que punham a estrebaria? - mas tem popó, é solteiro e vontade de manter um relacionamento. Não chega?


Se resultar, depois digam-me a data do enlace (ou do juntar dos trapinhos, que não sou esquisita!), para anotar aqui na agenda, ao lado desta última: "Estar alerta a filmagens em alegres convívios, porque mesmo entre amigos o filme pode ir parar ao YouTube!"

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

COMO OS PORTUGUESES VÊEM A EUROPA

Estes humoristas são tão exagerados! Ou será que não?!
Entretanto, vejam se têm um...

EXCELENTE FIM DE SEMANA!!!


Imagem recebida por mail.
(Obrigada, Vani!)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

SEM RUMO...

Histórias mal contadas têm um certo fascínio: nunca se sabe como vão acabar! E se é válido para uma telenovela mexicana, em que o happy end até é assegurado, para um livro ainda mais - resta sempre a ilusão que as explicações racionais chegarão no final...

Assim, quando um policial começa com um padre a pedir ajuda ao seu melhor amigo - convenientemente, um agente do FBI - para proteger a sua irmã (que anda a ser vigiada e perseguida por um psicopata que ameaça matá-la), ninguém estranha. Quando estes se encontram e ficam desde logo atraídos pelos atributos físicos um do outro, pois, já se viu que também vai ter romance. O grandioso plano, claro, é fingirem-se apaixonados para espicaçar o tal psicopata a atacar, caindo assim numa armadilha que eles e o FBI (em peso) andam a preparar. Hummm.... cheira a banalidade, mas nunca se sabe!

Depois da leitura do livro, o que se sabe com certeza é que a conceituada escritora americana, traduzida em cerca de 28 línguas - que ainda somou mais umas cenas eróticas ou de terror, para apimentar o suspense do enredo - dificilmente venderia qualquer livro, se escrevesse em português. Tão mau, tão mau, que até o SujDesc* (com esta grafia!) não entende uma bomba que surge num momento culminante...

Nada contra a publicidade de editores e livreiros, mas a tolerância é zero, quando enganosa!!! Daí preferir não divulgar o título, a autora, a tradutora ou a editora! (também é possível que o meu grau de exigência literária esteja a aumentar, mesmo em policiais)


SujDesc* - tradução "literal" para sujeito desconhecido (o criminoso)? (nem a tradutora se dignou a colocar nota explicativa)

quarta-feira, 22 de julho de 2009

DIÁRIO DE UM KILLER SENTIMENTAL

Tal como refere a contracapa deste livro de Luis Sepúlveda, as suas 154 páginas reúnem três novelas "previamente publicadas em folhetim nos jornais 'El Mundo' e 'El País'", do género policial negro: "Diário de um Killer Sentimental", "Jacaré" e "Hot Line".

A primeira, tal como o título indica, descreve um assassino frio e calculista - que recebe "encomendas" pagas a peso de ouro e "à vontade do freguês" - que começa a duvidar do seu profissionalismo ao envolver-se amorosamente com uma jovem parisiense. A segunda tem uma trama mais burilada, envolvendo negócios ilegais que determinam uma enorme mortandade entre os vários elos da cadeia. A última tem o mesmo espírito negro, mas acaba por ser a mais hilariante - um polícia índio alveja um ladrão de gado nos glúteos (leia-se, nádegas), com tanto azar que o dito é filho de um poderoso general, sendo o policial transferido para um novo departamento na cidade, para o sector que lhe é absolutamente estranho dos "Delitos Sexuais".

Como única citação, fica o relatório oficial do sucedido, após a alta patente militar mexer os seus "cordelinhos":
"Manuel Canteras filho encontrava-se a realizar uma excursão na companhia de um grupo de amigos, todos ex-membros das Forças Armadas, amantes da natureza e das belezas regionais, os quais, quando encontraram inopinadamente um rebanho de reses extraviadas, obedecendo a um elementar sentido do dever, decidiram conduzi-las de regresso aos seus pastos de origem nos arredores de Palena. Quando o faziam, levando o rebanho, foram atacados de surpresa por um contigente de polícia civil..."

Se alguma vez suspeitaram de tamanha infidelidade aos factos, deve ser apenas mera coincidência...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

VIRGINDADE!

Ao ler o último post da Licas, que refere Margarida Menezes (também conhecida como Magui) e o seu "Clube das Virgens", não pude deixar de constatar que há muita mulher fútil nesta terra. Então a Magui (26 anos) resolveu ficar virgem até ao casamento - até aí nada contra, que cada um(a) é livre de decidir como bem entender. Criou o Clube em Janeiro de 2008, com estatutos e regulamentos específicos, e intitulou-se presidente do mesmo - o que também não surpreende! Não encontrou aderentes. Entretanto, alguém se lembrou de a convidar para um debate sobre o tema "desejo" e a comunicação social considerou que tinha interesse entrevistá-la, pelo que a sua postura ganhou uma certa notoriedade. Daí até aparecerem 15 sócias foi um ápice, num país em que toda a gente ambiciona "tempo de antena" e impera a carneirada...

Então e quem é o príncipe encantado dos sonhos da Magui? Um homem sincero, leal, inteligente, culto, honesto, atraente, bom companheiro e com excelente sentido de humor, que partilhe interesses comuns e que a ame e respeite? PIIIII! Errado! A "estampa" que ela deseja encontrar deve corresponder às seguintes características: metro e oitenta de altura, olhos claros, dentes direitos e brancos, "corpo Danone" e até 30 anos; como atributos deve ser romântico, bom dançarino e saber escrever poesia. AAAAAH!

Mas, há sempre um mas, ao ler esta historieta relembrei uma um pouco diferente, de uma antiga colega de liceu. A rapariga era (e é) inteligente e culta, mas desde muito cedo teve paixões assolapadas, que normalmente começavam e acabavam num vale de lençóis, namoros intermináveis com fulanos bem giraços, com algumas "facadinhas" de parte a parte. Mas cada um sabe de si, não é verdade? O ideal dela passava também pelo rapaz-homem "estampa", acrescentando-lhe ainda o predicado de ser ou ter família endinheirada. Ao 27 anos, depois do seu milionésimo desaire amoroso, decidiu que chegara a altura de casar, ainda não sabia era com quem. Com algum provincianismo pelo meio, suspeitou que o facto de não se ter mantido pura e casta até ao casório, de alguma forma contribuira para a falta de pretendentes momentânea e mudou de estratégia. Falaram-lhe de um emigrante na Suiça, que vivia muito bem, até tinha terras lá na aldeia, mas que andava um bocado triste, sozinho lá longe da família, depois do divórcio. Escreveu-lhe, solidária, dizendo que também tinha sofrido alguns desgostos e que o compreendia. Resumindo: depois de cartas para lá e para cá (na época ainda não existia net em Portugal, OK?), de múltiplos telefonemas, de se encontrarem uma meia dúzia de vezes nas curtas escapulidas que ele conseguia no emprego, marcaram o casamento. Para onde ela ia "casta", apesar daquela única vez em que um homem desprezivel "abusara" dela e do seu amor...

Viveu os preparativos do casamento como se fossem um conto de fadas, o vestido assim para o pedido, o deslumbrante do dia, o terceiro para depois da cerimónia, a viagem de núpcias, a fabulosa casa que ele lhe alugara até terminar o curso que frequentava, das perspectivas de emprego que teria na Suiça. Mas do noivo, népias! E quando alguém lhe chamou a atenção para tanta dondoquice junta, limitou-se a escarnecer "das invejas"!

O casório durou seis meses, casou recentemente pela terceira vez...




Fotografia da net.

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PARABÉNS à minha mana e cunhadito, que completaram hoje 24 anos de casados!

sexta-feira, 13 de março de 2009

VIZINHANÇAS!

Já mencionei várias vezes que vivi quase toda a vida em Benfica - salvaguardando alguns meses em Londres, quando era criança, e uns poucos anos na Amadora, no início de casada - de modo que assisti à construção do Centro Comercial Colombo. Daí ter ficado abismada com a notícia publicada na revista "Time Out", da qual me inteirei através do blogue "Teia de Ariana" (desculpa o "roubo" descarado da foto, Su) - para ler basta clicar no link. Jornalismo de invenção não existe apenas cá no nosso jardim...

Ainda nas vizinhanças blogosféricas, a surpresa também foi grande com o último post do Matchbox32 com outra mentira desmascarada - ou, no mínimo, uma teoria bastante plausível - sobre a face "histórica" do infante D. Henrique (os eventualmente interessados só têm de clicar, de novo).

Entretanto, a Ematejoca lançou-me um prémio-desafio que consiste no seguinte: referir 3 coisas boas e 3 coisas más sobre a vizinhança, daquela com quem convivemos ao vivo no local onde habitamos. Que segue para todos que o queiram apanhar, obviamente!

Temendo repetir situações já anteriormente aqui descritas, as vantagens de ter vizinhos parecem-me as seguintes:
1º A porteira do prédio sempre foi de uma fantástica ajuda, em todos os aspectos - no dia em que o forninho se incendiou, quando as chaves de casa escorregaram pelo fosso do elevador, numas férias para cuidar do aquário do peixinho e um grande etc. por aí fora;
2º Em caso de urgência, poder chamar alguém que nos possa auxiliar;
3º A determinação em não deixar o prédio degradar-se, independentemente de alguns torcerem o nariz a obras, porque "está bem assim" e "faz barulho".

As desvantagens excedem as 3, especialmente quando os vizinhos são insensatos, violentos ou malucos (ou o tal 3 em 1), que já deu para provar de tudo um pouco, mas para não alongar mais, reporto apenas ao actual:
1º O arrombamento da caixa de correio de um casal com um filho bebezoca (no dia a seguir ao "sim" do referendo do aborto), com uma mensagem postal a envenenar que deviam ter seguido por aí - o casal acabou por mudar de casa e nunca se confirmou a suspeita sobre o vizinho que constantemente lhes tocava à campainha, por não suportar o choro do bebé;
2º Um velhote mal-encarado que fechava a porta da rua e do elevador na cara de todos, se bem que a maioria encolhesse os ombros;
3º Uma mulher que se punha à janela a comer fruta, atirando os caroços e cascas pela janela, que invariavelmente acertavam em cheio nos carros estacionados em baixo - não sei se fazia pontaria...

Barulho?! Pois, existem tampões para os ouvidos mais sensíveis. Mas que de vizinhos tenebrosos é difícil livrarmos-nos, tenho a certeza!!!

UM ÓPTIMO FIM DE SEMANA PARA TODOS!