MAR, SOL E GAIVOTAS...

Fotografia de Ian Britton

... continuam presentes aqui nestas bandas algarvias! Nada de novo, portanto, embora fosse de esperar que, com a famigerada "crise", praias, piscinas, esplanadas, restaurantes e supermercados estivessem quase "às moscas". Errado: estão a abarrotar de gente!!!

Em tempo de férias não me apetece tirar conclusões sobre os habituais queixumes dos tugas durante todo o ano, para depois virem para as praias do sul disputar um lugar ao Sol, desbravando o caminho à cadeirada, chapelada ou toalhada! Deve fazer parte de uma herança histórica ou genética que nunca entendi...

O ritmo aqui é diferente, mais lento e menos stressado, mas nem todos o assimilam. Tudo bem que não é aquela calma anunciada pelos pessimistas do costume, mas daí até viver as férias em constante enervamento já são outros 5 paus!

De férias ou de fim de semana aproveitem e...

DIVIRTAM-SE!!!

MAIS VALE TARDE...

... que nunca! Finalmente vou de férias para o Algarve. Ah e tal, que fiz um grande banzé por causa de uma semana de atraso? Pois fiz! Até porque a diferença não é só de uma semana, de ser Julho ou Agosto! A ideia era passar esses dias junto com a família (que já lá está) e regressa a casa conforme o programado. Embora longe de ser desagradável o tête-à-tête com o maridão - apesar de tudo, mais frequente do que com os restantes - ainda não entendo férias como simples descanso... Mas vá que ainda sobra uma semana de animação familiar. Adiante!

Já aprendi a agendar post(e)s, mas desta vez não levo nada na manga! Talvez para uma próxima! Um "postal" é capaz de sair de vez em quando, mas até lá pretendo ficar mais a par dos vossos e de outros escritos, que "apardalei" entre o ir ou ficar. Atrasada nos comentários, nem falar...

Esta musiquinha é dedicada à safada que fez tudo por tudo para nos estragar as férias (bem sei que ela não merece tanto, mas pronto!):

INTÉ E FIQUEM BEM, AMIGOS!

ps - Carlos, o postal para as "Crónicas do Rochedo" não está esquecido, que o prometido é devido! Provavelmente não será nos próximos dias, mas antes do "dead line".

QUEREM UM DESENHO?

A crise, explicada por Calvin and Hobbes, de Bill Watterson.

DIVIRTAM-SE!!!

Imagem recebida por mail.
(Obrigada, Michel!)

CONCURSOS TELEVISIVOS

Tyra Banks é uma mulher lindíssima, famosa como top model, apresentadora de televisão, actriz, cantora e mulher de negócios.  O sucesso dela extravasou as fronteiras dos EUA, os seus programas televisivos são exibidos na SIC MULHER (não sei se só aí), para gáudio das jovens adolescentes portuguesas, que se identificam com o sonho de ser a próxima beldade nas redondezas, à conta das suas dicas...

Num desses concursos - "America's  next top model", que segundo a net já vai na 14ª série, mas aqui ainda está em exibição a 8ª- as raparigas são enfiadas numa casa (tipo "Big Brother"), todas elas com aspirações a modelas, com provas fotográficas, de passerelle, de exercício fisico, etc. e tal, ao longo de um tempo indefinido, sendo excluídas a pouco e pouco. Tyra pertence ao júri, juntamente com a Twiggy e mais uns fotógrafos e fulanos ligados à moda, que arrasam as moçoilas com os seus comentários contundentes: porque lhes faltou o sorriso ali, porque a expressão dos olhos não correspondia ao pedido, porque o cabelo, a fatiota ou a personalidade delas não lhes agradou.

Com franqueza, não me agrada a personalidade de nenhuma, que as candidatas - em pleno clima de competição - são umas cabras umas para as outras, só não lixam a parceira do lado se não puderem!  Abunda a futilidade, a mesquinhez e a hipocrisia, nesse palco de vaidades. (a boa da Tyra, ainda produz um outro concurso, denominado "The biggest loser", em que se juntam três equipas de gordalhufos, com treinadores pessoais e dietas alimentares, perde a equipa que reduzir menos o peso percentual e sai um dos elementos "culpado" da derrota, mas nesse ela nem dá a cara). Para os concorrentes o fito máximo é ganhar e levar para casa uma boa maquia, possivelmente arranjar alguns contratos para ajudar à festa!

Uma grande contribuição para a formação de jovens bacocos, apenas preocupados com a sua imagem...

Malato, volta ao "Jogo Duplo", que essa "Alta Pressão" para quem quer ser milionário não convence ninguém, com prémios de 500 euros... salvo raras excepções.

Mesmo assim, a anos-luz da Tyra e da sua trupe de gente fashion, para nem referir aquelas "encomendas nocturnas" à portuguesa, em jogos de palavras que poucos acertam, insones, bêbados ou simplesmente ignorantes, em que o objectivo das cadeias de televisão parece ser angariar  chamadas telefónicas de valor acrescentado...

Imagens da net.

O SONHO AMERICANO

George Carlin era um comediante americano, que não receava pôr o dedo na ferida. Esta foi uma das suas apresentações,  já há alguns anos, mas ainda actual:

Infelizmente, concordo com ele!

MILIONÁRIA....

... em fichas de poker!!! Ah e tal porque sou uma grande jogadora? Não, nem por isso, ainda recentemente não fazia a mínima ideia das regras do jogo, perdi bastantes devido à minha ignorância. Como tal, também nunca me enfiei em "casinos" onde a base de apostas fosse alta - salvo as raras excepções iniciais, onde sem saber como ia lá parar e depois perdia logo centenas ou milhares de fichas, antes de sair de lá "a correr" sem sequer apostar. Mesmo a "feijões", nunca atirei todas para cima da mesa à maluca, como alguns parceiros fazem. Adiante!

O curioso desta jogatina é o que a malta faz quando se senta numa mesa virtual de desconhecidos (ou quase, há sempre um ou outro que se conhecem entre si). Uns chegam todos simpáticos e animados, como tem chat a acompanhar, cumprimentam todo o pessoal, já são poucos o que respondem. Fanfarrões há muitos, certa vez apanhei um que entrou a matar: "Be ready, I will win it all!" (mas ganhar foi só juízo...ou não). Ameaças, palavrões e brejeirices também não falham e, ultimamente, uma pedinchice quase generalizada, que supunha só existir cá no burgo - algumas até com a argumentação que estão inscritos em torneios ou campeonatos e desfalcados... Pois, 'tá-se mesmo a ver, não sabem jogar, atiram as fichas "à la baldex" para o pano verde e ainda acham admissível o "abono" dos jogadores adversários...

Difícil de acreditar é o número cada vez maior de parceiros que se "sentam ao meu lado", quando estavam no outro canto da mesa, porque lhes dou sorte! Alguns alegando essa sua convicção, outros nem por isso.

Repito: o jogo é virtual e a "feijões", um passatempo, e mesmo assim  não faltam bajulações, pedidos, insultos, ameaças, fanfarronadas e superstições??? Imagino as solicitações aos verdadeiramente ricos e poderosos do mundo real, cada vez mais estranho...

Imagem da net.

AZUL DA COR DO MAR...

A programada partida para férias foi-se (com martelo e tudo!), não por culpa de nenhuma agência de viagens fajuta, mas devido a uma telenovela longa e do tipo mexicano, daquelas em que qualquer pessoa perde o norte e o sul do seu enredo...

Qualquer dia capricho no teclado e escrevo aqui um desses capítulos telenoveleiros, mas não será para já, ainda com os dedos voluntariosos com mais apetência para estrangular alguém! Contudo, o mote musical já está decidido, mesmo que brega, cafona ou piroso, no entender de muitos (e sempre recorda as ondas, que nem de binóculos consigo ver cá do alto deste 6º andar), mas do qual gosto:

BOM FIM DE SEMANA PARA TODOS!

(e boas férias para quem estiver de férias, que nada disto é inveja, apenas desabafo... revoltado!)

IMAGENS QUE FALAM...

... por si!

.

MAIORIA APOIA NOVAS PORTAGENS?!?

Se há títulos enganosos, este é um deles, saído na primeira página do jornal "Expresso" desta semana (com chamadas para a página 9 e 16, para a leitura ser mais compreensível, "às pinguinhas"): trata-se de uma sondagem (?) sobre um eventual acordo entre PS e PSD, para aplicar portagens nas SCUT do país. Os dignos representantes parlamentares do povo, em conluio contra muitos daqueles que os elegeram - e até contra alguns autarcas de ambos os partidos!

Embora estas medidas só me afectem esporadicamente, a curiosidade de saber o que pensam aqueles para quem pode representar mais um rombo no orçamento mensal, instiga-me a uma mini-sondagem - limitada, mas possivelmente mais fidedigna:

1. Deve ser cobrado o pagamento de passagem nas SCUT?

2. Admite excepções* à cobrança das portagens nas SCUT?

3. Considera razoável cobrarem portagens nas auto-estradas em obras, que duram meses, por vezes com grandes filas de trânsito, em alguns troços apenas com uma faixa de rodagem e com uma velocidade permitida de 50km/hora?

As duas primeiras são da sondagem efectuada pelo semanário, a última já é da minha lavra, mas já que estava com a mão na massa... E as respostas são de "Sim", "Não", ou "Estou-me nas Tintas" (mas à vontade para acrescentar mais qualquer coisinha, se assim o desejarem)! Conto com a vossa participação, para verificar se concordam com tantas "sombras" no território nacional...

*******
* exceções, no original!

Imagem recebida por mail.

(Obrigada, Paulinha!)

ESCLARECIMENTO!

ESCLAREÇO QUE NÃO ENVIEI NENHUM CONVITE PARA ADERIREM AO PROGRAMA/APLICAÇÃO OU O QUE QUER QUE SEJA DENOMINADO SHTYLE, RECEBI POR MAIL E APENAS O ABRI, SEM SEQUER PERCEBER DO QUE SE TRATAVA. 

PARECE QUE FOI ENVIADO PARA ALGUNS (OU TODOS?) DOS MEUS CONTACTOS DE MAIL AUTOMATICAMENTE. PEÇO DESCULPA PELO FACTO, EMBORA ALHEIO À MINHA VONTADE!

MACHISTA!!!

OK, é machista mas tem a sua piada, só não sei quem é o autor, porque recebi por mail. Mas se alguém souber faça favor de dizer, que teria muito gosto em colocar aqui - o seu a seu dono!

(Obrigada, Michel!)

*******

PARABÉNS, TONS DE AZUL!

SOMOS O ESQUECIMENTO QUE SEREMOS

"É um dos paradoxos mais tristes da minha vida: quase tudo o que escrevi foi escrito para alguém que não me pode ler, e mesmo este livro não é mais do que uma carta a uma sombra."

Héctor Abad Faciolince é um jornalista e escritor colombiano, que em "Somos o Esquecimento que Seremos" (título baseado no poema "Epitáfio", de Jorge Luís Borges) retrata  a sua infância e juventude em Medellín, a cidade onde nasceu, no seio de uma família burguesa dividida entre preconceitos, fanatismos religiosos e ideologias políticas. Apesar das duas tragédias que se abatem sobre a família - a morte precoce da sua irmã Marta, na adolescência, e o posterior assassínio do pai (médico empenhado na igualdade social e activista dos direitos humanos numa sociedade dominada pela violência, tanto de governantes nacionalistas como de grupos de extrema esquerda ou de narcotraficantes) - o que sobressai, ao longo das 333 páginas, são momentos partilhados entre pai e filho, entre alegrias, tristezas e ensinamentos mútuos, repenicados de beijos sonoros, mas nem sempre em total concordância.

Não é um livro biográfico, na medida em que a perspectiva é a do autor em relação ao próprio progenitor, recheada de amor, ternura e saudade, mas sem se eximir a denunciar uma prática dos poderosos do seu país (e, infelizmente, de muitos outros): "'Anular o cérebro' é esse o eufemismo que usa o assassino para o verbo 'matar'." Os factos, em si, são verídicos e nunca deveriam ser esquecidos! A motivação do escritor para, quase 20 anos após a morte de Héctor Abad Gómez, deitar mãos a uma obra memorável por todos os que a lerem... (unanimidade no Clube de Leitura!)

"Não quero perder a rebeldia. Nunca fui submisso, jamais me verguei a não ser perante as minhas rosas e apenas sujei as mãos com a terra do meu jardim."

*******

"O Grupo", de Mary McCarthy, será o próximo livro a debater na sessão de 11 de Setembro.

******* 

 PARABÉNS, QUERIDA SU!!!

 

MORRE LENTAMENTE...

... quem não viaja, 

quem não lê, 

quem não ouve música, 

quem  não encontra graça em si mesmo...

Conhecem este poema de Pablo Neruda? Podem ler na íntegra aqui...

Portanto, basta seguir o conselho do poeta e viver intensamente o fim de semana, as férias, a viagem, a leitura, a música, o trabalho ou que quer que vos interesse! Sobretudo...

SEJAM FELIZES!

EMOÇÕES DO BASQUETEBOL

Bem sei que glórias passadas não movem moinhos (quase inexistentes hoje em dia, mas não vem ao caso), mas de repente voltei aos meus velhos tempos de basquetebolista. OK, tenho só um metro e sessenta de altura, mas o que é que isso interessa?

Mesmo nessa época antiquérrima (lá para meados dos anos 70 do século passado), foi difícil encontrar uma equipa de 5 alunos, numa turma de cerca de 40 - todos queriam jogar futebol! Excepto o A, o B e o C, todos bastante altos, que treinavam basquetebol nas horas livres. E, por falta de candidatos à equipa liceal, alinhei com eles, mas faltava um. Coube-me a mim aliciar um outro colega (amigo e futuro primeiro namorado), que também participou na equipa. Claro que só estávamos lá a fazer número, os três sozinhos ganhavam sempre às restantes!

Mas, num jogo final, fartinhos de ganhar, passaram-me a bola, para encestar o centésimo cesto da equipa. Ainda hoje me orgulho disso, que aproveitei a oportunidade! (tive pena da rapariga da outra turma, que corria afogueada, uma grande basquetebolista incógnita - ela também treinava fora - mas, sozinha, nem contra mim conseguia fazer nada! C'est la vie!) Mas, melhor ainda, é que reencontrei dois dos antigos colegas e craques do basquetebol no Facebook, sendo que um vive na Austrália e outro nos EUA. Aliás, coincidiu com o reencontro com uma amiga daqui, que também me deu muito prazer. Onde é que seria possível nos tais "bons velhos tempos"?

Tenha o FB os defeitos que tiver, estes reencontros virtuais (e não só!) têm-me dado muitas alegrias e emoções! Boas...

Imagem da net.

UMA FOTO POR DIA...

... não é uma ideia inédita, mas à qual resolvi aderir este Verão! Para melhorar a fotografia ou, melhor dizendo, a minha capacidade de fotógrafa menos-que-amadora de aprender todas as potencialidades da máquina. A prática também costuma dar os seus frutos...

Descansem, que a intenção não é impingir aqui todas as fotos "fabulásticas" que vou tirar (presunção e água benta...)! Mas se passarem por Lisboa, Alentejo, Algarve e nem sei por onde mais e encontrarem para aí uma tontinha a clicar desalmadamente para tudo quanto é lado com a maquineta à tiracolo - tipo japonês numa semana de férias no estrangeiro - não se assustem: não é uma doida varrida (escovada, lavada ou aspirada), sou eu, meus, num projecto de aprendizagem...

A bem dizer, já o iniciei na semana passada e, até ao momento, ainda não apareceram aqueles fulanos vestidos de branco a tentar oferecer-me um colete sem botões! Sorte? Talvez, que o filhote já resmungou - mãe que é mãe tem de ser discreta e, preferencialmente, não largar os tachos e o fogão!  Embora a vaga de calor não ajude, não sou de desistir com  facilidade, muito menos para me tornar tão discreta quanto o rapaz almeja. E uma foto por dia... claro, é força de expressão!

Quem parece estar transtornado com o caloraço é o blogger - de vez em quando já tinha estas "travadinhas" esporádicas - ontem foi generalizado a todos os blogs, em que muitos comentários não foram publicados atempadamente nas respectivas caixas. Esperemos que solucionem o problema dentro em breve...

ILETRACIA OU ILITERACIA?

A palavra em si é irrelevante - costumo usar a primeira, mas os entendidos na língua portuguesa afirmam que a segunda é que está correcta, oriunda do inglês illiteracy. Ahhh!!!

O que importa é que todos entendam o aviso do cartaz da fotografia (um dos muitos patentes no Parque das Nações, que tem uma grande extensão junto ao rio, sem nadadores-salvadores para vigiar analfabetos), que não deixa margem para dúvidas.

Talvez seja optimismo a mais, que calmamente sentada numa das múltiplas esplanadas assisti ao regresso do "banho" de vários prevaricadores, no curto espaço de meia hora: uns putos de 10 anos ou coisa, de calções fashion e tudo, a ultrapassar as grades, notoriamente encharcados; uma mulheraça, com umas amigas, a queixar-se que estava toda molhada aos restantes amigos sentados no bar...

Certo que está calor, mas o Tejo não é a banheira lá de casa, nem a piscina da vizinha! Se os avisos lá estão, é por alguma razão...

AS REGRAS DE MOSCOVO

Daniel Silva nasceu nos Açores, mas emigrou para os EUA com a família quando ainda era jovem. A única novidade foi ter-se tornado escritor de best-sellers de espionagem lá nos States, o que me acicatou a curiosidade.

Em má hora, diga-se em abono da verdade, que andei a arrastar "As Regras de Moscovo" por todo o lado, quase durante um mês, com pouca apetência para o ler: pegava no livro à noite, lia duas páginas quando muito e... TARUZ! adormecia redonda.

O autor tem uma escrita bastante acessível, mas o protagonista desta série (sim, este é o oitavo) - o espião israelita Gabriel Allon - é um mero assassino, para lá dos seus atributos de sedutor! Claro que se considera salvador da sua pátria e do mundo, contra aqueles russos corruptos do antigo regime estalinista que enriquecem a vender armas à Al-Qaeda... Se isto só por si já é um tédio déjà vu, podem imaginar o resto?  Não, ainda é pouco...

Como se não bastasse, o tal Gabriel (que de anjo não tem nada) casou e resolveu afastar-se da espionagem, pelo menos durante uns tempos, para gozar a lua-de-mel numa villa italiana. Mas, coitado, não o deixam em paz e lá vai o "rapaz" salvar a humanidade. Com tanto talento, que até faz cópia de um quadro de uma pintora consagrada para vender à mulher do russo mauzão. Auxiliado por uma antiga colaboradora apaixonada por ele (só podia!) convence a criatura a trair o marido e a desvendar os segredos que conhece sobre o tráfico de armas - a coitada também estava preocupada com tanta maldade - abandonando uma vida de fausto e ripanço. Claro que nem tudo decorre conforme o planeado, com mortos e feridos de permeio. Resumindo: uma americanice pura, adequada a autênticos mentecaptos!

Detesto livros que me tiram a vontade de ler!

TROCA-TINTAS!

Custou, mas foi: lá consegui trocar as cores ao blog! Depois de umas quantas experiências daqui e dali, com aquela paleta que dá um maior número de tonalidades, mas que é menos fácil de aprender a utilizar. Quer dizer, acaba por se chegar lá, por tentativas.

Aproveitei a "limpeza" de Verão para cortar/acrescentar alguns links na faixa lateral: uns fecharam as portas, outros mudaram-se de malas e bagagens para outros blogs ou até para o Facebook. (neste caso não entendo muito bem, porque a dinâmica da blogosfera e do FB são bastante diferentes... mas cada um sabe de si, evidentemente!)  O critério utilizado foi o mais simples possível: quem não actualiza o próprio blog há mais de 3 meses seguramente está noutra onda... E, claro, há sempre novos vizinhos no blogobairro!

Quero também agradecer ao Vício, que se prontificou a ajudar-me na remodelação (obrigada, à mesma!), mas devo acrescentar que fiquei toda ufana por ter conseguido realizá-la sozinha. É sinal que não ando tão distraída como este cardeal: (20 segundos a não perder)

(Publicado por uma amiga do FB!)

Imagem daqui.

OUTRAS ÁGUAS...

Um dia destes, um amigo de amigos meus (para resumir o mais brevemente possível) falava do poder purificante das águas. Não as do Luso, Vimeiro ou Pedras Salgadas, mas das águas de um modo geral, em contacto com o corpo humano.

A teoria é um bocado sofisticada, segundo ele basta enviar bons fluxos para as águas, em preces ou meditação, mas sempre com energia positiva, para o nosso corpo de 70% de água (ou coisa) receber essas emanações... Melhor, até há comprovação científica (na net?!?) que em duas garrafas de água iguais -  etiquetadas com as palavras "amor" e "ódio" - colocadas num congelador, os cristais formam-se de maneira diferente...

Não caiu em terreno árido: convenceu-me!!! Este Verão vou dar uns mergulhos nestas águas, que já usufruiram da devida meditação. Só espero que não estejam demasiado frias e nos entrementes me saia algum palavrão! Mas  o mote está dado:

Não será para já, mas até lá...

DIVIRTAM-SE!!!

(em todas as águas, possíveis ou imaginárias...)

O SONHO ALGARVIO

Fotografia de Ian Britton

O Manel e o Zé já se conheciam há alguns anos quando resolveram montar um pequeno negócio familiar: um restaurante, para precisar melhor! Homens do norte, discutiram durante longas horas o projecto e decidiram que o local ideal para o estabelecer seria na costa algarvia. Turistas durante todo o ano - habituados a pagar bem por umas doses mínimas (nada que tencionassem servir aos futuros clientes, note-se, que as suas travessas seriam abundantes e fariam as delícias de todos aqueles que nunca tinham provado a boa comida tradicional portuguesa) - um clima mais aprazível, nada que os prendesse à sua terra natal, onde o trabalho e o dinheiro começavam a escassear...

Convencer as respectivas mulheres foi a tarefa mais árdua, mas ambas acabaram por aceder. Juliana ficaria a trabalhar na cozinha com o marido Zé,  Sueli serviria às mesas, enquanto Manel estaria atrás do balcão, anotando pedidos e tomando conta da caixa registadora. Tudo decidido, pegaram nas maletas e zarparam rumo ao Sol e ao sucesso, económico e gastronómico!

"Cantinhu du Nuorte" (designação escolhida para o futuro restaurante famoso, por já existirem muitos outros com um nome semelhante) situava-se numa rua movimentada daquela cidade, infelizmente sem vista para o mar, de difícil estacionamento e onde a concorrência era feroz. Mas nem isso fez com que esmorecesse o empenho dos sócios, que alugaram dois pequenos apartamentos, frente e frente, no mesmo prédio. Para facilitar idas e vindas do pessoal, concordaram todos, com um sorriso nos lábios.

Nunca se soube ao certo o que correu mal, provavelmente o facto de ambos os homens terem mantido em segredo as suas ambições: "Cum carago, se aquele gaijo aguenta muito tempo atrás do balcão! Ele tem a massa, mas nós é que sabemos cozinhar! Bais ver, não demora muito e desiste e bende-nos a parte dele...", confidenciara Zé à mulher, que acenara com a cabeça, satisfeita. Por seu turno, Sueli (brasileira de nascença), interrogara o marido: "Você tem certêza qué negócio bãom? O cara é meio metido a besta...", ao que ele respondera, com uma sonora gargalhada, "Donte uarri, darrlingue! Tenho tudo sobre contróle - é só ber como o gaijo faz, leva um chuto no cú daqui até sei lá adonde. Ande ai espique inglixe, i donte!" 

Ah, claro, as finas paredes meias também devem ter contribuído para a mútua desconfiança...

(qualquer semelhança entre esta historieta e a realidade é pura coincidência!)